TERAPIA É AFETO
A grande maioria das pessoas têm a tendência de considerar a terapia como um espaço em que se paga para ser ouvido. Isso é um pensamento raso.
A terapia é um espaço para ser escutado por alguém capaz de compreender as razões que nos fazem repetir ações e mecanismos de autossabotagem, ao mesmo tempo em que escancara a porta para autoescuta.
Na relação entre analisante e analista há afeto, confiança e respeito. É um território sagrado para quem põe suas mazelas e para quem se dispõe a acolhê-las.
Entender a Análise como um movimento simplesmente financeiro é objetificá-la. E quem faz isso com a psicoterapia, certamente, faz isso diante de todas as suas relações.
O problema não é fazer ou não fazer terapia.
O problema é se dar conta de que a terapia é um espaço de tempo suficiente para que a criatura reveja o próprio caminho e, ainda assim, deseje continuar engessado.
Quem deseja permanecer imóvel, certamente, tem medo da autonomia das próprias pernas.
E quem não caminha por si só reclamará sempre da rota alheia.
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