- Factor ambientalPara começar, a EM não ocorre com a mesma frequência em todos os países do mundo. A EM afecta em especial as pessoas de raça branca, na Europa, América do Norte e Austrália (figura 3). As diferenças não são tão acentuadas como se pensava anteriormente, mas sabemos hoje que tanto no Hemisfério Norte como no Hemisfério Sul, a EM é tanto mais frequente quanto mais afastado do equador está o país. No passado foram realizados estudos sobre os efeitos da emigração. A EM ocorre com frequência relativamente menor em países como Israel e África do Sul e com frequência relativamente superior em Inglaterra. Aparentemente, as pessoas mais idosas que emigram têm as mesmas probabilidades de sofrer de EM do que se permanecessem nos seus países de origem.
- VírusEm segundo lugar, foram realizadas muitas pesquisas sobre as possíveis ligações entre EM e toda a espécie de vírus, talvez algum tipo de doença viral contraída na infância. Mas até ao momento não foram encontradas provas seguras da existência de um vírus específico responsável pela EM. Existem algumas teorias sobre a influência da dieta nas probabilidades de contrair EM, mas a ligação não é muito clara.
- Factor hereditárioEm terceiro lugar, sabemos
que a EM é, até certo ponto, hereditária. Resultados de estudos em
gémeos verdadeiros (homozigóticos) vieram tornar este ponto claro. Se a
doença fosse definitivamente hereditária deveria afectar não apenas um,
mas os dois gémeos. Mas as probabilidades de isto acontecer na EM não
são de 100%, mas sim de 25%.
No que diz respeito aos membros de uma família com EM, estes têm um risco maior de contrair a doença do que alguém sem familiares com EM. A nível mundial, observam-se diferenças nítidas na incidência da EM: afecta principalmente pessoas de raça branca.
Este facto pode igualmente apontar para um factor hereditário entre as causas da EM. Presentemente, em algumas doenças hereditárias, sabemos que é possível assinalar a posição exacta onde o factor hereditário se localiza no nosso material genético, os cromossomas. Infelizmente, na EM a investigação científica ainda não chegou aos mesmos resultados.
- Doença auto-imune
Existe um quarto factor muito importante: o sistema de defesa do organismo, também conhecido como sistema imunológico. Pensa-se que a EM é uma doença «auto-imune»: são os próprios doentes que sofrem de EM que produzem reacções inflamatórias contra o seu próprio tecido nervoso, daqui o termo “auto”.
O sistema imunológico, nestas doenças, volta-se contra partes do organismo, em vez de atacar os inimigos do exterior, tais como os vírus ou as bactérias que causam as doenças. De forma genérica, as reacções inflamatórias ocorrem apenas quando o sistema imunológico reage a vírus e bactérias que penetram no organismo. Mas em casos excepcionais, pode ocorrer uma reacção inflamatória contra tecidos ou partes do próprio organismo, tal como acontece com a mielina na EM ou com as articulações na doença reumática. Por esta razão tanto a EM como as doenças reumáticas são conhecidas por doenças auto-imunes.
Um argumento a favor da EM como doença auto-imune reside no facto de ser possível causar lesões semelhantes à EM em animais de laboratório administrando-lhes uma solução de tecido nervoso que activa o sistema imunológico. Outro argumento resulta no facto de as doenças auto-imunes serem mais frequentes nas mulheres do que nos homens (como é o caso da EM). As mulheres têm, de facto, três a quatro vezes mais probabilidade de desenvolver a EM do que os homens.
- A EM é causada por uma combinação de factoresCrê-se, regra geral, que a EM seja causada por uma combinação de factores. É provável que as pessoas com EM, por razões hereditárias, sejam, até certo ponto, propensas a desenvolver a doença. Então, um factor ambiental desconhecido poderá activar o sistema imunológico, conduzindo a uma doença auto-imune, que ataca posteriormente a substância branca do sistema nervoso central.
© 2015, Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla
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