sexta-feira, 16 de maio de 2014

Células-tronco de humanos curam roedores com esclerose múltipla



Células-tronco neurais humanas foram injetadas 
em roedores aleijados ROBERT F. BUKATY 

RIO - O tratamento com células-tronco humanas permitiu que camundongos aleijados por um tipo de esclerose múltipla (EM) andassem novamente depois de menos de duas semanas — o que sugere uma possível nova direção para terapias com seres humanos.

O resultado surpreendeu os cientistas, que acreditam que o experimento pode provocar uma novo caminho para o tratamento da esclerose.

Os camundongos geneticamente modificados tinham um estado de saúde que imita os sintomas da esclerose múltipla humana. Os roedores estavam tão frágeis que não conseguiam comer e beber por conta própria e tinham de ser alimentados à mão pelos cientistas.

Os pesquisadores transplantaram células-tronco neurais humanas nos animais, acreditando que elas seriam rejeitadas e não trariam benefícios. Em vez disso, a experiência rendeu resultados espetaculares.

Entre 10 a 14 dias, os camundongos recuperaram suas habilidades motoras e conseguiram andar novamente. Seis meses depois, eles não mostraram qualquer sinal de recaída.

Os resultados, publicados na revista “Cell Stem Reports”, avaliam que os roedores experimentaram pelo menos uma reversão parcial de seus sintomas.

Um resultado semelhante em seres humanos poderia ajudar os pacientes que sofrem com estágios avançados da doença, para os quais ainda não existem tratamentos.

— Este resultado abre uma nova área de pesquisa, em que nós devemos descobrir porque o experimento funcionou — ressalta Jeanne Loring, coautora do estudo e diretora do Centro de Medicina Regenerativa do Instituto Scripps Research em La Jolla, Califórnia. — Esquecemos há muito tempo do que era nosso plano original.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, em que o próprio sistema de defesa do organismo ataca a mielina, uma camada de isolamento que envolve as fibras nervosas.
Com a perda da mielina, os impulsos nervosos não podem ser transmitidos adequadamente, levando a sintomas que vão de um leve formigamento à paralisia completa.

As drogas que atuam no sistema imunológico podem retardar as formas iniciais da doença, mas pouco podem fazer para os pacientes nas fases posteriores.

A equipe envolvida com o estudo acredita que seu sucesso pode estar ligado à maneira como as células-tronco foram cultivadas em um prato de laboratório excepcionalmente vazio. Isso levou à formação de células estaminais altamente potentes, com uma capacidade aumentada para amadurecer e desenvolver.

Sinais químicos das células-tronco instruíram as próprias células dos camundongos a repararem os danos provocados ​​pela esclerose múltipla.

Um sinal foi identificado como a proteína chamada TGF-beta, levantando a possibilidade de que forneceria uma terapia semelhante sob a forma de um fármaco.

— Em vez de introduzir as células-tronco em um paciente, o que pode ser um desafio do ponto de vista médico, podemos desenvolver uma droga que facilitaria a terapia — explica o professor Tom Lane, da Universidade de Utah (EUA).

O estudo foi elogiado Sorrel Bickley, da Sociedade Americana de Esclerose Múltipla:

— É interessante e está em estágio inicial, o que pode dar novas ideias para outras pesquisas sobre terapias voltadas para a esclerose múltipla — avaliou. — Não estamos planejando aplicar este experimento em seres humanos, mas trata-se de um caminho útil a ser explorado pelos cientistas. Estamos ansiosos para saber como esta área de pesquisa pode ser desenvolvida.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Marçal comemora liberação de medicamento oral para pessoas com Esclerose Múltipla


25/04/2014 13h09 - Atualizado em 25/04/2014 13h09

Marçal comemora liberação de medicamento oral para pessoas com Esclerose Múltipla

 
Assessoria
 
Deputado Marçal Filho Deputado Marçal Filho
O Ministério da Saúde decidiu em abril deste ano liberar o uso de medicamento oral para tratamento da Esclerose Múltipla, uma doença neurológica crônica e degenerativa. Até então a doença só podia ser tratada por meio de medicamentos injetáveis.
O pedido a que isso pudesse acontecer foi apresentado ao Deputado Federal Marçal Filho (PMDB/MS) pelo Movimento dos Portadores de Esclerose Múltipla, Mopem. À época o Deputado relatava o Orçamento Geral da União de 2014, para a área da Saúde e organizou, em conjunto com a Deputada Mara Gabrilli (PSDB/SP), seminário que, na Câmara dos Deputados, debateu os problemas enfrentados pelos pacientes. “As queixas que os portadores da doença me fizeram foram inúmeras quanto aos transtornos e sofrimento dos doentes durante o tratamento. As injeções, pelos relatos, precisam sempre ser assistidas. Não é nada que se possa fazer em casa com auxílio de um enfermeiro ou num posto de saúde perto de casa” explica Marçal.
O parlamentar é autor e relator de diversas proposições que tramitam na Câmara e que interessam aos portadores de esclerose múltipla. Um deles é o Projeto de Lei 596/2011 que garante o tratamento adequado aos portadores pelo SUS, a matéria tramita em regime conclusivo. Outro Projeto de autoria de Marçal é o PL5027/2013 que garante tratamento prioritário pelo SUS aos portadores da doença, em áreas indispensáveis ao controle da enfermidade, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapias.
A Esclerose Múltipla, leva à destruição das chamadas bainhas de mielina (estruturas do cérebro pertencentes ao sistema nervoso central), prejudicando a neurotransmissão. Causa surtos, remissões, além de fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e descoordenação motora, entre outros problemas. Segundo a decisão do Ministério o uso da forma oral do tratamento está recomendado sob algumas condições numa terceira linha de possibilidades de drogas contra à doença. Para Marçal a decisão é motivo de comemoração para a Mopem e familiares que acompanham os doentes. “O uso da medicação oral foi autorizada. Agora uma consulta pública dará subsídios aos técnicos do ministério para decidirem pela inserção do medicamento no Sistema Único de Saúde, SUS” completa o Deputado.

29 coisas que só alguém com ESCLEROSE MÚLTIPLA entenderia

29 coisas que só alguém com EM entenderia

1. Apesar do nome, você sabe que não há nada romântico em “abraçar a EM”
2. Estar com a perna pesada, e caminhar pelo parque com seu cachorro pode não ser uma combinação  muito bem sucedida.
3. Uma dieta saudável não se encaixa muito com a comida que se vê por aí.
4 . Multidões e barulho fazem você querer fugir.
5. A EM faz de você um especialista em logística: você analisa imediatamente a acessibilidade, o estacionamento e a proximidade de um banheiro em cada novo lugar.
6. A alternância dos locais de injeção em seu corpo é mais importante para você do que a rotação dos pneus do seu carro.
7. Você fica se perguntando quem são aquelas pessoas que escalam montanhas e praticam windsurf ao mesmo tempo nos anúncios de esclerose múltipla.
8. Desenvolve técnicas para transportar o maior número de coisas em uma mesma viagem.
9. Seu corpo decide sofrer um espasmo no exato momento em que a agulha perfura sua pele.
10. Tomar banho pode ser tão cansativo quanto o que estava fazendo enquanto se sujava.
11. Deseja que todos usassem um crachá.
12. Você sabe bem a diferença entre os efeitos da EM que se parecem com uma gripe, e os efeitos da gripe.
13. Não basta esquecer onde você colocou suas chaves, você também tem que esquecer onde estacionou o carro.
14. Você espera que o teste de tocar o nariz tenha realmente relevância médica, e não seja apenas uma pegadinha.
15. Parece que quanto mais desastrado você fica, os corredores das lojas ficam ainda mais estreitos.
16. Cortar a própria unha não é uma tarefa fácil.
17. Os chefs na televisão deveriam tentar preparar uma refeição sentados.
18 . Esta scooter é a minha tábua de salvação, não o seu brinquedinho!
19. É mais fácil conseguir uma placa de estacionamento para deficientes do que encontrar um espaço vazio de estacionamento para deficientes.
20. Durante um jogo de esconde-esconde você será sempre o mais fácil de encontrar.
21. Quando você vê alguém vestindo laranja, você pensa imediatamente “parceiro da EM”, e não “protetor de cruzamento”.
22. Sua vontade de ir ao banheiro é inversamente proporcional à distância em que você está dele.
23. Você sabe que o teste dos nove buracos não é algo que eles vendem na loja de brinquedos.
24. “Diversão no Sol” é algo que não está no seu vocabulário.
25. Você já fez tantos exames de ressonância magnética que pode cantarolar a melodia dos pings e estrondos.
26. Sabe que nunca poderia ter uma carreira de sucesso como um ladrão, devido a fugas terrivelmente lentas.
27. Quando as pessoas encararem a sua bengala, diga que você veio direto da aula de sapateado.
28. ” EMRR”, “SPMS”, e “CPMS” não são os sons que o vovô faz ao dormir em sua cadeira.
29. Quando alguém lhe diz: “Você me parece tão bem”, você sente vontade de perguntar de estão se referindo a você ou a uma lasanha.

Fonte: Healthline – 25/04/2014. Traduzido livremente.

A esclerose múltipla afeta sua memória?

A esclerose múltipla afeta sua memória?

Esclerose múltipla pode afetar o seu bem-estar físico, mas para alguns pacientes as dificuldades cognitivas que afetam a memória e a concentração pode ser tão desafiadoras quanto os sintomas físicos. Compreender de onde vem essas mudanças cognitivas e como podemos reconhecê-las pode ajudar a desenvolver estratégias de enfrentamento à frente do tempo que não só irão manter o seu juízo forte, mas também ajudar a manter uma perspectiva saudável e estilo de vida. Leia mais para descobrir como a esclerose múltipla afeta sua memória e o que você pode fazer para lidar com essas mudanças.
O que é a Esclerose Múltipla?
A esclerose múltipla (EM) é uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso central. A mielina que protege os nervos do cérebro e da espinha é consumida lentamente pelo próprio sistema imunológico do corpo, como resultado da doença. Isto faz com que o cérebro inche, o que leva a lesões e cicatrizes que interrompem as comunicações entre os nervos. Capacidades físicas e cognitivas podem começar a deteriorar-se que a doença progride e mais nervos são destruídos.
A mielina e esclerose múltipla, como a EM afeta a memória?
O responsável pela memória é o cérebro. Se a EM está provocando o sistema imune e fazendo-o a atacar os nervos nesta área do cérebro, a memória e outras funções cognitivas podem começar a serem afetadas. Você pode notar mudanças em sua capacidade de se lembrar de coisas. A memória recente é mais suscetível de ser afetada pela doença, em vez de memória de longo prazo. Habilidades que você aprendeu há muito tempo, tais como andar de bicicleta, não serão afetados, mas você pode achar que é difícil lembrar os nomes das pessoas que você acabou de conhecer ou datas de compromissos importantes.
Como você pode reconhecer os sintomas de memória?
A EM pode afetar a cognição e a memória de maneiras sutis que você pode nem notar em primeiro lugar. Você pode ter dificuldades para prestar atenção ou manter a sua concentração em atividades e tarefas, e sua capacidade de multitarefas pode deteriorar-se conforme a doença progride. Se você está tendo dificuldade em lembrar as palavras certas para dizer ou o que você faz durante a sua rotina diária, contate o seu médico, pois isso pode ser um sinal de que a doença está afetando a sua memória.
Reconhecendo os sintomas da perda de memória relacionada com a EM
Há uma correlação entre sintomas físicos e perda de memória?
Os sintomas físicos são geralmente não afetados pela perda de memória. Os pacientes com limitações físicas graves podem não sentir quaisquer dificuldades cognitivas, ou vice- versa. Fadiga, cansaço, e superaquecimento podem afetar o desempenho cognitivo, e se você está enfrentando perdas de memória, pode não perceber, mas essas alterações cognitivas podem influenciar também o seu bem-estar físico. Sentimentos de ansiedade, frustração e depressão podem ser esmagadores quando submetidos a alterações cognitivas e às vezes podem exacerbar os sintomas físicos. Ficar ciente de seu bem-estar físico e saúde emocional vai ajudá-lo a ficar no topo das suas capacidades físicas e cognitivas.
Como você pode lidar com a perda de memória?
Há muitas técnicas que você pode implementar em sua rotina diária para ajudar a realizar suas tarefas. Manter seus pertences organizados e manter horários regulares e listas de verificação para ajudar a lembrar atividades diárias e recados. Usando um calendário ou um aplicativo digital em seu smartphone e/ou no computador pode ajudar a mantê-lo em dia com os próximos eventos e compromissos. Configurar alertas para esses eventos irá te ajudar a lembrar antes do tempo, ou repetidamente, se você está preocupado que você pode manter o esquecimento. E, lembre-se, permaneça positivo e comunique suas frustrações aos amigos. Falar sobre suas limitações e suas ansiedades é a melhor maneira de manter uma perspectiva saudável em sua vida diária. A abundância de resto também é vital para pacientes com esclerose múltipla.
Benefícios do sono para a esclerose múltipla
A esclerose múltipla afeta sua memória, o que torna difícil para você se lembrar de informações recentes, como novos números de telefone ou compromissos futuros médicos. Quando você começa a reconhecer a perda de memória em sua vida diária, é importante entrar em contato com seu médico para que você possa começar a desenvolver estratégias de enfrentamento precoce. Usar planejadores de rotina e aplicativos digitais em seu computador e telefone celular pode ajudar a lembrar das datas e tarefas importantes, e simplesmente pedir aos amigos e familiares que ajudem a lembrar essas coisas é uma forma de evitar frustrações e ansiedade.
Fonte: Living with MS. Imagem: Creative Commons.

VACINAS E ESCLEROSE MÚLTIPLA

Como a EM é considerada uma doença autoimune, é possível que as imunizações desencadeiem recaídas. No entanto, há pouca evidência de que as vacinas, de fato, agravem a EM, e diversas revisões abrangentes não encontraram nenhuma associação com um maior risco de surto (recaída). Aqui está um resumo das provas relativas a algumas vacinas comuns, mas antes de tomar qualquer decisão, fale com sua equipe de saúde, que será capaz de aconselhar de acordo com a sua em particular.
Gripe
A pesquisa atual sugere que não há aumento do risco associado a ter uma vacina contra a gripe, se você tiver EM, na verdade, é uma ideia muito boa. Por exemplo, o Instituto Nacional do Reino Unido para a Saúde e Cuidados Excellence (NICE) afirma explicitamente que “às pessoas com EM devem ser oferecidas as vacinas contra a gripe”. Aumento da temperatura corporal - comum na gripe - pode fazer os sintomas piorarem, e em alguns casos realmente provocarem uma recaída. Você nota, no entanto, que as vacinas da gripe elaboradas com o vírus vivo não são recomendados para qualquer pessoa com EM – lembrando que você deve sempre perguntar ao seu médico em caso de dúvidas.
Hepatite B
Estudos sugerem que não há nenhuma evidência de aumento do risco associado a ter vacina da hepatite B, para a maioria dos pacientes com EM. Embora haja uma pequena chance que poderia desencadear uma recaída, os benefícios de saúde de ter a vacina geralmente superam os riscos de uma recaída - especialmente naqueles de alto risco para hepatite B. Você deve sempre consultar o seu médico para que ele possa avaliar o seu próprio caso de acordo com as suas circunstâncias pessoais.
Catapora (varicela)
Se você teve catapora quando criança, você deve se lembrar de como era chato quando as pessoas lhe diziam que era uma coisa boa. Mas na verdade era, porque uma vez que você teve, há 90% de chance de você desenvolver uma imunidade natural para a vida toda. Se você tiver EM e você está pensando em fazer uso de algum medicamento que pode suprimir o sistema imunológico, seu médico pode aconselhá-lo a tomar a vacina contra a varicela antes de iniciar a terapia.
Rubéola e SCR
Um estudo de 2009 não encontrou nenhuma associação entre o sarampo, caxumba e rubéola (SCR) e o risco de EM. Esta vacina é administrada normalmente durante a infância.
HPV Cervical Cancer Vaccine
A vacina de vírus do papiloma humano (HPV) é a mais nova vacina da lista, e como acontece com qualquer medicamento recém-lançado, foi acompanhado de perto. Desde o seu lançamento, um tipo de vacina contra o HPV tem sido associada com um único caso de uma doença imune do cérebro chamada encefalomielite aguda disseminada, e houveram cinco casos em que foi associada com uma condição de EM, chamado síndrome de desmielinização. Mas seria precipitado colocar esses casos em contexto, afinal milhões de mulheres jovens receberam esta vacina sem qualquer problema - por isso até que não existam mais dados disponíveis conclusões definitivas não podem ser tiradas. 
Tétano
Uma revisão sistemática de evidências realmente constatou que a vacina contra o tétano está ligada a um menor risco de desenvolver esclerose múltipla. São necessárias mais pesquisas para descobrir o porquê!
Tuberculose
Você pode conhecer a vacina Bacilo de Calmette-Guerin como a BCG jab. Mas o que você talvez não saiba é que esta vacina poderia ter aberto um novo caminho para a pesquisa da EM, depois de um estudo recentemente publicado na revista Neurology. Neste estudo, os indivíduos que tinham experimentado uma síndrome clinicamente isolada (um único ataque que sugere que possa desenvolver EM no futuro) e receberam a vacina BCG (junto com interferon β 1-A) tiveram menos lesões e uma probabilidade menor de desenvolver EM completos no período de 5 anos de follow-up (em comparação com pessoas que só receberam interferon β 1a).
Converse com seu médico sobre EM e Vacinas
Embora ter EM geralmente não seja uma barreira para a vacinação, pode tornar as coisas mais complicadas do que o habitual. Lembre-se de sempre consultar as informações fornecidas com a sua medicação e de pedir ajuda ao seu médico e equipe de saúde se você não tem certeza de algo. Aqui estão algumas coisas que você pode gostar de conversar com eles:
• grupos de apoio aos doentes, como o MS Confiança recomendam que se você está tendo uma recaída grave que afeta a sua capacidade de realizar atividades diárias normais, então é aconselhável adiar a vacinação até depois do início da recaída.
• Se você estiver sob medicação que afeta o sistema imunológico (imunossupressores ou imunomoduladores), as vacinas podem ser menos eficazes, por isso é importante deixar seu médico saber. Também lembre-se de consultar qualquer informação fornecida com a medicação que esteja tomando.
• Centro dos Estados Unidos para o Controle e Prevenção de Doenças recomendam que as vacinas vivas sejam sempre evitadas se você estiver fazendo uso de medicamentos que afetem o sistema imunológico. Afinal, a redução da capacidade do seu corpo para montar uma resposta imune aumenta o risco de desenvolver a doença você está sendo vacinados contra. Estes incluem vacinação oral contra a poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola (SCR), BCG, febre amarela e febre tifóide.
Sua equipe de saúde vai ficar feliz em responder suas perguntas, e irá aconselhá-lo com base em suas próprias circunstâncias pessoais. Com a ajuda deles as tais férias exóticas podem estar mais perto do que você imagina!
Fonte: Living like you. Imagem: Creative Commons.

Nova Diretriz da Academia Americana de Neurologia analisa possíveis benefícios e riscos de terapias complementares e alternativas médicas para tratar a EM

A Academia Americana de Neurologia, uma associação de neurologistas e neurocientistas dedicados à promoção de cuidados de alta qualidade para as pessoas com distúrbios do sistema nervoso, lançou uma orientação sobre o uso da medicina complementar e alternativa (CAM) para tratamento da EM. A diretriz foi criada por um painel de peritos médicos que avaliou todos os estudos publicados e disponíveis. Através de um processo abrangente o júri avaliou cuidadosamente os resultados de estudos de pesquisa relevantes, e também se os resultados do estudo poderiam ser generalizados para a população de pessoas com esclerose múltipla, e se quaisquer preocupações de segurança deveriam ser consideradas por médicos e pacientes que possam usar esses tratamentos.
O uso generalizado de CAM por pessoas com MS destaca a necessidade não atendida de mais pesquisa e melhores terapias para ajudar as pessoas com EM a viverem suas melhores vidas. Resumos da orientação estão disponíveis para os pacientes e para os médicos.
Informações e orientações específicas
Entre os estudos das várias formas de maconha e seus derivados que foram avaliados pelo painel, a diretriz relata que as evidências sugerem que:
Extrato de cannabis e THC sintético Oral (tetrahidrocanabinol, um importante componente ativo da maconha) são eficazes para a redução da espasticidade e dor relatada pelo paciente, mas mão a tremor relacionado com a EM ou espasticidade medido por testes administrados pelo médico;
Sativex spray oral (GW Pharmaceuticals) é eficaz para melhorar a espasticidade relatada pelo paciente, dor e aumento da frequência urinária, mas não incontinência, tremor ou espasticidade relacionada com a EM medido por testes administrados pelo médico;
Estudos de investigação da maconha quando fumada não produziram provas suficientes para avaliar sua segurança ou eficácia para o tratamento de sintomas de esclerose múltipla, incluindo espasticidade, dor, equilíbrio, postura e cognição.
Extrato de cannabis Oral, THC e Sativex não estão atualmente aprovados pelo FDA para uso por pessoas com EM. A orientação observa que, como em qualquer terapia, junto com os benefícios potenciais vêm potenciais efeitos colaterais, e para estes derivados de cannabis os efeitos colaterais mais comumente relatados foram tontura, sonolência, dificuldade de concentração e distúrbios de memória.
A diretriz também ressalta que a segurança a longo prazo do uso da maconha para a gestão dos sintomas da EM ainda não é conhecida. Entre outros estudos de terapia CAM em MS avaliadas pelo painel, a evidência de pesquisa disponível sugere que:
ginkgo biloba é ineficaz para melhorar a função cognitiva, mas pode reduzir a fadiga;
terapia magnética pode reduzir a fadiga; reflexologia pode ajudar a aliviar sensações de pele incomuns, como formigamento, mas não há provas suficientes para avaliar o seu potencial para o tratamento da dor, fadiga e outros sintomas; o uso de ômega-3 os ácidos gordos com dieta de baixa gordura para reduzir recidivas ou deficiência, ou melhorar a qualidade de vida não é apoiada por evidência atual.
A guia inclui uma tabela de todas as terapias CAM que foram avaliadas. Para muitos deles, o painel concluiu que não havia provas suficientes de estudos de investigação para aconselhar quanto à sua eficácia no tratamento da EM ou de seus sintomas. A diretriz também indica que há pouco conhecimento sobre como as terapias CAM interagem no corpo com outras terapias, ou com terapias modificadoras da doença que os indivíduos podem adotar. Os efeitos e os efeitos colaterais relatados em estudos não relacionados com a EM não foram avaliados.
Embora muitas pessoas com EM relatem que experimentam os benefícios de terapias CAM, esta diretriz confirma a necessidade de mais pesquisas para demonstrar a eficácia dessas estratégias de tratamento. A Sociedade Nacional de EM está empenhada em garantir que nenhuma oportunidade seja desperdiçada em nossa missão de parar a progressão da EM, restaurar funções perdidas e curar a EM para sempre para que as pessoas possam viver melhor suas vidas.
Fonte: National MS Society – 24/03/2014. Imagem: Creative Commons.

terça-feira, 13 de maio de 2014

VIII Conferência sobre esclerose múltipla, reabilitação integral em doenças neurológicas e estudos iniciados em 2013

VIII Conferência sobre esclerose múltipla, reabilitação integral em doenças neurológicas e estudos iniciados em 2013

Nos dias 7 e 8 de março deste ano, a Associação Espanhola de Esclerose Múltipla realizou na Faculdade de Medicina de Albacete, a VIII Conferência sobre Esclerose Múltipla. Após a inauguração dos mesmos participantes e funcionários da administração como Dr. Francisco Delgado, presidente da Associação Espanhola de Esclerose Múltipla de Albacete foram desenvolvidas várias apresentações dos participantes.
A Jornada de sexta-feira começou com uma apresentação feita pelo Sr. John Smith, advogado da Fiaus & Moliner, e falou sobre os direitos dos pacientes, destacando os principais pontos: Os pacientes têm direito ao medicamento prescrito se este for parte do catálogo de produtos que compreende os serviços farmacêuticos, o direito de escolher entre as opções disponíveis depois de receber informação adequada sobre cada opção e direito a tratamento sem diferenças por território disponível.
Atitudes que você deve tomar se esses direitos forem violados podem ser as seguintes: Solicitação à autoridade responsável, entrar com recurso aos tribunais, sob a responsabilidade da Administração, sem prejuízo da responsabilidade civil e/ou criminal.
Dando continuidade, Ángel Martín, Reabilitador do Hospital das Clínicas da Universidade de Albacete, que introduziu o Centro Integral de Doenças Neurológicas da Associação Espanhola de EM de Albacete falou sobre seu funcionamento e os serviços disponíveis.
O departamento de Fisioterapia apresentou o artigo “Fisioterapia e realidade virtual”. Maria Montoya e Maria José Ruiz explicaram o que é a realidade virtual e sua utilização na reabilitação neurológica. Além de apresentarem o ensaio clínico realizado no meio do quarto trimestre de 2013. O estudo foi concebido para examinar se a reabilitação virtual é uma ferramenta útil para o terapeuta em casos de reconverter o equilíbrio e de marcha, bem como para a prevenção de cataratas. Os resultados deste estudo foram muito positivos, destacando que ele é muito motivador para a reabilitação de pacientes neurológicos. Nós deixamos a porta aberta para futuros estudos sobre reabilitação virtual com outras patologias. A partir daqui, agradecer a todos os pacientes e as pessoas que tornaram este estudo possível por sua colaboração.
José María Cristina Calderón e López Martínez Molina, do Departamento de Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia, apresentaram um dos programas inovadores chamados equipe NEURONUP que trabalha com pacientes CEM desde 2013. É uma plataforma web que serve de apoio para os profissionais envolvidos nos processos de reabilitação e estimulação cognitiva. Trata-se de inúmeros materiais e recursos para projetar as sessões, bem como um gerente de paciente para salvar os resultados de uma forma ordenada. Para estas apresentações foram utilizadas exposições, entre outros, vídeos com pacientes onde o uso e aplicação dos mesmos é refletida. Além disso, eles contaram com a colaboração de um paciente com diferentes demonstrações ao vivo de jogos que trabalham a área cognitiva e simuladores que exercitam o manejo de situações da vida real. Para encerrar este trabalho tiveram espaço as perguntas e as respostas, onde os participantes manifestaram interesse e apreço pelo NEURONUP. Agradecemos a colaboração de todos os pacientes, uma vez que foi possível levar a cabo uma exposição mais dinâmica e prática.
O sábado se iniciou com a apresentação do Dr. Julia Gracia, neurologista do Hospital Universitário de Albacete, que falou do progresso no tratamento da esclerose múltipla com fampridine, a primeira droga aprovada para o tratamento de problemas de mobilidade associados com todos tipos de esclerose múltipla. Esta droga melhora a função neurológica através da melhoria da condução nervosa, se trata de um comprimido a cada 12 horas indicados para pacientes com EM e perturbação da marcha na escala EDSS 4-7, sendo um dos benefícios mais importantes prolongar e melhorar a velocidade de caminhada em pacientes.
A apresentação seguinte foi da Sra. Cristina Gómez, paciente com esclerose múltipla que compartilhou com todos os participantes a sua experiência pessoal com a doença, falando também sobre a medicação que tomou durante seus anos de evolução, bem como a situação atual em que se encontra.
Pudemos contar ainda com a presença do Dr. Rafael Arroyo, chefe da Unidade de Esclerose Múltipla do Hospital Clínico San Carlos de Madrid, que foi o responsável pela apresentação: o que podemos esperar para 2014 com relação a Esclerose Múltipla?. Ele forneceu uma atualização de todos tratamentos para a esclerose múltipla atuais e futuros, bem como a importância da escolha do tratamento mais adequado de acordo com as características de cada paciente. Destacou também a eficácia do tratamento com TYSABRI e os benefícios do tratamento precoce.
Para terminar a conferência o artigo da Sra. Jessica Serrano, Pesquisador do Departamento de Química Agrícola da Escola de Engenharia Agrícola da Albacete, da Universidade de Castilla -La Mancha, discorreu sobre o uso do açafrão em pacientes com esclerose múltipla para melhorar o estado nutricional e a qualidade de vida. Não existem dados conclusivos, mas ela afirmou que os componentes da dieta que influenciam o curso da doença combinam com as propriedades benéficas do açafrão. Ainda temos que esperar para saber os resultados da pesquisa que está sendo realizada.
Fonte: Avempo – 12/03/2014. Imagem: Google Images.