terça-feira, 16 de abril de 2024

Leite de gergelim caseiro


Leite de gergelim caseiro


Leite de gergelim caseiro


Leite de gergelim caseiro: nos dias atuais, podemos perceber que muitas pessoas desenvolvem ou mesmo já nascem com algumas restrições sérias impostas em sua alimentação diária.

Por essa razão, e até pela falta de conhecimento de outras alternativas e alimentos, muitas dessas pessoas acabam por limitar muito a sua alimentação ou a dos seus filhos que possuem essa intolerância.

Esse cenário ocorre porque, até então, elas não tinham conhecimento de que mesmo com as suas limitações, existem muitas receitas gostosas e fáceis de se preparar que possuem em sua composição ingredientes substitutos tão gostosos quanto os das receitas originais.



No artigo de hoje, falaremos sobre o leite de gergelim caseiro, que é uma excelente opção para quem possui intolerância à lactose.


Esse leite, além de ser muito saboroso e nutritivo, traz também inúmeros benefícios para quem o consome, como o cálcio, que ajuda na saúde dos ossos do corpo e o ácido fólico, que é extremamente essencial para a formação de células bo
Receita Leite de gergelim caseiro:

Ingredientes:

– 2 Xícaras (chá) de Gergelim

– 6 Xícaras (chá) de Água Filtrada
Modo de preparo:

1. Em um recipiente coloque o gergelim de molho coberto por água por 8 horas.

2. Após o gergelim ficar de molho escorra a água e lave em água corrente.



3. Leve o gergelim ao liquidificador com a água filtrada e bata bem.



4. Coe o leite de gergelim em uma peneira fina. Conserve na geladeira.

5. Sirva em seguida e boa Refeição.

Viu como essa receita é muito fácil e rápida de ser feita para ser consumida diariamente? E não pense que ela deve ser consumida somente pelas pessoas que possuem intolerância a lactose, viu?

Uma dica importante para se aproveitar ainda mais do seu valor nutricional é que a semente de gergelim seja inteiramente usada na receita, sem que você retire nenhuma parte da mesma.

Seu consumo diário traz inúmeros benefícios para o bom funcionamento do corpo, como os mencionados acima, e podemos acrescentar nesses benefícios um outro muito importante, que é a ajuda na melhora da saúde do coração, já que o leite de gergelim tem a função de reduzir o colesterol ruim do sangue.



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O gergelim




O gergelim, também conhecido como sésamo, é uma semente proveniente de uma planta chamada Sesamum indicum, sendo caracterizada pelo seu grande valor nutricional, sendo rica em proteínas, ácidos graxos poli-insaturados, cálcio, magnésio, vitamina E e fibras.


Existem vários tipos de gergelim, podendo ser encontradas sementes brancas, pretas, amarelas, cinzas, marrons e vermelhas, dependendo da região em que são cultivadas, podendo ser consumidas ao natural ou torradas e adicionadas em saladas ou receitas como pães, biscoitos e molhos.


11 benefícios do gergelim

Os principais benefícios do gergelim são:



1. Reduzir o colesterol


As sementes de gergelim contém fibras solúveis e compostos como a sesamina e os fitoestrogênios que ajudam a reduzir o colesterol "ruim", LDL, e triglicerídeos no sangue, ao mesmo tempo que promove o aumento dos níveis de HDL, também conhecido como colesterol "bom".


Dessa forma, o gergelim ajuda a manter o organismo saudável, prevenindo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como aterosclerose, acidente vascular cerebral e infarto.


2. Controlar a pressão arterial


O gergelim é rico em ácidos graxos poli-insaturados, sesamina e vitamina E, que possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, promovendo o relaxamento dos vasos sanguíneos e ajudando a controlar a pressão arterial, podendo ser consumido por pessoas com pressão alta.


3. Combater a prisão de ventre


A semente de gergelim contém lignanos, um tipo de fibra solúvel que ajuda a aumentar o volume das fezes, facilitando o trânsito intestinal e melhorando, assim, a saúde do intestino e combatendo a prisão de ventre.



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4. Favorecer a perda de peso


As sementes de gergelim são ricas em proteínas, gorduras saudáveis e fibras, nutrientes que aumentam a saciedade e diminuem a ingestão de calorias, ajudando no controle e na perda da peso, podendo ser inserido na dieta para emagrecer.


5. Ajudar a aliviar a artrite


A sesamina presente na semente de gergelim tem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, que podem reduzir a dor e melhorar a mobilidade das articulações em pessoas que possuem artrite, sendo uma boa opção para auxiliar no tratamento dessa doença.


6. Promover a cicatrização de feridas


O gergelim possui propriedades antioxidantes que protegem os tecidos conta os danos oxidativos que acontecem após uma lesão.


Por isso, o consumo dessa semente ou a aplicação de óleo de gergelim na região afetada pode ajudar na cicatrização.


7. Prevenir o câncer


A sesamina é o principal ingrediente ativo nas sementes de gergelim e que possui ótima propriedade antioxidante e anti-inflamatória, controlando o estresse oxidativo do organismo e ajudando, por isso, a prevenir o desenvolvimento do câncer.


8. Melhorar os sintomas da menopausa


O consumo diário de sementes de gergelim melhora o estado de saúde de mulheres na menopausa, já que ajuda a reduzir os níveis de colesterol, previne o desenvolvimento da osteoporose e promove o aumento da produção de estrogênios, diminuindo sintomas como ondas de calor e dor de cabeça.


9. Ajuda a controlar a diabetes


As sementes de gergelim são recomendadas para ajudar a controlar a pré-diabetes e a diabetes, já que contém boas quantidades de fibras e proteínas que aumentam o tempo de digestão dos alimentos, controlando assim os níveis de açúcar no sangue.


Além disso, essas sementes contém um composto chamado pinoresinol, que limita a atividade de algumas enzimas que são necessárias para a absorção de açúcar no organismo.


10. Manter os ossos saudáveis


Por conter boas quantidades de cálcio, fósforo e magnésio, as sementes de gergelim ajudam a manter a saúde dos ossos, prevenindo doenças, como a osteoporose.


11. Prevenir alterações neurológicas

Os lignanos presentes no gergelim são compostos biologicamente ativos com efeitos neuroprotetores, prevenindo alterações cognitivas e neuronais que podem acontecer devido ao envelhecimento, evitando, assim, o desenvolvimento de doenças como Parkinson, Alzheimer e demência senil.

Composição nutricional


A tabela a seguir mostra a composição nutricional das sementes de gergelim:


Componentes

Quantidade por 100 g de sementes de gergelim

1 colher de sopa de sementes de gergelim (10 g)

Energia

573 calorias

57,3 calorias

Proteínas

17,7 g

1,77 g

Gorduras

49,7 g

4,9 g

Carboidratos

23,4

2,3 g

Fibras

11,8 g

1,1 g

Folatos

97 mcg

9,7 mcg

Vitamina E

0,25 mg

0,02 mg

Colina (vitamina B8)

25,6 mg

2,56 mg

Cálcio

975 mg

97,5 mg

Ferro

14,6 mg

1,4 mg

Magnésio

351 mg

35,6 mg

Fósforo

629 mg

62,9 mg

Potássio

468 mg

46,8 mg

Zinco

7,75 mg

0,77 mg

Selênio

34,4 mcg

3,44 mcg

Cobre

4,08 mg

0,40 mg

Fitoestrogênios

8008 mcg

800 mcg

É importante mencionar que para obter todos os benefícios mencionados anteriormente, as sementes de gergelim devem ser incluídas em uma alimentação equilibrada e saudável.


Como consumir


O gergelim pode ser consumido em sua forma natural ou torrada, na forma de sementes, ou usado para fazer pastas, pães, bolos ou biscoitos, por exemplo.


Além disso, essas sementes também podem ser adicionadas ao iogurte, arroz, saladas, barras de cereais, cereais, mingau, vitaminas, sucos ou para fazer homus, por exemplo.


Leia também: Homus: 9 benefícios e como fazer (com receitas)

tuasaude.com/homus

Para aproveitar todos os benefícios do gergelim, é indicado consumir de 1 a 2 colheres de sopa por dia. no entanto, essa quantidade varia conforme a idade, o estado de saúde e a tolerância de cada pessoa, sendo recomendado, por isso, consultar o nutricionista.


As pessoas com diabetes podem consumir o gergelim junto com as refeições, já que por ser rico em fibras, proteínas e gorduras, essa semente ajuda a diminuir o tempo de absorção dos carboidratos dos alimentos, ajudando a controlar os níveis de açúcar no sangue.


Como absorver os nutrientes


Para absorver os nutrientes presentes no gergelim, é necessário torrar, deixar de molho ou germinar essas sementes antes de consumir. Esses procedimentos ajudam a remover o ácido fítico e oxálico, que são fatores antinutricionais que o gergelim possui e que diminuem a absorção de nutrientes pelo organismo.


Receitas com gergelim


Algumas receitas que podem ser feitas com o gergelim, são:


1. Pasta de gergelim


A pasta de gergelim, também conhecida como Tahine, é fácil de fazer e pode ser colocada em pães, por exemplo, ou utilizada para fazer molhos ou para temperar outros pratos, como o falafel.


Ingredientes:


1 xícara (de chá) de sementes de gergelim;

3 colheres (de sopa) de azeite de oliva.

Modo de preparo:


Para fazer o Tahine basta dourar as sementes de gergelim em uma frigideira, tomando cuidado para não queimar. Em seguida, deixar esfriar um pouco e colocar no processador as sementes e 3 colheres de sopa de azeite de oliva, deixando o equipamento ligado até que se forme a pasta.


Durante o processo, é possível ainda acrescentar mais azeite para que seja alcançada a textura desejada. Além disso, pode-se temperar com sal e pimenta à gosto.


2. Biscoito de gergelim


O biscoito de gergelim é uma ótima opção de lanche ou para comer com o café e com o chá.

Ingredientes:


1 e ½ xícara (de chá) de farinha de trigo integral;

½ xícara (de chá) de gergelim;

½ xícara (de chá) de semente de linhaça;

2 colheres (de sopa) de azeite de oliva;

1 ovo.

Modo de preparo:


Em um recipiente, juntar todos os ingredientes e misturar com a mão até que se forme uma massa. Em seguida, abrir a massa com um rolo, cortar em pedaços menores, colocar em uma assadeira untada e fazer pequenos furos nos pedaços com auxílio de um garfo. Depois, colocar a assadeira no forno preaquecido a 180 ºC e deixar por cerca de 15 minutos ou até ficarem dourados. Por fim, é só deixar esfriar um pouco e consumir.




3. Salada com sementes de gergelim


Acrescentar as sementes de gergelim nas saladas é outra opção simples para aproveitar seus benefícios, podendo ser acompanhada por qualquer tipo de carne ou com tofu, por exemplo.


Ingredientes:


1 pé de alface;

1 colher (de sopa) de sementes de gergelim;

50 g de milho fresco;

Suco de 1/2 limão;

1 colher (de sopa) de azeite de oliva;

1/2 abacate;

Sal e pimenta a gosto.

Modo de preparo:


Lavar a alface e deixar em remolho em água e vinagre durante 5 minutos. Em seguida, cortar o alface em tirar e o abacate em pedaços pequenos. Depois, colocar o alface e o abacate em um recipiente e acrescentar os outros ingredientes. Temperar com o suco de limão e o azeite de oliva.


Quando não é indicada

Não existem evidências suficientes que avaliem a segurança do consumo do gergelim por mulheres grávidas ou em período de lactância, e, por isso, o seu consumo deve ser feito apenas com a orientação do médico.




Além disso, pessoas que tomam medicamentos para controlar diabetes ou pressão alta, devem consumir o gergelim com precaução, já que essa semente pode interferir no efeito do medicamento.



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segunda-feira, 15 de abril de 2024

 

A PALAVRA É A MANIFESTAÇÃO DE DEUS


“Pois a Palavra de DEUS é viva e eficaz” (Hebreus 4.12)

Por muitas vezes é possível cometer o erro de tratar a Palavra de DEUS apenas como algo que alguém disse. Acontece que a Palavra de DEUS é a manifestação de uma realidade. Eu posso viver a realidade das coisas ao meu redor ou eu posso ver outra realidade se manifestando em minha vida, vivendo a verdade dita por DEUS. O que DEUS diz é vivo, porque ELE próprio é a realidade declarada por ELE.

Quando ELE diz que perdoa, é porque ELE próprio vem para me perdoar e me limpar. Quando ELE diz que me salva, é porque ELE próprio é minha salvação e vem me levar a salvo. O que DEUS diz é eficaz, ou seja, vem para a realidade. Isso porque a eficiência do que foi dito, a realização do que foi declarado é o próprio DEUS vindo fazer acontecer. Eu preciso entender que a Palavra de DEUS é a própria manifestação de DEUS na minha vida!

 

quarta-feira, 10 de abril de 2024

🙏 Devocional

 "[...] Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti". (2 Crônicas 20:12)


Você já esteve numa situação que parecia sem saída? Alguma vez você já precisou desesperadamente de algo que parecia que nunca teria? Você já pensou que não havia um futuro para você?

Bem, se você já se sentiu dessa maneira, então você precisa saber que Deus pode responder orações e reverter situações. Ele pode transformar pessoas e, quando necessário, Ele pode até mudar o curso da natureza.

Um exemplo que imediatamente vem à mente é o do rei Josafá de Judá, um homem que tinha começado a conduzir o povo de volta para adorar ao Deus vivo e verdadeiro. De repente, vem um aviso: "rei Josafá, seus inimigos estão reunidos para atacá-lo" (cf. 2 Crônicas 20:2). A Bíblia diz que ele ficou alarmado.

O importante é o que ele fez com o seu alarme, com a sua preocupação, com a sua ansiedade. Imediatamente, ele convocou o povo e orou: "Pois não temos força para enfrentar esse exército imenso que está nos atacando. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti" (2 Crônicas 20:12). Um profeta deu a Josafá resposta do Senhor: "[...] Tomem suas posições; permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dará, ó Judá, ó Jerusalém. Não tenham medo nem se desanimem. Saiam para enfrentá-los amanhã, e o Senhor estará com vocês" (2 Crônicas 20:17).

Aqui está o retrato de um povo vulnerável ​​que não sabe o que fazer, que é completamente dependente de Deus. Eis um ótimo exemplo do que fazer na hora da necessidade.

Deus respondeu a oração do rei e dramaticamente alterou as circunstâncias, destruindo seus inimigos. Lembre-se: você pode se voltar para Deus em oração em circunstâncias desesperadoras. Ele ouvirá o seu choro.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

A TRG





Terapia de reprocessamento generativo: abordagem terapêutica alternativa e transformadora no tratamento de problemas da mente
07/07/2023 Por Revista Medicina Integrativa


A busca por novas terapias alternativas para tratar problemas da mente e psicológicos tem se mostrado crescente na área de saúde mental. Apesar dos avanços significativos ocorridos na psicologia e nas terapias convencionais, ainda existem desafios e limitações no tratamento de certas condições psicológicas. Nesse contexto, o desenvolvimento de abordagens terapêuticas alternativas surge como uma ferramenta promissora e complementar para suprir essas lacunas.

Além disso, algumas condições psicológicas podem apresentar respostas limitadas frente aos tratamentos convencionais disponíveis atualmente. A depressão resistente ao tratamento, os transtornos de ansiedade crônicos e o transtorno de estresse pós-traumático são exemplos de condições em que novas abordagens terapêuticas podem oferecer esperança e melhorias significativas.

Nesse contexto, nasceu a terapia de reprocessamento generativo (TRG), que pode trazer diferentes perspectivas teóricas e práticas, bem como protocolos inovadores que já se mostram eficazes em casos nos quais as abordagens convencionais não obtiveram sucesso.

Um aspecto importante observado no tratamento com a TRG é o desejo crescente dos indivíduos em participar ativamente de seu processo terapêutico. Muitas pessoas buscam essa terapia porque ela é mais centrada no ser humano, participativa e empoderadora. É de se destacar que ela valoriza a colaboração entre terapeuta e cliente, promovendo a autonomia, a resiliência e a autenticidade do indivíduo.

Essa abordagem mais ativa no processo de cura pode ser altamente benéfica para muitas pessoas, especialmente para aquelas que procuram uma alternativa terapêutica mais integrativa. Enquanto as terapias convencionais frequentemente se concentram no tratamento dos sintomas, a TRG busca compreender e abordar as raízes profundas dos problemas psicológicos.

Este artigo discute a importância da TRG como uma ferramenta promissora e alternativa, destacando sua abordagem centrada na causa e explorando seu potencial terapêutico.
Terapia de reprocessamento generativo: como é feito o tratamento

O tratamento de problemas mentais tem sido tradicionalmente baseado em terapias convencionais, que se concentram no alívio dos sintomas e na adaptação funcional do indivíduo. No entanto, essa abordagem pode não abranger diretamente as causas subjacentes dos problemas psicológicos.

A terapia de reprocessamento generativo (TRG) surgiu como uma abordagem alternativa que busca investigar e tratar a causa-raiz desses problemas, visando a uma transformação profunda e duradoura.

Nessa terapia, que se propõe a transformar vidas e que é aplicada em cerca de 500.000 a 800.000 sessões por mês no mundo todo, adota-se um enfoque holístico, considerando a interação complexa entre fatores biológicos, psicológicos e ambientais na manifestação dos problemas que o indivíduo apresenta.

Ao contrário das terapias convencionais, que muitas vezes se concentram nos sintomas apresentados, a TRG direciona sua atenção para as experiências passadas e os eventos traumáticos que podem estar na origem dos sintomas atuais. Essa perspectiva permite a identificação e o reprocessamento de memórias e emoções traumáticas que moldam a percepção e o funcionamento psicológico do indivíduo.

Na terapia de reprocessamento generativo, utilizam-se técnicas específicas, como a visualização do passado e a integração de recursos internos, para facilitar o reprocessamento das experiências passadas e promover a transformação pessoal.

Ao abordar a causa dos problemas mentais, a TRG busca reestruturar as crenças limitantes, promover a resiliência e a autorregulação emocional e estimular o desenvolvimento de um senso de identidade e propósito mais saudável.

Ao investigar as origens dos sintomas, a TRG oferece uma oportunidade de cura mais profunda e duradoura, possibilitando que os indivíduos superem suas dificuldades emocionais e melhorem sua qualidade de vida de forma abrangente.

Embora ainda haja a necessidade de pesquisas científicas mais robustas para validar empiricamente os efeitos e a eficácia da terapia de reprocessamento generativo, os relatos de casos positivos e a crescente popularidade dessa abordagem terapêutica demonstram seu potencial terapêutico.
A terapia de reprocessamento generativo e o inconsciente

A terapia de reprocessamento generativo visa a investigar e tratar as causas profundas dos problemas mentais, levando em consideração as interações complexas existentes entre a mente consciente e o inconsciente. Nesse contexto, o modelo do cérebro triúno de McLean oferece uma estrutura teórica útil para entender as diferentes camadas cerebrais e suas implicações na percepção, emoção e comportamento.

O modelo do cérebro triúno proposto pelo neurocientista Paul MacLean, em 1970, descreve a organização e a evolução do cérebro em três camadas distintas: o cérebro reptiliano, o sistema límbico e o neocórtex.

Essas camadas representariam diferentes estágios de desenvolvimento evolutivo e estariam associadas a funções específicas. O cérebro reptiliano está relacionado à sobrevivência básica e ao instinto. O sistema límbico está envolvido nas emoções e nas relações sociais. Já o neocórtex é responsável pelo pensamento abstrato e pelo processamento cognitivo complexo.



A terapia de reprocessamento generativo reconhece a interconexão entre essas camadas do cérebro e como elas influenciam a experiência humana. Ao explorar o inconsciente, a TRG busca identificar registros emocionais, memórias traumáticas ou bloqueios emocionais que podem estar enraizados nas camadas mais antigas do cérebro. A hipótese explicativa resultante da teoria do cérebro triúno encaixa-se com naturalidade, até o presente momento, como uma boa visão acerca da abordagem da TRG diante das questões emocionais disfuncionais e do seu respectivo tratamento.

Nessa modalidade de terapia, entende-se o inconsciente como uma parte fundamental da mente que armazena experiências passadas, crenças limitantes e padrões comportamentais automáticos.

Com base no modelo antropológico da construção do cérebro reptiliano, a TRG postula que essas memórias e padrões podem residir principalmente nas camadas mais antigas do cérebro. Ao acessar e reprocessar essas memórias traumáticas ou bloqueios emocionais, objetiva-se desencadear uma transformação profunda no indivíduo.



A TRG fundamenta-se em três regras do inconsciente que desempenham um papel crucial em seu modelo teórico e prático. Essas regras são a atemporalidade, a busca pela felicidade e a compulsão à repetição. Essas regras são utilizadas como uma estrutura para se compreender e abordar as questões psicológicas dos indivíduos.

A primeira regra, a atemporalidade, refere-se à percepção do inconsciente de que eventos passados continuam a ter impacto no presente. Para o inconsciente, eventos traumáticos ou dolorosos ocorridos há muito tempo são vivenciados como se tivessem acabado de acontecer. Isso significa que as memórias e as emoções associadas a esses eventos são mantidas de forma intensa e podem afetar o funcionamento emocional e comportamental atual. A TRG reconhece essa atemporalidade e busca reprocessar as experiências passadas de forma a aliviar o impacto no presente.

A segunda regra envolve a busca da felicidade por meio do processo de superação natural e amadurecimento, através da compreensão e processamento das situações emocionais vivenciadas. O inconsciente do indivíduo busca “digerir” as experiências emocionalmente dolorosas, proporcionando uma perspectiva mais amadurecida e integrada desses eventos. Nessa regra, o processo de busca pela felicidade refere-se à capacidade do indivíduo de compreender, processar e integrar as experiências emocionais passadas de maneira mais saudável e adaptativa.



Quando as experiências são de natureza traumática e a aplicação da segunda regra do inconsciente não é capaz de promover a completa superação, entra em jogo a terceira e última regra do inconsciente. Essa regra é a compulsão à repetição e descreve a tendência do inconsciente em buscar repetir situações semelhantes, na tentativa de compreender e resolver os eventos passados de forma mais satisfatória. Isso significa que as pessoas podem se encontrar repetindo padrões comportamentais ou entrando em situações semelhantes de forma inconsciente, na esperança de encontrar uma resolução ou entendimento. A TRG trabalha com essa compulsão à repetição ao ajudar os indivíduos a reconhecerem esses padrões e a reprocessarem as experiências passadas de maneira mais adaptativa, promovendo uma maior liberdade de escolha e superando os ciclos repetitivos.

Em suma, essas regras fornecem um arcabouço teórico para compreender como as experiências passadas influenciam o presente e como os padrões comportamentais e emocionais são estabelecidos. Ao utilizá-las como guias, a TRG busca facilitar o reprocessamento e a transformação terapêutica, visando à melhoria da qualidade de vida e ao desenvolvimento pessoal dos indivíduos.
Protocolos da terapia de reprocessamento generativo

Para o tratamento, o terapeuta utiliza uma abordagem terapêutica inovadora que abrange cinco protocolos distintos para promover a transformação pessoal.

A seguir, são apresentados cada um dos protocolos da TRG – cronológico, somático, temático, futuro e de potencialização, que fornecem um roteiro terapêutico abrangente para explorar e reprocessar as experiências de vida do indivíduo, discutindo-se sua aplicação clínica na busca pelo bem-estar e desenvolvimento pessoal.



1 – Protocolo cronológico: por meio desse protocolo, o terapeuta guia o paciente em um processo de reprocessamento que percorre sua vida desde o nascimento até o presente. O objetivo é identificar e reprocessar eventos traumáticos, bloqueios emocionais e crenças limitantes que podem ter surgido ao longo do tempo. Esse reprocessamento permite ao indivíduo uma maior compreensão de suas experiências passadas e o potencial para o bem-estar emocional.

2 – Protocolo somático: tem como foco a conexão entre as experiências emocionais e as manifestações no corpo. O terapeuta ajuda o paciente a identificar e explorar os reflexos físicos associados a memórias traumáticas ou experiências dolorosas reprocessadas no protocolo cronológico. Esse reconhecimento somático facilita a liberação de tensões corporais e a integração mente-corpo, promovendo o bem-estar emocional e físico.

3 – Protocolo temático: concentra-se nos temas centrais e dolorosos da vida do indivíduo. O terapeuta auxilia o paciente na identificação e reprocessamento desses temas, permitindo uma compreensão mais profunda dessas experiências. Ao explorar os temas mais relevantes, a TRG visa a estimular o indivíduo a transformar suas crenças limitantes e a promover uma visão mais saudável e positiva de si mesmo e de sua vida.

4 – Protocolo futuro: nesse protocolo o foco é direcionado para os medos e preocupações em relação ao futuro. O terapeuta ajuda o paciente a identificar e enfrentar esses medos, trabalhando as perspectivas negativas e a promoção de uma visão mais esperançosa e positiva do que está por vir. O reprocessamento das preocupações futuras permite ao indivíduo desenvolver estratégias adaptativas e fortalecer sua resiliência emocional.

5 – Protocolo de potencialização: por meio desse protocolo, o terapeuta incentiva o paciente a visualizar e trabalhar em direção ao melhor futuro possível. É um processo de imaginação guiada, em que o indivíduo é encorajado a visualizar suas metas, aspirações e objetivos alcançados. Essa técnica de visualização positiva permite ao paciente fortalecer sua motivação intrínseca, reforçar suas capacidades e direcionar suas ações em busca de um futuro desejado.

Esses cinco protocolos da terapia de reprocessamento generativo proporcionam uma abordagem terapêutica abrangente e fundamentada para o tratamento de problemas psicológicos.



Os reprocessamentos cronológico, somático, temático, futuro e de potencialização objetivam tratar a causa subjacente dos sintomas, proporcionando uma transformação profunda e duradoura.

Embora mais pesquisas sejam necessárias para validar empiricamente a eficácia da TRG, sua popularidade crescente e os relatos positivos de pacientes indicam seu potencial como uma terapia alternativa promissora na busca pela cura e desenvolvimento pessoal.
Ferramentas auxiliares nas sessões com TRG

Nos protocolos da terapia de reprocessamento generativo são empregadas diversas ferramentas, com o objetivo de mitigar a dor emocional experimentada pelo cliente ao reviver situações traumatizantes. Elas foram desenvolvidas para facilitar o processo terapêutico e promover uma maior resiliência psicológica. A seguir, serão abordadas três dessas principais ferramentas.

1 – Mecanismo de segurança: baseia-se em uma técnica de respiração específica que auxilia na regulação dos níveis de adrenalina no corpo do cliente durante o reprocessamento de eventos traumáticos. Através de uma respiração controlada e profunda, o cliente é capaz de reduzir a intensidade das respostas emocionais e físicas associadas aos traumas, promovendo um estado de maior segurança e bem-estar durante a terapia.

2 – Técnica de microfases: em situações em que o cliente vivenciou múltiplos eventos traumáticos em um determinado período de tempo, emprega-se essa técnica para trabalhar um ano ou um evento de cada vez. Essa abordagem permite um caminho mais gradual e estruturado do reprocessamento, evitando uma sobrecarga emocional excessiva. Ao focar em uma experiência de cada vez, o terapeuta pode ajudar o cliente a processar de forma mais eficaz os traumas individuais, permitindo uma maior compreensão e integração dos eventos passados.

3 – 3P: essa ferramenta refere-se à escolha do ponto de vista adotado pelo cliente durante o reprocessamento dos eventos traumáticos. Ele pode optar por se ver em primeira pessoa (1P – primeira pessoa) ou em terceira pessoa (3P – terceira pessoa) ao reviver essas experiências. O terapeuta desempenha um papel fundamental em orientar e facilitar essa escolha, com o objetivo de reduzir a dor e o desconforto emocional do cliente. Essa flexibilidade no ponto de vista permite ao cliente explorar as experiências traumáticas de maneira segura e controlada, facilitando o processo de reprocessamento e transformação.



A utilização dessas ferramentas nos protocolos terapêuticos da TRG tem como intuito amenizar a dor emocional do cliente ao reviver situações traumatizantes. O uso do mecanismo de segurança, da técnica de microfases e da abordagem 3P proporciona um ambiente terapêutico seguro e estruturado, permitindo ao cliente reprocessar os eventos traumáticos de maneira gradual e eficaz. Essas ferramentas contribuem para a redução do sofrimento emocional, promovendo uma maior resiliência e bem-estar psicológico.
Perspectivas futuras da TRG

A terapia de reprocessamento generativo tem ganhado crescente reconhecimento e despertado interesse no campo da psicoterapia, abrindo perspectivas promissoras tanto no Brasil como no cenário internacional. Com sua abordagem inovadora e foco no reprocessamento de traumas e eventos dolorosos, a TRG tem o potencial de transformar a forma como lidamos com questões psicológicas e emocionais.

No Brasil, observa-se um aumento significativo do interesse e da aplicação dessa técnica por profissionais da área de saúde mental. A disseminação de informações sobre a eficácia e os benefícios da TRG tem despertado a curiosidade de psicoterapeutas, levando a uma maior demanda por capacitação e formação nessa abordagem terapêutica. Acredita-se que ela possa preencher uma lacuna na oferta de tratamentos para problemas psicológicos, proporcionando alternativas eficazes para aqueles que não encontraram sucesso em terapias convencionais.

No cenário internacional, também se observa um aumento gradual do interesse e adoção da TRG em diferentes países. Terapeutas e pesquisadores já iniciaram a exploração sobre os benefícios dessa abordagem terapêutica em diversos contextos culturais e populacionais, buscando ampliar o conhecimento e a aplicação da TRG. A crescente demanda por abordagens terapêuticas mais holísticas e voltadas para o reprocessamento de traumas tem impulsionado o reconhecimento dessa modalidade terapêutica como uma ferramenta valiosa na promoção do bem-estar físico e emocional.

Além disso, a TRG apresenta potenciais aplicações em áreas específicas, como o tratamento de transtornos de ansiedade, estresse pós-traumático, depressão e outros distúrbios emocionais. Sua abordagem abrangente, que incorpora o reprocessamento de memórias traumáticas, o fortalecimento emocional e a criação de uma visão positiva do futuro, torna-a uma terapia promissora para ajudar as pessoas a superarem seus desafios psicológicos.

No entanto, embora a TRG tenha mostrado resultados encorajadores e despertado entusiasmo na comunidade terapêutica, a continuidade de mais pesquisas e a disseminação de evidências empíricas são fundamentais para sustentar e fortalecer sua credibilidade como uma abordagem terapêutica válida e efetiva.

Portanto, as perspectivas futuras da TRG são promissoras tanto no Brasil como no mundo. Com seu enfoque no reprocessamento de traumas e eventos dolorosos, tem o potencial de proporcionar alternativas terapêuticas eficazes e de ajudar um número cada vez maior de pessoas a superarem seus desafios emocionais. A continuidade da pesquisa e a disseminação de conhecimento são essenciais para o avanço e a consolidação dessa abordagem terapêutica, contribuindo para o bem-estar psicológico e a qualidade de vida das pessoas.

Jair Soares dos Santos – Psicólogo e presidente do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas – IBFT.

Juliana Bezerra Lima-Verde – Pesquisadora-chefe do Departamento de Pesquisa Científica do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas – IBFT e terapeuta de TRG.



Referências bibliográficas

Boddice, Rob. (2017). “The History of Emotions: Past, Present, Future”. Revista de Estudios Sociales 62: 10-15. https://dx.doi.org/10.7440/res62.2017.02.

Esperidião-Antonio, V.; Majeski-Colombo, M.; Toledo-Monteverde, D.; Moraes-Martins, G.; Fernandes, J. J.; de Assis, M. B.;Siqueira-Batista, R. (2008). Rev. Psiq. Clín 35 (2); 55-65.



Lopes, Camila Cristina de Oliveira (2019). A Consciência na Perspectiva de Antônio Damásio: Self e Subjetividade. / Camila Cristina de Oliveira Lopes. Uberlândia, Minas Gerais: UFU.

McLean, P. D. (1990). The Triune Brain in evolution: Role in paleocerebral functions, Springer New Your, NY, 672p. ISBN 978-0-306-43168-5.

Roxo, M. R.; Franceschini, P. R.; Zubaran, C.; Kleber, F. D.; Josemir W.; Sander, J. W. (2011). The Scientific World Journal 11, 2427–2440.CategoriasNeurociência e saúde, Psiquiatria integrativa, Saúde 

segunda-feira, 1 de abril de 2024

🕊️ devocional

 “O Senhor lhe disse: 'Vá à casa de Judas, na rua chamada Direita, e pergunte por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está orando'” (Atos 9:11)


A conversão de Saulo de Tarso foi tão inesperada que quase ninguém ainda acreditava, mas Deus disse a Ananias: "Vá à casa de Judas, na rua chamada Direita, e pergunte por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está orando" (Atos 9:11). Ananias foi e encontrou Saulo em oração.

O mesmo deve ser dito de nós. Devemos ser conhecidos como pessoas de oração.

Daniel era bem conhecido como um homem de oração. Seus adversários tentaram encontrar acusações para fazer contra ele, algo contra o seu caráter ou seu estilo de vida, mas ele estava completamente limpo. E eles sabiam uma coisa sobre Daniel: ele orava todos os dias, três vezes por dia. Quando criaram um decreto real para que ninguém pudesse orar, exceto para o rei, Daniel não parou. Voltou para casa e orou três vezes naquele dia, como de costume. Ele foi fiel em orar, e Deus foi fiel em salvá-lo dos leões (ver Daniel 6).

A oração que chamamos de oração do Senhor foi dada em resposta ao pedido dos discípulos, que disseram: "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11:1). Este deve ser o desejo do coração de cada cristão: "Senhor, ensina-me a orar." A oração eficaz não deve apenas ser o nosso desejo do coração, mas uma característica que define a nossa vida.