ESCLEROSE MÚLTIPLA

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Pulsoterapia: você sabe o que é?


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Pulsoterapia é um tipo de terapia indicada para o tratamento de doenças crônicas autoimunes, em crianças e adultos, como Esclerose Múltipla, Lúpus Eritematoso Sistêmico e Doença de Devic. A terapia consiste na administração de doses elevadas de corticosteroide por via endovenosa, durante um curto período de tempo.
A administração dos medicamentos é dividida em sessões. Em adultos, por exemplo, a sessão de Pulsoterapia leva cerca de duas a três horas, durante três ou cinco dias, de acordo com a prescrição do médico. O objetivo do tratamento é controlar rapidamente o processo inflamatório das doenças difusas do tecidos conjuntivo.

Pulsoterapia na Medquimheo

Aqui na Medquimheo realizamos este tipo de terapia, que pode ser feita em regime hospitalar ou no sistema Day Clinic, que é um regime ambulatorial, sem necessidade de internação. Após avaliação feita pelo médico, baseada no histórico do paciente e na gravidade da doença, será definido se ele precisará ou não ficar internado.
O paciente pode sentir alguns efeitos colaterais, como náuseas, diarreia, gosto metálico na boca e insônia ao final da Pulsoterapia. Por isso, é importante que ele permaneça em observação para receber toda a assistência e orientação da equipe médica.
Nós, da Medquimheo, temos uma equipe multidisciplinar e experiente no preparo e administração das medicações. Para neurologistas, reumatologistas, dermatologistas, ginecologistas, clínicos gerais e pediatras, nós oferecemos toda a infraestrutura necessária para a administração de medicamentos especiais em regime ambulatorial ou hospitalar.
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O termo pulsoterapia significa a administração de altas doses de medicamentos por curtos períodos de tempo. Na esclerose múltipla utiliza-se a pulsoterapia com corticóides sintéticos no tratamento das exacerbações (surtos). O prescrito mais comumente chama-se metilprednisolona (Solu-Medrol®). Este medicamento, administrado em curso de 3 ou 5 dias, via endovenosa, encurta a duração dos surtos, pois age diminuindo a inflamação e apresenta início de ação rápido. Em geral, após a administração venosa, segue-se com corticóide via oral (prednisona) por 5 dias ou mais, reduzindo-se a dose gradualmente até a suspensão.
A administração de corticóide endovenoso deve ser realizada em regime hospitalar ou ambulatorial, mas nem sempre é necessária internação, que é um critério médico baseado no histórico e avaliação da gravidade do paciente. Em regime de internação ou não, o paciente deve receber supervisão médica durante e após a pulsoterapia com corticóides – isto é fundamental, pois efeitos colaterais podem ocorrer. Os efeitos colaterais mais comuns em curto prazo da terapia são retenção hídrica, perda de potássio, ganho de peso, hiperglicemia transitória, perturbações gastrointestinais, acne, labilidade emocional, insônia e gosto metálico na boca.
Pulsos periódicos de metilprednisolona endovenosa (como regime mensal, por exemplo) são empregados por alguns neurologistas para pacientes com EM progressiva, mas aumentam o risco de efeitos colaterais e não há fortes evidências de que tenham um impacto favorável na progressão da doença.
Alguns efeitos colaterais dos corticóides: hipertensão arterial, hiperglicemia, hiperlipidemia, retenção de sódio e água, hiperparatireoidismo secundário, síndrome de Cushing, osteoporose, necrose óssea asséptica, miopatia, catarata, glaucoma, arritmias cardíacas, tromboembolismo, sintomas psicológicos e psiquiátricos (euforia, alucinações, depressão, insônia e psicose), acnes, ulceração gástrica, infecções.
No Brasil, o Consenso Expandido do BCTRIMS enfatiza que o neurologista deve individualizar o tratamento e dar informações quanto aos benefícios e riscos potenciais dos medicamentos. Para isto, incentiva o Consentimento Informado e o compromisso da realização de controles periódicos.
Bibliografia:
  1. Consenso Expandido do BCTRIMS para Tratamento da Esclerose Múltipla. Arq Neuropsiquiatr 2002; 60(3-B):881-886
  2. Polman CH, Thompson AJ, Murray TJ, Bowling AC, Noseworthy JH. MS: the Guide Sixth Edition
  3. Braunwald E, Fauci AS, Kasper DL, Hauser SL, Longo DL, Jameson JL. Harrison Medicina Interna. 15ª Edição. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A 2001:171: 2612

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