segunda-feira, 24 de março de 2025

Leitura da Bíblia em um ano.

Durante a semana de 24 a 30 de março de 2025 a leitura será em  1 Samuel  os capítulos 1 ao 24



  Estudo Bíblico de 1 Samuel 9:2 (ACF)


Introdução: O capítulo 9 de 1 Samuel marca um ponto de virada crucial na história de Israel, introduzindo Saul, o primeiro rei. O versículo 2, especificamente, serve como uma apresentação impactante do protagonista, enfatizando sua beleza física e estatura, qualidades que, na cultura da época, frequentemente associavam-se à liderança e poder. Este versículo prepara o terreno para a narrativa subsequente, na qual Saul, inicialmente um jovem procurando jumentas perdidas, é inesperadamente escolhido por Deus para liderar Israel.


Contexto Histórico: O contexto histórico do livro de Samuel é marcado pela transição de uma sociedade tribal governada por juízes para uma monarquia. Israel ansiava por um rei "como as outras nações" (1 Samuel 8:5), rejeitando, implicitamente, a liderança de Deus. No capítulo 9, vemos uma sociedade onde a consulta a profetas e videntes era comum para resolver problemas práticos, como a busca por animais perdidos (versículos 6-10). A valorização da beleza física, especialmente em homens, era um reflexo da cultura da época, onde a aparência era frequentemente associada à força, capacidade e favor divino. A busca pelas jumentas perdidas serve como um pano de fundo humilde para a elevação inesperada de Saul, contrastando sua origem modesta com o futuro grandioso que o aguardava.


Interpretação: 1 Samuel 9:2 descreve a beleza física e a alta estatura de Saul. Teologicamente, este versículo não deve ser interpretado como uma aprovação divina da beleza física como critério para a liderança. Deus não escolhe líderes com base em aparências externas (1 Samuel 16:7: "Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração."). A escolha de Saul, apesar de sua aparência impressionante, pode ser vista como uma concessão ao desejo do povo por um rei “como as outras nações”, que valorizavam qualidades superficiais. Para os crentes contemporâneos, este versículo serve como um lembrete de que a verdadeira liderança, aos olhos de Deus, reside em qualidades internas como humildade, obediência e fé. A narrativa subsequente da vida de Saul, com seus erros e desobediência, ilustra que a beleza exterior e o poder físico não garantem um bom líder ou uma vida agradável a Deus. A soberania de Deus e a sabedoria divina são confirmadas, onde os planos de Deus se cumprem mesmo através das falhas humanas, e não são limitados pela escolha de liderança feita pelas pessoas.


Cross-References:


1 Samuel 16:7: "Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração." Este versículo estabelece um contraste direto com a descrição de Saul em 1 Samuel 9:2. Ele enfatiza que os critérios de Deus para a escolha de líderes são diferentes dos critérios humanos, priorizando a qualidade do coração em vez da aparência externa. Este cross-reference ressalta a lição de que a beleza exterior e a estatura não garantem a aprovação ou o sucesso aos olhos de Deus.


Provérbios 31:30: "Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada." Este provérbio amplia a ideia de que a beleza física é passageira e superficial. O verdadeiro valor está no temor do Senhor e na prática da justiça. Este cross-reference ajuda a relativizar a importância da beleza física de Saul e a direcionar o foco para a importância de um caráter piedoso e obediente a Deus como base para uma vida de significado e propósito.


domingo, 23 de março de 2025

📖 Leitura para meditação



"Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado" (Tiago 4:17)

As estatísticas nos dizem que 95% de todos os cristãos nunca levaram alguém a Cristo. Não deveria ser assim. O problema é que, para muitos, a Grande Comissão (ou Missão) é percebida mais como a Grande Sugestão. Para outros, a Grande Comissão é a Grande Omissão.

Quem é chamado para ir por todo o mundo e pregar o evangelho? Nós somos. Em Mateus 28:19-20, Jesus disse: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos."

E no evangelho de Marcos, Jesus disse: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas" (Marcos 16:15).

A partir desses versículos, vemos que todo cristão é chamado para ir ao mundo e proclamar as boas novas de Jesus Cristo e, com o melhor de sua capacidade, conduzir as pessoas a Cristo.

Acredito que, para nós, não ir a todo o mundo e pregar o evangelho pode, na verdade, ser um pecado. Existe o pecado da missão, que é fazer o que você não deve fazer, mas também existe o pecado da omissão, que é não fazer o que você deve fazer.

O livro de Tiago diz: "Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado" (Tiago 4:17).

Temos o evangelho. Temos o caminho para que as pessoas mudem seu endereço eterno da morte para o Paraíso. No entanto, muitos de nós não saimos de nossas zonas de conforto. Não costumamos ir falar com alguém que nunca ouviu falar de Jesus. Precisamos superar essa nossa relutância, porque fomos ordenados por Cristo a pregar o evangelho.

 

LEITURA DE HOJE 


RUTE CAPÍTULOS 1 ao 4

Estudo Bíblico: Rute 1:9

Rute 1:9 - Estudo Bíblico


1. Introdução:


Rute 1:9 é um versículo comovente que captura o momento de despedida entre Noemi e suas noras, Orfa e Rute. Este capítulo inicial estabelece o cenário de perda, sofrimento e deslocamento que a família de Noemi enfrenta. A bênção de Noemi, expressa neste versículo, reflete seu desejo profundo de que suas noras encontrem segurança e felicidade em seus lares, um contraste doloroso com sua própria situação. O capítulo todo estabelece um contexto para a demonstração de fé de Rute e fidelidade para com Noemi.


2. Contexto Histórico:


O livro de Rute se passa nos dias em que os juízes governavam Israel, um período marcado por instabilidade social e espiritual (Rute 1:1). Uma fome severa força Elimeleque, Noemi e seus dois filhos a se mudarem de Belém para Moabe, uma terra estrangeira e com uma cultura pagã. A decisão de migrar para Moabe já demonstra um afastamento de Israel, com o resultado trágico de perdas e mortes. A morte de Elimeleque e seus dois filhos deixa Noemi desamparada em uma terra estranha. Seus filhos casam-se com mulheres moabitas, o que era considerado fora das normas culturais da época. A bênção de Noemi às suas noras, expressa em Rute 1:9, deve ser entendida dentro deste contexto de perda e deslocamento. As mulheres, na cultura da época, dependiam do apoio de seus maridos e famílias; a esperança de um novo casamento era a esperança de segurança e provisão.


3. Interpretação:


Rute 1:9 demonstra a graça e a misericórdia de Deus, mesmo em meio ao sofrimento. Noemi, apesar de suas perdas, deseja o bem-estar de suas noras. A bênção que ela profere – "O SENHOR vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido" – é um reconhecimento de que a verdadeira segurança e paz vêm de Deus. Em uma perspectiva trinitária, podemos ver a mão de Deus Pai providenciando para aqueles que confiam Nele, mesmo em circunstâncias difíceis. A busca por descanso (literalmente "repouso", "segurança") representa um anseio profundo por estabilidade e paz, tanto física quanto espiritual. Para os crentes contemporâneos, este versículo nos lembra de orar e desejar o bem para os outros, especialmente aqueles que estão sofrendo. Também nos lembra que Deus é a fonte de todo o descanso e segurança verdadeira. Podemos depositar nossa confiança Nele, sabendo que Ele cuida de nós e nos conduzirá em meio às dificuldades. A história completa de Rute mostra que Deus usou a fidelidade de Rute e a bondade de Boaz para trazer redenção e restauração à vida de Noemi, demonstrando que, mesmo nos momentos mais sombrios, a esperança em Deus permanece.


4. Cross-References:


Números 6:24-26: "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz." Esta bênção sacerdotal, dada a Israel, ecoa o desejo de Noemi de que o Senhor abençoe e conceda paz às suas noras. Ambas as passagens demonstram que a bênção e a paz vêm de Deus.


Mateus 11:28-30: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." Jesus oferece descanso para aqueles que estão cansados e sobrecarregados, um descanso que vai além da segurança física e se estende à alma. Este versículo de Mateus complementa Rute 1:9, mostrando que o descanso final e a paz verdadeira são encontrados em Cristo.


sábado, 22 de março de 2025

REFLEXÃO


Acabe com o Ioiô Emocional

“Mas o fruto do Espírito [Santo] é: amor, alegria, paz, longanimidade (um temperamento equilibrado, paciência), benignidade, bondade (benevolência), fidelidade, mansidão (suavidade, humildade), domínio próprio…”. Gálatas 5:22-23, AMP

Lembro-me dos anos em que eu era uma “cristã ioiô”. Estava continuamente subindo e descendo na montanha-russa emocional. Se meu marido Dave fizesse o que eu gostava, eu ficava feliz. Se ele não fizesse o que eu gostava, eu ficava furiosa. Eu ainda não havia aprendido a ser guiada pelo Espírito Santo e estava permitindo que meus sentimentos controlassem meu comportamento.

Mais do que qualquer coisa, os cristãos costumam me dizer como se sentem: “sinto que ninguém me ama”; “sinto que meu cônjuge não me trata corretamente”; “sinto que nunca serei feliz”. “Sinto”, “não sinto”, e por aí vai.

Deus quer que entendamos que nossas emoções nunca desaparecerão, de modo que precisamos aprender a governá-las em vez de deixar que elas nos governem. Podemos escolher exercer o domínio próprio e não permitir que a carne nos governe. Nenhum de nós terá, ou mesmo deveria ter, tudo o que quer. Um cristão espiritualmente maduro pode ser feliz e cheio de paz quando não consegue ter o que quer. Podemos escolher dizer a nós mesmos que não vamos ser capazes de dizer tudo que queremos dizer, de comer tudo que queremos comer, e de sempre fazer o que sentimos vontade de fazer. Escolha permitir que o Espírito Santo o ajude a fazer o que é certo independentemente de como você se sinta!


Sendo cristãos, em vez de nos concentrarmos em como nos sentimos, podemos focar no que sabemos que é verdade na Palavra de Deus.



 https://tv.joycemeyer.org/portuguese/devotional/acabe-com-o-ioio-emocional/

📖 PALAVRA PARA MEDITAÇÃO

"Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome" (Mateus 6:9)


Eu não tive um pai durante a minha infância, acompanhando o meu crescimento. Minha mãe foi casada e divorciada sete vezes, tendo ainda muitos namorados entre esses casamentos. Ela parecia gostar de passar de um relacionamento para outro, se assim podemos dizer, e me dizia para chamar esses homens de pai.

Depois de cerca de três caras, eu estava ficando cansado. Minha mãe me apresentava a um completo estranho e dizia: "Este é o seu novo pai. Chame-o de pai." Mas eu não queria chamar esses caras de pai, com exceção de um homem chamado Oscar Laurie. Ele me tratou como um pai deveria tratar um filho.

No que é conhecida como a oração do "Pai Nosso" em Mateus 6:9, Jesus disse aos Seus discípulos: "Vocês, orem assim: 'Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome'." Este foi um pensamento revolucionário para um judeu. Os judeus do primeiro século não chamavam Deus de "Pai". Na verdade, eles consideravam o Seu nome com tanta reverência e respeito, que nem mesmo o pronunciavam.

Em todo o Antigo Testamento, Deus é referido como "Pai" menos de sete vezes. Quando Ele é referido dessa forma, é indiretamente ou, melhor dizendo, à distância. Então, quando Jesus se referiu a Deus como Seu Pai, Ele foi acusado de blasfêmia.

Jesus nos dá essa permissão. Mais ainda: Ele nos incentiva a orar "Pai nosso, que estás nos céus!". Nosso Pai Celestial é diferente de nossos pais na Terra. Pais e mães podem decepcionar seus filhos. E os filhos podem decepcionam os seus pais. Todos nós nos decepcionamos às vezes.

O salmista Davi, que sabia o que era ter um pai que não o amava, disse que Deus é "Pai para os órfãos [...]" (Salmo 68:5). Deus será esse pai para você.

📖 Estudo Bíblico: Juízes 21:4


  Estudo Bíblico: Juízes 21:4 (ACF)


1. Introdução: Juízes 21 relata as consequências trágicas dos eventos descritos nos capítulos anteriores, incluindo a guerra civil contra a tribo de Benjamim, que quase levou à sua extinção. O capítulo narra os esforços desesperados das outras tribos para contornar um juramento precipitado e garantir a sobrevivência de Benjamim, ainda que por meios moralmente questionáveis. O versículo 4 descreve uma ação religiosa do povo de Israel, aparentemente em busca de reconciliação e favor divino.


2. Contexto Histórico: O livro de Juízes, em seu ciclo repetitivo de pecado, opressão, clamor a Deus e libertação, revela um período de grande instabilidade social e espiritual em Israel. "Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos" (Juízes 21:25), uma frase que resume a anarquia moral da época. No contexto específico do capítulo, o juramento imprudente de não dar suas filhas em casamento aos benjamitas (Juízes 21:1) cria um dilema. A tribo de Benjamim está quase extinta, mas o juramento impede a sua restauração por meios tradicionais. A construção do altar e a oferta de sacrifícios em Betel (Juízes 21:4) sugerem uma tentativa de buscar a aprovação divina para as ações subsequentes, ainda que estas envolvam violência e subterfúgios.


3. Interpretação: O versículo 4, "E sucedeu que, no dia seguinte, o povo, pela manhã se levantou, e edificou ali um altar; e ofereceu holocaustos e ofertas pacíficas," demonstra uma tentativa de reconciliação com Deus após as atrocidades cometidas. Sob uma perspectiva Trinitariana, podemos ver que esta ação é um reconhecimento da necessidade de expiação e da busca pela paz com Deus, elementos cruciais na fé cristã. No entanto, é importante notar que as ações subsequentes descritas no capítulo (o massacre em Jabes-Gileade e o rapto das mulheres de Siló) questionam a sinceridade desse arrependimento. Para o crente contemporâneo, este versículo serve como um lembrete da importância de buscar a Deus em arrependimento e adoração, mas também da necessidade de que a nossa busca por reconciliação com Deus se manifeste em ações justas e coerentes com os princípios bíblicos. A mera formalidade religiosa, sem a transformação do coração, é insuficiente. O que está em jogo não é apenas o cumprimento de rituais religiosos, mas também a justiça, a compaixão e o amor ao próximo, que são elementos centrais do Evangelho. O episódio demonstra a necessidade de discernimento e cuidado ao fazer promessas e juramentos, bem como os perigos de colocar a lei (o juramento) acima do amor e da misericórdia.


4. Cross-References:


1 Samuel 15:22: "Porventura, tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender, do que a gordura de carneiros." Este versículo demonstra que Deus valoriza a obediência e a sinceridade do coração acima dos rituais religiosos. A construção do altar e a oferta de sacrifícios em Juízes 21:4 podem ser vistas como uma tentativa de agradar a Deus, mas sem necessariamente implicar em uma mudança genuína de comportamento.


Mateus 5:23-24: "Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta." Jesus ensina que a reconciliação com o próximo é um pré-requisito para uma adoração aceitável a Deus. As ações violentas e desumanas descritas em Juízes 21 contrastam fortemente com este ensinamento, mostrando a hipocrisia de oferecer sacrifícios a Deus enquanto se age com crueldade contra o próximo.