ESCLEROSE MÚLTIPLA

sexta-feira, 19 de maio de 2017

PERDA TEMPORÁRIA DA VISÃO E DOR OCULAR PODEM SER SINAIS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA, AFIRMA ESPECIALISTA



Estima-se que 75% das mulheres e 35% dos homens irão desenvolver a esclerose múltipla depois de um episódio de neurite ótica

– Os primeiros sintomas da neurite ótica, inflamação que danifica o nervo ótico, podem aparecer repentinamente. A perda temporária da visão e a dor nos olhos são os principais sintomas, que podem vir acompanhados pela dificuldade em enxergar cores e ter a sensação de ver flashes ou luzes piscando. O campo de visão também é afetado.
A neuroftalmologista Dra. Marcela Barreira, especialista no diagnóstico e no tratamento da neurite ótica, explica que a causa exata da neurite ótica permanece desconhecida. “Acredita-se que a doença se desenvolve quando o sistema imunológico, erroneamente, começa a atacar a substância que reveste o nervo ótico, chamada de mielina, resultando em inflamação do nervo e em degeneração da mielina”.

“Normalmente, a mielina ajuda os impulsos elétricos a passarem rapidamente do olho para o cérebro, convertendo-os em informações visuais. A neurite ótica interrompe esse processo, afetando a visão. Por isso, o primeiro sintoma da neurite ótica é a perda temporária da visão e dor, principalmente quando se movimenta os olhos. Vale lembrar que a neurite costuma afetar apenas um olho” explica Dra. Marcela.

Embora a maioria das pessoas que apresenta um episódio de neurite ótica, eventualmente recupera a visão, a condição pode ser um dos primeiros sinais da Esclerose Múltipla (EM), doença que causa a inflamação e degeneração dos nervos do cérebro e da coluna vertebral. “Sinais e sintomas da neurite ótica podem ser a primeira indicação da EM ou podem ocorrer durante o curso da doença. Mas, a neurite ótica também pode se desenvolver devido a outras doenças, como infecções e doenças autoimunes, como o lúpus”, diz Dra. Marcela.

De acordo com estudos internacionais, a incidência anual da neurite ótica é de 4 a 5 casos em um grupo de 100 mil pessoas. A doença afeta duas vezes mais mulheres que homens e é mais comum em pessoas caucasianas. Atinge, principalmente, pessoas entre 20 e 45 anos. Após um episódio de neurite ótica, algumas pessoas podem apresentar diminuição da acuidade visual, assim como podem enfrentar dificuldades para enxergar cores, brilho e nitidez.

O médico responsável por fazer o diagnóstico da neurite ótica é o neuroftalmologista. Além do exame clínico, são solicitados exames laboratoriais e de imagem para confirmar a suspeita. O tratamento pode variar de paciente para paciente, mas em geral é feito com corticoides, medicamentos que ajudam a conter a inflamação. É importante dizer que quando o paciente apresenta outra doença sistêmica, como a esclerose múltipla, é preciso tratá-la também.

Fonte: O Nortão

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