Quem tem EM deve sim tomar a vacina da gripe H1N1, pois, apresenta um risco maior devido à EM . Quem poder deve tomar a vacina quadrivalente com o vírus
inativo, portanto não é a vacina cedida pelo governo por o
motivo.
- Na vacina tríplice, fornecida pelo Ministério da
Saúde, são imunizados para três tipos de vírus influenza e é composta
por três cepas (espécies do vírus): uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e
uma cepa B. O Ministério da Saúde optou por vacinar a população com a
vacina trivalente na rede pública, devido à prevalência do vírus H1N1.
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Já a quadrivalente foi criada porque, o vírus H3N2 e a cepa B mudaram
de 2015 para cá. O antídoto oferece a mesma imunização da vacina
trivalente (cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B) e conta ainda com
uma cepa B a mais, tornando-se mais completa que a trivalente. A vacina
quadrivalente está disponível apenas na rede de saúde privada.
De
acordo com o infectologista Celso Granato, professor da Unifesp e
diretor científico do laboratório Fleury, as pessoas que tomaram ou
ainda vão tomar a vacina trivalente não precisam se sentir inseguras em
relação a ela, pois ambas protegem contra o vírus H1N1, causador do
surto de gripe. O que a vacina quadrivalente faz é proteger contra um
tipo de vírus B que é muito difícil de afetar a população geral. Porém
no nosso caso, que tomamos remédios imunossupressores, que a EM é
autoimunitaria, acredito que é melhor prevenir do que remediar.
Quem são Pacientes crônicos e idosos
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Pacientes de qualquer idade que apresentem doença pulmonar ou
cardiovasculares crônicas e graves, insuficiência renal crônica,
diabetes melito insulino-dependente, cirrose hepática e
hemoglobinopatias também têm prioridade para tomar a vacina.
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Pessoas imunocomprometidas ou HIV-positivos, pacientes submetidos a
transplantes, profissionais de saúde e familiares que estejam em contato
com os pacientes mencionados anteriormente e pessoas de 60 anos.
Importância da vacinação
A
vacina contra o vírus influenza, tanto a trivalente quanto a
quadrivalente oferece cerca de 70% de eficácia para quem é imunizado.
"Isso não quer dizer que as pessoas não vão mais pegar gripes. Mas se
pegarem, terão sintomas mais amenos e um sistema imunológico
fortalecido", ressalta o infectologista Celso Granato.
Além
disso, a vacina fortalece organismo contra os casos de pneumonia viral,
bacteriana e também a Síndrome Respiratória Aguda. "Se o organismo está
fraco, pode acontecer de o vírus se desenvolver com mais força e
desencadear problemas que podem levar à morte", alerta a pediatra Andréa
Lucchesi de Carvalho.
Uma das possíveis hipóteses que
explicam o surto de gripe é que o sistema imunológico da população
estava "desacostumado" a criar anticorpos contra o vírus H1N1. "Ano
passado sobraram vacinas contra a gripe, isso pode ter levado a uma
queda nas defesas imunológicas da população e desencadeado um surto esse
ano", opina Granato.
Quais são os efeitos colaterais possíveis?
Tanto
a vacina trivalente quanto a quadrivalente são aplicadas via
intramuscular. Em vista disso pode acontecer a região ficar um pouco
sensível no dia. Algumas pessoas também podem apresentar episódios de
febre, mal-estar nas primeiras 24 horas.
É comum as pessoas
acharem que a vacina causa gripe. De acordo com os especialistas, isso
não é verdade, pois o antídoto é feito com o vírus inteiro inativo, em
outras palavras, morto. Sendo assim, não haveria como a vacina ocasionar
uma gripe. "O que acontece é que o vírus influenza está circulando no
ar e pode acontecer de a pessoa estar com ele incubado no período em que
tomou a vacina", explica a pediatra Isabella. É importante enaltecer
que a resposta imunológica não é imediata e o organismo só começa a
produzir anticorpos contra a gripe a partir de duas ou três semanas
depois da imunização.
MUITA ATENÇÃO À CONTRAINDICAÇÃO
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As pessoas que apresentam hipersensibilidade ao ovo não podem tomar a
vacina, pois o componente faz parte do antídoto. E pacientes que
apresentaram alguma reação anafilática precisam se vacinar em ambiente
hospitalar.