sábado, 1 de junho de 2019

Plaquetas Baixas. A plaquetopenia (plaquetas em nível inferior a 150.000/mm3) pode ter várias causas: doenças que levam à diminuição da produção das plaquetas na medula óssea: aplasia medular, fibrose ou infiltração por células malignas (câncer visceral ou hematológico, como linfomas e leucemias), quimioterapia.

Quais as causas de plaquetas baixas?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico
plaquetopenia (plaquetas em nível inferior a 150.000/mm3) pode ter várias causas:
  • doenças que levam à diminuição da produção das plaquetas na medula óssea: aplasia medular, fibrose ou infiltração por células malignas (câncer visceral ou hematológico, como linfomas e leucemias), quimioterapia. O diagnóstico é feito através da biopsia de medula óssea.
  • doenças que cursam com aumento do baço (esplenomegalia), com sequestro e destruição das plaquetas: hipertensão portal (pode ocorrer na cirrose hepática, esquistossomose, trombose da veia porta); infiltração de células tumorais no baço, nas leucemias e linfomas e ainda na doença de Gaucher.
  • aumento da destruição plaquetária, pela presença de vasos anormais, próteses vasculares e trombos, que ocorrem nas seguintes doenças: púrpura trombocitopênica trombótica, vasculites, síndrome hemolítico-urêmica, coagulação intravascular disseminada e próteses cardíacas.
  • efeito colateral de medicamentos:
    • diuréticos tiazídicos, estrogênios e fármacos mielossupressores induzem diminuição da produção das plaquetas na medula óssea.
    • sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes, alfa-metildopa, sais de ouro e heparina podem induzir destruição imunológica das plaquetas.
  • doenças infecciosas, como dengue, AIDS, hepatite C, febre maculosa, leptospirose, febre amarela e septicemia grave.
  • doenças imunológicas, em que ocorre a destruição das plaquetas no sangue (intravascular), como na púrpura trombocitopênica imunológica e algumas doenças reumatológicas, como no lupus eritematosos sistêmico.
É importante frisar que há doenças em que as plaquetas estão em níveis normais, porém sua função está deficiente, como na insuficiência renal crônica com uremia, por exemplo.
Em caso de plaquetopenia sem sintomas hemorrágicos, deve ser procurado um hematologista para adequados diagnóstico e tratamento. Se houver manifestações hemorrágicas, deve ser procurado um pronto atendimento.
Quais são os sintomas de plaquetas baixas?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ânge
Médico
Os sintomas de plaquetopenia (plaquetas baixas) dependem do quão baixas estão as plaquetas. Considera-se plaquetopenia quando as plaquetas estão abaixo de 150.000/mm3.
As plaquetas são células produzidas na medula óssea, que possuem a propriedade de coagular o sangue e de ajudar que uma ferida pare de sangrar.
Os sintomas mais comuns são sangramentos cutâneo-mucosos, que ocorrem espontaneamente quando as plaquetas estão abaixo de 30.000/mm3. Podem ocorrer:
  • pequenos pontinhos avermelhados no corpo (petéquias ou hemorragias puntiformes);
  • sangramentos pelas gengivas (gengivorragia);
  • sangramento menstrual abundante;
  • sangramento na urina ou nas fezes;
  • sangramento de maior intensidade quando ocorre um ferimento;
  • sangramento pelo nariz (epistaxe).
É importante frisar que as plaquetas não são as únicas envolvidas da cascata de coagulação. Sendo assim, outras doenças podem levar a sangramentos, sem que ocorra alteração na contagem das plaquetas.
Também é importante ver a evolução da contagem das plaquetas por um período de tempo, pois há variações consideradas normais. Porém contagem baixa de plaquetas persistente deve ser melhor investigada por um clínico geral ou hematologista.
Qual a quantidade normal de plaquetas?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico
O valor normal de plaquetas no sangue do adulto é, em média, de 150.000 a 350.000 por microlitro de sangue. Os valores considerados normais podem variar dependendo do método que o laboratório de análises clínicas utiliza para fazer a contagem de plaquetas. Esse valor vem escrito no resultado de exame fornecido pelo laboratório como "valor de referência" ou VR, normalmente ao lado do resultado encontrado.  As plaquetas são células do sangue, produzidas na medula óssea, e que participam do processo de coagulação sanguínea (formação de um coágulo que interrompe o sangramento). O exame de contagem de plaquetas é geralmente pedido para identificar se há algum problema em relação à coagulação sanguínea ou doenças que podem ter aumento ou diminuição de plaquetas.
O hematologista é o especialista responsável por diagnosticar e tratar alterações no sangue.
Plaquetas baixas o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico
Somente o resultado de plaquetas baixas, pode não representar nada. É necessário que haja um exame clínico e a realização de outros exames para se fazer um diagnóstico.
Existem algumas doenças ou situações que podem provocar plaquetas baixas como as leucemias, a púrpura trombocitopênica idiopática, o mieloma múltiplo, válvulas cardíacas metálicas,o lúpus eritematoso sistêmico, alguns medicamentos, entre outras causas.
No entanto, os sinais mais comuns quando o número de plaquetas está muito baixo são as hemorragias na pele, nas gengivas, sangramentos menstruais abundantes ou cortes na pele que demoram muito para parar de sangrar.
O clínico geral ou o hematologista são os médicos que podem orientar o diagnóstico no caso do resultado de exame com presença de plaquetas baixas.
Leia também:
O que fazer em caso de plaquetas baixas?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico
plaquetopenia (plaquetas baixas) pode ter várias causas e, para melhor investigação, deve ser procurado um hematologista.
É importante frisar que há indivíduos com níveis discretamente baixos (usualmente próximos a 100.000 plaquetas/mm3), sem que exista uma doença associada, e sem prejuízo à sua saúde.
É importante observar a evolução dos níveis plaquetários durante algum período de tempo e não considerar uma medida única, pois podem ocorrer variações em virtude da análise do laboratório.
Dependendo da causa da plaquetopenia, será necessário um tratamento específico, ou será necessária apenas observação. Somente após uma avaliação detalhada, será estabelecido o diagnóstico e o tratamento.
Se houver sintomas hemorrágicos (sangramentos), deve ser procurado um pronto atendimento.
O que fazer para aumentar a contagem de plaquetas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade
O que pode ser feito para aumentar a contagem de plaquetas, em muitos casos, é receber uma transfusão de plaquetas usando o próprio sangue ou o sangue de doadores. A estratégia para aumentar as plaquetas irá depender da causa da sua redução. Diferentes problemas de saúde podem levar a plaquetopenia, que é a redução das plaquetas, desde doenças infecciosas, doenças hematológicas, abuso de álcool, deficiência de vitaminas, realização de quimioterapia, entre outras causas. Geralmente, a abordagem deve-se voltar para o tratamento das doençasEm casos de maior gravidade, ou de urgência é comum haver a necessidade de transfusão. Na transfusão de plaquetas, o sangue é centrifugado para separar os seus componentes, obtendo-se assim o plasma rico em plaquetas, que pode ter até 8 vezes mais plaquetas que o plasma comum. O plasma é a parte líquida que compõe o sangue e que permanece depois que as células são retiradas.
Outros tratamentos utilizados para aumentar as plaquetas variam conforme a causa da plaquetopenia, entre eles tem-se:
  • Corticosteroides: podem aumentar a contagem de plaquetas, embora esse aumento possa ser passageiro, geralmente usados no tratamento da Purpura Trombocitopênica Idiopática ou PTI.
  • Medicamentos, como a azatioprina, que suprimem o sistema imunológico, também podem ser usados em casos de PTI refratária ao tratamento;
  • Administração intravenosa de altas doses de imunoglobulina por via intravenosa.
Quanto à alimentação, não há alimentos que possam fazer subir a contagem das plaquetas, embora seja importante ter uma alimentação rica em nutrientes para garantir o bom funcionamento da medula óssea, que produz as plaquetas sanguíneas.
Alimentos fontes de vitamina K, como fígado, ovos, vegetais folhosos verde-escuros ajudam no controle de hemorragias, uma vez que reduzem a quantidade de plaquetas necessárias para a coagulação do sangue, evitando assim grandes reduções nos níveis dessas células.
Para maiores esclarecimentos consulte um médico, nos casos de doenças hematológicas pode ser necessário o acompanhamento por um hematologista.
Não consigo aumentar nível das plaquetas. O que fazer?
A forma mais eficaz de aumentar o nível das plaquetas é através de uma transfusão de plaquetas, o que pode ser feito utilizando o próprio sangue do paciente. O procedimento consiste em centrifugar o sangue para separar os seus componentes e obter assim o plasma com uma concentração muito mais alta de plaquetas.​
Também é possível aumentar a contagem de plaquetas com medicamentos corticoides, embora neste caso o aumento geralmente não é duradouro, ou azatioprina, que suprime o sistema imunológico. Outro tratamento que pode ser utilizado é a administração intravenosa de altas doses de imunoglobulina ou fator anti- RMesmo tendo cuidado com a alimentação, não é possível elevar o nível das plaquetas com os alimentos. Contudo, é importante ter uma dieta saudável e equilibrada, que forneça as vitaminas, minerais e proteínas necessárias para o bom funcionamento da medula óssea, responsável pela produção das plaquetas.
Alimentos ricos em vitamina K, como fígado, leite e gema de ovo, podem ajudar a evitar quedas acentuadas no nível de plaquetas em casos de hemorragia, uma vez que a vitamina K diminui a quantidade de plaquetas necessárias para a coagulação sanguínea.
Consulte um médico hematologista para avaliar o caso do seu filho e indicar o tratamento mais adequado.

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