📝Reflexão
De joelhos
Orar não é para manipuladores, nem para fortes, nem para sábios, nem para exigentes, nem para arrogantes, nem para perfeitos. A oração não abre portas. Já estão abertas. Quando oramos, entramos na casa de Deus, que nos deixa à vontade em seu palácio entregue para nos servir de morada, sem que nada tenhamos prometido para merecer.
A oração não exige esforço. Deus põe seu poder para nos atender. Quando oramos, não mostramos nossa força, mas nossa fraqueza, nem nossa competência, mas nossa impotência, nem nossa sabedoria, mas nossa ignorância. Se soubermos usar palavras bonitas, até podemos, mas elas nãos têm poder. Poderoso é quem ouve e escuta até nossos silêncios.
A oração não dá aula. Recebe. Quando oramos não falamos sobre Deus, mas com Deus. O que dele sabemos — e, orando, mais aprendemos — nos encoraja a expor o que sentimos, o que somos, como estamos, de que precisamos.
A oração não dá ordens. Elas vêm de Deus. Quando oramos, deixamos que as mãos do Criador nos conduzam por caminhos que Ele conhece e nos mostrem jardins tranquilos para que descansemos ou que seus pés nos acompanhem por vales agitados em que tudo que podemos fazer é confiar. A oração não exige. Pede. Quando oramos, somos como mendigos na calçada esperando não por um egoísta que porta uma moeda desvalorizada, uma roupa surrada, uma comida sobrada, mas pelo grande Doador que nos leva para uma banquete em sua casa. A oração não impõe. Inclina-se. Quando oramos, nós nos ajoelhamos diante de Deus, que se ajoelha ao nosso lado para nos ouvir, sofrer conosco e nos levantar.
“Passados aqueles dias, saímos para continuar a viagem. Todos os discípulos, cada um com a sua mulher e os seus filhos, nos acompanharam até fora da cidade; e, ajoelhados na praia, oramos”. -Atos 21:5
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