sábado, 7 de dezembro de 2024



Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e necrólise epidérmica tóxica (NET)
PorJulia Benedetti, MD, Harvard Medical School



A síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica são duas formas da mesma doença potencialmente fatal que provoca erupção cutânea, descamação da pele e bolhas nas membranas mucosas.


A síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica são comumente causadas por medicamentos ou infecções.


Os sintomas típicos de ambas as doenças incluem descamação da pele, febre, dores no corpo, uma erupção vermelha ou roxa plana e bolhas e feridas nas mucosas (como na boca e olhos).


As pessoas afetadas são normalmente internadas em uma unidade de tratamento de queimaduras, recebem líquidos e às vezes medicamentos, e o uso de todos os medicamentos suspeitos é interrompido.

A descamação da pele é o sinal característico desses quadros clínicos. A descamação da pele envolve toda a camada superior da pele (a epiderme) que, às vezes, descama em camadas de grandes áreas do corpo (consulte Estrutura e função da pele).

A síndrome de Stevens-Johnson causa a descamação de pequenas áreas de pele (afetando menos de 10% do corpo).


A necrólise epidérmica tóxica causa grandes áreas de descamação de pele (afetando mais de 30% do corpo).


Se 10% a 30% do corpo for afetado, considera-se que as pessoas têm uma sobreposição da síndrome de Stevens-Johnson com a necrólise epidérmica tóxica.

Em ambas as formas, tipicamente ocorre a formação de bolhas nas membranas mucosas da boca, dos olhos e da vagina e, às vezes, nas vias respiratórias, trato digestivo ou trato urinário.

Ambos os distúrbios podem ser letais.

A maioria dos casos de síndrome de Stevens-Johnson e de necrólise epidérmica tóxica são causados por uma reação a um medicamento, mais frequentemente sulfa e outros antibióticos; medicamentos anticonvulsivantes, como fenitoína e carbamazepina; e certos outros medicamentos, como piroxicam ou alopurinol.

Alguns casos são provocados por uma infecção bacteriana, vacinação ou doença de enxerto contra hospedeiro. Em crianças com síndrome de Stevens-Johnson, a causa mais provável é uma infecção.

Em raros casos, não é possível identificar uma causa.

Esses distúrbios ocorrem em todas as faixas etárias. Eles são mais prováveis em pessoas com um sistema imunológico anormal, como aquelas com transplante de medula óssea, em pessoas com lúpus eritematoso sistêmico, em pessoas com outras doenças crônicas das articulações e do tecido conjuntivo, ou em pessoas com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) (principalmente quando as pessoas também têm pneumonia causada por Pneumocystis jirovecii). A tendência a desenvolver um desses distúrbios pode ser hereditária.
Sintomas de SSJ e NET


A síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica geralmente começam com febre, dores de cabeça, tosse, ceratoconjuntivite (inflamação da conjuntiva e da córnea nos olhos) e dores no corpo. Se forem causados por um medicamento, esses sintomas costumam aparecer entre uma e três semanas após o início do medicamento. Em seguida, a pele começa a sofrer alterações, com uma erupção cutânea plana e vermelha ou roxa no rosto, no pescoço e no tronco, que frequentemente se estende ao resto do corpo em um padrão irregular. As zonas de erupção cutânea aumentam e se espalham e, muitas vezes, formam bolhas no seu centro. A pele das bolhas é muito frouxa e se desprende com facilidade, geralmente com um toque ou puxão leve, e as bolhas descascam ao longo de um a três dias. As zonas afetadas são dolorosas e a pessoa sente-se muito doente, com calafrios e febre. Em algumas pessoas, as sobrancelhas e as unhas caem. As palmas das mãos e as plantas dos pés podem ser afetadas.

Em ambos os distúrbios, surgem ulcerações nas membranas mucosas que revestem a boca, a garganta, o ânus, os órgãos genitais e os olhos. Os danos no revestimento da boca dificultam a alimentação e até fechar a boca pode ser doloroso, de modo que a pessoa pode babar. Os olhos podem doer intensamente, inchar e formar tantas crostas, que os fecham completamente. A córnea pode desenvolver cicatrizes. O orifício por onde se expele a urina (uretra) também pode ser afetado e, como consequência, urinar torna-se difícil e doloroso. Às vezes, as membranas mucosas das vias digestivas e respiratórias também são afetadas e ocorre diarreia e tosse, pneumonia e dificuldade respiratória.
Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)



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Esta fotografia mostra uma erupção cutânea vermelha e bolhas na pele e nas membranas mucosas que revestem os olhos e a boca de uma pessoa que tem SSJ.
DR P. MARAZZI/SCIENCE PHOTO LIBRARY
Stevens-Johnson Syndrome (SJS)


Imagem



DR M.A. ANSARY/SCIENCE PHOTO LIBRARY

A grande perda de pele na necrólise epidérmica tóxica é semelhante a uma queimadura grave e é igualmente letal. As pessoas ficam muito doentes e podem ficar incapazes de comer ou de abrir os olhos. Grandes quantidades de líquidos e de sais podem vazar pelas grandes zonas expostas e danificadas. Pessoas que sofrem este transtorno ficam muito suscetíveis a insuficiência orgânica. Elas também correm risco de infecções nos locais dos tecidos danificados e expostos. Tais infecções são a causa mais comum de óbitos em pessoas com necrólise epidérmica tóxica.
Diagnóstico de SSJ e NET


Avaliação médica


Às vezes, uma biópsia cutânea

Os médicos geralmente conseguem diagnosticar a síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica tomando por base o aspecto da pele e das mucosas afetadas, com base nos sintomas (dor em vez de coceira), pela rapidez da progressão dos sintomas cutâneos e pela extensão de pele afetada.

Pode-se retirar uma amostra de pele e examiná-la ao microscópio (o que é chamado biópsia cutânea).
Tratamento de SSJ e NET


Tratamento em um centro para queimaduras ou unidade de terapia intensiva


Possivelmente ciclosporina, corticosteroides, plasmaferese, imunoglobulina ou imunossupressores

As pessoas com síndrome de Stevens-Johnson ou com necrólise epidérmica tóxica são hospitalizadas. Todos os medicamentos suspeitos de terem causado um dos distúrbios são suspensos imediatamente. Quando possível, essas pessoas devem ser tratadas em um centro para queimaduras ou na unidade de terapia intensiva e receber cuidados rigorosos para evitar infecções (consulte Queimaduras graves). Se a pessoa sobreviver, a pele volta a crescer por si só e, ao contrário do que ocorre com as queimaduras, não são necessários enxertos de pele. Os líquidos e os sais que se perdem através da pele danificada são repostos pela veia (via intravenosa).

O uso de medicamentos para tratar esses distúrbios é controverso porque, embora haja motivos teóricos fundamentando a utilidade de certos medicamentos, nenhum deles demonstrou claramente melhorar a sobrevida. A ciclosporina pode reduzir a duração da formação ativa de bolhas e a descamação e, possivelmente, aumentar a taxa de sobrevida. Alguns médicos consideram que administrar doses elevadas de corticosteroides nos primeiros dias é benéfico, enquanto outros acreditam que eles não devem ser usados, pois podem aumentar o risco de infecções sérias. Se esta ocorrer, os médicos administram antibióticos imediatamente.

Os médicos podem fazer uma plasmaferese. Durante esse procedimento, o sangue da pessoa é removido e o plasma é separado das células sanguíneas e descartado. Esse procedimento retira certas substâncias nocivas do sangue, inclusive possivelmente medicamentos e anticorpos (proteínas do sistema imunológico) que podem estar causando um dos distúrbios. Depois que as substâncias foram removidas, a pessoa recebe de volta as células sanguíneas.

Os médicos podem administrar imunoglobulina humana intravenosa para o tratamento da necrólise epidérmica tóxica. Não está claro se essa substância pode ajudar a prevenir mais danos às células da pele.

Medicamentos denominados imunossupressores podem ser administrados. Os imunossupressores enfraquecem (suprimem) o sistema imunológico e ajudam a impedir que ele ataque os tecidos do próprio corpo. Medicamentos inibidores do fator de necrose tumoral (TNF) são um tipo de imunossupressores. Inibidores do TNF, tais como o infliximabe e o etanercepte, são administrados a pessoas com síndrome de Stevens-Johnson ou com necrólise epidérmica tóxica, para ajudar a suprimir o processo imunológico que está causando a inflamação.
Prognóstico para SSJ e NET


Na necrólise epidérmica tóxica, a taxa de mortalidade pode chegar a 25% ou 35% em adultos e pode ser até maior em idosos com formação muito intensa de bolhas. A taxa de mortalidade em crianças é menor.

Na síndrome de Stevens-Johnson, a taxa de mortalidade é menor do que na necrólise epidérmica tóxica.



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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Dor de Cabeça por Estresse




Dor de Cabeça por Estresse:
 Entenda e Aprenda a GerenciarPostado por jonasneuro


A dor de cabeça por estresse é uma condição comum, afetando muitas pessoas em diferentes fases da vida. Este artigo foca em proporcionar um entendimento claro sobre o que é essa dor, suas causas, sintomas, e como gerenciá-la efetivamente.
O que é Dor de Cabeça por Estresse?

Ela ocorre quando o estresse cotidiano resulta em tensão e dor na região da cabeça. Diferente de enxaquecas ou dores de cabeça de origem secundária, ela geralmente se manifesta como uma pressão constante, frequentemente associada à rotina agitada e preocupações.
Identificando as Causas

Entender as causas da dor de cabeça por estresse é crucial para seu tratamento e prevenção. Essa dor pode ser desencadeada por vários fatores, sendo alguns dos mais comuns:Estresse Emocional Prolongado: Em nossa vida cotidiana, enfrentamos diversas situações que podem causar estresse, como pressões no trabalho, problemas familiares ou financeiros. Esse estresse contínuo e não gerenciado pode levar à dor de cabeça por estresse. A mente e o corpo estão intrinsecamente conectados, e quando a mente está constantemente sob pressão, o corpo reage, frequentemente resultando em dor de cabeça.
Tensão Muscular, Especialmente na Região do Pescoço e Ombros: A postura inadequada, longas horas em frente ao computador ou o hábito de segurar o telefone entre o ombro e o ouvido podem causar tensão nos músculos do pescoço e ombros. Essa tensão muscular, muitas vezes, se manifesta como dor de cabeça por estresse. Além disso, atividades que exigem esforço repetitivo ou posturas fixas podem exacerbar essa tensão.
Mudanças Bruscas no Sono ou na Dieta: A qualidade do sono tem um impacto significativo na saúde geral, incluindo a incidência de dores de cabeça. Mudanças bruscas nos padrões de sono, seja por insônia, alterações de horário ou interrupções do sono, podem desencadear dores de cabeça por estresse. Da mesma forma, a dieta desempenha um papel importante. Saltar refeições, consumir alimentos com alto teor de açúcar ou cafeína em excesso pode alterar os níveis de energia e estabilidade química do corpo, contribuindo para a ocorrência de dores de cabeça.

Reconhecer e entender esses gatilhos é fundamental. Ao identificar o que causa sua dor de cabeça por estresse, você pode tomar medidas para evitar esses fatores ou aprender a lidar com eles de forma mais eficaz. Isso pode envolver técnicas de gerenciamento de estresse, mudanças no estilo de vida, ajustes na dieta, ou até mesmo reavaliar sua ergonomia no local de trabalho. O manejo eficaz dessa dor de cabeça começa com a identificação e compreensão dessas causas subjacentes.
Dor de Cabeça Por Estresse: Sintomas

A dor de cabeça por estresse pode ser um desafio diário para muitos, manifestando-se de várias formas, cada uma com seu impacto no bem-estar e na rotina. O sintoma mais comum é uma sensação persistente de pressão em ambos os lados da cabeça. Diferente da dor aguda de uma enxaqueca, essa pressão é mais constante e pode dar a sensação de um aperto ou peso sobre a cabeça.

Além disso, muitos indivíduos relatam uma dor que se intensifica com o movimento do pescoço. Isso pode ser particularmente incômodo durante atividades do dia a dia, como dirigir ou trabalhar em frente ao computador. Movimentos que normalmente seriam simples podem se tornar desconfortáveis, limitando a amplitude de movimento e afetando a qualidade de vida.

Outro sintoma notável é a sensibilidade aumentada na região do couro cabeludo. Até mesmo um toque leve pode parecer doloroso ou desconfortável. Isso pode interferir em atividades rotineiras como pentear o cabelo ou deitar a cabeça em um travesseiro.

Vale ressaltar que a dor também pode estar acompanhada por outros sinais menos evidentes, como fadiga, irritabilidade e até dificuldade de concentração. Esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas tendem a refletir o impacto físico e emocional do estresse crônico.

A compreensão desses sintomas é crucial para identificar a dor de cabeça por estresse e buscar as medidas adequadas para seu tratamento e alívio. É importante lembrar que, embora comum, essa dor não é uma condição que você precisa aceitar como normal. Existem várias estratégias e tratamentos que podem ajudar a gerenciar e reduzir seus efeitos, melhorando significativamente a qualidade de vida.
Tratamento para a Dor de Cabeça Por Estresse

O diagnóstico de dessa dor é geralmente clínico. Tratamentos eficazes incluem:Medicamentos para alívio da dor.
Técnicas de relaxamento, como meditação ou yoga.
Fisioterapia para reduzir a tensão muscular.

É importante consultar um neurologista para um plano de tratamento personalizado.
Dicas de Prevenção e Gerenciamento

Adotar um estilo de vida saudável é fundamental para prevenir e gerenciar a dor de cabeça por estresse. Uma das práticas mais eficazes é manter uma rotina regular de sono. O sono adequado não apenas revitaliza o corpo e a mente, mas também ajuda a reduzir os níveis de estresse, diminuindo assim a probabilidade de dores de cabeça. Estabeleça um horário consistente para dormir e acordar, criando um ambiente tranquilo e propício ao descanso.

Outro pilar importante é a prática regular de exercícios físicos. Atividades como caminhada, natação, ou yoga não só melhoram a condição física geral, mas também liberam endorfinas, conhecidas como os ‘hormônios da felicidade’, que podem aliviar a tensão e reduzir a sensação de estresse. Incluir exercícios na sua rotina pode ser um método poderoso para controlar a frequência e intensidade das dores de cabeça.

Além disso, é essencial aprender técnicas de gerenciamento de estresse, como a respiração profunda ou a meditação. Estas práticas ajudam a acalmar a mente e reduzir a tensão muscular, componentes-chave na prevenção da dor de cabeça por estresse. Dedique alguns minutos do seu dia para essas atividades, criando um momento de tranquilidade e relaxamento.

Embora essas estratégias sejam eficazes, é crucial reconhecer a importância de procurar um médico neurologista. Um especialista pode oferecer orientações personalizadas e tratamentos específicos para sua condição. O neurologista pode ajudar a identificar fatores desencadeantes específicos da sua dor de cabeça, sugerir mudanças de estilo de vida mais direcionadas e, se necessário, prescrever medicamentos ou terapias complementares. Além disso, o acompanhamento médico é essencial para descartar outras causas potencialmente graves para a dor de cabeça e garantir um tratamento adequado e seguro.

Portanto, enquanto medidas de prevenção e gerenciamento são fundamentais, a consulta com um neurologista é um passo importante para uma abordagem abrangente e eficaz no tratamento da dor de cabeça por estresse. Essas ações combinadas podem não apenas reduzir a frequência e a intensidade das dores de cabeça, mas também melhorar significativamente sua qualidade de vida.
Conclusão

A dor de cabeça por estresse, embora comum, pode ser gerenciada eficazmente com as estratégias certas. Identificar causas, reconhecer sintomas e aplicar técnicas de prevenção são essenciais.
O que exatamente é a dor de cabeça por estresse?

Essa dor é uma forma comum de dor de cabeça causada por tensão muscular e estresse emocional, caracterizada por uma sensação de pressão ou aperto em ambos os lados da cabeça.
Quais são os principais sintomas da dor de cabeça por estresse?

Os sintomas incluem pressão constante na cabeça, sensibilidade no couro cabeludo e dor que pode piorar com o movimento do pescoço.
Como posso diferenciar a dor de cabeça por estresse de outros tipos de dores de cabeça?

Ao contrário de enxaquecas, essa dor normalmente não causa náuseas ou sensibilidade à luz e som. É mais relacionada à tensão muscular e estresse.
Quais são as melhores formas de tratar a dor de cabeça por estresse?

Tratamentos incluem medicamentos para dor, técnicas de relaxamento, e mudanças no estilo de vida como melhorar o sono e a prática regular de exercícios.
É possível prevenir a dor de cabeça por estresse?

Sim, a prevenção é possível através da gestão eficaz do estresse, mantendo uma rotina regular de sono, praticando exercícios regularmente e utilizando técnicas de relaxamento.

Enxaqueca Emocional
/
Quais os sintomas da enxaqueca emocional? Tire suas dúvidas!

Descubra tudo sobre enxaqueca emocional: sintomas, principais causas, gatilhos mais comuns e o que fazer para amenizar as crises.


Explore os tópicos


A enxaqueca é uma das doenças com grande potencial incapacitante, afetando cerca de 15% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). ¹

Entre suas causas estão fatores genéticos e comportamentais, como uma rotina de sono inadequada, má alimentação e níveis altos de estresse. ¹

Esse último está bastante relacionado à dor de cabeça emocional ², o nosso tema de hoje!

Continue lendo para entender como é a dor de cabeça desencadeada por questões psicológicas e para conhecer os sintomas da enxaqueca emocional.
Afinal, o que é dor de cabeça emocional?

A dor de cabeça emocional é um tipo de enxaqueca relacionada a aspectos psicológicos, como estresse, depressão e ansiedade. Basicamente, é um quadro de enxaqueca comum, mas que tem como gatilho os fatores emocionais. ²

A enxaqueca é uma dor de cabeça recorrente e intensa que pode durar de 4 a 72 horas ². Quando o assunto é cefaleia emocional, o padrão da dor não muda, a diferença está no que a provocou. ²
Principais sintomas da enxaqueca emocional

A dor de cabeça emocional costuma provocar os mesmos sintomas de outros tipos de enxaqueca, como: ³Dor unilateral latejante;
Sensibilidade à luz, barulho e cheiros;
Náusea e vômito;
Outros sintomas.



Abaixo, entenda cada um com mais detalhes.
Dor de cabeça

A dor de cabeça é o principal sintoma da enxaqueca emocional. Em geral, o desconforto se manifesta como unilateral e latejante, ou seja, atinge apenas um lado da cabeça. ³

Porém, certas pessoas podem sofrer com um incômodo bilateral, quando toda a cabeça é afetada. ³

O incômodo pode durar de algumas horas a dias, e costuma ser acompanhado dos outros sintomas. ³
Sensibilidade à luz, barulho e cheiros

Esse sintoma pode ser bastante comum em pacientes com enxaqueca, seja emocional ou não. ³

Isso acontece porque a cefaleia é uma condição neurológica, ou seja, afeta o funcionamento do cérebro e o processamento sensorial. ³

Dessa forma, a sensibilidade a estímulos pode ser aumentada, fazendo com que sons, cheiros e luminosidade piorem a sensação de dor. ³

Por essa razão, durante as crises de enxaqueca, as pessoas tendem a se isolar e preferir ambientes calmos, silenciosos e escuros. ³
Náusea e vômito


Náusea e vômito também podem ser comuns durante crises de enxaqueca emocional. ³

Esses sintomas podem ser explicados por muitos fatores: liberação de hormônios e neurotransmissores, os estímulos sensoriais e até mesmo pelo estresse provocado pela própria dor. ³
Gatilhos da enxaqueca emocional: 3 causas mais comuns

Os sintomas da enxaqueca emocional podem aparecer por diversas razões, no entanto, as questões psicológicas costumam ser os gatilhos mais comuns para esse tipo de cefaleia. Entre os principais, estão: o estresse, a ansiedade e a depressão. ²

A seguir, entenda mais sobre cada um desses fatores.
Estresse

A tensão e o estresse estão entre as dez principais causas de enxaqueca, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia. 4

Quando se fala em enxaqueca emocional, em específico, certamente esse é um dos principais gatilhos. Afinal, a irritabilidade e as alterações de humor podem desencadear a dor. 4

Por isso, é importante incluir na rotina tudo o que te ajude a relaxar, se acalmar e desenvolver controle emocional. Para que os altos e baixos da vida não sejam o motivo da sua enxaqueca ou outras dores. 4


Sejam problemas financeiros, na família, no trabalho, nos relacionamentos, tudo o que causa preocupação excessiva pode desencadear crises de enxaqueca emocional. 4

Além das questões pontuais, pessoas diagnosticadas com transtornos de ansiedade tendem a sofrer ainda mais com esse tipo de cefaleia. ²

Por isso, é muito importante cuidar da saúde mental e fazer um tratamento, se necessário, com psicólogo, terapeuta, psiquiatra e afins. 4
Depressão

A depressão é um transtorno mental que causa um sentimento persistente de tristeza e perda de interesse. 5

Sua causa é multifatorial e envolve questões genéticas e ambientais. Os acontecimentos da vida também são gatilhos para o transtorno, como eventos traumáticos, problemas financeiros, conflitos interpessoais, entre outros. 5

Quando afeta o físico, a depressão pode causar, entre outros sintomas, a enxaqueca psicossomática. 5

Outros gatilhos para quem já tem a dor de cabeça emocional são: 2,3Odores, luzes e sons.
Consumo de certos alimentos e bebidas.
Falta de sono ou sono ruim;
Alterações hormonais, entre outros.


Como saber se eu tenho dor de cabeça emocional?

O diagnóstico da enxaqueca emocional é realizado com base na avaliação clínica e no histórico do paciente. Exames físicos e de sangue podem ser solicitados para descartar doenças, uma vez que os sintomas da enxaqueca emocional também podem surgir devido a outras condições de saúde. 2,3
Como tratar enxaqueca emocional?

O tratamento da enxaqueca emocional é definido segundo as necessidades de cada pessoa. Enquanto alguns podem precisar do uso de medicamentos para dor e/ou ansiolíticos e antidepressivos, outros podem conseguir amenizar os sintomas com mudanças de hábitos. ²

Além disso, pode ser recomendado pelo médico o acompanhamento psicológico. A terapia contribui com o tratamento da enxaqueca emocional ao ajudar a identificar e lidar com os fatores que causam estresse e ansiedade, dois fortes gatilhos para a dor. ²

Outros aspectos que podem ajudar o tratamento são: ²Praticar exercícios físicos, uma vez que a atividade física ajuda a aumentar o bem-estar e melhorar o humor;
Experimentar técnicas de relaxamento, como meditação, yoga e afins, que ajudam a diminuir a tensão;
Seguir uma alimentação equilibrada, evitando alimentos que desencadeiam sua enxaqueca.







AS 16 FORMAS DE ENXAQUECA E SEUS SINTOMAS EM COMUM

Ela pode ser episódica ou crônica, como no caso das pessoas que têm crises por mais de 15 dias num mês, conforme descreve a Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Mas o fato é que as 16 formas de apresentação da enxaqueca partilham sintomas em comum.

São eles que possibilitam o diagnóstico do problema e o diferenciam de outros tipos de cefaleia, como a tensional (ou “tipo tensão”), que atinge 97% das pessoas em algum momento da vida.

Entretanto, não bastassem a dor e os sintomas sistêmicos, algumas crises vêm acompanhadas de sinais neurológicos chamados auras, que se manifestam de diferentes formas. Dentre as mais comuns estão a visual, a sensitiva e a disfásica.



Repentinas, elas normalmente antecedem as crises e duram de alguns minutos até uma hora. A boa notícia é que as sensações, embora perturbadoras, são completamente reversíveis.

Tipos de aura

A aura visual, segundo João José Carvalho, caracteriza-se pelo aparecimento de pontos brilhantes ou escuros em meio a um “borramento” da visão. Geralmente, ela evolui por um intervalo de 10 a 15 minutos e, quando desaparece, vem a dor de cabeça.

Já a aura sensitiva se manifesta por formigamentos que começam na mão e sobem pelo braço até chegarem ao rosto.

O tipo disfásico, por sua vez, deixa o indivíduo com dificuldades de se expressar, atingindo inclusive a capacidade de articulação da fala.

“Essas são as mais comuns, mas temos também a motora (hemiplégica), a do tronco cerebral, que pode vir com tontura, e a aura retiniana, que pode deixar o indivíduo sem enxergar metade do campo visual”, cita o neurologista, acrescentando que, apesar das diferentes formas, a enxaqueca sem aura corresponde a 80% dos casos.

Outras doenças?

E, sabendo que a dor não é um processo normal, é até comum pensar que o desconforto geralmente sinaliza que algo mais no organismo não vai bem.

Quando se trata de uma cefaleia como a enxaqueca, então, as especulações – e preocupações – propagadas pelo senso comum só aumentam. Será que as crises indicam uma doença associada? Na maioria dos casos, não.

“Se um paciente me diz que está com dor de cabeça, ele está me dizendo que o alarme da cabeça dele está tocando.

Quando esse alarme toca, há duas situações: pode ter algo na cabeça fazendo-o disparar – essa dor de cabeça é chamada de secundária e esse ‘algo’ pode ser uma meningite ou um tumor cerebral, por exemplo – ou, na verdade, pode ser uma dor primária, como a enxaqueca, ou seja, uma desregulação do mecanismo cerebral de controle da dor”.

Cefaleia primária

De fato, quase sempre não há nada a ser “investigado”. O médico, que é especialista em dor pela Academia Brasileira de Neurologia, aponta que, de cada 100 pacientes que chegam a uma emergência, 90% recebem diagnóstico de algum tipo de cefaleia primária.

Nos atendimentos realizados em consultórios, segundo ele, esse porcentual chega a 98%. Para identificá-las, é suficiente conhecer a história do paciente e realizar o diagnóstico clínico.

Exames complementares como tomografias e ressonâncias são necessários apenas numa minoria de casos.

Fatores de alarme

Mas em que situações uma dor de cabeça merece atenção redobrada? O próprio corpo dá os sinais, por meio dos fatores de alarme. Quando a crise surge com uma mudança de postura, é relacionada com esforço ou exercício físico, chega ao pico em menos de um minuto ou, ainda, é refratária ao tratamento, uma avaliação médica precoce é essencial.

“Se um paciente me diz: ‘Doutor, eu tenho dor de cabeça há muitos anos, mas de um tempo para cá mudou’, ele deve ser avaliado. Se for na emergência, com uma tomografia.

No consultório, com uma ressonância magnética.

Vale ressaltar, porém, que não há indicação de eletroencefalograma ou mapeamento cerebral na abordagem de pacientes com enxaqueca”, afirma o médico.

Quando a crise se confunde com o AVC

Para as pessoas que têm enxaqueca, sobretudo com aura (sintoma neurológico que se manifesta de diferentes formas e pode ocorrer antes e, às vezes, durante uma crise de cefaleia), um episódio pode ser confundido com uma das doenças que mais levam ao óbito no mundo atualmente: o Acidente Vascular Cerebral.

A dúvida acontece porque, no caso da aura hemiplégica, o enxaquecoso começa, repentinamente, a sentir fraqueza em um dos lados do corpo, que chega a ficar paralisado.

A sensação permanece, em média, por cerca de 30 minutos, seguida por uma forte dor de cabeça.

O problema é que, ao contrário de outros tipos de auras que duram, no máximo, uma hora, a hemiplégica, em alguns casos, pode ser sentida por até um dia, o que confunde mais ainda.

“Essas pessoas devem procurar imediatamente, de qualquer modo e sob qualquer circunstância, um hospital para serem adequadamente avaliadas e tratadas”, recomenda o médico neurologista João José Carvalho.

Como um fator de risco

Adicionalmente, diversos estudos comprovam que a enxaqueca, sobretudo a do tipo com aura, figura hoje como fator de risco para a doença vascular cerebral.

Desse modo, os enxaquecosos com mais de 40 anos devem adotar um controle mais rigoroso dos já conhecidos fatores de risco para o AVC, tais como: a hipertensão arterial, o colesterol elevado, o sedentarismo e o diabetes, além do tabagismo e do uso abusivo de álcool.

“O controle desses fatores de risco deve ser mais enfático, porque esse tipo de cefaleia já é, por si só, um fator de risco para a doença vascular. Se você o soma a outros preditivos, obviamente terá um risco aumentado de sofrer um AVC”, reforça o médico.

Atenção, mulheres

Por isso, para as mulheres que têm crises de enxaqueca com aura, há, ainda, uma outra recomendação: não usar anticoncepcionais combinados.

Ele explica que existem dois tipos dessa classe de medicamentos: os que são à base de progesterona e os combinados, compostos também por um outro hormônio, o estrógeno.

O alerta está no fato de que o estrógeno presente nos anticoncepcionais combinados possui uma ação pró-trombótica, que facilita a formação de trombos. “Assim, se você toma uma medicação que facilita a formação de coágulos e tem predisposição para a doença vascular, isso não é bom”, explica. A indicação, portanto, é que as mulheres – mais acometidas pela enxaqueca com aura – conversem com o ginecologista sobre a possibilidade de usar anticoncepcionais à base de progesterona.

SAIBA MAIS

Quando devo me preocupar e buscar ajuda médica imediata?Quando identificar como sendo a primeira ou a pior dor de cabeça que já teve até então. Atenção especial se o início do processo doloroso for súbito, como uma explosão. Isso pode indicar um aneurisma cerebral;
Quando é uma dor de cabeça iniciada após os 50 anos de idade, ou seja, quando trata-se de uma pessoa que nunca mencionou uma dor e começou a queixar-se. Neste caso, é preciso avaliar bem, pois pode tratar-se de uma arterite temporal;
Quando o indivíduo relatar uma dor de cabeça que se tornou cada vez mais intensa e frequente. Uma avaliação minuciosa é necessária, pois pode ser um tumor;
Quando a dor de cabeça atinge pacientes com diagnóstico de câncer ou de Aids;
Quando a dor de cabeça ocorre em pessoas que apresentam uma má alteração no exame neurológico. Caso: o exame neurológico era normal e, após a dor de cabeça, o exame apresentou uma alteração;
Quando o paciente apresenta dor de cabeça associada a febre ou sinais de irritação meníngea;
Quando a dor afeta pacientes com traumatismo craniano;
Quando a pessoa apresenta mudanças nas características da dor ou crises persistentemente de um só lado da cabeça.


Disponível: http://abneuro.org.br/clippings/detalhes/111/as-16-formas-de-enxaqueca-e-seus-sintomas-em-comumDor de cabeçaEnxaqueca
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Um comentário em “16 formas de enxaqueca”
Anônimo
18 de março de 2024 às 21:00








Fernando C. R. Bragança



Enxaqueca 




A enxaqueca é uma doença neurológica que pode ter vários sintomas, incluindo:
Dor de cabeça latejante e unilateral
Sensibilidade a luz, cheiros e barulhos
Náuseas e vômitos
Mudanças emocionais, como irritabilidade
Tontura
Aumento da sede ou vontade de urinar
Fadiga
Vontade de comer alimentos açucarados
Exaustão após a crise
Dores no corpo após a crise


Além disso, cerca de 24 a 48 horas antes de uma crise de enxaqueca, podem ocorrer alterações de humor, inquietação e dificuldade para enxergar.


A enxaqueca é uma doença multifatorial e hereditária, e pode ocorrer em homens e mulheres de todas as idades. No entanto, é mais comum em mulheres em período reprodutivo.


A dor de cabeça por estresse, por sua vez, é causada pela tensão e dor na região da cabeça, resultante do estresse cotidiano. Ela se manifesta como uma pressão constante, e está frequentemente associada a preocupações e rotina agitada.

Enxaqueca: o que é,

Tudo que você precisa saber sobre a enxaqueca!

“E, em certos casos, toda a cabeça dói e a dor é às vezes à direita, outras vezes à esquerda, na testa ou na fontanela; e esses acessos mudam de lugar no decorrer do mesmo dia. Isso é chamado heterocrania, uma doença nada clemente. Provoca sintomas inconvenientes e aflitivos […] náusea, vômito de material bilioso, colapso do paciente, ocorre grande torpor, peso na cabeça, ansiedade e a vida torna-se um fardo. Pois eles fogem da luz; a escuridão atenua seu mal; tampouco suportam prontamente ver ou ouvir qualquer coisa agradável. Os pacientes ficam cansados da vida e anseiam por morrer.” (Areteu da Capadócia, médico da Grécia Antiga, século II; primeira descrição história associada à enxaqueca).

Quando falamos de enxaqueca, não nos referimos a uma simples “dor de cabeça”. Enxaqueca, ou migrânea, é uma doença neurológica que manifesta-se através de múltiplos sintomas.

Além disso, corresponde a uma doença multifatorial de tendência hereditária, ou seja, há genes que predispõem a ocorrência das crises de cefaleia associadas à enxaqueca.

Cerca de 30 milhões de brasileiros (15% da população) são acometidos pela doença, sendo mais comum na região sudeste do país. Ademais, pode ocorrer em homens e mulheres de todas as idades, mas mulheres em período reprodutivo apresentam maior prevalência.
Fisiopatologia da enxaqueca

O conhecimento atual sobre a enxaqueca indica que essa condição é causada por uma disfunção neuronal primária, que gera uma série de mudanças intracranianas e extracranianas responsáveis ​​pelas quatro fases da enxaqueca: sintomas premonitórios, aura, cefaleia e pósdromo.

A depressão alastrante cortical é considerada uma característica que pode estar diretamente relacionada tanto à aura quanto à dor de cabeça na enxaqueca. Refere-se, portanto, a uma onda de despolarização neuronal e glial que se espalha pelo córtex cerebral de forma autopropagante.

Entre suas ações hipotetizadas estão:Causar a aura da enxaqueca;
Ativar as fibras do nervo trigêmeo;
Alterar a permeabilidade da barreira hematoencefálica, por meio da ativação e aumento das metaloproteinases da matriz.

Quando os aferentes trigêmeos são ativados, desencadeiam alterações inflamatórias nas meninges sensíveis à dor, levando à dor da enxaqueca por mecanismos reflexos centrais e periféricos.

A ativação do sistema trigeminovascular, por sua vez, também é central na fisiopatologia da enxaqueca. A ativação do gânglio trigeminal leva à liberação de neuropeptídeos vasoativos, como a substância P, o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e a neurocinina A. Esse processo está relacionado à inflamação neurogênica, que caracteriza-se principalmente pela vasodilatação e pelo extravasamento de proteínas plasmáticas.
Fatores desencadeantes e exacerbadores da enxaqueca

São vários os deflagradores da enxaqueca, ou seja, fatores que favorecem as crises de cefaleia nos indivíduos já predispostos:Alérgenos;
Odores intensos;
Elevadas altitudes;
Jejum prolongado;
Estresse emocional;
Privação do sono;
Período menstrual e alterações hormonais;
Ingesta excessiva de substâncias como cafeína, álcool e cigarro.

Além disso, fatores psíquicos e emocionais costumam ser os gatilhos mais importantes para o desenvolvimento das crises agudas de enxaqueca.
Quadro clínico da enxaqueca

A palavra “enxaqueca” deriva do árabe antigo “saqiqa”, que significa “cortado ao meio”. Na Antiguidade, descrevia um tipo de dor que afetava apenas metade da cabeça.

As crises de enxaqueca podem durar de 4 a 72 horas e, geralmente, caracterizam-se por cefaleia unilateral pulsátil de moderada a forte intensidade que piora aos esforços.

Os sintomas associados são fotofobia, fonofobia, osmofobia, tonturas, náuseas e vômitos, além de sintomas neurológicos, como a aura. Além disso, alguns pacientes queixam-se de aura típica, um distúrbio visual que cursa com a presença de pontos cintilantes, distorção ou perda temporária da visão, parcial ou total. Por outro lado, outros indivíduos apresentam aura sensitiva, que refere-se à hemiparesia.

Frequentemente, a crise de enxaqueca com cefaleia intensa é incapacitante, ocasionando um impacto social associado à perda de dias de trabalho e de produtividade pessoal e profissional. O impacto financeiro tem custos diretos, com assistência médica, e indiretos.

O estado migranoso, por sua vez, é uma complicação que se refere à cefaleia intensa que dura mais de 72 horas, sendo os intervalos livres de dor inferiores a 12 horas. Ocorrem náuseas e vômitos por várias horas seguidas, podendo causar desidratação e, até mesmo, internação hospitalar para manejo clínico adequado.
Enxaqueca crônica

A enxaqueca crônica caracteriza-se pelo aumento da frequência das crises, que se tornam diárias ou quase diárias. É definida, portanto, como mais de 15 crises de dor ao mês por mais de 3 meses. Além disso, fatores como stress emocional, doenças psiquiátricas e abuso de analgésicos predispõem a essa condição.
Diagnóstico de enxaqueca

O diagnóstico é clínico e, portanto, baseia-se em um histórico clínico e exame físico compatíveis e no cumprimento dos critérios descritos a seguir. Dessa forma, não existem testes específicos para confirmação da enxaqueca.

Apesar da sobreposição entre as características da enxaqueca e da cefaleia tensional, alguns sinais encontrados parecem ser mais indicativos de enxaqueca, como:Náusea;
Sensibilidade à luz (fotofobia);
Sensibilidade ao som (fonofobia);
Agravamento com atividades físicas.
Gatilhos alimentares também tendem a ser mais frequentes na enxaqueca do que na cefaleia tensional.
Critérios diagnósticos

A Classificação Internacional de Cefaleias, 3ª edição (ICHD-3), define critérios para diagnóstico de enxaqueca:

Para enxaqueca sem aura, os critérios da ICHD-3 são:Pelo menos cinco episódios que atendem aos critérios de B a D.
Cefaleias com duração de 4 a 72 horas (não tratadas ou sem sucesso no tratamento).
Cefaleias que apresentam pelo menos duas das seguintes características:Localização unilateral;
Qualidade pulsante;
Intensidade moderada a grave;
Agravamento ou prevenção de atividades físicas de rotina (como caminhar ou subir escadas).
Durante a cefaleia, ocorre pelo menos um dos sintomas a seguir:Náuseas e/ou vômitos;
Fotofobia e fonofobia.
Não há explicação melhor para outro diagnóstico do ICHD-3.

Para enxaqueca com aura, por sua vez, os critérios da ICHD-3 incluem:Pelo menos dois episódios que atendem aos critérios de B e C.
Um ou mais sintomas de aura completamente reversíveis:Visual;
Sensorial;
Fala e/ou linguagem;
Motor;
Tronco cerebral;
Retina.
Pelo menos três das seis características a seguir:Um sintoma de aura que se desenvolve gradualmente ao longo de ≥5 minutos;
Dois ou mais sintomas em sequência;
Cada sintoma de aura dura entre 5 e 60 minutos;
Pelo menos um sintoma de aura é unilateral;
Pelo menos um sintoma de aura é positivo;
A dor de cabeça começa com ou após a aura, em até 60 minutos.
Não há explicação melhor para outro diagnóstico do ICHD-3.
Exames diagnósticos

Neuroimagem geralmente não é necessária para a maioria dos pacientes com enxaqueca. No entanto, recomenda-se exames de imagem para pacientes que apresentem alguns dos seguintes fatores:Achado neurológico anormal inexplicado (como nova fraqueza fixa ou perda de visão);
Características atípicas da cefaleia (como início súbito ou dor postural);
Cefaleias que não enquadram-se à definição de enxaqueca ou outro tipo de cefaleia primária.
Fatores de risco para cefaleia secundária, como início após os 50 anos, gravidez ou imunodeficiência.

Além disso, outras condições que podem justificar a realização de exames de imagem incluem mudanças significativas recentes no padrão, frequência ou intensidade das cefaleias, bem como cefaleias resistentes ao tratamento.
Tratamento da enxaqueca

Não há cura para essa doença, mas existem dois tipos de tratamento: manejo dos sintomas nas crises agudas e tratamento preventivo.

Por fim, técnicas direcionadas de relaxamento, acupuntura, homeopatia, fisioterapia específica, psicoterapia e exercícios físicos são medidas auxiliares que podem estar associadas ao tratamento preventivo.
Mitos e verdades sobre a enxaqueca

Vamos a alguns mitos e verdades importantes sobre a enxaqueca.
Indivíduos com enxaqueca não podem praticar atividade física

Exercícios físicos moderados e praticados de forma regular auxiliam na redução da frequência das crises de cefaleia em pacientes com enxaqueca.

No entanto, atividades físicas extenuantes, exercícios associados à respiração ofegante e atividades relacionadas à exaustão física podem ser gatilhos para crises agudas de cefaleia.

Ademais, o mesmo princípio aplica-se quando o indivíduo não dorme o suficiente ou não apresenta sono reparador, o que pode causar graves crises de cefaleia.
Alimentos como chocolate, café e laticínios estão proibidos

Cada paciente apresenta uma sensibilidade individual a cada tipo de alimento e isso depende de suas
características próprias e de sua faixa etária.

Dessa forma, alimentos muito condimentados, comidas gordurosas, cebola, massas, carne de porco e frutas cítricas, além dos supracitados chocolate, café e laticínios, são alimentos que podem causar cefaleia devido a substâncias presentes em sua composição.

É importante observar que vários pacientes com enxaqueca apresentam, simultaneamente, elevada incidência de reações alérgicas. Assim, ao se identificar uma sensibilidade especial a um tipo de alimento, vale retirar a substância de seu hábito alimentar.
Enxaqueca é uma doença psicossomática

Nem sempre. Pacientes com crises muito frequentes de cefaleia merecem uma atenção especial às suas circunstâncias de vida, pois fatores fisiológicos ou patológicos, intrínsecos ou extrínsecos, devem ser identificados para que se proponha uma intervenção terapêutica adequada e eficaz.

Mas sim, é possível que as crises de cefaleia na enxaqueca ocorram para atender a necessidades emocionais, como uma reação a situações de vida cronicamente difíceis, estados de depressão ou ansiedade, negação da realidade, sentimentos de autopunição, raiva profunda, entre outros.

Apesar de todo o sofrimento associado, a enxaqueca é uma doença benigna e reversível, pois apresenta mecanismos que podem ser compreendidos, avaliados e, consideravelmente, modificados.

Autor: Viviane Ventura

Instagram: @viviane.crv
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024


BATALHA ENTRE LUZ E TREVAS





Segundo as Escrituras, existe uma contínua e intensa batalha entre a luz e as trevas, entre a Igreja e o inferno

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. (1Pe 5.8,9).

Há textos bíblicos que falam acerca do assunto, mostrando como os espíritos das trevas trouxeram intenso sofrimento às pessoas:

Satanás transtornou a vida de Jó, Jó 1.12-19;

Jesus foi tentado pelo diabo, no deserto, Mt. 4.1-11;

Nos Evangelhos, relatos sobre a ação do diabo impressionam:

O gadareno, possuído por legiões de demônios, Mc 5.1-20;

O jovem que era jogado na água e no fogo, Mc 9.14-22;

Maria Madalena, liberta de sete demônios, Lc 8.2;

Espíritos de enfermidade, Lc. 13.11-13;

Ananias e Safira foram enganados por Satanás para que mentissem ao apóstolo Pedro, At 5.11-13.

Para ludibriar o homem, Satanás se transforma até em anjo de luz e seus ministros são capazes de se mascararem como ministros de justiça, 2 Co 11.13-15.

Não devemos ignorar a batalha espiritual

Transcrito Por Litrazini

https://www.kairosministeriomissionario.com/

Graça e Paz


Litrazini at 03:30


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