segunda-feira, 22 de maio de 2017

Esclerose múltipla: fármaco aprovado nos Estados Unidos oferece nova perspectiva


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 Na esclerose múltipla, o sistema imunológico ataca a bainha de mielina. Foto: Freepik

Esclerose múltipla: fármaco aprovado nos Estados Unidos oferece nova perspectiva

Na esclerose múltipla, o sistema imunológico ataca a bainha de mielina. Foto: FreepikNova droga aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), a agência americana de saúde, promete melhorar a qualidade de vida de quem sofre com a esclerose múltipla. Conhecida como ocrelizumabe, a substância serve para tratar duas formas da doença: a remitente-recorrente e a primária progressiva. Para o segundo caso, esse é o primeiro medicamento a obter resultados positivos.“Ou seja, é uma medicação que vai tratar um grupo de pacientes que até então não tinha nenhum tratamento aprovado. Representa uma opção terapêutica de alta potência para controle de surtos da doença e eficaz no controle da progressão”, explica o neurologista Douglas Sato, que também é Superintendente de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Instituto do Cérebro (InsCer).No Brasil, explica o neurologista, existe a expectativa de que a medicação seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para as duas formas da doença. Atualmente, existem nove fármacos aprovados pelo órgão regulador para tratamento da esclerose múltipla, quatro deles disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).A professora aposentada Fabiana Dal Ri Barbosa sabe como esses avanços podem fazer a diferença. Desde 2007 diagnosticada com esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente, hoje faz seu tratamento com o primeiro medicamento via oral disponível, o fingolimode, depois de sete anos de injeções diárias.

Entenda a esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença neurológica e degenerativa de causas desconhecidas, em que o sistema imunológico da própria pessoa ataca a bainha de mielina, um envoltório de proteínas que protege os prolongamentos nervosos (chamados de axônios), localizados no cérebro e na medula espinhal.Um dos desafios é o diagnóstico, que pode ser difícil nos estágios iniciais. No caso de Fabiana, os sintomas começaram em 2006, mas a definição do quadro só foi fechada em 2007, após acordar com a visão turva no olho esquerdo. Embora essa seja uma doença de diagnóstico clínico, o uso de exames de imagem e laboratório pode ser fundamental para identificá-la em sua fase inicial e reduzir os riscos de incapacidade permanente.“As principais mudanças que ocorreram depois da esclerose múltipla foram o tempo e a disposição para realizar qualquer tipo de atividade. Hoje sou muito mais lenta para tomar um banho e, dependendo da disposição naquele momento, não consigo nem lavar o cabelo”, relata ainda. Por conta das alterações trazidas pela doença, a carga horária de trabalho de 40 horas se tornou pesada demais e a professora precisou se aposentar de maneira precoce. Para ela, um dos grandes desafios é aprender não apenas a conviver com as limitações, mas também a respeitá-las.Mesmo que as causas exatas da esclerose ainda sejam desconhecidas, fatores genéticos (como histórico familiar) e ambientais (baixa exposição solar e tabagismo) têm sido apontados como facilitadores para o desenvolvimento da doença. A característica mais evidente, ressalta Sato, é a ocor­rência do surto, que pode ter particularidades de acordo com a localização das lesões inflamatórias. Ele se expressa clinicamente através de sintomas como alterações motoras, sensitivas, na fala e na visão, além de vertigem e mesmo urgência ou incontinência fecal.“No mundo, estima-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas sejam afetadas, sendo em torno de 30 mil no Brasil. A esclerose múltipla é mais frequente em regiões com alta latitude e com população predominantemente caucasiana”, alerta o neurologista. Para aqueles que descobriram recentemente a doença, a dica de Fabiana é ter ao seu lado um médico que passe segurança e que seja, sobretudo, um parceiro de luta. É ele que vai ajudar a pensar as opções de tratamento e dar suporte para todas as dúvidas que podem vir com o diagnóstico.Próximos artigosEm assembleia, trabalhadores do GHC definem data de paralisaçãoSIMERS e GHC têm reunião sobre acordo coletivo


sexta-feira, 19 de maio de 2017

PERDA TEMPORÁRIA DA VISÃO E DOR OCULAR PODEM SER SINAIS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA, AFIRMA ESPECIALISTA



Estima-se que 75% das mulheres e 35% dos homens irão desenvolver a esclerose múltipla depois de um episódio de neurite ótica

– Os primeiros sintomas da neurite ótica, inflamação que danifica o nervo ótico, podem aparecer repentinamente. A perda temporária da visão e a dor nos olhos são os principais sintomas, que podem vir acompanhados pela dificuldade em enxergar cores e ter a sensação de ver flashes ou luzes piscando. O campo de visão também é afetado.
A neuroftalmologista Dra. Marcela Barreira, especialista no diagnóstico e no tratamento da neurite ótica, explica que a causa exata da neurite ótica permanece desconhecida. “Acredita-se que a doença se desenvolve quando o sistema imunológico, erroneamente, começa a atacar a substância que reveste o nervo ótico, chamada de mielina, resultando em inflamação do nervo e em degeneração da mielina”.

“Normalmente, a mielina ajuda os impulsos elétricos a passarem rapidamente do olho para o cérebro, convertendo-os em informações visuais. A neurite ótica interrompe esse processo, afetando a visão. Por isso, o primeiro sintoma da neurite ótica é a perda temporária da visão e dor, principalmente quando se movimenta os olhos. Vale lembrar que a neurite costuma afetar apenas um olho” explica Dra. Marcela.

Embora a maioria das pessoas que apresenta um episódio de neurite ótica, eventualmente recupera a visão, a condição pode ser um dos primeiros sinais da Esclerose Múltipla (EM), doença que causa a inflamação e degeneração dos nervos do cérebro e da coluna vertebral. “Sinais e sintomas da neurite ótica podem ser a primeira indicação da EM ou podem ocorrer durante o curso da doença. Mas, a neurite ótica também pode se desenvolver devido a outras doenças, como infecções e doenças autoimunes, como o lúpus”, diz Dra. Marcela.

De acordo com estudos internacionais, a incidência anual da neurite ótica é de 4 a 5 casos em um grupo de 100 mil pessoas. A doença afeta duas vezes mais mulheres que homens e é mais comum em pessoas caucasianas. Atinge, principalmente, pessoas entre 20 e 45 anos. Após um episódio de neurite ótica, algumas pessoas podem apresentar diminuição da acuidade visual, assim como podem enfrentar dificuldades para enxergar cores, brilho e nitidez.

O médico responsável por fazer o diagnóstico da neurite ótica é o neuroftalmologista. Além do exame clínico, são solicitados exames laboratoriais e de imagem para confirmar a suspeita. O tratamento pode variar de paciente para paciente, mas em geral é feito com corticoides, medicamentos que ajudam a conter a inflamação. É importante dizer que quando o paciente apresenta outra doença sistêmica, como a esclerose múltipla, é preciso tratá-la também.

Fonte: O Nortão

Peixe brasileiro tem molécula com ação potencial contra esclerose múltipla

peixe brasileiro com molécula contra esclerose múltipla

Quando se pensa em um peixe venenoso é comum lembrar da imagem de um baiacu inflado como um balão. No baiacu – designação popular de diversos peixes da ordem dos Tetraodontiformes –, o veneno está na carne. Comer a carne não tratada para a retirada da toxina pode levar à morte.

O baiacu é venenoso, mas não é peçonhento: não tem presas nem espinhos para injetar toxina em suas vítimas e, desse modo, imobilizá-las. O niquim (Thalassophryne nattereri), habitante de águas rasas, tem tudo isso.

O niquim vive na zona de transição entre as águas salgada e doce, escondido no fundo lodoso de rios e lagoas costeiras. Na maré vazante o peixe cor de areia sobrevive enterrado, podendo viver fora d’água por até 18 horas. Quem caminha pela areia rasa no litoral do Norte e Nordeste, estendendo-se até a costa do Espírito Santo, pode inadvertidamente ser picado pelo niquim. Todos os anos há relatos de 50 a 100 acidentes no litoral brasileiro. O número real deve ser maior, pois não há notificação obrigatória e nem tratamento por enquanto.

Em 2008, um grupo de pesquisadores do Laboratório Especial de Toxinologia do Instituto Butantan, em São Paulo, desenvolveu um soro efetivo contra a picada do niquim. Agora, a mesma equipe, liderada pelas imunofarmacologistas Mônica Lopes-Ferreira e Carla Lima, descobriu que as fêmeas do niquim, embora menores, têm toxina mais poderosa que a dos machos.

Os resultados da pesquisa, desenvolvida no âmbito do Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela Fapesp, foi publicado na revista Toxicon.

Em outro estudo, o grupo de pesquisadores já havia observado na peçonha do niquim um peptídeo (composto de aminoácidos) que mostrou ter ação contra a esclerose múltipla – doença inflamatória autoimune neurológica na qual o sistema imunológico afeta a bainha de mielina que recobre os neurônios, responsável pela condução nervosa.

“Identificamos um peptídio com atividade anti-inflamatória comprovada nos casos de esclerose múltipla. Em camundongos, o peptídeo bloqueia o trânsito e a infiltração de linfócitos patogênicos e macrófagos para o sistema nervoso central, o que favorece o aumento de células reguladoras. Isso resulta na atenuação da neuroinflamação e na prevenção da desmielinização, refletindo no adiamento do aparecimento dos sintomas e na melhoria dos sinais clínicos da doença”, explicou Lima.

O peptídeo, denominado TnP (peptídeo do T. nattereri), foi descoberto em 2007, quando Lopes-Ferreira resolveu pesquisar se o veneno era composto por peptídeos além de proteínas. Simultaneamente, Lima havia padronizado no laboratório testes em murinos (roedores) para avaliação de esclerose múltipla. As duas resolveram testar a eficácia do peptídeo no tratamento da doença.

“Inicialmente, descobrimos a função anti-inflamatória do peptídeo e, mais recentemente, a função imunomoduladora”, disse Lopes-Ferreira. Segundo ela, todos os ensaios científicos para a comprovação da eficácia do peptídeo no tratamento da esclerose múltipla foram feitos no laboratório de toxinologia do Butantan, em parceria com o laboratório Cristália, de Itapira (SP).

As próximas etapas rumo a um medicamento necessitam da continuação da parceria com o laboratório ou com outro que tenha interesse na descoberta e na sua aplicação. Mas os pesquisadores ainda aguardam a aprovação do pedido de patente solicitada ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

“Depositamos, em 2007, o pedido da patente que ainda está pendente de aprovacão. Nesse meio tempo, a patente já foi requerida e aprovada na Comunidade Europeia, nos Estados Unidos, Canadá, México, Japão, Coreia do Sul, Índia e China. Em média, cada processo levou um ano para ser aprovado”, disse Lima.

Fêmeas são mais venenosas
O niquim possui quatro espinhos ligados a uma glândula produtora de toxina poderosa. A maioria dos acidentes com o peixe em humanos ocorre na região palmar e plantar. O veneno provoca dor, edema e necrose de difícil cicatrização, acarretando em perda de função.

“Há relatos de pessoas que choram de dor. O pé ferido quase duplica de tamanho e a dor e o edema podem levar até dois meses para desaparecer”, disse Carla Lima. Esses sintomas são provocados principalmente por proteases encontradas no veneno, chamadas de natterinas.

Segundo Mônica Lopes-Ferreira, inicialmente as natterinas impedem o recrutamento celular – todo processo inflamatório aciona um mecanismo de recrutamento e ativação de células fagocitárias responsáveis pelo controle inicial do agente causador do problema. As proteases do veneno do niquim impedem essa reação natural do organismo.

Além disso, as natterinas provocam estase venular – paralisação do fluxo de sangue pelos vasos – e agem na matriz extracelular, afetando o metabolismo e as trocas e interações entre as células.

Agora se sabe que as fêmeas da espécie são mais venenosas. Os machos da espécie têm em média 22 centímetros de comprimento e 200 gramas. Já as fêmeas são bem menores: 18 centímetros e 120 gramas. No entanto, a concentração de toxina no veneno das fêmeas é diferente, e muito mais necrosante.

Ou seja, os sintomas da picada da fêmea são mais severos e mais prolongados. Mas não fatais. “A glândula que produz o veneno não o faz na quantidade suficiente para ser fatal a um ser humano. Para tanto, a quantidade de toxina teria que ser 20 vezes maior”, disse Lima.

Não existe tratamento farmacológico disponível para uso público contra o veneno do niquim. A composição do veneno dos peixes é muito diferente daqueles das cobras e dos escorpiões. “O veneno do niquim não pertence à família das toxinas clássicas e, portanto, a dor provocada por ele não pode ser tratada com nenhum analgésico clássico”, disse Lima.

Como uma das especialidades do Butantan é a fabricação de soro antiofídico, em 2008 a equipe do Laboratório Especial de Toxinologia extraiu o veneno do niquim e inoculou em cavalos para a produção de anticorpos com os quais foi feito um soro. Em camundongos, o soro antiveneno de T. nattereri produzido em equinos se mostrou eficaz na neutralização da necrose e da dor e parcialmente do edema.

“O fato de inibir a necrose já é muito importante, uma vez que a necrose é um dos maiores transtornos do acidente”, disse Lopes-Ferreira. O soro contra o veneno do niquim ainda não está sendo produzido, aguardando o interesse do Ministério da Saúde em sua produção industrial.

O artigo Analysis of the intersexual variation in Thalassophryne maculosa fish venoms (doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.toxicon.2016.02.022), de Mônica Lopes-Ferreira, Ines Sosa-Rosales, Fernanda M. Bruni, Anderson D. Ramos, Fernanda Calheta Vieira Portaro, Katia Conceição e Carla Lima, pode ser adquirido neste link.

*Texto publicado originalmente em 04/10/2016 no site da Agência Fapesp de Notícias

quinta-feira, 18 de maio de 2017

COMO ENFRENTAR A DOENÇA DE CROHN E A RECOLITE ULCERATIVA.


As doenças inflamatórias intestinais são cada vez mais comuns e não afetam apenas o aparelho digestivo. Saiba como evitar e tratar esses problemas...

As doenças inflamatórias intestinais — nome que reúne a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa —, estão em ascensão entre adultos jovens.

“Elas têm aumentado nos últimos dez anos e acredita-se que isso não seja apenas fruto do maior número de diagnósticos”, afirma gastroenterologista brasileira Dídia Cury.

Já foram identificados diversos genes ligados a elas, mas é provável que o estilo de vida favoreça sua erupção e as crises.

Apesar de ainda não conhecermos os mecanismos exatos, o estresse, o tabagismo e a dieta desbalanceada podem influenciar os sintomas e a gravidade do quadro.

As estimativas mostram que essas enfermidades são muito mais comuns no Ocidente — e, ao que tudo indica, os hábitos deste lado do globo pesam a favor de novos casos.

Além disso, corre a hipótese de que a adoção demedidas de higiene e de extermínio de micro-organismos (desinfetantes e por aí vai) repercuta negativamente no corpo de pessoas com propensão a tais doenças.


Sem vírus e bactérias para enfrentar, o sistema imune delas passa a descontar na flora intestinal. E aí nasce o incêndio. “Estamos diante de problemas complexos, com diversas manifestações, e que precisam ser acompanhados porque comprometem a qualidade de vida”, alerta Dídia.

Como já adiantamos, um intestino em chamas representa ameaça a outros cantos do corpo.

“Tanto a doença de Crohn quanto a retocolite podem ocasionar manifestações fora desse órgão”, afirma a cirurgiã do aparelho digestivo Angelita Habr-Gama, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista. E, por incrível que pareça, às vezes um sinal na periferia aparece antes mesmo do rebuliço dentro da barriga.

“Há pessoas com dores nas articulações motivadas pelo problema que só apresentam mais tarde os sintomas no intestino”, conta Dídia Cury. Essa situação nos permite imaginar a dificuldade em fazer o diagnóstico precoce.

As doenças inflamatórias não poupam os olhos, o fígado nem os rins. Até cálculo renal elas patrocinam!

“Nessas condições, há muita perda de líquido por causa das diarreias e um aumento na absorção de oxalato, substância que, na urina, pode se transformar em cristal”, explica o nefrologista Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

O estado nutricional também é abatido.

Dependendo da região do intestino afetada, temos um prejuízo na absorção de vitaminas e outros nutrientes. São razões de sobra para procurar um especialista se houver suspeita de um dos males.

O diagnóstico

“Para fecharmos o diagnóstico, recorremos a exames de imagem, de sangue e métodos como a colonoscopia”, informa Dídia. Detectado o martírio, a ciência dispõe de meios cada vez mais eficazes para controlá-lo.

É difícil falar na cura dessas doenças, mas estamos aprendendo melhor o papel da flora intestinal e como suas alterações repercutem no processo inflamatório.

Aliado ao tratamento e ao acompanhamento médico, o estilo de vida pode intensificar o socorro ao intestino — daí a recomendação de seguir um cardápio equilibrado, praticar atividade física, aliviar o estresse e não fumar. “Se o problema está controlado, o indivíduo pode levar uma vida normal”, diz Angelita.

Tratamentos à disposição

Há um extenso arsenal terapêutico contra as doenças inflamatórias intestinais. “Mas a resposta ao tratamento varia muito entre os pacientes”, já adianta Angelita Gama.

A primeira frente de batalha é composta de drogas como as mesalazinas e os corticoides. Quando elas não funcionam, entram em cena os medicamentos imunossupressores.

Se esses deixam a desejar, a solução é recrutar a terapia biológica. “São injeções que anulam uma substância inflamatória em alta no organismo e, assim, domam a inflamação exacerbada no intestino”, explica Dídia Cury.

“Essas drogas mudam, de fato, o curso da doença.”

Mas e se todos os fármacos falharem? “Nesse caso, a solução se encontra em cirurgias que podem ressecar ou remover a área acometida pelo problema”, afirma Angelita.

FONTE:http://saude.abril.com.br/medicina/como-enfrentar-a-doenca-de-crohn-e-a-retocolite-ulcerativa/

quarta-feira, 17 de maio de 2017

14 FORMAS DE TRATAR A ESCLEROSE MÚLTIPLA


1. Gerencie seus sintomas
Não há ainda uma cura para a esclerose múltipla (EM), mas muitos remédios protegem de mais danos do sistema nervoso e retardam o avanço de sua doença. Eles podem diminuir o número de surtos e ajudá-lo a aliviar a fraqueza, dor, fadiga e outros problemas. Combine essas drogas com estratégias de estilo de vida como exercício e alívio do estresse para se sentir melhor e gerenciar sua condição.

2. Medicamentos modificadores da doença
Se você tem EMRR (remitente-recorrente / surto-remissão), essas drogas podem retardar os danos nos nervos e ajudar a prevenir novas crises de sintomas. Elas modificam o sistema imunológico - defesa do seu corpo - para que ele não ataca o revestimento protetor (mielina) em torno de seus nervos. Veja mais sobre elas aqui.


3. Corticosteróides para gerir recidivas
Eles lutam contratempos e ajudam a controlar os sintomas como dormência, formigamento, fraqueza e equilíbrio. Na pulsoterapia você recebe uma dose alta de um medicamento como metilprednisolona (Solu-Medrol) através de uma veia uma vez por dia durante 3 a 5 dias. Depois, seu médico pode prescrever outro esteróide, como a prednisona (Deltasone), que você toma por via oral.

4. Fazer uma transfusão de plasma (plasmaferese)

Às vezes, a parte líquida do seu sangue, chamado de plasma, tem substâncias nela que prejudicam o seu corpo e faz sua EM piorar. O seu médico pode sugerir um processo que remove o seu plasma e o substitui com uma versão saudável. Pode ser uma opção para você se seus sintomas são graves e corticosteróides não controlam suas recaídas. Pode ser útil se tiver uma EM recidivante grave ou progressiva.

5. Medicamentos para controlar a fadiga
Se você está com pouca energia, seu médico pode prescrever medicamentos como o cloridrato de amantadina (Symmetrel / Mantidam), Modafinil (Provigil) e fluoxetina (Prozac) para mantê-lo mais alerta. Terapia do sono e técnicas de relaxamento como massagem ou meditação podem ajudá-lo a adormecer e ficar assim durante a noite, diminuindo a fadiga durante o dia.

6. Diminua a rigidez muscular
A EM pode fazer seus músculos ficarem rígidos. Pode ser difícil para você dobrar ou endireitar seus joelhos e outras articulações. Medicamentos como baclofeno e tizanidina (Zanaflex) podem ser bons para diminuir os espasmos. Se eles não trazem alívio, o seu médico pode sugerir que você tente dantrolene (Dantrium), diazepam (Valium), ou injeções de toxina botulínica (Botox). Um fisioterapeuta também pode ensiná-lo exercícios para tornar seus membros mais flexíveis.


7. Maneiras de aliviar a tristeza
Quando você tem EM, é natural, por vezes, sentir ansiedade ou para baixo. Tente exercícios, técnicas de alívio de estresse e aconselhamento para ajudá-lo a gerenciar a tempestade emocional. Se a sua depressão não parar após algumas semanas ou meses, o seu médico pode sugerir que você tome um antidepressivo.

8. Ajuda para problemas da bexiga
Se a sua EM faz você correr para muitas vezes para o banheiro, seu médico pode prescrever drogas como oxybutynin (Ditropan, Oxytrol) ou tamsulosin (Flomax). Eles relaxam seus músculos da bexiga e ajudá-lo a controlar o desejo de ir.

9. Controlando problemas intestinais
A EM e alguns remédios que você toma pode trazer constipação. Para regular novamente seus intestinos, é importante adicionar mais fibra e líquidos à sua dieta. Exercícios podem ajudar a manter o seu aparelho digestivo em movimento.

10. Aliviar suas dores
Se você machucar em seus braços, pernas, costas ou cabeça, você pode recorrer à medicina para alívio. Algumas drogas como carbamazepina (Tegretol), lamotrigina (Lamictal), e oxcarbazepina (Trileptal) aliviam a dor nervosa. Baclofeno (Lioresal) e tizanidina (Zanaflex) aliviam os espasmos musculares. Tratamentos caseiros como calor e massagem também pode ajudá-lo a gerenciar a dor.

11. Tratamento para problemas sexuais
Se você é um cara e a sua EM torna difícil para você ter uma ereção, drogas como sildenafil (Viagra), tadalafil (Cialis), ou vardenafil (Levitra) podem ajudar. Se você é uma mulher e a EM ou os medicamentos causam secura vaginal, você pode usar um lubrificante. Tanto homens quanto mulheres podem ter perda do desejo sexual, e para isso, a terapia sexual pode ser uma boa solução.

12. Alívio através do movimento
Um mergulho ou caminhada podem fazer maravilhas para os músculos rígidos. Exercícios também ajudam a gerenciar sintomas como depressão, fadiga e problemas de bexiga. Tente uma atividade de baixo impacto como tai chi, exercício de água, ioga ou pilates. Um fisioterapeuta pode projetar uma rotina fitness ideal para você e ensiná-lo a superar a fraqueza.

13. Terapia ocupacional
Quer aprender truques e ferramentas para as atividades diárias, quando a dor e a fraqueza ficam no caminho? Um terapeuta ocupacional pode ajudar. Ele lhe dará conselhos sobre como simplificar tarefas como lavanderia, cozinhar e se aprontar pra sair de casa. Ele também pode ensinar-lhe maneiras de permanecer focado e superar problemas de fadiga ou memória que podem afetar seu trabalho.

14. Formas de gerir o stress
Experimente técnicas de relaxamento como meditação diária ou respiração profunda para acalmar sua mente. Faça algo que você ama, como ler um livro ou ouvir música, para tirar sua mente de seus sintomas. E não se esqueça que você sempre pode chamar um amigo para apoio.


Tradução e adaptação por Redação AME - Amigos Múltiplos pela Esclerose

Fonte: Redação AME - Amigos Múltiplos pela Esclerose

sexta-feira, 5 de maio de 2017

A vida com EM

Exemplos de superação e otimismo que precisamos ler e estar sempre buscando, pois assim somos arremessados para o alto e elevamos nossa auto estima para seguir nessa caminhada difícil.