terça-feira, 19 de janeiro de 2021

 

O que é o H. pylori, como se pega e tratamento


H. pylori, ou Helicobacter pylori, é uma bactéria que se aloja no estômago ou intestino, onde prejudica a barreira protetora e estimula a inflamação, podendo provocar sintomas como dor e queimação abdominal, além de aumentar o risco para o desenvolvimento de úlceras e câncer.

Esta bactéria normalmente é identificada durante o exame de endoscopia, através de uma biópsia ou através do teste da urease, que são os métodos mais comuns para a detecção da bactéria.  

Já o tratamento é feito com a associação de remédios como Omeprazol, Claritromicina e Amoxicilina, prescritos pelo clínico geral ou gastroenterologista, sendo também muito importante adotar uma dieta que ajude a aliviar os sintomas da gastrite, devendo-se apostar em vegetais, carne branca, e evitar excesso de molhos, condimentos e alimentos industrializados. 

O que é o H. pylori, como se pega e tratamento

Como é feito o tratamento

É muito comum ter a bactéria H. pylori sem haver sintomas, muitas vezes sendo encontrada em um exame de rotina, entretanto, o tratamento só é indicado na presença de algumas situações, como:

  • Úlcera péptica;
  • Gastrite;
  • Tumor intestinal, do tipo carcinoma ou linfoma gástrico;
  • Sintomas, como desconforto, queimação ou dor de estômago;
  • História familiar de câncer gástrico.

Isto porque o uso desnecessário de antibióticos aumenta as chances de resistência de bactérias e de provocar efeitos colaterais. Saiba o que comer para evitar os efeitos colaterais e que alimentos ajudam a combater a H. pylori.

Remédios para tratar H. pylori

O esquema de remédios mais comumente feitos para curar a H. pylori são a associação de um protetor de estômago, que pode ser Omeprazol 20mg, Ianzoprazol 30mg, Pantoprazol 40mg ou Rabeprazol 20mg, com antibióticos, geralmente, Claritromicina 500 mg, Amoxicilina 1000 mg ou Metronidazol 500mg, que podem ser usados separadamente ou associados em um comprimido, como o Pyloripac.

Este tratamento deve ser feito em um período de 7 a 14 dias, 2 vezes ao dia, ou conforme orientação médica, e deve ser seguido rigorosamente para evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes aos medicamentos. 

Outras opções de antibióticos que podem ser usadas em casos de infecções resistentes ao tratamento são o Subsalicilato de bismuto, Tetraciclina, Tinidazol ou Levofloxacino.

Tratamento caseiro

Existem alternativas caseiras que podem complementar o tratamento com remédios, pois ajudam a controlar os sintomas estomacais e a controlar a proliferação de bactérias, no entanto não substituem o tratamento médico. 

O consumo de alimentos ricos em zinco, como ostras, carnes, gérmen de trigo e grãos integrais, por exemplo, além de fortalecer o sistema imune, facilitam a cicatrização das úlceras e diminuem a inflamação no estômago.

Já alimentos que ajudam a eliminar a bactéria do estômago, como iogurte natural, por ser rico em probióticos, ou tomilho e gengibre, por terem propriedades antibacterianas também podem ser uma ótima forma de auxiliar o tratamento.

Além disso, existem alimentos que ajudam a controlar a acidez e diminuir o desconforto causado pela gastrite, como a banana e a batata. Confira algumas receitas de tratamentos caseiros para gastrite e veja como deve ser a dieta durante o tratamento de gastrite e úlcera

Como se transmite

A infecção pela bactéria H. pylori é muito comum, existem indícios de que se pode pegá-la através da saliva ou do contato oral com água e alimentos que tiveram contato com fezes contaminadas, entretanto, a sua transmissão ainda não foi totalmente esclarecida. 

Assim, para prevenir esta infecção, é muito importante ter cuidados com higiene, como lavar as mãos antes de comer e após ir ao banheiro, além de evitar dividir talheres e copos com outras pessoas. 

Como identificar e diagnosticar

É muito comum haver a infecção por esta bactéria, sem que ocorram sintomas. Entretanto, ela pode destruir a barreira natural que protege as paredes internas do estômago e intestino, que sofrem efeitos do ácido gástrico, além de aumentar a capacidade de inflamação dos tecidos desta região. Isto provoca sintomas como: 

  • Dor ou sensação de queimação no estômago;
  • Falta de apetite;
  • Enjoo;
  • Vômito;
  • Fezes com sangue e anemia, como consequência da erosão das paredes do estômago.

O diagnóstico da presença de H. pylori é feito, geralmente, com uma coleta de biópsia de tecido do estômago ou duodeno, com a qual podem ser feitos testes de detecção da bactéria, como o teste da urease, cultura ou avaliação do tecido. Veja como é feito o teste da urease para detectar H. pylori.

Outros testes possíveis são o teste detecção respiratória da ureia, sorologia feita por exame de sangue ou o teste de detecção fecal. Veja outros detalhes sobre como identificar os sintomas de H. pylori.

INFORMAÇÃO DO AUTOR
Tatiana Zanin
Tatiana Zanin
NUTRICIONISTA

Formada pela Universidade Católica de Santos em 2001

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

 


Intolerância à Lactose: esclareça suas principais dúvidas!

O que é Intolerância à Lactose Sintomas Exame

Antes de tudo, é importante esclarecer que intolerância à lactose não é uma doença e não deve ser confundida com alergia à lactose ou ao leite. Trata-se de uma carência que algumas pessoas têm da enzima responsável por digerir o açúcar do leite no organismo

Com isso, pessoas com intolerância à lactose costumam ter dores de barriga frequentes e precisam ter um controle maior sobre o que comem e ingerem.

Mas, não se desespere: é possível ter uma vida normal com intolerância à lactose!

Continue lendo este artigo e informe-se melhor sobre o problema, esclarecendo as suas principais dúvidas, como o que é, tipos e graus de intolerância à lactose, efeitos, tratamentos e mais!

O que é Intolerância à Lactose?

Também conhecida como deficiência de lactase, a intolerância à lactose é um distúrbio digestivo causado pela incapacidade do organismo de digerir um tipo de açúcar encontrado em alimentos como o leite e seus derivados: a lactose.

Essa incapacidade surge porque o próprio corpo não consegue produzir uma quantidade suficiente da enzima que auxilia na digestão da lactose, chamada de lactase.

Com isso, as substâncias do leite e seus derivados não são digeridas da maneira correta e acabam se acumulando no intestino, gerando problemas como gases, cólicas e até diarreias.

Em geral, o problema é mais comum em pessoas mais velhas (que desenvolvem a intolerância com o avançar da idade), que tiveram parto prematuro ou, ainda, que possuem algumas doenças específicas que também influenciam na produção da lactase no organismo, como a doença de Crohn.

Diferença entre alergia ao leite e intolerância à lactose

A diferença é que, no caso da alergia, trata-se de uma reação imunológica imediata do organismo às proteínas do leite, fazendo com que os sintomas apareçam bem mais rápido e afetem outras partes do corpo, como pele e sistema respiratório. Já em casos de intolerância, os sintomas costumam aparecer com mais tempo após a ingestão de leite e seus derivados, atingindo diretamente o sistema digestivo.

Intolerância à Lactose em bebê:

A intolerância à lactose em bebês é rara e, em muitos casos, pode ser confundida com alergia ao leite. Muitas mães ficam preocupadas se é intolerância ou não, pois a criança começa a apresentar alguns sintomas comuns do problema, como cólicas, gases, diarreia e vômito, após a ingestão do alimento ou de seus derivados.

Porém, é importante procurar um médico especialista para esclarecer se o alimento é realmente a causa do problema.

Tipos e graus de Intolerância à Lactose

A intolerância à lactose pode ser de grau leve, moderado ou grave, a depender de cada paciente e também da classificação do problema.

Dito isso, existem três tipos de intolerância à lactose. Conheça:

  • Intolerância à lactose primária: esse é o tipo mais comum e costuma se desenvolver com o envelhecimento, de forma natural com o avançar da idade em algumas pessoas. Isso acontece porque, com o passar dos anos e consequente variação da dieta de cada pessoa, o organismo diminui a produção da lactase, podendo resultar em um quadro de intolerância.
  • Intolerância à lactose secundária: já esse tipo de intolerância surge como consequência de alguma doença, ferimento ou, ainda, cirurgia — fatores que podem impactar no funcionamento do intestino delgado, reduzindo a produção necessária de lactase. Alguns exemplos de doenças que podem causar a intolerância à lactose são: síndrome do intestino irritável, Doença de Crohn, doença celíaca, gastroenterite. Sendo assim, a intolerância pode ser passageira nesses casos, já que geralmente o tratamento da causa soluciona o problema.
  • Intolerância à lactose congênita: apesar de raro, esse tipo de intolerância é hereditário e genético, surgindo em pessoas que já nascem com carência total da lactase no organismo. Trata-se de uma herança autossômica recessiva, em que os pais transmitem o gene da intolerância à lactose para o filho. Isso causa mudanças no gene LCT (gene da lactase humana), que possui o código genético responsável pela produção de lactase no corpo.

Quais os sintomas de pessoas que têm intolerância à lactose?

Para quem deseja saber se tem intolerância à lactose, os principais sinais e sintomas são:

  • Diarreia;
  • Excesso de gases;
  • Náuseas e vômito;
  • Dores abdominais;
  • Inchaço na região da barriga.

Uma boa dica para identificar a intolerância à lactose é observar em quanto tempo esses sintomas aparecem após a ingestão do leite ou de algum derivado.

Geralmente, pessoas com intolerância à lactose começam a sentir os sintomas entre 30 minutos e 2 horas após a ingestão de lacticínios.

Além disso, os sinais também podem ser sentidos com maior intensidade dependendo da quantidade de lactose presente no corpo.

O que a intolerância à lactose pode causar? Quais os efeitos?

Além dos sintomas característicos e do impacto que esse tipo de intolerância pode ter no dia a dia de um paciente, o problema também pode levar a outros efeitos, como deficiência de vitamina D, proteína, cálcio e riboflavina, além de perda de peso e até desnutrição.

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Intolerância à Lactose tem cura?

Em geral, a intolerância à lactose não tem cura, com exceção dos casos de intolerância secundária, em que o problema pode ser resolvido com o tratamento da causa.

Porém, ao tratar o distúrbio corretamente é possível promover uma boa qualidade de vida ao paciente. Confira as opções de tratamento abaixo.

Tratamentospara Intolerância à Lactose

Na maioria dos casos, o tratamento envolve, principalmente, mudanças na alimentação, em que o paciente evita ou limita o consumo de leite e seus derivados.

Vale ressaltar que uma pessoa com intolerância à lactose não deixa de comer nem beber, necessariamente, leite nem seus derivados, já que é uma importante fonte nutricional para o organismo.

Na adequação da alimentação, primeiro retiram-se leites e seus derivados do cardápio do paciente para aliviar os sintomas. Depois, o alimento é reintroduzido na dieta aos poucos, para avaliar qual a quantidade ideal de consumo que o organismo suporta, garantindo o suplemento nutricional essencial ao corpo.

Além disso, também podem ser utilizados remédios e medicamentos específicos durante o tratamento. 

Remédio para Intolerância à Lactose:

São utilizadas cápsulas, suplementos ou comprimidos mastigáveis que contêm a lactase, como forma de reposição da enzima no organismo

Intolerância à lactose: o que comer?

Existem leites e derivados que possuem baixa ou nenhuma quantidade de lactose e não costumam provocar sintomas em pessoas com intolerância, como leite de soja, queijos mais amarelos e queijo tofu, leite de amêndoas e leite de arroz. 

Também são boas opções para substituir o leite de vaca em receitas e preparos.

Além disso, é recomendado o consumo de alimentos como verduras de folhas verdes (brócolis, espinafre), ovos, laranja, cenoura, entre outros, que vão ajudar na carência de cálcio causada pela intolerância e também melhorar o funcionamento do intestino.

O grande segredo é manter uma dieta equilibrada, comendo de tudo um pouco sem exageros, para garantir o equilíbrio nutricional.

Comodiagnosticar intolerância à lactose?

Se sentir os sintomas ou possuir histórico familiar, é essencial procurar um médico para o diagnóstico correto da intolerância à lactose. 

Você pode procurar tanto um clínico geral quanto gastroenterologistas (especialistas no sistema digestivo).

Na consulta, o profissional irá fazer a análise clínica do problema e poderá solicitar alguns exames específicos para o diagnóstico preciso do distúrbio, como o teste de intolerância à lactose, além de outros exames complementares, como teste de hidrogênio na respiração e teste de acidez nas fezes.

No teste de intolerância à lactose, o paciente ingere uma dose de lactose em jejum e depois realiza um exame de sangue, para medir os níveis de glicose no organismo. Se os níveis forem alterados, é um indicativo para intolerância à lactose.

Esperamos que este artigo tenha esclarecido as suas dúvidas sobre intolerância à lactose. 



diabetes sem perder a qualidade de vida

Convivendo com a diabetes sem perder a qualidade de vida

O diagnóstico de diabetes costuma ter um grande impacto na vida das pessoas, devido a todas as mudanças que serão necessárias a partir dali. Porém, se encarado da maneira certa, também pode significar um estilo de vida mais saudável, preservando toda a qualidade de vida.

Acompanhe o artigo para saber como cuidar da sua saúde de uma forma geral!

Como funciona o metabolismo do diabético?

A diabetes é uma doença caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue e ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou a ação da insulina é ineficiente no organismo (diabetes tipo 2).

Nos dois casos, o resultado é a dificuldade das células absorverem o açúcar, o que leva ao acúmulo dessa substância no sangue.

A função do açúcar em nosso corpo é ser fonte de energia. Porém, na diabetes, esse açúcar permanece na corrente sanguínea e acaba afetando vários órgãos. Isso provoca sintomas mais simples, como sede, fome e urina em excesso, até sintomas mais graves, como cegueira, problemas renais e até amputações.

Em pessoas sem a doença, as taxas de glicose oscilam durante o dia, aumentando após as refeições, mas rapidamente se normalizando. Em pessoas com diabetes, a glicose sobe rapidamente após as refeições, mas demoram muito a baixar.

Em alguns casos, os efeitos dessa alteração no metabolismo não são percebidos facilmente, sendo importante testar sua glicemia regularmente, mesmo que não haja sintomas da diabetes.

A importância de “ouvir” o seu corpo

A diabetes tipo 1 costuma surgir logo na infância e adolescência e estão mais ligadas a fatores genéticos. Essa forma da doença costuma ser mais facilmente percebida, já que os sintomas surgem de forma mais intensa.

Já a diabetes tipo 2 (90% dos casos), mais comum após os 40 anos, também tem influência da genética, mas as principais causas são sedentarismo, má alimentação e excesso de peso.

Nessa forma da doença, os sintomas surgem de forma mais discreta e gradual, fazendo com que muita gente demore a perceber e tenham os sintomas agravados. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, metade dos portadores não sabe que têm a doença.

A dica aqui é ter uma rotina de consultas e exames regulares e ficar atento aos sinais do seu corpo, principalmente sintomas como:

  • formigamento nos pés e nas mãos;
  • vontade de urinar muito frequente;
  • feridas que demoram a cicatrizar;
  • fome e sede constantes;
  • visão embaçada;
  • infecções repetidas, principalmente na pele.

Dicas para quem está convivendo com a diabetes

Apesar de a diabetes ser uma doença séria, ela pode ser controlada a partir de cuidados simples, que incluem o monitoramento da glicose, uma alimentação adequada, atividades físicas e acompanhamento médico.

Veja, a seguir, algumas dicas para manter a diabetes sob controle e garantir uma vida normal, mesmo com a doença:

O médico é o melhor amigo do diabético

Consultas regulares são importantes para que o médico possa lhe orientar sobre a doença e o tratamento. Quanto mais você entender sobre o problema e como deve agir, desde sua alimentação até o uso de medidores de glicose, mais segurança e autonomia você terá em sua rotina.

Além disso, é a partir das consultas que o médico avaliará quais exames são necessários para monitorar a diabetes e se a medicação está surtindo efeito ou precisa ser reavaliada.

Por isso, mesmo que você esteja se sentindo bem, não negligencie o acompanhamento médico.

É possível se cuidar e comer bem

Uma boa alimentação para o diabético não significa nunca mais comer um pedaço de bolo ou um chocolate, mas tudo deve estar dentro de um planejamento alimentar recomendado por seu médico ou nutricionista.

O ideal é que na sua dieta sempre haja legumes e verduras e, quando possível, frutas com casca e bagaço, pois isso garante a ingestão de fibras, que contribuem para a absorção da glicose pelo sangue.

Já os carboidratos simples, como bolos e massas feitos com farinha branca, além de doces e guloseimas, devem ser consumidos de acordo com as quantidades e frequência prescritas pelo nutricionista.

Procure fazer de 5 a 6 refeições por dia e nunca pule refeições. Ficar muito tempo sem comer pode desregular sua glicemia, gerando outros problemas, além de te fazer exagerar na próxima refeição.

Com orientação, é possível tomar seus drinks

álcool pode levar a extremos de hiper ou hipoglicemia, o que não é nada saudável, especialmente para quem está convivendo com a diabetes.

Assim como falamos sobre a comida, não significa que você não possa nunca beber, mas é preciso seguir as orientações médicas para evitar complicações.

Geralmente, o vinho tinto seco é a bebida alcoólica menos prejudicial ao diabético, mas será conversando com seu médico ou nutricionista que você saberá quais tipos de bebida consumir e suas respectivas quantidades.

Exercícios serão parte da sua vida

Os benefícios da prática regular de atividades físicas são bastante conhecidos, e um deles é a prevenção e o controle da diabetes. Ao se movimentar, você ajuda seu corpo a consumir o açúcar que está no organismo.

Além disso, manter o corpo em movimento reduz os riscos de problemas cardiovasculares, como infarto e AVC, que são maiores para pacientes diabéticos.

Independentemente da diabetes, só inicie uma prática de atividade física após conversar com seu médico e receber a liberação dele quanto ao tipo e intensidade dos exercícios.

Controlar o peso é parte fundamental

Com uma alimentação saudável e uma rotina regular de exercícios físicos, você ganha outro aliado contra as complicações da diabetes: o controle de peso.

O peso extra e a obesidade levam a um acúmulo de gordura na região abdominal, exigindo uma liberação maior de insulina, um problema para quem tem deficiência desse hormônio.

Ao perder peso, a insulina é melhor distribuída e o organismo passa a ter uma demanda menor, auxiliando no controle da diabetes.

Cuidado extra com a pele

A pele ressecada, comum entre pacientes diabéticos, pode levar a lesões e infecções. Além disso, fungos e bactérias também se proliferam mais em peles secas. Manter a hidratação deve estar sempre na sua lista de cuidados.

Geralmente, os pés são os mais afetados, porque a diabetes compromete a vascularização, impedindo que células de defesa cheguem até lá. Como a sensibilidade também é menor nessa região, é possível ferir os pés e não perceber, o que também acaba favorecendo o aparecimento de bactérias e outros agentes prejudiciais à saúde.

Hoje em dia, o mercado de cosméticos conta com hidratantes específicos para diabéticos, que podem ser usados diariamente. Uma dica: hidratar a pele logo após o banho garante uma absorção mais eficiente.

Controle o estresse e durma bem

Em situações estressantes, o corpo libera cortisol, um hormônio que causa ainda mais danos a quem tem diabetes, por aumentar a gordura abdominal. A tensão também pode levar a noites mal dormidas, o que também pode desencadear a liberação do cortisol e comprometer o controle do açúcar.

Então, manter sua saúde mental em dia e garantir ao menos 7 horas diárias de sono são hábitos que também auxiliam para a maior qualidade de vida.

Viva bem, mesmo convivendo com a diabetes

Como você pode perceber na leitura deste artigo, os cuidados recomendados podem trazer vários benefícios para a sua saúde, esteja você convivendo com a diabetes ou não.

Caso você esteja ansioso ou insatisfeito com as mudanças que precisará adotar em seu dia a dia, esperamos que as informações deste artigo te ajudem a olhar de outra forma para essas mudanças e vê-las como positivas para sua vida em geral.

Muitos desses cuidados dependem exclusivamente de seu compromisso pessoal, mas não esqueça que o médico é uma peça fundamental para a saúde do diabético. Não falte a suas consultas e mantenha em dia seus exames.


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sintomas da glicemia alta ou baixa


Quais os sintomas da diabetes alta ou baixa

Para manter-se equilibrado e saudável, nosso organismo depende de algumas substâncias que devem estar presentes em níveis adequados. E uma das mais importantes para o funcionamento de diversos sistemas do corpo é a insulina. Alterações nos níveis desse hormônio produzido pelo pâncreas são a origem dos sintomas popularmente conhecidos como diabetes alta ou baixa.

Segundo os médicos, o termo correto seria glicemia alta ou baixa, que nada mais é que o nível de açúcar no sangue. E são as alterações nos níveis da glicemia as responsáveis pelos quadros de diabetes (nível de açúcar alto) e de hipoglicemia (nível de açúcar baixo). 

diabetes (ou hiperglicemia) está relacionado a uma baixa capacidade do organismo de levar para dentro das células a glicose (açúcar) presente no sangue, o que faz com que esses níveis se mantenham altos na corrente sanguínea.

Já no caso da hipoglicemia, é o efeito contrário. A glicose é absorvida muito rapidamente, fazendo com que os níveis de açúcar no sangue caiam bruscamente. Ambos os casos causam problemas e exigem atenção, pois colocam sua saúde em risco.

No artigo de hoje você conhece alguns sinais que servem de alerta para a glicemia desregulada e quais os riscos de não tratar.

Principais sintomas da glicemia alta ou baixa

Glicemia alta (Diabetes alta)

Como dissemos no início, as taxas de açúcar no sangue são reguladas pela insulina, um hormônio produzido no pâncreas e que facilita a absorção da glicose pelas células.

Caso a produção de insulina não seja suficiente ou o consumo de carboidratos pelo indivíduo seja elevado e frequente, esse processo fica prejudicado, o nível de glicose circulando na corrente sanguínea se mantém alto, podendo surgir os sintomas do diabetes.

Há dois tipos possíveis de diabetes: o tipo 1 e o tipo 2. E a definição do tipo está ligada à origem do problema

Diabetes tipo 1:

Neste caso, o problema é causado por uma baixa capacidade (ou total incapacidade) do pâncreas de produzir insulina, o que dificulta o processo de levar o açúcar do sangue para dentro das células.

Neste caso, o problema surge logo na infância ou adolescência, e a pessoa depende das famosas injeções de insulina para manter-se bem.

Diabetes tipo 2:

Neste caso, ocorre uma resistência das células à ação da insulina, causando o mesmo efeito do tipo 1. Trata-se de um quadro desenvolvido ao longo da vida, relacionado principalmente ao sedentarismo, obesidade e maus hábitos alimentares.

Tanto no tipo 1 quanto no tipo 2, os sintomas mais comuns são:

  • perda de peso;
  • enurese noturna (perda de urina enquanto dorme);
  • náuseas e vômitos;
  • alterações do nível de consciência;
  • sede excessiva;
  • formigamento;
  • visão turva;
  • fraqueza;
  • cansaço;
  • infecções de pele e na vagina.

Podemos citar ainda o quadro conhecido como diabetes gestacional, apresentado por mulheres grávidas, que é provocado geralmente pelo aumento de peso apresentado pela mulher durante a gestação. Este quadro costuma ser temporário.

Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 costumam ser tratados com injeções de insulinamedicamentos, mudanças nos hábitos alimentares e a prática regular de atividades físicas. Mas a indicação do melhor tratamento será definido caso a caso.

Glicemia baixa (Diabetes baixa)

Já a hipoglicemia é o contrário do diabetes, ou seja, muita glicose nas células e pouca glicose circulando no sangue.

Esse problema é comum entre pacientes diabéticos devido às oscilações da glicemia, pelo uso incorreto da insulina, podendo ser causado também por insuficiência do fígadocâncer de pâncreas, consumo elevado de bebidas alcoólicasatividades físicas em jejum, entre outros motivos.

Os sintomas costumam ser mal-estar, tontura e palidez, sendo, muitas vezes, confundida com pressão baixa.

Se não for tomada nenhuma providência para repor a glicose no organismo, os sintomas podem evoluir para:

  • confusão mental;
  • tremores;
  • suor e calafrios;
  • taquicardia;
  • sonolência;
  • perda de coordenação motora;
  • dificuldade de concentração.

Limites da glicose no sangue

O exame de glicose identifica a quantidade de açúcar circulando em nosso sangue e contribui para o diagnóstico de problemas como a diabetes.

Veja, a seguir, o que os resultados apontam:

  • Menos de 30 mg/dL: hipoglicemia grave.
  • De 31 a 70 mg/dL: hipoglicemia leve.
  • 70 a 100 mg/dL: níveis normais.
  • De 100 a 120 mg/dL: pré-diabetes.
  • Acima de 120 mg/dL: diabetes.

Complicações do diabetes

O excesso ou a falta de açúcar no organismo pode levar a várias complicações e, por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para prevenir ou minimizar os riscos. Como explicamos acima, em certos casos, os sinais podem ser bem sutis, então, mantenha o hábito de verificar sua glicemia, sem esperar que os sintomas se manifestem.

Sintomas de diabetes

A glicemia alta não tratada pode afetar o funcionamento de todo o corpo e deixar o paciente mais propenso a problemas como:

  • catarata e glaucoma;
  • doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC);
  • complicações renais;
  • fluxo sanguíneo reduzido e neuropatia periférica, causando danos às pernas e aos pés;
  • problemas nos dentes e gengivas pelo aumento de bactérias na boca.

Já no caso da glicemia baixa, problemas como arritmia cardíacaperda da consciênciaconvulsões e lesões cerebrais estão entre os danos mais sérios. Além disso, em função de possíveis desmaios, o paciente também corre o risco de danos relacionados às quedas.

Glicose sob controle

Como você viu neste artigo, manter as taxas de glicemia dentro dos limites considerados normais é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Por isso, é preciso estar atento aos sintomas da glicemia alta ou baixa, já que ambas comprometem seriamente a nossa saúde.

A verificação dos níveis de açúcar no sangue é a única forma segura de garantir que a glicose em nosso sangue não está oscilando para mais ou para menos, então, inclua em seu check-up anual o exame de glicemia e converse com seu médico, caso sinta algum dos sintomas descritos acima.

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