Reflexão
Mudamos a vida ou a vida nos muda?
Talvez as duas coisas aconteçam em um delicado entrelaçar de experiências e despertar interior.
Um dos grandes condicionamentos desta civilização é acreditar que só o que é palpável e material existe e tem valor.
Essa visão limitada nos afasta das camadas mais sutis da existência, onde reside a verdadeira essência da vida.
Transcender esse estado é uma jornada pessoal, única para cada ser.
Alguns chegam lá pelo estudo profundo, pelo entendimento das leis invisíveis que regem o mundo material e espiritual.
Outros, através de eventos aparentemente "milagrosos", convocações da alma que rompem a rigidez da mente e despertam um novo olhar.
Há ainda aqueles que, em meio à dor de uma depressão profunda, descobrem que nada do que esta sociedade oferece satisfaz a sede da alma — e assim, um novo caminho se revela.
Cada um desses movimentos — sejam suaves ou disruptivos — marca o início de um verdadeiro processo de elevação espiritual.
Um retorno ao relacionamento com o Ser Interior, ao desenvolvimento da consciência e da responsabilidade amorosa por cada escolha e ação.
Nesse caminho, percebemos que o valor das coisas simples ressurge. O essencial se torna suficiente.
A mente se aquieta, permitindo que o discernimento floresça.
Velhas crenças e prioridades são revistas, e uma nova ordem de valores se estabelece.
Pouco a pouco, a agitação mental e emocional dá lugar a uma presença mais serena e consciente.
E com esse novo olhar, passamos a perceber a Inteligência viva que permeia o Universo — uma Ordem que não admite o acaso, mas revela a profunda conexão entre causas e efeitos.
Nesse entendimento, reconhecemos que somos, sim, co-criadores da realidade.
E que cada gesto, cada pensamento, cada escolha nos convida a colaborar com a harmonia dessa grande Teia Criativa.
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