Governo lança cartilha para orientar empresas sobre pessoas com deficiência
Para
incentivar a inclusão de trabalhadores com deficiência, a Secretaria dos
Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo lança nesta segunda-feira (23),
em parceria com a consultoria PwC, uma cartilha para orientar as empresas e combater a ideia de que a
contratação gera dificuldades e acarreta custos ao setor produtivo.
De
acordo com o Censo do IBGE de 2010, 46 milhões de pessoas têm algum tipo de
deficiência mental, de mobilidade, auditiva ou visual. Uma em cada cinco
pessoas com deficiência no Brasil está no Estado de São Paulo.
Nesse
mesmo ano, o levantamento mostrou que 3,8 milhões de pessoas com deficiência
estavam ocupadas no mercado de trabalho (formal e informal).
Parte
desses profissionais só conseguiram emprego por meio da chamada “Lei de Cotas”,
que determina que toda a empresa com cem ou mais funcionários é
obrigada a reservar 2% a 5% de suas vagas para esses trabalhadores.
Em
2010, havia cerca 44 milhões de empregados formais no Brasil, sendo que 306 mil
eram preenchidos por pessoas com deficiência, o que representa 0,7% do total.
No Estado de São Paulo, dos 13 milhões de empregados formais, cerca de 100 mil
eram ocupados por portadores de deficiência (0,8% do total).
“O
número é pífio para um país que comemora 22 anos de vigência da chamada Lei de
Cotas”, afirmou recentemente a secretária estadual dos Direitos da Pessoa com
Deficiência, Linamara Rizzo Battistella. Se todas as empresas cumprissem a lei,
o Brasil teria hoje mais cerca de 900 mil pessoas com deficiência empregadas.
Desde
janeiro de 2005, quando o Ministério do Trabalho passou a realizar ações de
fiscalização específicas para o cumprimento da lei, até maio deste ano, 220 mil
pessoas com deficiência foram contratadas no país.
Em
2010, havia cerca de 44 milhões de empregados formais no Brasil, sendo que 306
mil eram preenchidos por pessoas com deficiência, o que representa 0,7% do
total. No Estado de São Paulo, dos 13 milhões de empregados formais, cerca de
100 mil eram ocupados por portadores de deficiência (0,8% do total).
“O
número é pífio para um país que comemora 22 anos de vigência da chamada Lei de
Cotas”, afirmou recentemente a secretária estadual dos Direitos da Pessoa com
Deficiência, Linamara Rizzo Battistella. Se todas as empresas cumprissem a lei,
o Brasil teria hoje mais cerca de 900 mil pessoas com deficiência empregadas.
Desde
janeiro de 2005, quando o Ministério do Trabalho passou a realizar ações de
fiscalização específicas para o cumprimento da lei, até maio deste ano, 220 mil
pessoas com deficiência foram contratadas no país.
Apesar
de haver multas para os que não cumprirem a lei (lei nº 8.213, criada em 1991),
especialistas em inserção e representantes do governo reconhecem que os números
estão distantes da capacidade do mercado de trabalho em empregar os portadores
de deficiência.
Para
a secretária, tão importante quanto fiscalizar se a lei é cumprida é preciso
conscientizar o empresariado sobre a inclusão.
“ESTUDO
X SALÁRIO”
O
Censo do IBGE de 2010 identificou que no Brasil 2,8 milhões de pessoas com
deficiência têm ensino superior completo (incluindo mestrado e doutorado), o
que reforça, de acordo com a secretaria, que esses profissionais estão
subaproveitados no mercado de trabalho.
Estudos
recentes feitos pelo governo paulista em parceria com a Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas) também mostram que, em média, os rendimentos
do trabalho das pessoas com deficiência são 30% mais baixos que os das sem
deficiência.
Nesse
levantamento, a Fipe constatou que sete em cada dez pessoas com deficiência
sentem pouca ou nenhuma compatibilidade entre o cargo que ocupam e a
escolaridade que possuem.
Se
considerado o emprego formal e informal, o rendimento médio do trabalhador com
deficiência foi de R$ 834 ante R$ 1.145 do sem deficiência, segundo o Censo de
2010.
“RAZÕES
PARA INCLUIR”
A
cartilha lançada hoje para estimular a contratação prevê entre as principais
razões para contratar a valorização da imagem da empresa perante os
consumidores, os parceiros, os fornecedores e investidores.
Entre
os fundos restritos a empresas socialmente responsáveis, o material cita o
Fundo Ethical e o ISE da Bovespa.
A
reputação da marca também deve ser melhor avaliada pelas empresas, segundo o
material. Pesquisa da consultoria Hill & Knowlton cita que 72% dos
executivos entrevistados reconheciam a importância da responsabilidade social
para a reputação da empresa no mercado.
Outro
benefício citado para incentivar a contratação é valorizar a diversidade no
ambiente de trabalho. “Equipes com pessoas diversas conseguem proporcionar mais
inovação por incorporarem diferentes perspectivas, experiências e visões de
mundo”.
A
CARTILHA
Fonte: Folha