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sábado, 23 de junho de 2018
Veja nove dicas para viajar tranquilamente com sua cadeira de rodas
Para evitar chegar ao seu destino e encontrar sua cadeira de rodas danificada, confira orientações da vice-presidente da Abridef (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviço de Tecnologia Assistiva)
Da reportagem | ACidadeON/Ribeirao
19/6/2018 16:31
Foto ilustrativa (Foto: Pixabay)
Se você já chegou em seu destino depois de um voo e encontrou sua cadeira de rodas danificada pela companhia aérea, sabe da dor de cabeça que isso causa. Para evitar esse problema, confira alguns cuidados de Monica Lupatin Cavenaghi, vice-presidente da Abridef (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviço de Tecnologia Assistiva), que podem ser tomados para evitar esse mal estar.1- Cheque quais são as normas e os procedimentos de embarque de sua companhia aérea. Apesar de haver normas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), alguns detalhes mudam entre empresas.
2- Informe com antecedência - pelo menos 48 horas - qual é a assistência da qual necessitará para seu embarque. As operadores normalmente solicitam essa informação na hora da compra da passagem.
3- Chegue cedo ao aeroporto, isso garantirá um check-in e despacho de bagagem mais tranquilo, especialmente para aquelas situações em que os funcionários estão despreparados para o atendimento - que pode ocorrer, especialmente em aeroportos menores.
4- Faça uma análise antecipada de sua cadeira, retirando dela todos os acessórios removíveis, a fim de embarcá-la com o menor número de peças frágeis e móveis possível.
5- Os funcionários das empresas aéreas dificilmente conhecerão detalhes de seu equipamento, assim, você deve orientá-los das partes mais frágeis, que deverão ser melhor acondicionadas.
6- Você tem o direito de ir até a porta da aeronave em sua cadeira de rodas, mas saiba que a maioria dos incidentes com as cadeiras ocorre nesta situação. Olhando exclusivamente para seu equipamento, o ideal é que você despache a cadeira com a sua bagagem no check-in. O fato é que o tempo das aeronaves em solo é milimetricamente controlado e isto pode fazer com que sua cadeira seja mal manipulada e acondicionada quando é embarcada pelo ponte de embarque, por exemplo.
7- Se você for viajar de cadeira motorizada é ainda mais importante que o procedimento de despacho seja feito com antecedência, pois a bateria precisará ser desligada, pra evitar risco de explosão. Somente podem ser despachadas baterias de gel e seladas.
8- Tire fotos de sua cadeira de rodas antes de despachá-la, se possível no aeroporto. Isto será importante caso você constante qualquer dano posteriormente.
9- Verifique seu equipamento tão logo ele lhe seja entregue. Caso note algum dano, comunique imediatamente a companhia aérea e solicite um documento que ateste o(s) dano(s) e o prazo de solução.
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sexta-feira, 22 de junho de 2018
EM Foco
Autoestima na Esclerose Múltipla
Autoestima: saberíamos defini-la? Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, quer dizer “apreço ou valorização que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios atos e pensamentos”.
Para todos nós, inclusive para aqueles que estão enfrentando situações potencialmente desafiadoras como a esclerose múltipla, esta costuma ser uma questão importante. Passar por todas as fases, da dúvida do diagnóstico ao tratamento adequado, faz com que o paciente possa ter sofrimento psíquico demasiado, que pode, entretanto, ser confortado ao conseguir desenvolver estratégias que possibilitem melhor enfrentamento da situação.
A autoestima é muito mais uma questão interior que exterior e não tem a ver com a beleza. É o que pensamos sobre nós mesmos e não o que os outros acham sobre nós. Não sentir vergonha, fazer o que dá prazer, correr atrás da felicidade, olhar pra “dentro” de si e se sentir satisfeito consigo mesmo, proporciona boa autoestima.
A forma com que reagimos aos eventos do cotidiano é determinada por quem e pelo que pensamos que somos. Os dramas vividos são reflexos das visões mais íntimas que temos de nós mesmos. A partir disso, a autoestima pode ser a chave para nosso sucesso ou para o fracasso. E, também a chave para nos entendermos e nos relacionarmos com os outros.
Sabemos que alguns dos sintomas decorrentes da esclerose múltipla podem limitar o autocuidado, fazendo com que os pacientes se sintam mais dependentes dos familiares ou de outro cuidador. Tal situação pode levar a sentimentos de incapacidade, inabilidade, incompreensão e menos valia. Deve-se então incentivar o autocuidado respeitando as características de unicidade, autenticidade e individualidade, pois os pacientes que tratam a esclerose múltipla de forma mais passiva esperando que ela desapareça, sem postura ativa perante a mesma, estão mais suscetíveis a vivenciar elevados níveis de depressão, confusão, estresse e, por consequência, rebaixamento da autoestima e da independência.
É possível perceber pelo discurso dos pacientes que após o recebimento do diagnóstico e tratamento, a dificuldade de aceitação pode ser vencida quando se consegue perceber que mesmo com limitações, principalmente físicas, pode-se aos poucos estabelecer novas atividades que exijam menos esforços e que consequentemente se mantenham ocupados e se sentindo bem consigo mesmos. A importância da manutenção de atividades ou adaptação para uma nova fase é o que permite que muitos consigam ultrapassar as barreiras das limitações trazidas pela esclerose múltipla.
Conseguir utilizar fatores motivacionais para superar as alterações causadas pela esclerose múltipla em suas vidas reforça quanto o trabalho de acompanhamento multiprofissional adequado e singular pode auxiliar para que o paciente tenha novas perspectivas, consiga melhorar sua autoestima e o relacionamento com o meio em que vive.
Como melhorar a autoestima?
:: Tenha um diálogo consigo mesmo e verifique se existem sentimentos de medo, insegurança, dúvida, raiva, humilhação, rejeição, carência, abandono e principalmente dependência, seja física ou emocional.
:: Mantenha esse diálogo interno na busca do autoconhecimento. Acredite em si, em seu potencial, na sua capacidade de adaptação e superação. Faça algo que lhe deixe feliz e motivado.
· Experimente aceitar seus pensamentos, sentimentos e valores pessoais. Defina novas metas para sua vida diante das adversidades.
Caso não esteja conseguindo colocar tudo isso em prática sozinho, um psicólogo pode ser o profissional indicado para lhe ajudar a promover esse autoconhecimento, pois assim é possível entender e identificar o que te faz se sentir menos valorizado e favorecendo modificações pessoais.
Fonte: Esclerose Múltipla / Escrito por Vanessa Marques Ferreira Jorge (psicóloga)
Referências:
1. Anne W; Piazza, D; Holcombe, J; Paul, P; Daffin, P. Hope, Self-Esteem and Social Support in Persons with Multiple Sclerosis. Journal of Neuroscience Nursing, 1990.
2. Branden, N. Autoestima: como aprender a gostar de si mesmo. São Paulo: Editora Saraiva, 1994.
3. Coopersmith, S. The antecedents of self-esteem. San Francisco: Freeman, 1967.
4. Da Silva, EG, De Castro, PF. Percepção do paciente portador de esclerose múltipla sobre o diagnóstico e tratamento. Mudanças – Psicologia da Saúde, 19 (1-2), Jan-Dez 2011, 79-88p.
5. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=autoestima. Acessado em 28/08/2013.
6. McCabe, M, McKern, S, McDonald, E. Coping and psychological adjustment among people with multiple sclerosis. Journal of Phychosomatic Research, 56:355-361, 2004.
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quinta-feira, 21 de junho de 2018
Aceitação
Aceitação não é desistir, não é comodismo, não é relaxar dentro de uma situação que não está bem.
Aceitação não é piada, não é fraqueza!
Isso vale para a Esclerose Múltipla e tantas outras situações em nossa vida.
Aceitação é consciência. É consciência, é entendimento, compreensão.
Quando entendo o que está acontecendo comigo do ponto de vista orgânico, mental e emocional, posso compreender os processos que estou vivendo e, assim, sair da posição de vítima e participar do processo de melhora, de recuperação mesmo que o corpo precise de tempo, um tempo que temos resistência a dar porque a dor tende a ser evitada a qualquer custo, mas, sem ela, não saberíamos o quanto estamos "doentes". Estamos, e não, somos doentes, esta é a diferença.
Você é portador de uma doença, mas isto não te define enquanto pessoa. Não se esqueça disso!
Aceitar é conhecer, se envolver no processo da administração do problema e junto com outros, encontrar soluções, melhores formas de viver com o problema.
Aceitar que está passando por um período difícil na vida, uma depressão ou um "surto", também é necessário.
Aceitar o luto, a tristeza, a limitação pode ser como um grande trampolim de onde virá o salto que trará força e uma consciência mais ampliada de quem você é, de novas capacidades adquiridas, de um grande aprendizado pelo qual você descobre que é mais forte e melhor do que imaginava!
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