Bendito seja o incômodo que desperta a alma e te convida a partir.
Sim, há dores que não são castigo — são chamados.
Chamados para sair de lugares onde já não há espaço para o que você está se tornando.
O fim de um ciclo pode doer, é verdade. Mas ele não representa o fim da vida — apenas o fechamento de um capítulo que já cumpriu seu propósito.
Nem tudo o que desejamos é, de fato, o que precisamos. Às vezes, é preciso coragem para soltar o que um dia foi bom, mas já não serve mais.
Assim como roupas apertam quando crescemos, há vínculos, ambientes e versões antigas de nós que já não nos vestem. Persistir no que ficou pequeno nos impede de expandir.
Finais vêm acompanhados de memórias, medo, incertezas... Mas também trazem espaço. Espaço para que o novo chegue.
Eles são portais sagrados. Convidam ao mergulho interior — a revisitar a jornada, curar o que pesa, acolher a dor, e reconhecer os dons adormecidos prontos para nascer.
Renascer dói. Mas a dor do nascimento é, também, sinal de vida.
Que saibamos honrar nossos recomeços. Que cada fim nos lembre que há uma nova versão de nós — mais consciente, mais livre, mais verdadeira — pronta para emergir.
✨ Que recomeçar, sempre que for preciso, seja nosso mantra silencioso de coragem e fé.

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