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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

 


Intolerância à Lactose: esclareça suas principais dúvidas!

O que é Intolerância à Lactose Sintomas Exame

Antes de tudo, é importante esclarecer que intolerância à lactose não é uma doença e não deve ser confundida com alergia à lactose ou ao leite. Trata-se de uma carência que algumas pessoas têm da enzima responsável por digerir o açúcar do leite no organismo

Com isso, pessoas com intolerância à lactose costumam ter dores de barriga frequentes e precisam ter um controle maior sobre o que comem e ingerem.

Mas, não se desespere: é possível ter uma vida normal com intolerância à lactose!

Continue lendo este artigo e informe-se melhor sobre o problema, esclarecendo as suas principais dúvidas, como o que é, tipos e graus de intolerância à lactose, efeitos, tratamentos e mais!

O que é Intolerância à Lactose?

Também conhecida como deficiência de lactase, a intolerância à lactose é um distúrbio digestivo causado pela incapacidade do organismo de digerir um tipo de açúcar encontrado em alimentos como o leite e seus derivados: a lactose.

Essa incapacidade surge porque o próprio corpo não consegue produzir uma quantidade suficiente da enzima que auxilia na digestão da lactose, chamada de lactase.

Com isso, as substâncias do leite e seus derivados não são digeridas da maneira correta e acabam se acumulando no intestino, gerando problemas como gases, cólicas e até diarreias.

Em geral, o problema é mais comum em pessoas mais velhas (que desenvolvem a intolerância com o avançar da idade), que tiveram parto prematuro ou, ainda, que possuem algumas doenças específicas que também influenciam na produção da lactase no organismo, como a doença de Crohn.

Diferença entre alergia ao leite e intolerância à lactose

A diferença é que, no caso da alergia, trata-se de uma reação imunológica imediata do organismo às proteínas do leite, fazendo com que os sintomas apareçam bem mais rápido e afetem outras partes do corpo, como pele e sistema respiratório. Já em casos de intolerância, os sintomas costumam aparecer com mais tempo após a ingestão de leite e seus derivados, atingindo diretamente o sistema digestivo.

Intolerância à Lactose em bebê:

A intolerância à lactose em bebês é rara e, em muitos casos, pode ser confundida com alergia ao leite. Muitas mães ficam preocupadas se é intolerância ou não, pois a criança começa a apresentar alguns sintomas comuns do problema, como cólicas, gases, diarreia e vômito, após a ingestão do alimento ou de seus derivados.

Porém, é importante procurar um médico especialista para esclarecer se o alimento é realmente a causa do problema.

Tipos e graus de Intolerância à Lactose

A intolerância à lactose pode ser de grau leve, moderado ou grave, a depender de cada paciente e também da classificação do problema.

Dito isso, existem três tipos de intolerância à lactose. Conheça:

  • Intolerância à lactose primária: esse é o tipo mais comum e costuma se desenvolver com o envelhecimento, de forma natural com o avançar da idade em algumas pessoas. Isso acontece porque, com o passar dos anos e consequente variação da dieta de cada pessoa, o organismo diminui a produção da lactase, podendo resultar em um quadro de intolerância.
  • Intolerância à lactose secundária: já esse tipo de intolerância surge como consequência de alguma doença, ferimento ou, ainda, cirurgia — fatores que podem impactar no funcionamento do intestino delgado, reduzindo a produção necessária de lactase. Alguns exemplos de doenças que podem causar a intolerância à lactose são: síndrome do intestino irritável, Doença de Crohn, doença celíaca, gastroenterite. Sendo assim, a intolerância pode ser passageira nesses casos, já que geralmente o tratamento da causa soluciona o problema.
  • Intolerância à lactose congênita: apesar de raro, esse tipo de intolerância é hereditário e genético, surgindo em pessoas que já nascem com carência total da lactase no organismo. Trata-se de uma herança autossômica recessiva, em que os pais transmitem o gene da intolerância à lactose para o filho. Isso causa mudanças no gene LCT (gene da lactase humana), que possui o código genético responsável pela produção de lactase no corpo.

Quais os sintomas de pessoas que têm intolerância à lactose?

Para quem deseja saber se tem intolerância à lactose, os principais sinais e sintomas são:

  • Diarreia;
  • Excesso de gases;
  • Náuseas e vômito;
  • Dores abdominais;
  • Inchaço na região da barriga.

Uma boa dica para identificar a intolerância à lactose é observar em quanto tempo esses sintomas aparecem após a ingestão do leite ou de algum derivado.

Geralmente, pessoas com intolerância à lactose começam a sentir os sintomas entre 30 minutos e 2 horas após a ingestão de lacticínios.

Além disso, os sinais também podem ser sentidos com maior intensidade dependendo da quantidade de lactose presente no corpo.

O que a intolerância à lactose pode causar? Quais os efeitos?

Além dos sintomas característicos e do impacto que esse tipo de intolerância pode ter no dia a dia de um paciente, o problema também pode levar a outros efeitos, como deficiência de vitamina D, proteína, cálcio e riboflavina, além de perda de peso e até desnutrição.

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Intolerância à Lactose tem cura?

Em geral, a intolerância à lactose não tem cura, com exceção dos casos de intolerância secundária, em que o problema pode ser resolvido com o tratamento da causa.

Porém, ao tratar o distúrbio corretamente é possível promover uma boa qualidade de vida ao paciente. Confira as opções de tratamento abaixo.

Tratamentospara Intolerância à Lactose

Na maioria dos casos, o tratamento envolve, principalmente, mudanças na alimentação, em que o paciente evita ou limita o consumo de leite e seus derivados.

Vale ressaltar que uma pessoa com intolerância à lactose não deixa de comer nem beber, necessariamente, leite nem seus derivados, já que é uma importante fonte nutricional para o organismo.

Na adequação da alimentação, primeiro retiram-se leites e seus derivados do cardápio do paciente para aliviar os sintomas. Depois, o alimento é reintroduzido na dieta aos poucos, para avaliar qual a quantidade ideal de consumo que o organismo suporta, garantindo o suplemento nutricional essencial ao corpo.

Além disso, também podem ser utilizados remédios e medicamentos específicos durante o tratamento. 

Remédio para Intolerância à Lactose:

São utilizadas cápsulas, suplementos ou comprimidos mastigáveis que contêm a lactase, como forma de reposição da enzima no organismo

Intolerância à lactose: o que comer?

Existem leites e derivados que possuem baixa ou nenhuma quantidade de lactose e não costumam provocar sintomas em pessoas com intolerância, como leite de soja, queijos mais amarelos e queijo tofu, leite de amêndoas e leite de arroz. 

Também são boas opções para substituir o leite de vaca em receitas e preparos.

Além disso, é recomendado o consumo de alimentos como verduras de folhas verdes (brócolis, espinafre), ovos, laranja, cenoura, entre outros, que vão ajudar na carência de cálcio causada pela intolerância e também melhorar o funcionamento do intestino.

O grande segredo é manter uma dieta equilibrada, comendo de tudo um pouco sem exageros, para garantir o equilíbrio nutricional.

Comodiagnosticar intolerância à lactose?

Se sentir os sintomas ou possuir histórico familiar, é essencial procurar um médico para o diagnóstico correto da intolerância à lactose. 

Você pode procurar tanto um clínico geral quanto gastroenterologistas (especialistas no sistema digestivo).

Na consulta, o profissional irá fazer a análise clínica do problema e poderá solicitar alguns exames específicos para o diagnóstico preciso do distúrbio, como o teste de intolerância à lactose, além de outros exames complementares, como teste de hidrogênio na respiração e teste de acidez nas fezes.

No teste de intolerância à lactose, o paciente ingere uma dose de lactose em jejum e depois realiza um exame de sangue, para medir os níveis de glicose no organismo. Se os níveis forem alterados, é um indicativo para intolerância à lactose.

Esperamos que este artigo tenha esclarecido as suas dúvidas sobre intolerância à lactose. 


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