quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Como perder 5 kg em 2 semanas



Dieta para perder até 5 kg em 2 semanas

Marília Pinheiro
Nutricionista


Para emagrecer em 2 semanas é necessário ter uma dieta saudável e equilibrada, sendo importante incluir frutas, vegetais e alimentos integrais ricos em fibras, além de ser recomendado evitar o consumo de alimentos industrializados, frituras, comidas congeladas, como pizza e lasanha, embutidos, comidas rápidas, etc.

Em 2 semanas é possível perder entre 1 kg e 5 kg, no entanto, essa perda de peso pode variar de acordo com o metabolismo da pessoa, do fato da alimentação ser realizada adequadamente e da prática de atividades físicas de forma regular.

Para alcançar o objetivo, é indicado que a pessoa realize principalmente atividades aeróbicas, como correr, nadar ou caminhar, por exemplo, pois ajudam o organismo a utilizar mais energia e queimar a gordura acumulada. Confira uma

O que pode comer

Para conseguir diminuir o peso em 2 semanas, os alimentos permitidos são as frutas e os vegetais, já que são ricos em fibras, garantindo a sensação de saciedade e melhorando o trânsito intestinal. Também devem ser incluídos no dia a dia alimentos como:
Aveia;
Quinoa;
Arroz;
Pão integral;
Ovos;
Feijão;
Granola sem açúcar;
Batata;
Sementes de linhaça, girassol, abóbora e gergelim;
Frutos secos como nozes, amêndoas, amendoim e castanha de caju;
Leite e derivados desnatados, como o queijo branco.

Outros alimentos que podem acelerar o metabolismo e, assim, favorecer a perda de peso, são os alimentos termogênicos, como canela, gengibre, pimenta vermelha, café, chá verde e vinagre de maçã, que também podem ser incluídos na dieta. Conheça mais sobre os alimentos termogênicos.
Alimentos que devem ser evitados


Os alimentos que devem ser evitados são aqueles ricos em sal, açúcar, farinha de trigo branca e gorduras, como por exemplo:

Açúcar:  açúcar, doces, sobremesas, bolos, chocolate;

Sal: sal, molho de soja, molho inglês, cubos de caldos de carne e de legumes, amaciantes de carne, sopas em pó;

Farinha de trigo branca: pães, bolos, tortas, molho branco, salgadinhos;

Gordura: frituras, carnes vermelhas, bacon, salsicha, linguiça, salame, carnes vermelhas ricas em gordura, leite integral e queijos amarelos, como cheddar e prato.

Produtos industrializados: biscoito recheado, salgadinhos de pacote, comida pronta congelada, pizza, lasanha, refrigerantes e sucos em caixa.

Para substituir o sal no preparo dos alimentos, pode-se utilizar ervas e temperos naturais como cebola, alho, alecrim, salsa, tomilho, manjericão e orégano, pois deixam a comida com mais sabor e não causam retenção de líquidos no corpo.
Cardápio para emagrecer em 2 semanas

A tabela a seguir traz o exemplo de um cardápio de 3 dias para emagrecer até 5 kg em duas semanas. Após esses três dias a pessoa pode montar o próprio cardápio tendo em consideração as dicas 

RefeiçãoDia 1Dia 2Dia 3
Café da manhã1 copo de leite desnatado + 1 fatia de pão integral com 1 fatia de queijo branco + 1 fatia de peito de peru1 iogurte desnatado + 1/4 de xícara de aveia + 1 colher de sopa de sementes de chia + 1/2 banana fatiadaCafé com leite desnatado e sem açúcar + 1 panqueca de aveia + 1 fatia de queijo branco
Lanche da manhã1 fatia de mamão com 1 colher de sopa de aveia1 copo de suco verde detox1 fatia de melancia + 10 unidades de amendoim
Almoço/ Jantar1 posta de pescada grelhada + 3 colheres de arroz integral + 2 colheres de sopa de feijão + salada de brócolis com cenoura + 1 colher de azeite de oliva1 filé de frango com molho natural de tomate + 3 colheres de macarrão integral + salada com 1 colher de sopa de amendoim + 1 colher de sobremesa de azeite de oliva1 filé de peito de peru + 4 colheres de sopa de quinoa + 1 xícara de vegetais cozidos + 1 colher de sobremesa de azeite de oliva
Lanche da tarde1 maçã + 2 torradas com ricotaSuco mamão com 1 colher de sopa de linhaça1 iogurte desnatado + 6 nozes


As quantidades incluídas no cardápio variam de acordo com a idade, sexo, atividade física e presença ou ausência de alguma doença, por isso é importante ir ao nutricionista para que seja realizada uma avaliação completa e seja calculado um plano nutricional de acordo com as necessidades da pessoa.

Outras dicas para perder peso

Algumas outras dicas que são importantes seguir na hora de montar o plano nutricional do dia são:

  • Realizar 5 a 6 refeições por dia: 3 refeições principais e 2 a 3 lanches, sendo recomendado comer a cada 3 horas;
  • Consumir 3 a 4 frutas por dia, dando preferência a frutas com casca e bagaço;
  • Metade do prato deve ser com vegetais, tanto o do almoço quanto o do jantar, sendo importante consumir pelo menos 2 porções por dia;
  • É recomendado escolher apenas uma fonte de carboidratos, evitando colocar mais de uma fonte no prato;
  • Escolher entre feijão, milho, ervilha, grão de bico, soja e lentilha como fonte de proteína vegetal e colocar apenas 2 colheres de sopa no prato;
  • Retirar toda a gordura das carnes antes de consumi-las, incluindo a pele do peixe, do frango e do peru, além de reduzir o consumo de carnes vermelhas para 2 vezes por semana.

É possível incluir em um dos lanches um suco detox, que deve ser preparado preferencialmente com vegetais, já que são ricos em fibras. Confira algumas receitas de suco detox para emagrecer.

Chás diuréticos para desinchar a barriga

Além dos alimentos, deve-se investir no consumo de chás diuréticos e que aumentam o metabolismo, como chá verde, chá matcha, chá de hibisco (flor de jamaica) e chá de gengibre com abacaxi. Para ter o efeito desejado, deve-se tomar de 3 a 4 xícaras de chá por dia, sem adicionar açúcar.

Também é importante beber pelo menos 1,5 L de líquidos por dia, de preferência os chás diuréticos ou água, para combater a retenção de líquidos e melhorar o funcionamento do intestino.



terça-feira, 5 de janeiro de 2021


O que toda pessoa com esclerose múltipla deve saber






O QUE É EDSS E COMO SE MEDE A PROGRESSÃO DE DEFICIÊNCIA NA ESCLEROSE MÚLTIPLA?

A progressão da esclerose múltipla varia de pessoa para pessoa. E, os vários tipos de EM progridem de diferentes maneiras, também. As varreduras e outros testes de esclerose múltipla nem sempre contam toda a história sobre a deficiência da EM; Sinais e sintomas e o quão bem você está funcionando todos os dias também são medidas importantes de como o seu sistema nervoso central está funcionando.

É por isso que uma variedade de ferramentas são úteis na avaliação da deficiência da esclerose múltipla. Estes ajudam você e seu médico a avaliar se a sua EM está melhorando, progredindo ou ficando a mesma. Os médicos também usam essas medidas em estudos clínicos. Isso ajuda a ver o quão bem o tratamento da esclerose múltipla está funcionando.

Sua/seu neurologista pode administrar testes que ajudam a criar escalas como as abaixo que podem fornecer uma resposta rápida sobre a progressão da EM, sendo a mais usada e solicitada, até mesmo para a requisição de medicamentos pelo Estado, a escala EDSS .

Progressão da EM: Escala Expandadida do Estado de Incapacidade (EDSS )

Esta escala comumente utilizada é às vezes chamada de escala de Kurtzke, nomeada pelo neurologista que a desenvolveu. O EDSS se concentra principalmente na sua capacidade de caminhar. É uma medida menos sensível de outros tipos de deficiência de esclerose múltipla. Demora cerca de 30 minutos para criar uma pontuação. Então são necessários alguns minutos para estabelecer as classificações na escala EDSS .

Parâmetro do sistema funcional (FSS)

Em uma escala de 0 a 6, o FSS mede o quão bem o seu principal sistema nervoso central está funcionando e atribui uma pontuação à sua deficiência. Isso incorpora informações sobre sua marcha e uso de dispositivos auxiliares. Também envolve a observação de funções como estas:

Fraqueza ou problemas para mover os membros
Tremor ou perda de coordenação
Problemas com a fala, a deglutição ou movimentos oculares involuntários
Perda de sensação
Função intestinal e da bexiga
Função visual
Funções mentais
Escala EDSS

Com a ajuda do FSS, seu/sua neurologista avalia sua deficiência na escala EDSS . Ela varia de 0 a 10, com meio ponto para maior especificidade. Números mais baixos indicam incapacidade menos grave. Os números mais elevados refletem um maior grau de deficiência, principalmente em relação à mobilidade:

0 = Normal
1-1.5 = Sem deficiência, mas alguns sinais neurológicos anormais
2-2.5 = Incapacidade mínima
3-4.5 = incapacidade moderada, afetando as atividades diárias, mas você ainda pode andar
5-8 = Incidência mais grave, prejudicando suas atividades diárias e requerendo assistência com caminhadas
8.5-9.5 = incapacidade muito grave, restringindo-o à cama
10 = Morte

É importante reconhecer que uma mudança de um ponto na extremidade inferior da escala reflete mudanças mais sutis do que na parte superior da escala. Por exemplo, uma mudança de um ponto entre 2 e 3 não é tão grande uma progressão de deficiência quanto entre 8 e 9.

Uma ampla gama de outras medidas é usada para avaliar a incapacidade da esclerose múltipla. Em muitos casos, estes são questionários simples. Por exemplo, o questionário sobre Qualidade de Vida da Esclerose Múltipla faz perguntas sobre o seu:

Função física, cognitiva, social e sexual
Limitações devido a problemas físicos ou emocionais
Percepções sobre sua saúde
Dor
Energia
Qualidade de vida global
Saúde emocional

Outras escalas medem aspectos específicos da deficiência, tais como:

Controle da bexiga ou do intestino
Deficiência visual
Fadiga
Saúde mental
Dor

Testes adicionais podem ajudar a medir a progressão da EM no futuro. Trabalhe em estreita colaboração com sua/seu neurologista para determinar quais testes são recomendados. E não se assuste, como dizemos no início do nosso texto, a doença progride de formas diferentes em diferentes pessoas. Não quer dizer que você terá uma piora progressiva. Com o tratamento adequado, pode ser que você não experimente uma incapacidade significante por conta da EM.

Texto original em WebMD


SISTEMA FUNCIONAIS (SF) PARA A ESCALA EXPANDIDA DO ESTADO DE INCAPACIDADE 


Funções Piramidais 

0. Normal 
1. Sinais anormais sem incapacidade motora 
2. Incapacidade mínima 
3. Discreta ou moderada paraparesia ou hemiparesia; monoparesia grave 
4. Paraparesia ou hemiparesia acentuada; quadriparesia moderada; ou monoplegia 
5. Paraplegia, hemiplegia ou acentuada quadriparesia 
6. Quadriplegia 
V. Desconhecido 

Funções Cerebelares 
0. Normal 
1. Sinais anormais sem incapacidade 
2. Ataxia discreta em qualquer membro 
3. Ataxia moderada do tronco ou de membros 
4. Incapaz de realizar movimentos coordenados devido à ataxia 
V. Desconhecido 

Funções do Tronco Cerebral 
0. Normal 
1. Somente sinais anormais 
2. Nistagmo moderado ou outra incapacidade leve 
3. Nistagmo grave, acentuada paresia extraocular ou incapacidade moderada de outros cranianos 
4. Disartria acentuada ou outra incapacidade acentuada
5. Incapacidade de deglutir ou falar 
V. Desconhecido 

Funções Sensitivas 
0. Normal 
1. Diminuição de sensibilidade ou estereognosia em 1-2 membros
2. Diminuição discreta de tato ou dor, ou da sensibilidade posicional, e/ou diminuição moderada da vibratória ou 
estereognosia em 1-2 membros; ou diminuição somente da vibratória em 3-4membros. 
3. Diminuição moderada de tato ou dor, ou posicional, e/ou perda da vibratória em 1-2 membros; ou diminuição 
discreta de tato ou dor, e/ou diminuição moderada de toda propriocepção em 3-4 membros 
3. Diminuição acentuada de tato ou dor, ou perda da propriocepção em 1-2 membros, ou diminuição moderada de tato 
ou dor e/ou diminuição acentuada da propriocepção em mais de 2 membros 
4. Perda da sensibilidade de 1-2 membros; ou moderada da diminuição de tato ou dor e/ou perda da propriocepção na 
maior parte do corpo abaixo da cabeça 
V. Desconhecido 

Funções Vesicais 
0. Normal 
1. Sintomas urinários sem incontinência 
2. Incontinência {ou igual uma vez por semana 
3. Incontinência }ou igual uma vez por semana 
4. Incontinência diária ou mais que 1 vez por dia 
5. Caracterização contínua 
6. Grau para bexiga e grau 5 para disfunção retal 
7. V. Desconhecido 

Funções intestinais 
0. Normal 
1. < obstipação diária e sem incontinência 
2. Obstipação diária sem incontinência 
3. Obstipação < uma vez por semana 
4. Incontinência > uma vez por semana mas não diária 
5. Sem controle de esfíncter retal 
6. Grau 5 para bexiga e grau 5 para disfunção retal 
V. Desconhecido 

Funções Visuais 
0. Normal 
1. Escotoma com acuidade visual (AV) igual ou melhor que 20/30 
2. Pior olho com escotoma e AV de 20/30 a 20/59 
3. Pior olho com grande escotoma, ou diminuição moderada dos campos, mas com AV de 20/60 a 20/99 
4. Pior olho com diminuição acentuada dos campos e AV de 20/100 a 20/200; ou grau 3 com AV do melhor olho igual 
ao menor que 20/60 
5. Pior olho com AV menor que 20/200; ou grau 4 com AV do melhor olho igual ao menor que 20/60 
6. Grau 5 com AV do melhor olho igual ou menor que 20/60 
V. Desconhecido 

Funções mentais 
0. Normal 
1. Alterações apenas do humor 
2. Diminuição discreta da mentação 
3. Diminuição normal da mentação 
4. Diminuição acentuada da mentação (moderada síndrome cerebral crônica) 
5. Demência ou grave síndrome cerebral crônica 
V. Desconhecido 
Outras funções 
0. Nenhuma 
1. Qualquer outro achado devido à EM 
2. Desconhecido 

Referência: Kurtzke. Neurology 1983; 33:1444-52

SINAIS E SINTOMAS DE EM





Sinais e sintomas
A esclerose múltipla (EM) pode causar diversos sinais e sintomas, constituindo muitas vezes um grande desafio o seu reconhecimento tanto para a própria pessoa que os está apresentando – por serem brandos e não valorizados, como os quadros de alterações na sensibilidade – quanto para o médico, que deve realizar uma suspeita correta e encaminhamento apropriado.
Na EM, o revestimento dos neurônios – denominado de mielina – sofre o ataque por células do sistema imunológico, resultando na interrupção do fluxo normal dos impulsos elétricos ao longo das fibras nervosas. Justamente pelo fato deste dano poder ocorrer em diferentes locais os sintomas que cada um experimenta pode variar enormemente.
Estas áreas de mielina que sofreram com a inflamação são referidas como “lesões” ou “placas”. Às vezes, o dano é temporário e o organismo é capaz de fazer um reparo sem deixar sintomas, mas em outras vezes o dano é mais grave e se torna permanente. Daí a importância de se buscar tratamento o quanto antes.
Diante de alguma condição de saúde ficamos tentados em pensar que qualquer alteração no organismo esteja relacionada à doença. Sintomas da EM são imprevisíveis e variam de pessoa para pessoa, bem como de tempos em tempos, mas o tipo e a gravidade dos sintomas também serão afetados pelo fato de se estar cansado, com calor, em tratamento de algum processo infeccioso, etc. Lembre-se que os sintomas podem não estar necessariamente ligados à EM e se você tiver qualquer problema em curso, procure o conselho do seu médico.
A lista completa dos sintomas atribuídos à EM é extensa, devendo ser do conhecimento de todos, especialmente daqueles que foram recém diagnosticados, para que possam ser notificados ao seu neurologista caso ocorram. Entretanto, ​​existem tratamentos para ajudar a gerenciar quase todos os sintomas. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, menores as chances de que novos sintomas se desenvolvam.
Um erro comum de alguns pacientes é aceitar os sintomas, especialmente os novos, como se não houvessem tratamentos. Deixar de falar com seu médico sobre um novo sintoma é um enorme erro. Busque sempre ajuda e esclarecimento. Estão listados abaixo os principais sintomas da EM. Logo em seguida, alguns autores tratam com mais profundidade sobre alguns deles nos textos relacionados.

DESEQUILÍBRIO
O processo de nos manter em pé é complexo e envolve quase todas as partes de nosso cérebro. O cerebelo desempenha um papel importante nesta tarefa e se for comprometido na EM o cérebro pode não ser capaz de compensar adequadamente o dano, gerando dificuldade em caminhar, por falta de equilíbrio. Outras estruturas além do cerebelo podem justificar alterações no equilíbrio. O termo médico para a perda de coordenação chama-se ataxia.


ALTERAÇÕES NA BEXIGA E NO INTESTINO
Os problemas da bexiga e / ou intestino são muito comuns ao longo da vida, não somente daqueles com EM. Na EM, as mensagens entre o cérebro e bexiga ou o intestino podem tornar-se diminuídas. Uma interrupção das mensagens entre o cérebro e a bexiga / intestino pode resultar tanto em não se sentir a necessidade de ir ao banheiro, ou sentimentos de extrema urgência ou frequência.


TREMOR
Acredita-se ser o tremor devido principalmente a lesões no cerebelo ou em suas vias, responsáveis também pelo equilíbrio e coordenação. É um movimento involuntário, rítmico, alternado, que em geral acomete os membros superiores, inferiores e a cabeça. Muitas pessoas com EM podem desenvolver tremor, em geral tardiamente, especialmente nos casos com uma resposta parcial ao tratamento. O tremor pode surgir lentamente ou se desenvolver de forma rápida, ocorrendo durante recaída (surto). A EM progressiva pode cursar com tremor que se torna mais acentuado ao longo do tempo.


ESPASMOS
Espasmos são contrações involuntárias súbitas de um músculo ou um grupo muscular resultante de nervos danificados. A maioria dos espasmos ocorrem nas pernas e braços. Os espasmos podem ser dolorosos, necessitando de uma abordagem específica tanto à base de medicamentos quanto não medicamentosa.


ALTERAÇÕES DA FALA
Podem existir alterações na fala quando ocorrem lesões nas áreas do cérebro que facilitam a expressão da linguagem. Essas dificuldades podem variar desde quase imperceptíveis a muito graves. Em geral ocorrem mais tardiamente no curso da doença, sendo a fala arrastada o problema mais comum. A voz pode tornar-se mais fraca, especialmente no final do dia, nos casos de fadiga, quando você está cansado ou durante períodos de recaída.
Outros problemas de fala incluem fraqueza na voz, pausas longas entre as palavras ou sílabas, falta de compreensão do que está sendo dito e uma incapacidade de recordar o vocabulário e gramática, conhecido como disfasia. Quando o entendimento está intacto mas a pessoa tem dificuldade em articular as palavras, denomina-se de disartria.


ALTERAÇÕES COGNITIVAS
As alterações cognitivas são comuns na EM, mas raramente ocasionam incapacidade permanente. As principais funções cognitivas afetadas são a atenção, memória, velocidade de processamento de informações e a capacidade de perceber a posição de dois ou mais objetos no espaço. Na maior parte das vezes apenas uma das funções cognitivas está acometida e normalmente nem mesmo o paciente a percebe, necessitando de testes específicos para o seu reconhecimento.


ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE
São muito frequentes os distúrbios sensoriais de alguma natureza, como dormência, sensação de alfinetadas e ardor. Às vezes estas queixas são brandas, mas em outras vezes elas podem ser muito incômodas. Quando um estímulo que não causa dor é capaz de fazê-lo, como por exemplo uma sensação de aperto ou faixas no abdome, são denominados de disestesia e são classificados como sintomas de dor neuropática.
Muito comumente uma alteração sensorial em uma das pernas é o principal sintoma da EM. Por ser branda, pode o indivíduo não dar a devida importância e atribuí-la a “estresse”. Como a forma recorrente remitente é a mais comum forma de EM, o sintoma em geral desaparece espontaneamente, perdendo-se a chance de se fazer o diagnóstico precocemente, na ocasião do primeiro surto.


DOR
Este é outro sintoma relativamente frequente, sendo em geral de moderada intensidade. Pode ocorrer como sintoma da neurite óptica (dor ao movimentar os olhos para os lados), na neuralgia trigeminal (uma dor aguda bem intensa de um lado da face), ou por espasmos ou problemas musculares gerais que conduzem à dor músculo-esquelética. É desencadeada por uma irritação das vias sensoriais que levam estímulos para o cérebro e pode ocorrer com mais freqüência em pessoas idosas ou naqueles com uma longa história de EM.
A dor é classificada como dor neuropática quando ela é decorrente do próprio nervo, ou como dor nociceptiva,quando ela é de origem músculo-esquelética. Em relação à duração pode ser aguda ou crônica: dor aguda é mais intensa, de curta duração ou intermitente e pode se iniciar e terminar também rapidamente. Já a dor crônica é aquela que dura mais de um mês, possui início gradual, flutua em intensidade e às vezes não desaparece completamente, necessitando avaliação por um especialista em dor. Os tratamentos variam em geral de acordo com sua classificação, existindo abordagens para cada uma delas.


PROBLEMAS VISUAIS
As queixas visuais podem ocorrer em função da neurite óptica, nistagmo e diplopia (visão dupla). Alguns indivíduos podem apresentar perda temporária da visão, dor com os movimentos dos olhos ou pontos cegos. Todos são causados ​​por danos na bainha de mielina que envolve os nervos do olho e / ou sistema nervoso central.


FRAQUEZA MUSCULAR
A fraqueza muscular é um sintoma comum na EM. O problema está relacionado à dificuldade do estimulo em transitar ao longo de vias que foram acometidas por lesões inflamatórias, não sendo um problema dos músculos, mas do sistema nervoso. Apesar disso, uma rotina de exercícios físicos é importante, por ajudar na manutenção do tônus ​​muscular.
Fraqueza em ambas as pernas (paraparesia) ou uma das pernas (monoparesia) pode levar a problemas para caminhar e no equilíbrio. A falta do exercício físico pode agravar um quadro de obstipação e ainda a fadiga, por estarem intimamente ligados.


LHERMITTE
Este sinal recebe o nome do neurologista francês que publicou um artigo sobre essa condição em 1924. Refere-se a uma sensação de choque elétrico, que irradia para as costas e para as pernas quando o pescoço é flexionado. Este é um sinal de lesão do nervo que pode ser vista quando o pescoço está numa posição de flexão e os nervos correspondentes são esticados. A condição está associada com a EM, mas não é considerada como diagnóstico, pois pode ter diversas outras causas, como compressões medulares, trauma medular, deficiência de vitamina B12 dentre outras.
Importante que seja sempre avaliado quando da sua ocorrência para se identificar a causa e o neurologista possa tomar as medidas necessárias.


INTOLERÂNCIA AO CALOR
Esta é uma queixa quase universal na EM. Essa intolerância é tão comum em pessoas com EM que no passado foi utilizado o teste do “banho quente” para diagnosticar a doença. A pessoa mergulhava em uma banheira quente e testava-se para ver se os sintomas neurológicos apareciam ou pioravam. O aumento da temperatura tende a promover uma desaceleração da transmissão nervosa. Danos à mielina significam que os impulsos nervosos já estão sob tensão e, portanto, condições de calor podem provocar uma piora dos sintomas. Estes efeitos podem ser causados ​​por uma mudança na temperatura corporal de muito menos do que 1 grau de diferença.
Podem aparecer embaçamento da visão (conhecido como sintoma de Uhthoff), fadiga, tremor e queixas cognitivas. É importante lembrar que, embora o calor e a umidade possam piorar os sintomas da EM, este agravamento é apenas temporária e nenhum dano tecidual real está sendo causado.
Beber líquidos para evitar a desidratação, de preferência água ou suco de frutas diluído é em geral recomendado. Procurar por um ambiente com ar condicionado ou tomar um banho frio também ajudam.


FADIGA
Este é um outro sintoma comum da EM. Pode ser dividida em dois tipos. Um deles, a fadiga primária, é um efeito direto da doença e é causada em parte pelo dano à mielina no sistema nervoso, promovendo a sensação de esgotamento físico ou mental. Fadiga secundária ocorre quando o organismo tenta compensar alguns sintomas como espasmos, dor ou problemas de bexiga que podem resultar em perda de sono. Alguns medicamentos, estresse e depressão também pode causar fadiga, classificada como secundária neste caso.
Para algumas pessoas com EM, é o sintoma que os afeta mais. No entanto, para muitos o cansaço vai e vem e um período de intensa exaustão pode ser seguido por um período com muito mais energia. Algumas pessoas apresentam cansaço súbito e extremo, enquanto outros percebem seus membros pesados. Mesmo a visão e a fala podem piorar, mas temporariamente. Pioras que duram mais de 24h devem ser sempre avaliada.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O QUE É HIBISCO ?

O que é o hibisco?


Especialmente conhecido por originar o chá de hibisco, o protagonista dessa bebida carrega consigo características, histórias e propriedades benéficas que se tornaram famosas em todo o mundo. Seja para uso culinário ou medicinal, a planta tem aparecido cada vez mais na rotina dos brasileiros. Que tal saber mais sobre o que é hibisco?



O descobrimento de uma planta versátil

O gênero Hibiscus L. é uma planta da família Malvaceae e que tem centenas de espécies.

Algumas dessas espécies, por exemplo a Hibiscus sabdariffa, que produz o popular chá de hibisco, são comestíveis. Porém, é importante saber que existem outras (hibiscos ornamentais/decorativos) que não são indicadas para consumo, já que contêm alto nível de toxinas contidas em suas composições. Elas geralmente são encontradas em jardins e têm coloração amarela, rosa ou roxa.

O hibisco comumente conhecido, que é o empregado em fins alimentícios e terapêuticos, apresenta pétalas de tons vermelhos intensos. Além de elas serem utilizadas na produção de chás e fitoterápicos, por exemplo, seus frutos e caule também podem fazer parte das linhas de produção, tornando a planta um alimento quase todo comestível.


Ingrediente de prestígio internacional

A origem do hibisco é incerta, com registros das primeiras aparições na África Oriental e Ásia.

Quando chegou à Europa, seu sucesso não foi imediato, mas o sabor, a complexidade aromática e as propriedades benéficas da planta conquistaram fãs no continente um tempo depois. No Brasil, desde quando desembarcou pelas mãos de escravos, seu consumo se tornou cada vez mais popular.

Além do habitual nome de hibisco, a planta, que é encontrada em regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo por se adaptar melhor a lugares mais quentes, também pode ser identificada como:
Azedinha;
Cardade (Itália);
Flor-da-jamaica;
Gongura (Hindu);
Groselha;
L’oiselle (França);
Papoula;
Pulicha keerai (Árabe);
Roselle (Inglaterra);
Vinagreira;
Entre outros.


Planta com propriedades medicinais

Se você quer entender melhor por que o hibisco caiu nas graças do público, especialmente o brasileiro, vale saber ele contém propriedades que podem ser benéficas à saúde.

O hibisco é rico em antocianinas, cálcio, cobre, ferro, fibras, fósforo, magnésio, polifenóis, potássio, vitaminas A, B1, B2, B3 e C, entre outros nutrientes. Por isso, juntamente com hábitos saudáveis e uma dieta indicados pelo seu nutricionista, o consumo da flor in natura ou desidratada em chás, geleias, molhos, saladas e outras receitas pode ajudar o seu organismo a:
Melhorar as atividades digestiva e diurética, auxiliando na digestão, retenção de líquidos e inchaços;
Controlar a pressão arterial e reduzir o colesterol, prevenindo doenças cardiovasculares;
Fortalecer o sistema imunológico contra infecções e inflamações, tendo ação antioxidante, antibactericida e anti-inflamatória;
Preservar o bom funcionamento de órgãos como cérebro, fígado, intestino e olhos;
Reduzir as chances do aparecimento de câncer e dores nas articulações;
Proporcionar sensação de calma e relaxamento, diminuindo a ansiedade.


Hibisco como medicamento fitoterápico

Além de ser um ingrediente versátil e utilizado em receitas de salgados, doces e bebidas, o hibisco também se destaca por poder ser adicionado à produção de medicamentos naturais, seja de forma individual ou misturado com outros ingredientes.

Caso o seu médico ou nutricionista recomende um tratamento com a planta específico para o seu organismo, o consumo dela em cápsula, seca ou solúvel pode auxiliar o seu corpo a conquistar os resultados que você e ele definiram em conjunto, além de reduzir a chance de efeitos colaterais.




🧉3 maneiras diferentes de preparar picolé de Hibisco



O chá de hibisco é reconhecidamente um aliado da perda de peso. Neste calor, nada melhor do que unir o útil ao agradável com 3 deliciosas versões do chá de hibisco em forma de picolé.


Versão 1: com açúcar demerara

Ingredientes:

2 colheres (de sopa) de Chá de Hibisco Grings

400g de Açúcar Demerara Grings

1700 ml de água

300 ml de suco de limão.

Preparo:

Prepare o chá de hibisco levando as folhas da planta e a água para o fogo. Mas, antes que o líquido entre em ebulição desligue o fogão, tampe o recipiente e aguarde por aproximadamente 10 minutos. Em seguida, coe o líquido e acrescente o suco de limão e a quantidade de açúcar. Mexa o líquido, coloque-o em formas de picolé e leve-as para o congelador.

Após 30 minutos, retire as formas do congelador e coloque os palitos. Feito isso, retorne as bandejas para o congelador e deixe ficar até endurecer por completo. Esta receita pode render até 20 unidades, mas isso vai depender do tamanho da forma utilizada. Cada picolé tem em torno de 53 calorias e torna-se um doce refrescante bastante nutritivo.


Versão 2: com adoçante (zero açúcar)

Ingredientes:

400 ml de água

colheres de chá de Thermogen Hibisco 100g Grings

Adoçante à gosto (experimente o chá para verificar o dulçor antes de colocar nas formas)

8 morangos picados (pedaços bem pequenos)

Preparo:

Ferva a água, desligue o fogo, acrescente o Thermogen Hibisco e abafe. Aguarde alguns minutos e após esfriar, acrescente o adoçante e os pedacinhos de morango.

Despeje nas formas de sorvete e aguarde até endurecer.




Versão 3: a mais prática de todas!!!! (zero açúcar/menos de 5 kcal)

Ingredientes:

1 envelope de Hibiscus Fruit Grings (do sabor de sua preferência)

1 litro de água

Preparo:

Dissolva 1 envelope inteiro (2 sachês) em 1 litro de água. Despeje nas formas e coloque no refrigerador.

Dica

Dependendo do tipo de forma utilizada, você poderá encontrar problemas para retirar o picolé. Assim, se o gelado não sair com facilidade, coloque a forma em uma bandeja com um pouco de água quente. Aguarde alguns minutos e tente soltar o picolé. Inclusive, este truque deve ser feito de forma rápida, tendo em vista que o sorvete pode derreter por completo.



Outras receitas



Chá de Maçã Desidratada



Ingredientes:1 colher (sopa) de Açúcar Demerara Grings ou Açúcar Mascavo Grings 1 xícara (chá) de Maçã Super Crocante Grings 1 pedaço de canela em pauCravos [...]

Cuscuz Funcional



Ingredientes: 4 copos (americano) de Farinha de Milho em flocos 1 copo (americano) de Aveia em Flocos Graúdos Grings ½ copo (americano) de Linhaça Semente [...]



Arroz Integral com Quinoa Fácil vegetais



Ingredientes: 1 xícara de Arroz Integral Grings 1 sachê de Quinoa Fácil Vegetais Grings Azeite e Sal Marinho Grings a gosto Prep [...]




Hibisco com Canela e Gengibre 100g

Hibisco:
Contribui para o emagrecimento por reduzir o processo de adipogênese, ou seja, a formação de novas células de gordura no organismo. Seus flavonoides (compostos bioativos) também contribuem para a redução da pressão arterial e do colesterol além de exercerem ação diurética.
Canela: Ela é capaz de aumentar o gasto calórico do organismo durante a digestão e o processo metabólico. Tem ação anti-inflamatória, que contribuirá para o tratamento da obesidade, considerada uma doença com quadro de inflamação crônica.
Gengibre: Apresenta uma substância chamada gingerol, dotada de propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas que protegem o nosso organismo. Também é rico em substâncias termogênicas que ativam o metabolismo do organismo e potencializam a queima de gordura corporal.

Sugestão de consumo: pode ser preparado como chá quente ou frio ou adicionado a sucos, shakes, vitaminas e outras preparações.

Dicas de preparo:
Para bebida utilize 1 colher de chá para cada 100ml de água.
Para sucos, shakes ou iogurte utilize cerca de 1g para cada 100ml do liquido.
Para massas e sobremesas adicione quanto quiser para dar cor e sabor desejados.

Ingredientes: hibisco (Hibiscus sabdarifa ) em pó, gengibre e canela em pó.

O Hibisco com Gengibre e Canela Grings não contém quantidades significativas de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibras e sódio. (*) Valores Diários com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. (**) VD não estabelecido.

CONTÉM GLÚTEN (Produto naturalmente sem glúten, produzido em local onde se processam alimentos com glúten)

NÃO CONTÉM LACTOSE

ALÉRGICOS: PODE CONTER AVEIA, TRIGO, SOJA, CENTEIO, CEVADA, CASTANHA DO PARÁ, CASTANHA DE CAJU E AMÊNDOAS.


CHÁ DE HIBISCO



Chá de hibisco ajuda a emagrecer e melhora a saúde; conheça os benefícios

Chá de hibisco possui antioxidantes e propriedades interessantes para a saúde - iStock






Chá de hibisco possui antioxidantes e propriedades interessantes para a saúdeImagem: iStoc





As flores de hibisco se destacam pelo aroma agradável e por dar origem ao chá queridinho de quem quer levar um estilo de vida saudável.


 A infusão é preparada a partir do botão seco da Hibiscus sabdariffa (nome científico da planta, que também é conhecida como vinagreira).

A bebida tem sido utilizada como ingrediente medicinal durante séculos. E estudos recentes também comprovam que tanto o chá quanto o extrato da planta de hibisco são grandes aliados na hora de prevenir doenças.

O chá de hibisco ficou conhecido principalmente por quem quer perder peso. Mas, devido as suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, a bebida é indicada para aquelas pessoas que não abrem mão do bem-estar e de qualidade de vida.

A bebida não contém calorias e pode ser servida quente ou gelada. Confira detalhes sobre os benefícios:

1. Diminui a pressão arterial

A pressão alta geralmente acontece quando os vasos em que o sangue circula se contraem. Essa situação pode causar problemas cardíacos como infartos ou acidente vascular cerebral (AVC). No Brasil, estima-se que existam cerca de 30 milhões de hipertensos, de acordo com o Ministério da Saúde.

A boa notícia é que vários estudos já comprovaram que o chá de hibisco reduz a pressão arterial. Isso ocorre devido as antocianinas encontradas no hibisco, que são responsáveis pelos efeitos anti-hipertensivos. O teor elevado desses compostos no alimento, além da presença de ácidos orgânicos, vitaminas e minerais, ajuda a prevenir o estresse oxidativo das células, ajudando no controle das doenças cardiovasculares.

Uma pesquisa divulgada no The Journal of Nutrition estudou 65 pessoas com hipertensão que tomaram chá de hibisco ou placebo por seis semanas. Aqueles que consumiram a bebida tiveram uma diminuição significativa na pressão arterial.

2. Ajuda a perder peso

Um dos benefícios mais conhecidos do chá de hibisco é contribuir para o emagrecimento. Algumas pesquisas indicam que o chá foi capaz de reduzir a criação de células de gordura, ou seja, evita o acúmulo de gordura no corpo. Dentre as substâncias antioxidantes presentes no chá estão os flavonoides e antocianinas, que contribuem para evitar esse problema.

Ao diminuir este processo, o chá de hibisco contribui para que menos gordura fique acumulada na região do abdômen e nos quadris. O hibisco também bloqueia a produção de amilase, uma enzima que transforma o amido em açúcar. Lembrando que para que o chá de hibisco seja efetivo na redução de peso é importante vincular o consumo a um plano alimentar equilibrado, além da prática frequente de atividade física.

3. Controla o colesterol

Consumir regularmente o chá de hibisco reduz os níveis de colesterol no sangue e os triglicerídeos em pessoas com diabetes e síndrome metabólica (conjunto de doenças relacionadas a obesidade e aumento da pressão, colesterol e glicemia).

Journal of Traditional and Complementary Medicine divulgou um estudo que avaliou 60 pessoas com diabetes que consumiram o chá de hibisco ou chá preto. Foi comprovado que aqueles que ingeriram o chá de hibisco tiveram um aumento do colesterol "bom" (HDL) e diminuição do colesterol "ruim" e triglicérides.

Já no caso de pessoas com a síndrome metabólica, uma pesquisa da Universidade de Guadalajara (México) comprovou que quem ingeriu 100 mg de extrato de hibisco diariamente teve uma diminuição do colesterol total e um aumento do colesterol "bom".

4. Melhora a saúde do fígado

Alguns estudos realizados em humanos e animais mostram que o consumo do chá de hibisco melhora a saúde do fígado, pois aumenta as enzimas desintoxicantes e reduz os danos ao órgão. De acordo com uma pesquisa divulgada no The Journal of Functional Foods, tomar o extrato de hibisco por 12 semanas melhorou a esteatose hepática em 19 pessoas com sobrepeso. O problema de saúde ocorre quando há gordura em excesso no fígado e causa a insuficiência hepática --quando o órgão deixa de realizar suas funções como a desintoxicação do organismo.

5. Evita a retenção de líquido

O corpo humano pode reter água em excesso, causando inchaços que incomodam bastante. O chá de hibisco é rico em quercetina, substância que possui ação diurética, ou seja, aumenta a produção da urina ao longo do dia. Seu consumo, elimina assim, uma maior quantidade de toxinas e de água retida pelo corpo.

Benefícios em estudo

- Previne envelhecimento precoce: o chá de hibisco é rico em antioxidantes. Por isso, ajuda a prevenir doenças causadas pelo acúmulo de radicais livres, que causam danos às células e acarreta envelhecimento precoce. Um estudo da Universidade de Ilorin (Nigéria) realizou uma pesquisa com ratos e comprovou que o extrato de hibisco aumentou o número de enzimas antioxidantes e reduziu os efeitos nocivos dos radicais livres em até 92%. Mas ainda são necessários estudos para comprovar se o chá de hibisco proporciona esse benefício em humanos.

- Afasta o risco de câncer: mais uma vez os antioxidantes, principalmente as antocianinas podem diminuir o risco de câncer. Muitos estudos realizados em tubos de ensaio apontam que a inclusão de alimentos antioxidantes contribui para a prevenção de muitas doenças, incluindo o câncer. Uma pesquisa divulgada na Nutrition Cancer mostrou que o extrato de hibisco prejudicou o crescimento celular e reduziu as chances de câncer de boca e de mieloma múltiplo (câncer raro de sangue). Além disso, um estudo realizado também em tubos de ensaio divulgou que o alimento inibe as células cancerígenas do estômago em até 52%.

Riscos e contraindicações

Flores de hibisco desidratadas - iStock
Imagem: iStock

O chá de hibisco reduz os níveis de estrogênio no organismo, por isso, não é indicado para pessoas que fazem terapia de reposição hormonal (TRH) ou tomam pílulas anticoncepcionais. Além disso, ele também altera a fertilidade, pois inibe a ovulação temporariamente.
Não é recomendado o uso durante a gestação ou para lactantes, uma vez que há alteração no equilíbrio hormonal e o chá de hibisco atua sobre a musculatura do útero, podendo levar a um aborto e há também o risco de mutações genéticas.

Deve-se evitar o consumo do chá de hibisco durante à noite, para que não ocorra queda na qualidade do sono. Por ter ação diurética, o chá de hibisco causa eliminação contínua de potássio e outros eletrólitos, não se tornando recomendável para pessoas com doenças cardíacas grave, que necessitam de níveis adequados desse mineral. O consumo excessivo de chá causa efeitos indesejáveis como dor de cabeça, náuseas, hipotensão, câimbras e problemas relacionados ao fígado.

Assim como acontece com outros chás de ervas, o de hibisco pode interferir na eficácia de alguns medicamentos, principalmente anti-hipertensivos e o paracetamol. Sendo assim, antes de consumir o chá de hibisco, é importante consultar um médico.

Como consumir o chá de hibisco

A recomendação dos especialistas é consumir de uma a duas xícaras de 200 ml de chá de hibisco por dia. A melhor forma de preparo é a infusão. Coloque uma colher de sopa da planta seca em 1 litro de água quente e deixe repousar entre 5 a 10 minutos e depois coe. Mantenha, de preferência, em um recipiente de vidro ou cerâmica.

Se preferir gelado, conserve na geladeira por no máximo 6h. Porém, o ideal é sempre tomar logo após o preparo, para não perder suas propriedades.

O chá de hibisco não deve ser adoçado com açúcar ou com adoçantes artificiais.

Fontes: Marisa Diniz Graça, nutricionista do Hospital Leforte; Marisa Resende Coutinho, nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo; e Thalita Fialho, professora de Nutrição da FMP/Fase (RJ).