Entenda as possíveis causas de
manchas roxas pelo corpo
Encontrar manchas roxas pelo corpo talvez seja algo comum para pessoas desastradas, que vivem esbarrando nos móveis, nas maçanetas e nas paredes por aí. No entanto, se as marcas surgem com frequência e sem motivo aparente, é importante investigar por que isso está acontecendo.
As manchas roxas são manifestações hemorrágicas, classificadas em três tipos:
- Petéquias: pontos vermelhos que aparecem e somem rapidamente
- Equimoses: costumam ser maiores que um centímetro e normalmente se manifestam após uma contusão
- Hematomas: grandes marcas roxas, resultantes de um acúmulo de sangue nos vasos.
A pele funciona como um sistema de alerta para várias doenças, que se manifestam primeiro nela para, depois, mostrar que algo não vai bem. Então, por mais que as manchas possam resultar de pancadas, também podem ser um sinal de doenças autoimunes, carência de vitamina C, diabetes, envelhecimento e mais.
Principais causas de manchas roxas no corpo
1. Defeitos nos vasos sanguíneos ou fragilidade capilar: ocorre quando pequenos vasos de sangue se rompem facilmente por estarem fracos. Com isso, há liberação de sangue sob a pele, causando as manchas roxas visíveis na superfície. As causas podem ser genéticas, emocionais, alérgicas, entre outras. Geralmente, as marcas somem sozinhas, mas é possível tratá-las com pomada para hematomas.
2. Hemofilia ou anormalidade de coagulação: essa é uma doença genética que provoca sangramentos volumosos e em grande quantidade. Ela altera o processo de coagulação do sangue, por isso as manchas roxas aparecem na pele, apesar de o sangramento ser interno. Os homens costumam ser os mais afetados pela condição, já que ela está relacionada ao cromossomo X. A hemofilia deve ser tratada com hematologistas, que irão prescrever a reposição dos coagulantes.
3. Leucemia aguda e crônica: popularmente, costuma haver uma desconfiança de que qualquer mancha roxa que apareça na pele sem um motivo aparente esteja ligada à leucemia, mas os motivos podem ser variados. No caso da leucemia, as marcas são provocadas pela queda na produção das plaquetas.
4. Púrpura trombocitopenia imune: é provocada por uma inflamação dos vasos abaixo da pele. As manchas não doem e têm vários tamanhos. São resultado do extravasamento de sangue motivado pela queda no número de plaquetas (trombocitopenia). Recorrente em crianças e mulheres, a doença ocorre pois as células produzidas na medula óssea, ligadas à coagulação do sangue, são destruídas pelo próprio corpo.
5. Doença de Von Willebrand: genética e hereditária, é causada pela queda na produção do "fator de Von Willebrand (VWF)", uma proteína importante no processo de coagulação do sangue. A doença provoca manchas roxas e pintas vermelhas na pele, principalmente após a compressão de um membro. O tratamento envolve a reposição do fator de Von Willebrand e ácido tranexâmico para estancar os sangramentos das mucosas.
6. Púrpura trombocitopenia trombótica: é um distúrbio que envolve a formação de pequenos coágulos sanguíneos por todo o corpo. Eles bloqueiam o fluxo de sangue para órgãos vitais, como o cérebro, coração e rins. Os sintomas estão relacionados ao local do corpo em que esses coágulos formam.
7. Infecções: dengue, zika vírus e febre amarela têm o aparecimento de manchas roxas na pele entre seus sintomas. Toda infecção que causa interferência nas plaquetas e na coagulação do sangue pode gerar marcas.
8. Deficiência de vitamina C: a falta do nutriente pode tornar os pequenos vasos sanguíneos mais frágeis, rompendo-os de forma espontânea e causando sangramento local. O tratamento envolve aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola, brócolis, couve.
Fator emocional
O cortisol (hormônio do estresse) pode desencadear erupções cutâneas, opacidade, acelerar o envelhecimento e agravar doenças da pele, como eczema e psoríase, além de favorecer alterações no sistema imunológico, podendo ocasionar manchas roxas na pele.
Se os exames descartarem outros motivos e chegarem a um quadro psicológico, o tratamento psicoterapêutico deve levar em consideração aspectos multifatoriais relacionados à ansiedade e depressão. Reorganização no estilo da alimentação e prática de atividade física são essenciais.
Como identificar a gravidade das manchas roxas?
Caso as manchas não desapareçam sozinhas em pouco tempo, é necessário procurar profissionais capacitados para identificação e tratamento delas, como dermatologistas e hematologistas. O alerta deve ficar ligado se as manchas forem recorrentes e acompanhadas de sangramentos no nariz ou na boca, além de dor e febre. Nesses casos, exames serão solicitados para avaliar o quadro.
Fontes: Barbara Carneiro, médica pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador (BA), especialista em dermatologia e medicina estética; Guilherme Stanford, psicólogo e professor do curso de psicologia do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê; Jader Freire Sobral Filho, médico pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba), pós-graduado em dermatologia pelo Hospital dos Servidores do Rio de Janeiro e professor de dermatologia do curso de medicina do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê.
Encontrar manchas roxas pelo corpo talvez seja algo comum para pessoas desastradas, que vivem esbarrando nos móveis, nas maçanetas e nas paredes por aí. No entanto, se as marcas surgem com frequência e sem motivo aparente, é importante investigar por que isso está acontecendo.
As manchas roxas são manifestações hemorrágicas, classificadas em três tipos:
- Petéquias: pontos vermelhos que aparecem e somem rapidamente
- Equimoses: costumam ser maiores que um centímetro e normalmente se manifestam após uma contusão
- Hematomas: grandes marcas roxas, resultantes de um acúmulo de sangue nos vasos.
A pele funciona como um sistema de alerta para várias doenças, que se manifestam primeiro nela para, depois, mostrar que algo não vai bem. Então, por mais que as manchas possam resultar de pancadas, também podem ser um sinal de doenças autoimunes, carência de vitamina C, diabetes, envelhecimento e mais.
Principais causas de manchas roxas no corpo
1. Defeitos nos vasos sanguíneos ou fragilidade capilar: ocorre quando pequenos vasos de sangue se rompem facilmente por estarem fracos. Com isso, há liberação de sangue sob a pele, causando as manchas roxas visíveis na superfície. As causas podem ser genéticas, emocionais, alérgicas, entre outras. Geralmente, as marcas somem sozinhas, mas é possível tratá-las com pomada para hematomas.
2. Hemofilia ou anormalidade de coagulação: essa é uma doença genética que provoca sangramentos volumosos e em grande quantidade. Ela altera o processo de coagulação do sangue, por isso as manchas roxas aparecem na pele, apesar de o sangramento ser interno. Os homens costumam ser os mais afetados pela condição, já que ela está relacionada ao cromossomo X. A hemofilia deve ser tratada com hematologistas, que irão prescrever a reposição dos coagulantes.
3. Leucemia aguda e crônica: popularmente, costuma haver uma desconfiança de que qualquer mancha roxa que apareça na pele sem um motivo aparente esteja ligada à leucemia, mas os motivos podem ser variados. No caso da leucemia, as marcas são provocadas pela queda na produção das plaquetas.
4. Púrpura trombocitopenia imune: é provocada por uma inflamação dos vasos abaixo da pele. As manchas não doem e têm vários tamanhos. São resultado do extravasamento de sangue motivado pela queda no número de plaquetas (trombocitopenia). Recorrente em crianças e mulheres, a doença ocorre pois as células produzidas na medula óssea, ligadas à coagulação do sangue, são destruídas pelo próprio corpo.
5. Doença de Von Willebrand: genética e hereditária, é causada pela queda na produção do "fator de Von Willebrand (VWF)", uma proteína importante no processo de coagulação do sangue. A doença provoca manchas roxas e pintas vermelhas na pele, principalmente após a compressão de um membro. O tratamento envolve a reposição do fator de Von Willebrand e ácido tranexâmico para estancar os sangramentos das mucosas.
6. Púrpura trombocitopenia trombótica: é um distúrbio que envolve a formação de pequenos coágulos sanguíneos por todo o corpo. Eles bloqueiam o fluxo de sangue para órgãos vitais, como o cérebro, coração e rins. Os sintomas estão relacionados ao local do corpo em que esses coágulos formam.
7. Infecções: dengue, zika vírus e febre amarela têm o aparecimento de manchas roxas na pele entre seus sintomas. Toda infecção que causa interferência nas plaquetas e na coagulação do sangue pode gerar marcas.
8. Deficiência de vitamina C: a falta do nutriente pode tornar os pequenos vasos sanguíneos mais frágeis, rompendo-os de forma espontânea e causando sangramento local. O tratamento envolve aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola, brócolis, couve.
Fator emocional
O cortisol (hormônio do estresse) pode desencadear erupções cutâneas, opacidade, acelerar o envelhecimento e agravar doenças da pele, como eczema e psoríase, além de favorecer alterações no sistema imunológico, podendo ocasionar manchas roxas na pele.
Se os exames descartarem outros motivos e chegarem a um quadro psicológico, o tratamento psicoterapêutico deve levar em consideração aspectos multifatoriais relacionados à ansiedade e depressão. Reorganização no estilo da alimentação e prática de atividade física são essenciais.
Como identificar a gravidade das manchas roxas?
Caso as manchas não desapareçam sozinhas em pouco tempo, é necessário procurar profissionais capacitados para identificação e tratamento delas, como dermatologistas e hematologistas. O alerta deve ficar ligado se as manchas forem recorrentes e acompanhadas de sangramentos no nariz ou na boca, além de dor e febre. Nesses casos, exames serão solicitados para avaliar o quadro.
Fontes: Barbara Carneiro, médica pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador (BA), especialista em dermatologia e medicina estética; Guilherme Stanford, psicólogo e professor do curso de psicologia do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê; Jader Freire Sobral Filho, médico pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba), pós-graduado em dermatologia pelo Hospital dos Servidores do Rio de Janeiro e professor de dermatologia do curso de medicina do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê.
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