sexta-feira, 22 de agosto de 2014

MODELOS DE CADEIRAS DE RODAS E ACESSÓRIOS DIVERSOS

Medidas da cadeira de rodas

As medidas da NBR 9050 só servem para cadeiras dobráveis
Taí um tema que pode dar muito prejuízo e dor de cabeça: medidas de uma cadeira de rodas. Ao comprar uma cadeira, você deve ter em mente que ela será a extensão do seu corpo. Portanto deve encaixar perfeitamente em você. Quanto mais justa ao corpo, sem apertar, melhor. O ideal é que não tenha nenhum espaço entre o corpo e a lateral da cadeira. Mas é fundamental que não esteja apertando. Como a gente não tem a sensibilidade normal, tem que ser no visual mesmo, e fazendo o teste, enfiando o dedo na lateral não deve ser difícil retirar. 
Medidas do formulário de compra da TiLite
Para definir as medidas ideais para sua cadeira de rodas, você deve consultar um fisioterapeuta com experiência nessa área. As medidas são separadas por segmento, sendo tronco, pernas e braços, o fisioterapeuta faz todas as medidas. Na norma NBR 9050 há algumas medidas padrão utilizadas em cadeiras de rodas dobráveis ou em X, estas da primeira figura. Elas servem para ter uma ideia de quantas medidas estão envolvidas em uma cadeira de rodas, e olha que faltam ali as medidas de ângulos, como do encosto e do apoio de pés, estes que constam do formulário de compra da cadeira TiLite, na figura acima.
Mesmo seguindo todas as medidas de um fisioterapeuta experiente, uma recomendação que sempre dou: faça test drive. Em um test drive é possível determinar também as melhores medidas de ângulo, caso não esteja familiarizado. O negócio é experimentar cadeiras com ângulos diferentes e identificar qual é mais confortável. Não varia tanto quanto parece, há ângulos pré determinados.
 A melhor opção para testar cadeiras hoje em dia é a Reatech, a feira de tecnologia assistiva, apesar de não ter sido lá essas coisas neste ano... Mas ainda é uma opção, e como acontece só uma vez por ano, a alternativa no resto do ano é visitar uma grande loja que venda cadeiras. Aqui em Belo Horizonte, assim como na maior parte dos estados brasileiros, não há uma loja com vários modelos em exposição para testar. A solução é partir para São Paulo ou Rio de Janeiro para ir a uma loja. Vale a pena pagar a passagem de avião para testar uma cadeira de rodas.
Um dos piores erros ao comprar uma cadeira de rodas é errar na largura. As outras medidas geralmente são customizáveis, mas a largura não tem jeito. Se a pessoa insistir em usar uma cadeira maior ou menor do que o ideal na largura, vai ficar dançando nela (e estragando ainda mais a coluna) ou ficará apertado o dia todo, o que pode gerar escaras com o tempo.
Portanto, fica a dica: não vacile nas medidas. Faça test drive. Senão as consequências podem ser cruéis.


Cadeira de rodas de Segway

Cadeira de duas rodas - menos é mais!
Modelos de cadeiras de rodas manuais ou motorizadas aparecem todo dia, mas uma em especial tem chamado minha atenção. Não é uma ideia nova, mas tem sido aperfeiçoada e descobri através do Toni Vaz que há uma empresa italiana, chamada Genny Mobility, que tem criado modelos belíssimos e funcionais. Tem até um modelo com a cara da Ferrari! Apaixonei. A cadeira com base no Segway tem somente duas rodas, mas como utiliza o sistema de equilíbrio do Segway, é segura e não oferece risco de queda. Ela tem ainda um sistema para estabilizar a cadeira num momento de transferência.
Tem modelos com rodas para terra
Ela supera pequenos obstáculos com facilidade, pois tem rodas grandes e largas. Anda na areia, sobre pequenos degraus, passa fácil por buracos e irregularidades. Tem modelos com rodas mais parrudas que enfrentam até trilha e neve. Ao contrário do Segway, a cadeira com base nele não precisa que a pessoa se incline para frente, para trás ou para os lados para que ela se movimente, há um controle nas mãos que permite total controle com facilidade. Vejam no link abaixo um vídeo do Genny:
http://vimeo.com/41532055
Modelo da Ferrari, meu sonho!
Infelizmente é uma realidade muito distante da nossa, esse modelo italiano da Genny custa 16,5 mil euros! Acho que até para Europa é caro... Encontrei outras fabricantes, uma holandesa, uma alemã e de outros países, mas não descobri os preços ainda. Seria bacana ver uma dessas no Brasil, estou entrando em contato com alguns fabricantes, e deixo abaixo links para os principais, se alguém conseguir mais informações, coloca aqui pra gente!
http://www.gennymobility.com/Genny.aspx
https://www.facebook.com/pages/Paolo-Badano/418436744911573
http://www.addmovement.se/
http://www.welzorg.nl/mobiliteit/segway/
http://segsolutions4freedom.com/Home_Page.html
P.S.: O cara da Genny acha que é o Volverine...


Entrega da cadeira do Ângelo Gabriel

Com o Fábio na entrega da cadeira do Ângelo
Ontem fui a Ribeirão das Neves entregar a cadeira de rodas da Freedom do ganhador do sorteio realizado aqui no blog, o Ângelo Gabriel. Eu e o Fábio fomos pessoalmente entregar, uma surpresa que preparamos, contando com a mãe dele como álibi. Ele já estava ansioso com a chegada da cadeira, e quando chegamos me surpreendi com o garoto sentado no chão brincando de bola, sem cadeira nenhuma por perto. A mãe dele me contou que ele costuma descer as escadas da casa dele "de bunda" e vai assim até a calçada para brincar com amigos.
Agora ele vai detonar em Ribeirão das Neves!
Depois eu descobri que a cadeira antiga dele estava atrás do portão. A mãe dele me contou também que ele tinha vergonha da cadeira antiga em algumas situações. E que ele não sai muito de casa, primeiro porque ela fica com medo (ah mãe, libera mais o menino) e segundo porque a cadeira dele não permitia, por ser muito pesada e estar toda torta. Agora o Ângelo Gabriel não tem mais essa desculpa! Nem para sair de casa, nem para ir ao cinema, nem para treinar os esportes que pratica, tênis de mesa e vôlei sentado. Fiquei sabendo também que ele vai, com outros meninos, participar de uma competição em São Paulo, e que ele pretende ir para as paraolimpíadas em 2016! Estamos torcendo por isso!
Eu gostaria muito de poder ajudar mais gente dessa forma, fiquei emocionado e feliz em proporcionar de alguma forma um pouco mais de qualidade de vida para quem precisa. Agradeço novamente ao Eduardo Tardiolli, que através da Cecília Acessibilidade tornou possível essa iniciativa, e ao Fábio, que já se tornou um parceiro do blog. E boa sorte para o Ângelo Gabriel com a cadeira nova!


Reatech 2013 - Cadeiras de Rodas

Strix, primeira cadeira de rodas com suspensão do Brasil
Uma das coisas que mais me perguntaram da Reatech 2013, é sobre as cadeiras de rodas que vi na feira. Haviam boas novidades, mas a maior delas, na minha opinião, foi o lançamento de dois modelos de cadeiras de rodas nacionais, que vi no stand da Vemex. A empresa nasceu em São José do Campos, SP, da inquietude de um engenheiro com as condições das calçadas para cadeirantes. Para ajudar e ainda permitir rodar por terrenos irregulares, criou um modelo com suspensão, o Strix. O amortecedor utiliza sistema de amortecimento semi ativo com controle eletrônico.
O projeto começou a ganhar vida assim que saiu um financiamento da Finep em 2008, e os primeiros protótipos já passaram por testes de resistência em laboratório e em campo, por dois cadeirantes, na cidade de Parati. Para quem não sabe, a cidade tem muitas ruas pavimentadas com pedra fincada, um belo teste de fogo para uma cadeira com suspensão. O quadro dela é de alumínio e tem peças de fibra de carbono, em busca de baixo peso. Sem as rodas, ela pesa apenas 10 kg, contando com a suspensão. O lançamento dela está previsto para novembro e vai custar entre 8 e 10 mil reais.
Falco, o outro modelo da Vemex
O outro modelo apresentado pela Vemex foi o Falco, uma cadeira monobloco feita também em alumínio, com estrutura de perfil tubular, e a principal diferença é que os tubos não são cilíndricos, como a maior parte das cadeiras, mas "oblongos", meio achatados, e tem paralamas de fibra de carbono. A cadeira pesa em torno de 7 quilos sem as rodas, o que é excelente, comparativamente a minha TiLite pesa 7,5 quilos sem as rodas! Ela tem várias regulagens, assim como as melhores cadeiras do mercado. Quanto ao preço, ela deve custar entre 5 e 7 mil reais e o lançamento será entre agosto e setembro. Ambos modelos em exposição não puderam ser testados, por se tratarem de protótipos.
TiLite com freio a disco
No stand da Mobility, reinavam as cadeiras de titânio da TiLite, com todos os acessórios possíveis, inclusive freios a disco! Achei meio desnecessário, mas... imaginei um cara descendo um morro a mil e freindo lá em baixo: a cadeira fica, e o cadeirante... sai voando! Os preços das TiLite estavam com desconto na feira, mas mesmo assim partindo próximo dos dez mil reais, dependendo do modelo. É muita grana para dar numa cadeira, mas como sou usuário de uma, se você for um cadeirante muito ativo, vale a pena. Haviam outros equipamentos bacanas no stand da Mobility, como uma handbike que encaixa na cadeira e um "empurrador" elétrico, que falarei em outro post.
A tão sonhada Panthera X, de fibra de carbono
O stand da Cavenaghi também estava recheado de cadeiras de rodas. Muitas da Ortobrás, muitas da Ortomix. ADinâmica New Ajustável está muito bonita, por menos de quatro mil reais. Mas chamava a atenção mesmo a Panthera X, cadeira de rodas de fibra de carbono que pesa só 2,1 kg o quadro, sonho de consumo de 11 em 10 cadeirantes. Estava em promoção na feira, só 16,5 mil reais! Pechincha! Pra quem ganhou na mega sena, claro. Mas o destaque mesmo no stand da Cavenaghi, para mim, foi a Ottobock Ventus, uma cadeira de rodas monobloco alemã que estava por R$ 4.190,00. Isso sim é pechincha. O quadro é leve, em torno de 8 kg, e os materiais de qualidade. Comparando com outras monobloco brasileiras, está com excelente custo benefício. Confira na página da Cavenaghi.
Observer, sobe até parede!
Mas a cadeira que mais me impressionou foi essa da foto acima, chamada Observer, no stand da Performance. Bonito nome, para um verdadeiro trator para deficiente. Ela sobe escadas, anda na areia, em piso liso, passa por cima de pedras, paus, e de quem estiver na frente te perturbando. Um tratorzinho mesmo! O que atrapalha é só o preço: 32 mil reais. Quem sabe se eu vender meu carro? Aí, sai da frente...


Resultado do concurso da cadeira de rodas Freedom

Esta belezinha já tem novo dono!
Desde o início da promoção, recebi dezenas de e-mails, muitas histórias tristes e de muita luta de gente com deficiência que viu neste blog uma oportunidade de melhorar a qualidade de vida. Infelizmente não posso contemplar a todos, portanto usei como critério o contexto em que a pessoa vive, considerando situação econômica, atividades que desempenha e como irá ser útil a nova cadeira.
Ângelo Gabriel, o ganhador da cadeira
E o grande ganhador foi... Ângelo Gabriel, de Ribeirão das Neves, MG! Este simpático garoto participa de uma equipe de tênis de mesa em sua cidade, e sua cadeira, além de estar em péssimo estado, não é adequada ao seu tamanho, e nem aros para tocar ela tem! Já conversei com fisioterapeutas e sei o quanto é prejudicial rodar em uma cadeira de rodas de tamanho errado, você acaba comprometendo ainda mais o corpo do cadeirante. Além do mais, para uma criança em desenvolvimento, isto é ainda mais preocupante. E para quem está investindo no esporte, com vontade de mostrar seu valor e se socializar, é importante um "veículo" bom e adequado.
A cadeira dele está inadequada e em péssimo estado
A história e as fotos do Ângelo Gabriel chegaram até mim através de amigos dele, pois a família humilde não tem acesso à internet. Espero que o Ângelo curta este presente do Blog do Cadeirante, em parceria com a Cecília Acessibilidade.
Agradeço a todos que participaram do concurso mandando histórias e fotos, e ao Eduardo Tardiolli, da Cecília Acessibilidade, que tornou possível esta boa ação, ajudando a quem precisa!

sábado, 20 de abril de 2013


Cadeira motorizada controlada por computador

No stand da Cecília Acessibilidade, está em exposição uma cadeira motorizada controlada por computador.  O sistema se chama Freedom Connect, e pode ser utilizado em modelos de cadeiras de rodas motorizadas da Freedom.
Interface do sistema
Com um software próprio, o "motorista" programa velocidade média e máxima, sensibilidade do manete e potência, de acordo com o tipo de uso e de terreno que vai enfrentar. Verifica também o tempo de stand by e a roda livre. E pode salvar vários perfis para não ficar programando toda hora, quando for sair carrega o perfil desejado. Vale conferir!
P

"Sorteio" de uma cadeira de rodas Freedom Plus

Cadeira manual Freedom Plus
 A primeira novidade que trago da Reatech 2013 é também uma ação social. O Blog do Cadeirante, em parceria com a Cecília Acessibilidade, vem trazer aos seus leitores um "sorteio" diferente. Vamos doar uma cadeira de rodas manual dobrável Freedom Plus para quem mais estiver precisando. Como decidir isso? Mandem para o e-mail do blog (blog.cadeirante@gmail.com) sua história contando porque você merece ganhar esta cadeira de rodas, e se possível mande fotos da sua atual cadeira de rodas até a próxima quarta feira, dia 24/04/2913. Se você conhece alguém que precisa mais da cadeira do que você, envie a história que iremos considerar. Mande também as medidas da cadeira, para que enviemos de acordo com suas necessidades.
Stand da Cecília Acessibilidade
Não deixe de participar, essa promoção vem para ajudar quem mais tem necessidade. E não deixe também de visitar a Cecília Acessibilidade no stand 222, na rua 200. E a partir do próximo post, novidades fresquinhas da Reatech!


Para lamas

Originais da TiLite, não me adaptei
Quando fiz o post de avaliação da TiLite, reclamei do protetor de roupa que veio nela, um acessório que paguei caro e não veio como imaginei. Acontece, tudo bem, mas eu estava com um problema nas mãos: não usava como protetor de roupa e ficava raspando as calças nas rodas da cadeira, e mesmo se levantasse ele para proteger a roupa, não conseguiria usar do jeito que eu gosto. Curto mesmo é protetor tipo "para lamas", justos à roda e com apoio em cima, como os da M3.
Para resolver o problema, pensei em algumas alternativas. Poderia tentar adaptar o protetor de roupa da M3, mas ia ficar estranho, um protetor vermelho em uma cadeira cinza. Iria dar muito trabalho, pois precisaria de um "nove" maior e ainda adaptar o encaixe do quadro, que na M3 é parafusado. Ou eu furaria o quadro da TiLite, ou buscaria um encaixe diferente. Complicado. Outra alternativa seria comprar um protetor de roupa da TiLite de outro modelo, mas eu pagaria caro e demoraria muito para chegar. E até chegar, minhas calças iriam acabar rasgando na lateral de tanto raspar nas rodas.
Protetor de roupa da "Jangadinha"
Mas eis que tive uma luz! Poderia adaptar os para lamas da minha antiga cadeira dobrável, a Jangadinha (uma Ortobrás duplo X), que são de plástico, leves e resistentes. Não são os mais lindos do mundo, mas eu não me preocupo tanto com isso, priorizo a funcionalidade. Mas como adaptá-los? Eles são parafusados no quadro da cadeira, e não era uma alternativa furar minha TiLite. Mas percebi que, além do furo onde eles eram parafusados, havia outro furo mais em cima sem uso.
Abraçadeiras e o para lamas
E aí veio a grande ideia, se eu passasse uma abraçadeira pelo quadro da TiLite, poderia parafusá-la no para lamas, e aí resolveria o problema. Parti então para a prática. Fui a uma loja de material de construção e comprei dois pares de abraçadeiras e alguns parafusos. Com elas em mãos, comecei a pensar em como fixar. Os buracos delas eram mais afastados do que os dos para lamas, então resolvi invertendo o lado de um dos buracos, já que as abraçadeiras eram moldáveis. Com um alicate resolvi facilmente.
Abraçadeira fixada no para lamas e ao fundo parafuso da cadeira que afrouxei.
Então parafusei um lado no para lamas, dobrei e estiquei o resto da abraçadeira. Afrouxei dois parafusos do assento da TiLite e enfiei as abraçadeiras por baixo do assento. Aí foi só dobrar as abraçadeiras por trás do quadro, e então parafusar no buraco inferior do para lamas e apertar bem. Ficou ótimo! Só que os parafusos ficaram muito proeminentes, então precisei serrar os parafusos bem rentes, para não pegar nas rodas.
Resultado final, para lamas novo! 
Mas ainda tinha um problema, por mais que apertasse as abraçadeiras, elas correriam o risco de girar em falso no quadro quando eu me apoiasse nelas. Então resolvi com uma "trava": o próprio freio da cadeira. Posicionei de forma que ele pegasse na ponta do para lamas, então seguraria ele mesmo com meu peso. E deu certo! Estou muito orgulhoso da minha "acochambration" para instalar os para lamas. E no próximo post conto porque gosto tanto de protetor de roupa/para lamas. São extremamente úteis, vocês verão!


M3 X TiLite ZR

O que é melhor, cadeira top e bolso vazio ou cadeira semi top com troco?
Afinal de contas, vale a pena gastar o valor de um carro usado em uma cadeira de rodas só porque ela é mais leve? Depende. Do uso, em primeiro lugar. Se o cadeirante é uma pessoa ativa, que sai de casa todo dia, seja para trabalhar ou fazer esportes, e dirige, roda pra todo lado, enfrenta morros e descidas, a resposta é sim. É importante ter uma cadeira bem leve para minimizar o esforço na hora de guardar no carro sozinho (esse foi o principal motivo que me fez trocar) e na hora de tocar.
Mas se o cadeirante não for tão ativo assim, será que uma monobloco nacional, como a M3, não resolve? Sim, resolve. A M3 ainda é uma excelente cadeira, e os problemas que eu enfrentei com ela são facilmente resolvidos. As rodas dianteiras, que se "dissolveram", troquei por um par de Frog Legs e nunca mais tive problemas. Os encaixes dos para lamas, que quebraram com pouco tempo de uso, a própria fábrica me mandou novos feitos de alumínio, que não quebraram mais. O encosto, tive um pouco de culpa na quebra, pois eu tenho o costume de apoiar as costas quando me visto. Quebrou duas vezes e agora está durando.
Mas vamos aos números, nas medições das minhas cadeiras (tamanho 44 na M3 e 17" na TiLite):
- Peso da Tilite sem as rodas e almofada: 7,5 Kg
- Peso da M3 sem as rodas e almofada: 10 Kg
- Peso das rodas originais da TiLite com eixo, câmara e pneus: 1,6 Kg cada;
- Peso das rodas X-core 3 da M3 com eixo e pneus maciços Shox: 2,2 Kg cada;
- Almofada Roho: 1,4 Kg.
Em resumo: Ti Lite completa: 12,1 Kg X M3: 15,8 Kg. Ou seja, a primeira é 23% mais leve que a segunda. Considerando só o quadro, são dois quilos e meio a menos, um quarto do peso a menos. Isso faz diferença na hora de guardar no carro.
E a TiLite é mais bem feita. Parece um projeto mais "redondo", menos sujeito a folgas e empenos. Ela é mais estável e transmite mais segurança nas transferências. Nada exageradamente melhor, mas nota-se a maior qualidade.
Mas e o preço? Uma TiLite básica no Brasil saí por volta de R$ 10.000,00. Uma M3 básica parte dos R$ 3.415,00 (nunca entendi esses 15 reais). Portanto a M3 custa 34% do valor da TiLite.
Quem ganha o embate? Na minha opinião, a M3, pelo custo/benefício. É uma cadeira bonita, regulável, leve e prática. Não dá para comparar com uma dobrável, por exemplo. Além da praticidade, traz alta estima ao cadeirante. Ou seja, só acho que vale a pena gastar essa bolada na TiLite se você for um cadeirante muito ativo e exigente, que faz questão de leveza. Depois dela, o que vai ficar leve mesmo é o seu bolso...

Em tempo: vale a pena mesmo é ir aos EUA buscar uma TiLite. Abaixo discrimino os gastos que tive na viagem, contando os gastos da minha mulher e os ingressos em parques.
- Duas passagens aéreas ida e volta para Orlando: 25 mil milhas mais 950,00 reais cada, 1.900,00;
- Sete dias de hospedagem no hotel Radisson: 2.000,00;
- Aluguel de carro por uma semana: 1.100,00;
- Alimentação, ingressos e outros: 1.000,00
Total: R$ 6.000,00, sendo que a cadeira TiLite lá custa US$ 2.250,00 = R$ 4.837,50 (dólar a R$ 2,15).
Resumindo, pelo preço da cadeira no Brasil mais mil reais, eu e a Gi passamos o reveillon em Orlando, curtimos os parques, conhecemos vários lugares e nos divertimos bastante. Sem contar as compras que fizemos lá, roupas e eletrônicos custam metade do preço daqui. Isso sim, vale a pena!



Avaliação da TiLite ZR

Titânio na veia!
Agora sim, a avaliação da minha cadeira nova! Afinal, foi pra isso que fui a Orlando, nos EUA. Só que rolou uma leve tensão antes da cadeira chegar... Pedi com a antecedência necessária, estava tudo certo, ela chegaria pouco antes de eu chegar ao hotel. Mandei até e-mail avisando ao pessoal de lá. Mas cheguei no sábado, e não tinha chegado ainda. Veio a segunda feira, dia 31/12, não imaginei que fosse chegar mesmo. No dia primeiro, muito menos, feriado. Mas dia 2 era pra ter chegado. No dia seguinte comecei a preocupar, afinal eu ia embora no dia 5, sábado, de manhã cedo. Comecei a despachar e-mails e mensagens para o Dado, do site Mão na Roda, que me ajudou na compra. Sexta feira, véspera de ir embora, desci para a recepção de manhã e... nada! Fui para a sala de computadores do hotel, e já estava escrevendo mais e-mails desesperados, quando de repente olhei para a portaria e lá estava a enorme caixa estrito TiLite do lado! Ufa!
A bichinha é muito bonita
Mas vamos à avaliação da cadeira. Os principais motivos para comprar a TiLite foram facilidade para guardar no carro e mais resistência, já que minha M3 andava com uns probleminhas chatos, como quebra de alguma peças e empeno da roda dianteira. E ela superou as expectativas. Bem mais leve que a M3 (2/3 do peso dela), na hora de pegar para guardar dá para sentir uma grande diferença. E de fato ela é mais bem construída que a M3, mais firme e mais estável. Também achei ela mais ágil, por ser um pouco mais curta, apesar do centro de gravidade da roda traseira ser um pouco mais para trás. O segredo é o apoio de pés virado para dentro.
Barra para descer o encosto
Gostei muito também da forma de dobrar o encosto, empurrando uma pequena barra em direção ao encosto. É difícil de acostumar no início, mas depois que peguei a manha achei mais fácil do que o cabo de aço da M3. É mais resistente, o da M3 vivia estourando as argolas que prendem aos encaixes. Mas a grande vantagem é que ele trava o encosto fechado, impedindo que fique abrindo quando alguém pega a cadeira por ali. Acontecia muito na M3, e era um transtorno, a pessoa tinha que colocar as rodas de novo para fechar o encosto.
Protetor de roupa, não curti
Mas teve uma coisa que eu não gostei. O protetor de roupa. Na M3, ele é como um para lamas mesmo, se abre para cima para facilitar a transferência e dobra para dentro para guardar. E aguenta o peso da pessoa, o que é útil para vestir roupa e fazer elevação. O da TiLite é de alumínio e só dobra para dentro, o que torna difícil a transferência. A ideia é aprender a transferir com ele levantado, chegando bem na beirada da cadeira para isso. Se o protetor fosse menor, dava para fazer, mas ele é muito grande, e está difícil acostumar. Eu acabo usando a maior parte do tempo eles dobrados, e a roda fica raspando na roupa. Vou acabar trocando.
Freio original à esquerda e Scissor instalado à direita
Outros pontos fracos dela, o freio e as rodinhas dianteiras. Os freios são de plástico e aparentam fragilidade, e as rodinhas vão pelo mesmo caminho. Felizmente o Dado havia me alertado destes poréns. Então já pedi junto com a cadeira um par de freios do tipo Scissor, daqueles que ficam embutidos embaixo da cadeira. São mais difíceis de acionar, mas é questão de costume. Além deles, comprei também um par de rodas dianteiras Frog Legs, que nem as que tenho na M3. São bem melhores, e lá fora o preço é ótimo, cinquenta dólares o par. No próximo post vou fazer um comparativo dela com a M3, com prós e contras.
Agora, como disse um amigo meu, troquei a Ferrari vermelha por uma McLaren prata!


Cadeira nova

M3 se vai....
Esse ano resolvi trocar de cadeira. A minha M3 já fez três anos e demonstra sinais de cansaço. Essa cadeira  já recebeu várias críticas de muita gente, inclusive de mim, mas ainda acho que é uma das melhores relações custo x benefício do Brasil. Não é barata, poderia ser bem mais em conta, mas pelo que oferece vale o sacrifício.
Em primeiro lugar, ela é leve. Feita de alumínio aeronáutico, pesa em torno de 12 kg, o que é razoável frente aos 16 kg das cadeiras dobráveis. Outra vantagem é a customização, ela permite diversas regulagens que podem trazer o conforto ideal de acordo com o perfil e necessidades da pessoa.
Mas tem alguns problemas críticos. A fábrica afirma que ela aguenta uma pessoa de até 110 kg, mas eu peso 90 kg e a minha já quebrou várias peças, como o suporte dos protetores de roupa (três vezes), o encosto das costas (duas vezes) e as rodas dianteiras (duas vezes, essas por má qualidade mesmo), e o que é pior, o garfo dianteiro vive empenando. Tudo bem que ele é regulável ali, mas deveria haver um sistema de trava mais eficiente. Os garfos são travados ao quadro por uma porca mestra, que não tem nenhuma trava, e quando eu dou alguma topada com um buraco ou ressalto, a rodinha empena para trás. Aí preciso de uma pessoa forte para desapertar a porca, voltar ao lugar, e apertar de novo. Isso irrita, e traz transtorno, ela fica manca e uma das rodas vibra.
... e lá vem a Tilite ZR
Minha escolha desta vez foi por uma TiLite (www.tilite.com), modelo ZR, feita de titânio e fabricada nos Estados Unidos. O peso dela com as rodas dá menos de 8 kg, o que é um bom ganho em relação à M3. Estou indo lá buscar, comprei pela internet na Bike-on (www.bike-on.com) com ajuda do Dado, do Mão na Roda. Aproveitei e pedi alguns opcionais, como freios Scissor da Sunrise, rodas dianteiras Frog Legs, pneus Shwable Right Run e protetores de roupa de alumínio (esse, apesar de não parecer, foi o mais caro, quase 300 dólares). O pacote todo ficou por 2.792,00 dólares, quase cinco mil e novecentos reais. Só a cadeira, sem opcionais, sai por 2.250,00 dólares (aprox. R$ 4.700,00). Bem menos do que os R$ 8.000,00 reais cobrados por ela nos representantes brasileiros... Com a diferença, pago as passagens e hospedagem lá por uma semana, e ainda aproveito os parques da Flórida!
O principal motivo da mudança, entretanto, foi para evitar estragos. Eu consigo colocar a M3 no meu carro sozinho, mas como meu ombro esquerdo tem problema (já luxei), acabo forçando demais devido ao peso dela. Com a Tilite, pretendo minimizar este inconveniente, e evitar mais um problema.


Melhorias nas X-core 3

Visual novo nas rodas da cadeira!
Desde que vi pela primeira vez, me apaixonei por estas rodas. São bonitas, resistentes e leves. Conseguicomprá-las em janeiro do ano passado, e fiquei ainda mais fã. Elas deixam a cadeira de rodas com um visual mais limpo, mais esportivo, moderno e desolado. Fazem bem ao ego e à auto estima, e minimizam um efeito que citei em um texto muito bom que fiz aqui no blog: a vergonha da cadeira de rodas.
Corte da X-core 3
Sou tão fã do modelo de roda que até tatuei o desenho dela nas costas. Como se não bastasse minha admiração pelo desenho das X-core 3, há pouco tempo descobri novos argumentos para falar bem delas. Conheci o Leone Fragassi, engenheiro e projetista de Handbikes, que me explicou que o processo de fabricação das rodas é super elaborado, é necessário um maquinário enorme para injetar ar no composto de poliamida, do qual elas são feitas, permitindo que sejam ocas e extremamente resistentes. Ele é tão fã da roda que disse que se eu encontrar alguma dessas quebrada, posso mandar para ele.
Mas as melhorias nas rodas que me referi no título é uma "garibada" que resolvi dar nas bichinhas: mandei plotar nelas adesivo de fibra de carbono, assim como fazem em alguns carros. Sei que elas não são feitas de fibra, mas que ficou bonito pra caramba, ficou. Fiquei muito satisfeito com o resultado, combinou com o desenho da roda e o ar de modernidade que ela passa. Completando o "tapa" nas rodas, pintei os aros de preto, pois já estavam bem arranhados.
Aproveitando o tópico, estou trocando a cadeira. A minha M3 completou três anos esse ano e já mostra alguns sinais de desgaste, apesar de não ter nenhum problema aparente. O que me fez trocar foi a dificuldade de colocar ela dentro do carro, pois mesmo sendo de alumínio ainda é muito pesada. Resolvi então comprar uma TiLite, de titânio. Aqui no Brasil, ela custa 8.000 reais. Mas como eu já estava querendo fazer uma viagem para os EUA, aproveitei uma promoção para usar milhas e comprei passagens para Orlando no reveillon. E fiz o pedido da cadeira, com ajuda do Dado, do Mão na Roda. Ficou por pouco menos que dois terços do preço... isso porque pedi alguns opcionais, se fosse sem nada era metade do preço. Depois conto mais sobre isso.


Cadeira Fashion

Bolsão Traseiro
Na busca por acessórios para cadeiras de rodas, como o porta copos do último post, encontrei uma pessoa especializada nisso: a Flávia, de Porto Alegre, percebeu este nicho e montou uma empresa para produzir e vender acessórios para cadeiras de rodas. De muito bom gosto, ela tem produtos para várias necessidades dos cadeirantes.
De mochilas a toalhas impermeáveis, os produtos da Cadeira Fashion, marca que ela criou, são desenhados especialmente para se encaixarem perfeitamente em cadeiras de rodas, tanto do tipo dobrável quanto monobloco. Os produtos contam até com estampas diferenciadas, voltadas para o público feminino ou masculino.
Bolsão Traseiro com estampa
O Bolsão Traseiro é uma mochila que é fixada na cadeira por tiras de nylon ajustáveis com velcro. Serve em cadeiras dobráveis ou monobloco, de vários tamanhos. Ela é ideal para carregar objetos maiores, é confeccionado em Nylon Cordura, resistente a água, as laterais podem ser expandidas através de pressões (botões) que liberam mais espaço interno. Tem bolso externo e fechamento em velcro. Ele custa R$ 56,00 na cor preta (o da primeira foto) e por mais um real você leva a com estampa.
Pochete interna, super discreta e funcional
Outra forma legal de carregar objetos do dia a dia com mais discrição, é usando a pochete interna. Esta pochete tem a mesma função da que eu uso, só que é especialmente desenhada para servir em cadeiras de rodas. Muito prática, ela é confeccionada em Nylon Cordura preto e é fixada na cadeira por tiras de nylon com velcro para regulagem de acordo com a largura do assento, tem porta-objetos com bolsos em tela externos na frente e nas laterais. O fechamento é por zíper e tem um cursor com uma adaptação para facilitar a abertura e fechamento. Custa R$ 42,00 e só tem na cor preta.
Pochete lateral, muito chique!
A pochete lateral é uma grande sacada. Ela desenhou uma pochete para se encaixar perfeitamente na lateral do braço das cadeiras dobráveis. A pochete é confeccionada em Nylon Cordura, resistente a água, com ótimo espaço interno para colocar objetos pessoais, tem bolso externo em tela e um bolso menor para celular e outros eletronicos, mp3, etc...além disso, tem também um porta-garrafas. Ela é fixada no braço da cadeira com tiras de nylon ajustáveis em velcro e custa R$ 42,00 na cor preta e R$ 43.00 estampada.
Pochete frontal, muito legal!
Para quem tem cadeira monobloco e já está com inveja de quem tem cadeira dobrável, a Flávia bolou uma pochete frontal que encaixa perfeitamente na barra do apoio de pés. Claro que ela serve também nas cadeiras dobráveis, pois é fixada por tiras de nylon com velcro. Ela conta com bolso interno com espaço suficiente para chaves, carteira, objetos pequenos, e na frente tem um bolso com tela e elástico, podendo colocar uma garrafa, como na foto. O preço da pochete frontal é R$ 35,00, tanto a preto quanto a estampada.
Além de bolsas e pochetes, a Flávia tem também protetor de quadro, que ajuda a manter a cadeira em forma - se eu tivesse comprado um desses, a minha não estaria toda arranhada. Assim como os outros produtos, tem nas cores preta e com estampas, e custa R$ 29,00.
Toalhas impermeáveis para cadeira monobloco e dobrável
Outro produto bem inovador e útil é a toalha impermeável, que vem em modelos para cadeiras dobráveis ou monobloco. Para dobráveis, custa R$ 65,00 e para monobloco o preço é R$ 53,00.
Quem se interessar pelos produtos da Cadeira Fashion, pode pedir diretamente comigo, pelo e-mail do blog (blog.cadeirante@gmail.com). Estamos fazendo essa parceria para difundir os produtos e chegar a todo o Brasil. Todos os preços são dos produtos sem frete, para cálculo do frete é preciso informar o CEP.
Deixe logo sua cadeira bem fashion com os produtos da Flávia e saia por aí arrasando!


Vergonha da cadeira de rodas

Minha jangadinha é bem feinha
Não são raros os casos de cadeirantes que ficam meses sem sair de casa. Tem outros que só saem para ir ao médico ou ao Hospital Sarah, pois o ambiente tem mais a ver com um cadeirante. Também não é incomum ouvir histórias de pessoas que ficaram meses, ou até anos na cama, pois não aceitaram a cadeira de rodas. Afinal, qual o problema desse povo?
Há os motivos pessoais ou até psicológicos, mas muitas vezes o motivo é a vergonha da cadeira de rodas. Não exatamente de estar em uma cadeira de rodas, mas pelo fato de uma cadeira de rodas ser um objeto feio, esquisito e sem estilo. Como muita gente pensa, a vaidade não vai embora porque a pessoa vira cadeirante. Como todo mundo, a gente continua gostando de se sentir bonito, de estar na moda e de se vestir bem.
Que tal uma corzinha? Nem tanto, né...
Como a cadeira passa a ser um complemento constante do nosso corpo, devemos parar para pensar o quanto é importante se sentir bem com a aparência dela. E tudo começa pelo modelo. Convenhamos que as cadeiras dobráveis, tipo duplo X, são bem feinhas, mas podem ser melhoradas. A primeira coisa que pode mudar é a cor. O mais comum é o cinza claro, padrão destes modelos. Não tem porque manter ela na cor original, se você gosta de vermelho, mande pintar de vermelho. Se gosta de azul, a mesma coisa. É uma coisa simples, mas dá outro visual. Tem gente que não gosta, prefere o cinza justamente para passar despercebido, já que a cor chama a atenção. Acontece que passar despercebido em uma cadeira de rodas é impossível. Então, porque não colocar uma corzinha? Claro que não precisa pintar um arco íris na bichinha, mas escolher uma cor que combine mais com a pessoa cai bem.
As monobloco tem design mais "limpo"
Os modelos monobloco são bem mais bonitos, independente da cor. O design mais limpo, com menos ferros à mostra, é bem mais belo do que as dobráveis. E elas geralmente são disponíveis em várias cores, metálicas ou sólidas. Mas elas costumam ser um pouco menos confortáveis, já que geralmente não tem braços, mas acho que isso é questão de adaptação. Hoje eu não sinto muita diferença. Além do design, a facilidade em desmontar ajuda muito no dia a dia.
Além da cor, o encosto rígido que geralmente vem nas monobloco permite ainda aplicar um adesivo e personalizar ainda mais a cadeira. Nas cadeiras de mulheres, que tem ainda mais vaidade, fica bem bacana, dá até um certo charme. Há vários modelos, os mais comuns são os de borboletas, acho uma gracinha. Ainda mais que a borboleta é o símbolo da transformação, o que agrega ainda mais como simbologia. A da foto abaixo é da Tuigue, do blog Muletas Cor-De-Rosa.
Com adesivo fica um charme
Outra coisa que compõe bastante o visual de uma cadeira são as rodas. As que tem três ou cinco raios dão uma grande diferença no visual. As mais famosas são as X-core, que uso na minha cadeira, mudam completamente o visual. Ainda mais nas monobloco, no caso da minha, uma M3, acho bem bonito o desenho do eixo traseiro em alumínio, que fica aparente com essas rodas. Há também as de magnésio com três raios, também muito bonitas.
Enfim, não há porque ter vergonha da cadeira de rodas. Já que é impossível sair sem elas, que tenham a nossa cara e nos dê mais prazer em sair de casa. Porque, convenhamos, ficar dent



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Levando a cadeira no suporte de bike

Levando a cadeira no suporte de bike

Suporte para bicicletas, por que não para cadeira?
Essa é uma ideia que eu tive há algum tempo, mas nunca tive coragem (nem necessidade) de testar. Mas eis que o Rafael Marajó (que contribuiu no post sobre a Caminhar) me disse que já utiliza esse método, pois a família é grande e economiza espaço no porta malas. O carro dele é um Spin, da Chevrolet, que tem cinco ou sete lugares, e se utilizado nessa última configuração, a cadeira não cabe nem desmontada. Por isso ele acaba usando o suporte de bike. Ele mandou fotos mostrando como faz, e garantiu que a cadeira vai com segurança, nunca teve problema.
Cadeira no suporte com as duas rodas
O negócio é simples: utilizando um suporte de bicicleta (o dele é daqueles que encaixa no engate de reboque), ele passa a cadeira com as duas rodas ou com uma só pelas barras de suporte da bike, amarra bem ela com fitas de fixação e mais elásticos com ganchos. Quando vai em percursos pequenos, ele deixa ela toda montada, mas quando viaja, prefere tirar as rodas e a almofada. Isso facilita muito nas paradas, pois não precisa tirar muitas bagagens para retirar a cadeira e montar para que ele saia do carro também.
Cadeira presa no suporte, sem uma roda
Importante observar que a cadeira dele é uma M3, monobloco, com rodas X-core3. A cadeira monobloco pode ser mais fácil de carregar, pois ela tem menos partes móveis, e fica firme no suporte. O suporte dele é para três bicicletas, mas em um para duas pode funcionar também. Eu tenho um suporte de bike que encaixa sobre a tampa do porta malas, mas não testei ainda porque ele está faltando a borracha que protege a tampa do carro. Mas assim que comprar uma substituta, faço o teste. De fato é bem mais prático para tirar e colocar a cadeira, principalmente em uma viagem. Mas ela tem que ficar muito bem presa, para não correr o risco de ficar pelo caminho...



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Deficiente pode ser motorista profissional



Deficiente pode ser motorista profissional

Agora está regulamentado, podemos pegar a estrada
Em 1998, o Cotran, que é um órgão ligado ao Ministério das Cidades, e responsável pela regulamentação do trânsito no Brasil, proibiu a atuação do deficiente físico como motorista profissional, seja dirigindo caminhões, ônibus, vans escolares ou qualquer outro veículo que exigia a habilitação das categorias C, D ou E.
Porém, após muitas batalhas, em 2011, o Juíz Federal de São Paulo, Danilo Almasi Vieira Santos, concedeu o direito a qualquer deficiente de exercer a profissão, afinal, de acordo com a nossa constituição vigente, toda pessoa com deficiência física tem igualdade de tratamento, inclusive, o direito ao trabalho. Muitas pessoas não sabiam dessa possibilidade e podem, junto ao Detran, renovar a carteira de habilitação para exercer a profissão. Porém, o que ainda vemos é muita dificuldade e certo preconceito com relação ao trabalhador deficiente físico.
Ônibus e caminhões adaptados já rodam por aí
Primeiro, vamos falar das dificuldades. Para encontrar um caminhão que seja adaptado para as necessidades individuais – afinal, cada deficiente tem sua particularidade – é uma tarefa quase impossível. O mais fácil é bancar essa adaptação para evitar as demoras na fabricação de um veículo como esse. Os desafios para encontrar as melhores formas para adaptar apeças para caminhão e toda a mobilidade necessária é um grande desafio, porém, não pode ser encarado como algo insuperável, pelo contrário, é possível e deve ser enfrentado. O grande diferencial é não desistir até que o veículo esteja de acordo para que a profissão de motorista seja desempenhada da melhor forma.
A segunda questão é o preconceito. Talvez, os autônomos, donos de seus próprios veículos e negócios não sofram tanto, porém, o motorista que possui alguma deficiência física e que depende da contratação via CLT encontra muita dificuldade para ser contratado. Muitas empresas não possuem em suas frotas os veículos adaptados (e também não estão dispostas a adaptar), porém, há empresas que possuem políticas de integração e que permitem o acesso do deficiente físico ao trabalho como motorista. O desafio é encontrá-las.
O mais importante é não desistir do trabalho. Sabemos o quanto a vida fica mais difícil quando há uma dificuldade, porém, ao desistirmos de lutar por mudanças, acabamos nos entregando a situações que tornam a vida ainda mais complexa. Não deixe se abater pelas dificuldades e encare de peito aberto os desafios da vida. Sim, é possível ser motorista mesmo com alguma deficiência e, se você tem esse desejo, não deixe de realiza-lo.



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O carro projetado especialmente para deficientes está de volta!
A empresa Vehicle Production Group teve uma ideia bem interessante: construir uma van pensando exclusivamente nas pessoas com deficiência, em vez de um adaptado pra acomodar uma cadeira de rodas. infelizmente, no final do ano passado, a VPG faliu. Mas agora ela voltou com força total!

Originalmente, o projeto da VPG tinha como objetivo produzir 900 empregos e 22.000 unidades da van anualmente. Outro ponto importante era a emissão de dióxido de carbono na produção, que estava dentro dos limites aceitados pelo Departamento de Energia - mas não cumpriu essa meta e a operação foi interrompida.

O MV-1 já montado era conversível (aceitava gasolina ou gás natural) e vinha equipado com uma rampa elétrica para cadeira de rodas. As poucas unidades produzidas foram transformadas em táxis e vendidas para algumas pessoas e, apesar dos problemas que interromperam a produção, o MV-1 se tornou muito popular entre os carros para deficientes.
















E vai continuar sendo popular, pois ele está de volta! A AM General tem planos de produzir 5.600 unidades do MV-1 esse ano e o preço deles será de 50 mil a 60 mil dólares, dependendo do modelo

Tomara que dessa vez tudo dê certo e inspire nossos produtores nacionais pois o mercado brasileiro tem muito espaço pra carros como o MV-1. Quando for comprar carros especiais, já sabe: escolha o MV-1!
Poderá também gostar de:









































O carro projetado especialmente para deficientes está de volta!


O carro projetado especialmente para deficientes está de volta!
A empresa Vehicle Production Group teve uma ideia bem interessante: construir uma van pensando exclusivamente nas pessoas com deficiência, em vez de um adaptado pra acomodar uma cadeira de rodas. infelizmente, no final do ano passado, a VPG faliu. Mas agora ela voltou com força total!

Originalmente, o projeto da VPG tinha como objetivo produzir 900 empregos e 22.000 unidades da van anualmente. Outro ponto importante era a emissão de dióxido de carbono na produção, que estava dentro dos limites aceitados pelo Departamento de Energia - mas não cumpriu essa meta e a operação foi interrompida.

O MV-1 já montado era conversível (aceitava gasolina ou gás natural) e vinha equipado com uma rampa elétrica para cadeira de rodas. As poucas unidades produzidas foram transformadas em táxis e vendidas para algumas pessoas e, apesar dos problemas que interromperam a produção, o MV-1 se tornou muito popular entre os carros para deficientes.
















E vai continuar sendo popular, pois ele está de volta! A AM General tem planos de produzir 5.600 unidades do MV-1 esse ano e o preço deles será de 50 mil a 60 mil dólares, dependendo do modelo

Tomara que dessa vez tudo dê certo e inspire nossos produtores nacionais pois o mercado brasileiro tem muito espaço pra carros como o MV-1. Quando for comprar carros especiais, já sabe: escolha o MV-1!
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OUTRA OPÇÃO



G-TRAN
Entrar e sair do carro assim é mole!
Esse mega chique sonho de consumo que vocês vêem na foto acima é o G-TRAN, uma espécie de cadeira de rodas cujo banco se solta do suporte de rodas e entra no carro. A cadeira que vem nele tem braços e uma barra para empurrar atrás, e como um banco de carro, pode também ser reclinada. Porém, neste modelo a cadeira terá que ser empurrada por uma outra pessoa, já que suas rodas são pequenas, de 12 polegadas, mas há também um modelo com rodas de 24 polegadas, que pode ser conduzida pelo próprio cadeirante. Melhor ainda, é a versão em que a base é uma cadeira de rodas com motor, que permite ao cadeirante sair do carro e continuar motorizado!
O suporte do banco é instalado no carro e gira mecanicamente em torno de 90 graus para se encaixar na base que vira uma cadeira de rodas. Aí basta escorregar o banco até o suporte e ele se transforma na cadeira de rodas. Este equipamento é vendido na Hélio Adaptações e ajuda muito na locomoção por carro de um cadeirante, trazendo muita praticidade e conforto para o dia a dia. Ele é importado da Itália, da marca Guidosimplex. O equipamento pode ser utilizado também para facilitar o embarque e desembarque de passageiros com dificuldades de locomoção.
Instalado em um Fiat 500, ficou super charmoso
Mas o mais interessante é que o G-TRAN pode ser instalado em um banco de carro comum, e, para demonstrar na Reatech, que acontece de 12 a 15 de abril em São Paulo, o pessoal da Hélio instalou no banco de um Fiat 500, o "Tchinquetchento". 
Escorrega facilmente para fora do carro
Este equipamento foi testado e aprovado pelas principais montadoras de veículos da Europa. Suporta peso de até 250 Kgs. Mas infelizmente ele não pode ser instalado em qualquer carro, para sua instalação o veículo tem que ter uma excelente abertura e altura de porta, ou então deverá ser modificado. A abertura da porta é fácil de resolver, basta ampliar, mas a altura do carro pode ser um complicador, pois será necessário mexer na suspensão.
Fora do carro, pronto para as ruas
G-TRAN
Preço: R$ 15.900,00 instalado (4 dias para instalar).
Pagamento: 30 % entrada e o restante em até 6 vezes sem juros no cartão de credito na Hélio Adaptações - Rua Pitangui, 650, Belo Horizonte/MG, Tel: (31) 2526-1569.






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