quarta-feira, 27 de abril de 2022



Calma no período de adversidade





Muitas vezes, vivenciamos na vida
 cristã momentos de provações, perdas, e ficamos desesperados. Esperamos alegria, mas surge a tristeza. Tais situações acontecem porque Deus trabalha em nossos corações endurecidos usando o descontentamento para não nos afastemos dEle.

Buscamos o amor de Deus num amigo, e talvez esse amor apareça em um inimigo. Os nossos olhos procuram o calor e a luz do sol, mas dia após dia o céu está nublado e o vento gelado nos faz tremer de frio. Desejamos ter contato com oSenhor na calmaria, mas Ele se manifesta no meio de uma tempestade durante a escuridão da noite.

É difícil entender isso. Perguntamos: por que tem que ser assim? Mas muitos "porques" não terão respostas enquanto estivermos vivendo neste mundo, só saberemos os motivos do Senhor quando chegarmos do outro lado do rio, lá no além. O que nos mantém animados é o fato de que no maior ruído da tormenta, a voz do Espírito vem nos dizer "Sossegue, Deus está presente em sua vida; Ele não abandonou você; o Eu Sou está aqui!"

Então, compreendemos que antes da provação começar, o Senhor já tinha pleno conhecimento do fim dela. Jesus conhece as profundezas da nossa alma, sabe quando tudo começa e quando chegará ao fim. O crente não tem motivo para lastimar, as coisas que agora são incompreensíveis não precisam de explicações. Ninguém precisa perguntar porque o Mestre dormia no barco enquanto os discípulos enfrentavam a tempestade; questionar a razão de Deus estar assentado enquanto o fogo purificador está queimando [Malaquias 3.3].

É suficiente saber que tudo está debaixo dos seus pés, do seu domínio.

O cristão não está isento de passar por provas, mas quando é provado nunca é abandonado. Nós, cristãos, muitas vezes passamos por tempestades, porém, o Mestre sempre prestará o seu socorro e levará em segurança até a terra firme. O que compete ao crente nestes momentos é saber manter o equilíbrio, se a fé tornar-se desequilibrada não experimentaremos o triunfo dos aprovados.

No período da prova, muitas vezes o crente cede à tentação da murmuração, profere blasfêmias contra Deus, fala mal de alguém. Quando as águas estão agitadas, é preciso pedir graça ao Senhor para manter o equilíbrio e a calma. Se a mente está atribulada, o melhor a fazer é escolher o silêncio para não se arrepender depois.

Quando as tristezas tomam conta do coração, o melhor lugar para estar é aos pés do nosso Deus, entrar num recinto isolado e à sós lançar toda a ansiedade na presença do Todo. Derramar lágrimas, se houver vontade de chorar. Ao sair dali a alma está revigorada, leve, fortalecida para superar as provações.

Tudo passa! Os ventos ameaçadores passam! Mantenha a calma, porque Deus está ao seu lado e o segura com seus braços fortes, descanse em seu colo porque Ele é o seu Pai amoroso. Em breve toda a angústia ficará para trás.

E.A.G.

Fonte: Mensageiro da Paz. Ano 1, número 22. Publicado em 1º de Dezembro de 1931. Texto adaptado ao blog Belverede. Autoria desconhecido 












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