domingo, 23 de janeiro de 2022


NEUROMA DE MORTON


O que é neuroma de Morton?


O neuroma de Morton, síndrome ou metatarsalgia de Morton é uma entidade clínica caracterizada por dor nos pés, plantar, nos espaços intermetatarsianos distais (os metatarsianos são os ossos que unem o tarso aos dedos), junto à base dos dedos.

Esta situação é mais frequente no 3º espaço intermetatarsiano, entre o 3º e o 4º metatarsianos (MT), ocorre com frequência no 2º espaço intermetatarsiano (IMT), sendo muito rara no 1º espaço (neuroma de Joplin).

É mais prevalente nas mulheres, numa proporção quatro vezes superior aos homens e que ocorre com maior frequência na década dos cinquenta anos, sendo bilateral (afetando o pé esquerdo e direito em simultâneo) em 15% dos casos.

O neuroma de Morton é um nódulo num nervo IMT, pode atingir 10 mm de diâmetro, caracterizado por fibrose e desorganização das fibras nervosas. Não é considerada lesão tumoral.

Neuroma de Morton - causas

No Neuroma de Morton, as causas do seu aparecimento são várias, não estando totalmente estabelecida a sua etiologia (origem).

São fatores associados ao aparecimento da patologia: o sexo feminino, idade superior a 50 anos, uso de calçado de tacão alto e de caixa estreita (bicudos), calçado com solas finas e pouco flexíveis, modificação da atividade física com aumento da intensidade de marcha ou corrida, excesso de peso.

Existem pormenores anatómicos que indiciam a sua maior prevalência no 3º espaço intermetatarsiano. O 4º MT é mais móvel do que os 2º e 3º MT, o nervo que corre no 3º espaço IMT é de maior diâmetro, havendo por isso maior facilidade de fricção e aperto (impingment) local.

As lesões nervosas são degenerativas, provocadas por compressão crónica com o ligamento transverso intermetatarsiano, com fibrose peri-neural e aumento de volume progressivo. Formando uma lesão nodular, pseudo-tumoral, sem cápsula definida e muitas vezes aderente aos tecidos vizinhos.

Neuroma de Morton - sintomas

A dor local é o sintoma mais importante, aparece com a marcha (ao caminhar, andar), agrava com uso de calçado apertado e pode irradiar para os dedos adjacentes. Os doentes podem referir sensação de queimadura, choque elétrico ou de “pisar vidro”. A dor no pé agrava com a marcha prolongada, com a corrida e com o desporto em geral.

Mais rara é a sensação de aumento de volume local, sinais inflamatórios ou edema (inchaço).

Neuroma de Morton - 

diagnóstico

O diagnóstico do Neuroma de Morton é clínico, a história clínica e o exame físico são, normalmente, suficientes para uma correta aferição da patologia. A descrição do tipo de dor, da sua localização e da forma como irradia são elementos importantes.

No exame clínico é muito sugestivo: dor à palpação da região plantar intermetatarsiana (no 3º e 2º espaços IMT), sinal de Mulder (compressão axial das cabeças dos MT), palpação de ressalto ao mobilizar o neuroma.

Os exames complementares de diagnóstico são importantes, para certificação do diagnóstico e para eliminação de diagnósticos diferenciais (outras causas de dor local).

A radiografia (raio X) serve para eliminar outras causas de metatarsalgias como: doença de Freiberg, patologia articular ou óssea.

A ecografia (ou ultrassonografia) é o exame de eleição, permite o diagnóstico, a sua localização e avaliação das suas dimensões. É um exame barato e de fácil acesso.

A ressonância magnética (RM) é um exame muito preciso, útil em caso de dúvida na ecografia, em caso de recidiva pós-cirúrgica. Como ponto negativo tem o seu preço elevado.

Neuroma de Morton tem cura?

O neuroma de morton é uma doença de tratamento acessível, deve ser delineado um esquema terapêutico progressivo, sendo a cirurgia o último recurso.

Saiba, de seguida, como tratar o neuroma de morton.

Neuroma de Morton  
 tratamento

O tratamento inicial do Neuroma de Morton consiste na modificação do tipo de calçado. Uso de sapatos mais amplos, de tacão mais baixo e com palmilha de borracha e flexível. Calçado onde o pé esteja “à vontade”, com piso suave e que permita uma melhor proteção da planta dos pés.

Em quase todos os casos o uso de palmilha ortopédica de descarga, moldada e personalizada, bem adaptada ao tipo de pé, é também muito importante.

É importante o controlo do peso em excesso (obesidade), na maioria dos casos uma diminuição do peso e a modificação do calçado / palmilha aliviam a sintomatologia de forma radical.

A terapêutica oral ou local, com medicamentos (ou remédios) anti-inflamatórios não esteróides (AINES) e analgésicos, apesar de permitir aliviar a dor no imediato, possui um efeito pouco duradouro.

A infiltração com corticóides e analgésicos é barata, com poucos efeitos laterais, permitindo em 35% dos casos uma quase completa remissão da sintomatologia.

O doente não deve em caso algum automedicar-se ou tentar qualquer tipo de tratamento caseiro ou natural sem que exista previamente uma prescrição médica, sob pena de poder agravar o seu quadro clínico.

Neuroma de Morton - 
fisioterapia

O recurso à fisioterapia no tratamento do Neuroma de Morton pode ser importante no alívio da dor, mas não interfere na evolução do curso da doença. O tratamento fisioterapêutico deve, por isso, ser reservado para doentes que não tolerem as infiltrações e que não sejam candidatos à cirurgia.

Cirurgia no neuroma de Morton

A cirurgia (ou operação) no neuroma de morton é proposta ao doente após falhanço do tratamento conservador, por período de 4 a 6 meses. Depois de modificação do calçado, uso de palmilha moldada, diminuição da atividade física e ciclo de infiltrações sem sucesso opta-se pela cirurgia.

Os tratamentos cirúrgicos podem ser executados com anestesia local, raqui anestesia ou anestesia geral ventilatória. Como são procedimentos cirúrgicos de curta duração, a anestesia pode ser superficial, permitindo a sua realização em ambulatório (o doente não necessita de ficar internado).

A cirurgia, considerada gold standard, consiste na exérese do neuroma (neurectomia) por via dorsal. É feita uma abordagem longitudinal dorsal, secção do ligamento transverso, identificação do neuroma e sua exérese (remoção do Neuroma). O tratamento cirúrgico possui uma elevada taxa de sucesso, acima dos 85%.

É possível a realização de técnicas percutâneas, com diminuição da compressão nervosa (neurolise) como sejam: secção do ligamento transverso por endoscopia e osteotomia das cabeças dos metatarsianos. Estas técnicas estão ainda dependentes de estudo, são atrativas mas têm uma menor eficácia e uma maior percentagem de recidivas.

Todos os procedimentos cirúrgicos podem ser realizados em ambulatório.

Cirurgia de neuroma de Morton - complicações

À semelhança de qualquer intervenção cirúrgica, existem riscos inerentes ao ato cirúrgico, pela anestesia e pela agressão cirúrgica.

As complicações são raras e evitáveis por uma boa programação e prática cirúrgica. No pós operatório imediato podem haver hematomas, problemas de cicatrização e infeções.

Tardiamente, pode surgir dor por recidiva do neuroma (neurectomia insuficiente) local ou no espaço adjacente.

Cirurgia de neuroma de Morton - pós operatório

No pós-operatório, é realizado penso ao 8º dia e retira-se suturas ao 15º dia.

A reabilitação por fisioterapia pode ser útil, para treino de marcha, para evitar rigidez articular e para o controlo da dor e edema do pé (pé inchado).

O tempo de recuperação é variável, tipicamente entre 4 a 8 semanas. É permitida carga imediata, parcial com 2 canadianas e sapato de pós-operatório, de sola rígida, tipo Barouk. Apenas é permitida carga protegida durante 3 semanas. A seguir recomenda-se o uso de calçado confortável até às 8 semanas.

No caso dos desportistas, o regresso progressivo à prática desportiva deve ocorrer após as 10 semanas.

Quanto custa uma cirurgia de neuroma de Morton?

O preço ou valor da cirurgia pode variar de acordo com a técnica cirúrgica, do subsistema ou seguro de saúde associado ao doente, entre muitos outros fatores.

Apenas o médico ortopedista, especialista em pé, poderá estimar com exatidão o custo da cirurgia, após avaliação em consulta.
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Autor: Drª Magda Lopes Gomes, médica Ortopedista (NOM 38969).
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🙏Devocional do Dia 🙏23 de janeiro de 2022


Não digas: vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor e ele te livrará.' Provérbios 20:22

Pensamento: 

Qualquer tipo de vingança, antes de ser uma realidade, é um coquetel de emoções negativas: ódio, raiva, rancor, ira, mágoa e desespero. Esses são sentimentos próprios do coração natural. Mas o fato de serem naturais não significa que sejam corretos. Ao contrário, é um aglomerado de veneno que destrói as coisas mais puras que o ser humano tem. É como ácido que corrói valores, princípios e principalmente a paz do coração. Por isso, a promessa é: 'Ele te livrará'.

Oração: 

Senhor Deus, por favor, pelo poder do seu Espírito, ajude-me a perdoar e esperar pela Sua justiça. Livra-me do veneno de um coração vingativo que não perdoa. Que a minha atitude, comportamento e resposta àqueles que me fazem mal ajudem a levá-los a conhecer o Seu verdadeiro amor. Em nome de Jesus. Amém.


Bíblia da Mulher:

https://bit.ly/Biblia_Da_Mulher

Você sabe?




🍞Alimento Diário

23 de jan. de 2022

"Vemos, todavia, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte." (Hebreus 2:9)

As pessoas gostam de afirmar que todas as religiões são verdadeiras e que Jesus é um dos muitos caminhos que levam a Deus.

Algumas até têm um adesivo de carro que diz "Coexista" e que inclui vários símbolos religiosos.

Esse sentimento é bacana.

E é bacana dizer que todas as religiões ensinam a mesma coisa, mas quem quer que faça essa afirmação ou está mentindo, ou é um bobo, ou simplesmente decidiu não dar nenhuma olhadinha sequer nas religiões do mundo.

As religiões do mundo não ensinam todas a mesma coisa.

Na verdade, insinuar isso já é ofender a Deus.

Você acha que Deus teria permitido que Seu Filho passasse por algo tão horrível como a crucificação se todos os caminhos levassem a Ele?

De outro modo, por que Jesus teria de morrer?

Deus podia ter dito: "Tudo certo.

Podem fazer como queiram.

Acreditem no que quiserem.

Tudo beleza." Mas não havia outro caminho pelo qual satisfazer as justas exigências de Deus.

É por isso que Jesus orou: "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres" (Mateus 26:39).

O que é "este cálice"?

Eu creio que seja o cálice da ira de Deus.

Isaías o chamou de cálice da ira d"Ele (ver Isaías 51:17,22).

Jesus experimentou a morte por todos.

Hebreus 2:9 diz: "Vemos, todavia, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte".

Jesus tinha de ser o recebedor da ira de Deus em nosso lugar para que pudéssemos ser perdoados do nosso pecado.

Não havia outro jeito.

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 Reflexão.

A Esperança e a Fonte

“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear isso também colherá. Quem semeia para a sua carne da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.” Gálatas 6:7-9

Decisões são sementes, orações são sementes, pensamentos são sementes, comportamento são sementes, atos são sementes, onde você dedica seu tempo são sementes. E tudo isso um dia será colhido. E quem já plantou feijão no algodão na escola ou já teve jardim, sabe que leva um tempo para a semente brotar. Assim também é com nossas sementes da vida, elas serão colhidas no tempo que Deus achar que está na hora! Portanto, não vamos nos cansar de esperar e não vamos desanimar pois a colheita virá!

Paulo no livro de 1 Coríntios 3:5-9 diz que é Deus quem faz a semente crescer e que nós seremos recompensados de acordo com o nosso trabalho. E em Lucas 6.38 diz: “Deem e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês”. Ou seja, quanto mais plantarmos maior será a colheita!

Gostaria de desejar a vocês um ótimo dia! E que nos possamos plantar cada vez mais amor, atenção, carinho, cuidado, palavras de fé, de motivação, de ânimo e todas as sementes do bem que tivermos!

sábado, 22 de janeiro de 2022



Glicose alta: Os 6 sintomas mais comuns e como controlar essa condição
Alto nível de açúcar no sangue pode causar alguns sintomas no corpo e até evoluir para uma doença mais grave.

A hiperglicemia ocorre quando os níveis de glicose (açúcar) no sangue estão muito altos. Essa condição está ligada ao consumo em excesso de carboidratos e açúcares, ao sedentarismo, à obesidade, e até mesmo aos efeitos colaterais de certos medicamentos.

Leia mais: Chás poderosos: 4 receitas para baixar o açúcar no sangue e controlar o diabetes

Quando não tratada e acompanhada corretamente, a situação pode evoluir para diabetes. Quem tem essa doença crônica não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a que produz. O hormônio é responsável por levar a glicose do sangue para o interior das células, para que seja usada como fonte de energia.
6 sintomas da hiperglicemia

Alguns sintomas e sinais do corpo podem indicar que seu organismo não está conseguindo lidar com o excesso de açúcar no sangue. Confira seis dos principais:
Dor de cabeça;
Enjoo;
Sede excessiva;
Cansaço excessivo;
Vontade frequente de urinar;
Sonolência.

O tratamento da hiperglicemia e do diabetes é feito com medicamentos específicos ou injeção de insulina. Caso tenha alguns desses sintomas, procure orientação médica o quanto antes.
Autotratamento

Embora o acompanhamento médico seja essencial nesses casos, adotar alguns hábitos em sua rotina pode ajudar bastante na redução da glicose. Veja alguns deles:
Praticar atividade física regularmente;
Ter uma alimentação saudável e equilibrada, evitando alimentos ricos em carboidratos ou açúcares;
Manter o peso ideal por meio de exercícios e alimentação adequada;
Medir regularmente a glicemia.

Chás para controlar diabetes

Se você quer controlar sua glicose, seja porque já tem alguma condição de saúde específica, ou apenas para se prevenir, pode contar com a ajuda de alguns chás. Esses preparos totalmente naturais ajudam a balancear os níveis de açúcar no sangue, evitando consequências mais graves.

Vale destacar que eles não substituem de maneira alguma o tratamento prescrito pelo médico. Além disso, devem ser consumidos com moderação para evitar efeitos colaterais.

4 chás para baixar a glicose

  1. Chá de canela: ferva 1 pau de canela ou 1 colher de canela em pó em 250 ml de água por 10 minutos. Espere esfriar um pouco e beba.
  2. Chá de camomila: coloque 250 ml de água no fogo e desligue após ferver. Acrescente 1 colher de sopa de camomila e tampe a panela por 15 minutos. Coe e beba.
  3. Chá de erva mate: ferva 500 ml de água e desligue o fogo. Acrescente colheres de erva mate, tampe a panela e deixe por 20 minutos. Sirva após coar.
  4. Chá verde: leve 250 ml de água ao fogo até ferver. Desligue, adicione 1 colher de sobremesa com folhas de chá verde e deixe tampado por 10 minutos. Coe o chá e beba.







BUSCANDO EDIFICAÇÃO E PAZ






Ignorar os dons espirituais é desconhecê-los no sentido de não exercitá-los, ou mesmo no sentido de não ter qualquer informação sobre sua origem, intensidade e utilidade.

Ignorar pode também significar falta de discernimento espiritual. Atribuir ao Espírito Santo coisas e fenômenos da própria mente emocionada ou desequilibrada não é bíblico.

Atribuir ao Espírito Santo coisas que não edificam e nem promovem a paz, no caso "os fenômenos" das religiões de mistério, é falta de discernimento espiritual, o qual é necessário para não confundirmos nem sermos confundidos.

Não podemos ignorar que nem todo o fenômeno religioso vem dos céus, de Deus, do Pai das Luzes em quem não pode haver mudanças nem sombra de variação... (Tg 1.17).

Precisamos de discernimento para buscar com zelo os melhores dons. Precisamos de discernimento para não confundir barulho com louvor, entusiasmo com consagração constante, emocionalismo com o verdadeiro quebrantamento espiritual;

Não se pode dar crédito a todo e qualquer espírito. Nem toda a manifestação é realmente espiritual.

Nem todo o que diz estar falando pelo Espírito, o está de fato. Paulo ensinou aqui em 1 Co 12.1-3 o critério cristocêntrico pelo qual julgar e discernir aquele que realmente fala pelo Espírito, com unção e com poder.

Paulo lembra aos crentes de Corinto e ensina: Por isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: anátema Jesus. E por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus, senão pelo Espírito Santo (2 Co 12.3).

Jesus Cristo é a pedra de toque; Ele sempre está, olhando para a Igreja, buscando a edificação, a paz, o bem-estar, a unidade dos remidos.

Por Litrazini

https://www.kairosministeriomissionario.com/

Graça e Paz


Litrazini at 03:30
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Colaboradores

Eliseu Antonio Gomes
Litrazini
Litrazini
Moacir Neto
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Atualização da CID (Classificação Internacional de Doenças): Mas afinal o que mudou?
Doenças e Saúde | 18.1.22 


2022 inicia com a publicação da 11ª atualização da CID, agora chamada de CID-11 e não mais CID-10. Saiba mais sobre o que mudou, na coluna Advoga Responde

Drª. Viviane Guimarães




Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia colorida ilustrando o que mudou com a atualização da CID (Classificação Internacional de Doenças). Na imagem há uma pessoa sentada na cadeira de rodas, mostrando a tela de um tablet, onde está escrito: “CID-11, Advogada Responde”. Essa pessoa tem a pele branca, usa calça preta e moletom na cor marrom claro. Seu rosto não aparece. Foto: Pexels | Créditos: Mart Production/Edição JI


A Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) é um rol instituído pela OMS – Organização Mundial de Saúde que objetiva padronizar e facilitar a identificação das doenças, bem como o monitoramento epidemiológico das patologias.

É um mecanismo essencial para a medicina e profissionais da saúde por duas razões; primeiro, torna a comunicação universal já que a CID é aplicada em todos os lugares do mundo; segundo, o rol acompanha o desenvolvimento social e tecnológico na área de saúde, sofrendo atualizações constantes .

Exemplo disso é a inclusão na CID da patologia chamada “gaming disorder”. E o que seria está nova doença?

Gaming disorder também pode ser nominada de “distúrbio em jogos eletrônicos”. Sim. A OMS catalogou o gaming disorder como uma patologia que altera o padrão de comportamento para um comportamento persistente ou recorrente que compromete a vida pessoal e social da pessoa.

Nada mais atual e necessário, concorda? É certo que a era da tecnologia também nos traz malefícios que precisam de cuidados e atenção, afinal precisamos cuidar na saúde mental, tão negligenciada, ultimamente.

Ainda como novidade, a CID-11 nos apresenta a Síndrome de Burnout. A OMS conceitua esta doença como resultado do estresse crônico no local de trabalho que não foi adequadamente gerenciado pelo empregador.

Assim, o reconhecimento do Burnout como doença trará várias implicações trabalhistas e previdenciárias, forçando às empresas ajustarem seus processos e procedimentos internos para evitar o adoecimento dos seus funcionários.

Outra importante alteração foi a retirada da transexualidade do rol de doenças mentais para o rol de saúde sexual e é classificada como “incongruência de gênero”.

Quanto ao autismo, a nova CID reuniu as síndromes do espectro autista em um único código objetivando facilitar diagnósticos e tratamentos. Em termos práticos, esta alteração mais atrapalha do que ajuda. O tempo nos dará as respostas.

Por fim, a CID-11 retirou a velhice do seu rol de doenças , passando a constar como possível fator associado à causa de uma morte e não mais como a causa definida e registrada no diagnóstico médico.

Um breve histórico da CID

Base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo, a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) foi criada pela OMS em 1893 . Inicialmente chamada de “lista internacional das causas de morte”, somente em 1940 foi lançada a versão com o nome conhecido atualmente.

Sua versão anterior, a CID-10 foi aprovada em 1990 através da 43ª Assembleia Mundial da Saúde. Quando a atual foi anunciada, a OMS divulgou que o documento já foi traduzido para 43 idiomas, permitindo sua utilização por todos os Estados Membros.

À época, o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus falou porque a CID é um produto do qual a Organização se orgulha:

É através da CID que se determina a classificação e codificação das doenças e da variedade de sinais, sintomas, circunstâncias sociais e causas externas de danos. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria que corresponde a um código com até 6 caracteres, sendo que cada categoria pode incluir um conjunto de doenças semelhantes.

Há mais de uma década em desenvolvimento, a CID-11 fornece melhorias significativas em relação às versões anteriores. Pela primeira vez, é completamente eletrônica e possui um formato que facilita seu uso, com cerca de 55 mil códigos para lesões, doenças e causas de morte, enquanto a versão anterior possui 14,4 mil.

Revisado para refletir o progresso nas ciências da saúde e na prática médica , o documento fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações de saúde em nível global.

Fonte: Jornalista Inclusivo



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Fernanda ZagoMeu nome é Fernanda Zago, cadeirante e criadora deste blog. 



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