domingo, 22 de julho de 2018

déficit de equilíbrio


O déficit de equilíbrio é um sintoma comum que pode acometer pacientes com esclerose múltipla. As causas são diversas, mas são as de origem motora as mais prevalentes. Causado pela interrupção da comunicação entre o cérebro e o resto do corpo, ou até mesmo devido à ocorrência de rigidez muscular, espasmos, fraqueza ou espasticidade, este déficit pode levar a episódios de queda do indivíduo. Esse comprometimento funcional pode ser minimizado com a intervenção de um fisioterapeuta, por meio de programas de fortalecimento muscular e outros tipos de treinos.

Neste sentido, a atuação de um fisioterapeuta tem o objetivo de reduzir as limitações impostas pela doença, maximizando a capacidade funcional, viabilizando a qualidade de vida em geral e prevenindo complicações debilitantes. Assim, a fisioterapia promove melhoria do movimento, incentivando o aprendizado de habilidades motoras, a manutenção da força muscular, da coordenação motora e do padrão de marcha, além da estabilidade na postura.

Sem dúvida alguma, praticar exercícios de fisioterapia garante a melhoria do estado dos sintomas neurológicos da EM, assim como mantém um bom nível de funcionamento físico e psicológico e impede ou retarda o desenvolvimento de outras complicações.

Pesquisas sobre os efeitos da fisioterapia e atividade física evidenciam a melhora da qualidade de vida nos pacientes com déficit de equilíbrio, com progresso na redução do comprometimento funcional. Os treinos são traçados de acordo com os sintomas de cada paciente e envolvem, entre outros exercícios, programas de alongamento, técnicas de treino de equilíbrio em bola, treino de marcha na barra paralela, circuitos, rampa e escada, e fortalecimento dos grupos musculares. A fisioterapia convencional também surte efeitos positivos. O objetivo é que o fisioterapeuta modifique os sintomas, com estratégias que minimizem o impacto funcional.

Esses treinos são importantes para reduzir o número de quedas e aumentar a segurança do paciente para exercer suas atividades diárias com maior independência. Os exercícios também são realizados para melhorar o desempenho em tarefas específicas, como a transferência para a cadeira de rodas, quando for o caso, ou em qualquer outra situação cotidiana que o paciente encontre algum entrave ou dificuldade.

Vimos que a fisioterapia tem um papel importante quando o assunto é déficit de equilíbrio, mas antes de iniciar qualquer programa de atividades, certifique-se, com seu neurologista, o melhor direcionamento das atividades de reabilitação.

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Fonte Referência: “Avaliação da fisioterapia sobre o equilíbrio e a qualidade de vida em pacientes com esclerose múltipla”, por Iclaikovski Farias Rodrigues (Fisioterapeuta, Pós-graduando em Neurorreabilitação pela EMESCAM), Mariângela Braga Pereira Nielson (Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Respiratória e Neurofuncional), Andresa Rosane Marinho (Fisioterapeuta Especialista em Neurologia adulto pela Unicamp).

“Eficiência do Treino de Equilíbrio na Esclerose Múltipla”, por Sara RM Almeida (Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia aplicada à Neurologia Adulto), Karina Bensuaski (Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia aplicada à Neurologia Adulto), Enio Walker Azevedo Cacho (Fisioterapeuta, Mestre em Cirurgia), Telma Dagmar Oberg (Fisioterapeuta, Doutora em Ciências Médicas)

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