segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

 

Outros tipos de dor que você precisa conhecer

dores de cabeça

Além da dor psicogênica aqui apresentada, existem ainda dois outros tipos de dor que você precisa conhecer e saber como diferenciar. Veja a seguir. 

Dor nociceptiva 

A dor nociceptiva se manifesta por meio de vias dolorosas a partir do receptor de dor, chamado nociceptor. Esse receptor é ativado por meio de um estímulo nocivo. Você provavelmente está bastante familiarizado com esse tipo de dor. 

Essa é a sensação que você sente quando se machuca. Ela está associada à lesões teciduais, musculares, ósseas e ligamentares. 

Existem ainda dois subtipos de dor nociceptiva. 

Visceral 

É aquela que atinge órgãos internos e geralmente é mais difícil de determinar. É causada principalmente por distensão e estiramento visceral. 

Somática

É aquela que atinge a superfície do corpo, como feridas, queimaduras, etc. 

Dor neuropática

A dor neuropática está relacionada a problemas no sistema nervoso e geralmente está associada a patologias mais graves como AVCs, lesões na medula, tumores e esclerose múltipla. 

Podem haver outros sintomas de alterações na sensibilidade como fraqueza e dormência, por exemplo, e até sintomas motores nesses casos.

O seu diagnóstico é bastante desafiador, já que é difícil mensurar a sensação dolorosa devido à imprecisão da queixa do paciente. 

Analgésicos comuns, opioides e antidepressivos podem ajudar no alívio da dor, contudo, é essencial que sua causa seja tratada para evitar possíveis complicações. 

A dor neuropática está presente em cerca de 10% da população e se não tratada pode tornar-se incapacitante. 

Sentir dor nunca é normal, independente do tipo de dor em questão. Diante de qualquer sintoma doloroso, recomendamos que consulte um médico de sua confiança para investigação do caso. O médico é a pessoa certa para te ajudar a identificar e a tratar o problema para que você recupere sua saúde e qualidade de vida, e evite complicações mais graves no futuro. 

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorando em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).

Dor psicogênica

 O que é dor psicogênica

Você já ouviu falar em dor psicogênica? Talvez você conheça melhor o problema como dor psicológica.

O quadro é marcado pela influência de fatores psicológicos na percepção de dor, e pode levar a dor crônica e até mesmo a incapacidade. 

Embora o médico investigue um distúrbio físico, nem sempre ele encontra, sendo difícil uma explicação adequada para a dor. Esse tipo de dor é por esse motivo muitas vezes considerado irreal, fruto da imaginação, o que de longe não corresponde a verdade. 

Essa alteração da sensibilidade, embora menos comum do que a dor neuropática ou nociceptiva, não é rara. O problema é muito comum em pacientes que sofrem com transtornos de ansiedade ou depressão

De qualquer forma, é sempre importante pesquisar a origem da dor, sendo essa física ou psicogênica. O médico, ao estudar o caso, irá direcionar o paciente quanto a exames e testes. Uma investigação aprofundada da saúde do indivíduo como um todo é importante para a escolha do tratamento adequado. 

O que é dor psicogênica?

dor psicogênica

Dor psicogênica é um tipo de dor em relação à origem, nesse caso, resultado da interação entre fatores físicos e psicológicos. Também conhecida como psicofisiológica, está muito ligada ao medo e a ansiedade, que tendem a tornar os neurônios mais sensíveis à dor por reduzirem os níveis das substâncias que modelam essa sensação. 

Em muitos casos o problema surge após a resolução da causa da dor, ou seja, o incômodo persiste, e muitas vezes se torna ainda mais intenso, apesar da sua origem já ter sido tratada. 

Para ser classificada como psicogênica, a dor não deve envolver nenhum mecanismo nociceptivo ou neuropático. Os sintomas psicológicos são suficientes para explicá-la, embora seu caráter subjetivo torne o diagnóstico mais complexo e demorado. 

Sendo assim, é necessária uma avaliação médica criteriosa de cada paciente com intuito de identificar a origem da dor. 

Nesses casos, os exames geralmente são inconclusivos e não demonstram nenhuma alteração física, não evidenciando enfermidade alguma. Um bom exemplo são pacientes que procuram o médico com queixas de dores no peito, mas não apresentam problemas fisiológicos no coração. Sintomas cardíacos são bastante comuns em pacientes fóbicos.

A dor psicológica causa uma dor física real, embora não esteja relacionada a alterações fisiológicas.

Características da dor psicogênica: É possível reconhecê-la?

Retornando ao exemplo anterior, seria possível ao paciente com dor no coração identificar se é uma dor física ou se trata-se de apenas um sintoma psicológico? 

Infelizmente, não. A dor psicológica causa uma dor física real, embora não esteja relacionada a alterações fisiológicas. Geralmente, o sintoma tem similaridades com dores já experimentadas em outros momentos da vida, que retornam através da memória da dor causando episódios dolorosos repetitivos e intensos.  Cada paciente descreve a sua dor de uma forma. Em sua maioria, queixam-se de dor austera e profunda, como uma facada. Outros dizem ter a sensação de que estão encostando feridas em ferro quente.   Dentre as mais comuns, dor de cabeça, dor muscular, dor nas costas, dor no peito e dor no estomago são frequentemente diagnosticadas como dores psicogênicas.   Se você tem histórico para esse tipo de dor, pode suspeitar sim que alguns sintomas possuem origem psicológica. Contudo, em todo caso, uma investigação é importante para descarte de possíveis alterações físicas envolvidas. 

Não se preocupe, assim como os demais tipos de dores, a dor psicogênica também tem tratamento. Falaremos mais sobre isso adiante.


Mecanismo da dor

O mecanismo da dor psicogênica ainda é pouco compreendido, embora venha chamando a atenção de estudiosos de todos os lugares do mundo. Acredita-se que fatores ambientais podem estar envolvidos, em especial aqueles relacionados a alterações do estado e da função do sistema nervoso. 

Até então é aceita a participação de uma combinação complexa de eventos envolvendo questões físicas e psicogênicas. 

No entanto, cada caso é único e deve ser avaliado de maneira individualizada. Situações particulares estão envolvidas com a iniciação dos sintomas e podem ser associados às suas causas. 

Basta comparar as reações de diferentes indivíduos em circunstâncias similares.

Talvez você sinta muita dor de cabeça quando passa por momentos estressantes, enquanto outros indivíduos descrevem dor no peito, por exemplo. 

Mais uma vez ressaltamos a importância da análise clínica de cada paciente.

Gestão

Geralmente, quando sentimos dor e visitamos o consultório médico, são indicadas terapias capazes de resolver o problema, ou seja, de tratar a origem da dor. Contudo, a gestão da dor psicogênica é diferente, já que é difícil endereçar o problema. 

É necessário então avaliar uma série de fatores que podem possivelmente estar relacionados ao quadro, resolvendo as mais diversas questões envolvidas com as causas da dor. 

Os tratamentos disponíveis são bastante variados e podem ser combinados para melhorias mais rápidas. Em geral, o prognóstico é positivo e a maioria dos pacientes demonstra melhorias significativas a curto prazo. 

Tratamento para dor psicogênica 

Embora ainda se entenda pouco sobre o mecanismo por trás desse tipo de dor, e suas causas ainda não sejam conhecidas, existem diferentes opções terapêuticas capazes de ajudar pacientes que convivem com esse problema. 

A dor, por ser diretamente influenciada por fatores psicológicos, irá demandar um acompanhamento com equipe multidisciplinar, que  deverá contar com um psicológico ou um psiquiatra. O tratamento deve ser adequado às necessidades individuais de cada paciente com o objetivo de melhorar tanto sua saúde física como psicológica.

Tratamento medicamentoso

Alguns medicamentos podem ajudar no alívio da dor. O tratamento medicamentoso é importante para controlar possíveis complicações da dor psicogênica como insônia, ansiedade e depressão. 

Antidepressivos tricíclicos como a imipramina e os inibidores seletivos de serotonina e noradrenalina são os mais usados nesses casos. 

O uso de fármacos deve ser feito estritamente sob prescrição médica. A automedicação é contraindicada e pode trazer prejuízos à saúde. 

Psicoterapia

Geralmente, a psicoterapia é o primeiro recurso terapêutico escolhido para combate a dor psicogênica. O tratamento é realizado por meio do dialogo entre o paciente e o terapeuta, que lança mão de diferente ferramentas na tentativa de ajudar o indivíduo a compreender a si mesmo, seus sentimentos e comportamentos. 

Com a ajuda de um psicólogo, é possível se aproximar das causas da dor, tratar distúrbios psicológicos e eliminar sintomas que prejudicam a qualidade de vida do indivíduo. 

Técnicas de relaxamento

Aquietar o corpo é um meio de aquietar também a mente. Hoje em dia muitas pessoas sentem dificuldades de relaxar. Aprender a assumir o controle de si mesmo é muito importante. As técnicas de relaxamento são uma excelente forma de lidar com a dor psicogênica. 

É preciso treino para controlar a respiração. Você não conseguirá fazer isso enquanto faz suas atividades diárias. Sendo assim, é necessário um momento específico, um tempo para que você possa acessar a sua mente e estimular o seu corpo a encontrar calmaria. 

Alguns profissionais podem te ajudar nesse sentido, em especial o terapeuta. Geralmente, músicas leves, chás, um ambiente confortável, massagens corporais são boas alternativas para você que deseja começar sozinho. 

Técnicas de meditação

A meditação é o caminho para quem precisa desenvolver disciplina emocional, o que pode ajudar muito pessoas que sofrem com dores psicogênicas. A técnica é super acessível e você pode optar por contar a ajuda de um profissional ou mesmo fazer sozinho. 

Meditar é uma forma de aquietar a mente, lidar com estresse do mundo e assumir o controle de si. Essa é uma excelente ferramenta para lidar com fatores que estejam nos influenciando negativamente. 

Os benefícios são muitos, melhora a concentração, a consciência, promove autodisciplina, relaxamento muscular e ajuda a focar a mente, propiciando o alcance de um estado de maior clareza mental. 

TENS

Muito usada no tratamento dos mais diversos tipos de dores, a sigla TENS vem do inglês Transcutaneous electrical nerve stimulation, que significa neuroestimulação elétrica transcutânea, técnica baseada na teoria das comportas de dor. Sua principal finalidade é analgesia, para qual tem se mostrado bastante efetiva. 

O método é seguro, rápido e não invasivo. Além disso, pode ser usado para dores crônicas e agudas de diferentes origens, reduzindo a necessidade de uso de medicamentos, que poderiam vir a causar efeitos colaterais. 

Na prática, consiste na aplicação de impulsos elétricos na pele por meio de aparelhos específicos. A eletricidade ativa mecanismos internos de controle da dor, fazendo com que o sistema nervoso libere analgésicos naturais, ou bloqueando os sinais de dor enviados ao cérebro. 

O procedimento dura entre 20 a 40 minutos e pode ser realizado no consultório, não há necessidade de anestesia e os riscos de complicações são baixíssimos. A maioria dos pacientes apresenta ótimos resultados, ficando satisfeitos com o tratamento. 

Biofeedback

biofeedback também é muito usado no tratamento da dor psicogênica. A ideia é permitir que a pessoa desenvolva autorregulação, o que pode ser útil nos mais diversos distúrbios. 

O indivíduo aprende a regular suas reações fisiológicas e emocionais por meio de um treinamento que envolve conscientização e relaxamento, principalmente. 

Todo esse processo torna-se possível por meio da medição de processos biológicos como frequência cardíaca, pressão arterial, tensão muscular, atividade cerebral, entre outros. A partir dessa análise a percepção corporal do indivíduo é ampliada, o que permite não só o controle da dor psicogênica, mas alivia dores de cabeça, melhora a concentração e ajuda na prevenção de diversas doenças, inclusive de problemas no coração. 

Um aparelho sensível a tais processos fisiológicos é utilizado para amplificar cada resposta, convertendo-as em informações significativas, em sua maioria sinais visuais. São esses sinais que guiarão o paciente ao autocontrole. 

Fisioterapia 

fisioterapia oferece diversos recursos para pacientes que sofrem com dor psicogênica. O tratamento exige uma avaliação completa do paciente para que se descubra quais são os instrumentos válidos para cada caso. Geralmente, conta-se com uma equipe multidisciplinar, o que traz uma bordagem mais abrangente. 

Além de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, o tratamento coopera para reabilitação e controle dos sintomas. São muitas as vantagens e praticamente nulos os riscos de complicações. Deve-se, contudo, sempre respeitar os limites de cada um.

A termoterapia, a eletroterapia, a cinesioterapia e as massagens são alguns dos recursos mais usados. Uma combinação deles pode ser indicada, potencializando os resultados do tratamento. 

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorando em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio


Dor Referida.

O que é a dor referida?
O que é a dor referida?
A dor sentida numa área do corpo nem sempre representa exatamente o local do problema pois a dor pode ser referida de outra área do corpo. Por exemplo, a dor provocada por um infarto do miocárdio pode parecer originária do braço, visto que as informações sensoriais do coração e do braço convergem nas mesmas células nervosas da medula espinha
























Também conhecida como dor miofascial, esta diz respeito a toda dor que é estimulada em um ponto, mas a causa está em outro local. É importante lembrar que essa dor é de cunho neurológico. Se você deseja saber mais sobre dor referida, ou dor miofascial, continue lendo este artigo.


Dor Miofascial

A síndrome da dor miofascial está associada a zonas hiperalgésicas no músculo (pontos de gatilho miofascial). Essa região do músculo está sendo mal irrigada com sangue, formando nódulos enrijecidos que resultam em dor. As causas comuns de disfunção miofascial incluem trauma direto ou indireto, que provocam inflamação muscular crônica. Faltam métodos diagnósticos específicos para a doença, por isso, tratar a origem é a melhor opção.

Dor Referida – O que é?

A síndrome de dor miofascial é uma condição de dor crônica que afeta o sistema musculoesquelético.

A maioria das pessoas vivencia dores musculares em algum momento, mas ela  normalmente se resolve sozinha após algumas semanas. No entanto, para algumas pessoas, a dor muscular persiste.

Em pessoas com síndrome de dor miofascial, os pontos sensíveis são conhecidos como pontos-gatilho. Essas áreas se desenvolvem nas faixas tensas dos músculos. Quando a pressão é aplicada a esses pontos de gatilho, a dor atinge partes diferente do corpo.

Isso acontece com mais frequência no nosso organismo do que pensamos. Muitas pessoas conhecem a condição e costumam assumir que algumas dores são referidas, como a dor no braço esquerdo.

Se alguém começa a sentir uma dor muito forte no braço esquerdo, todos pensam imediatamente em algum problema no coração. Mas não é somente o coração que causa dor referida.

As origens comuns de dor e disfunção miofascial podem ser de trauma direto ou indireto, patologias da coluna, exposição a esforços cumulativos e repetitivos, disfunção postural e descondicionamento físico.

A avaliação e o tratamento apropriados da dor miofascial são uma parte importante da reabilitação musculoesquelética e das síndromes de dor. Se a causa raiz não for tratada adequadamente, os pontos-gatilho podem ser reativados e a dor pode agravar-se.

Dor Referida – Inervações de Sensibilidade

A dor é referida diz respeito a uma inervação que pode ser classificada em: sensitiva geral, visceral ou especial.

Inervação Sensitiva Geral

É responsável por proporcionar sensações como calor, frio, pressão, tato, vibração e dor.

Inervação Sensitiva Especial

Tem como função levar informações de gustação (paladar), olfato, audição e visão.

Inervação Sensitiva Visceral

A inervação visceral leva informações bem mais imprecisas para o cérebro, como uma sensação não concreta de dor na região. Como ela pega inervação de outros locais, a dor é referida para outros pontos.

Um exemplo prático que pode facilitar o entendimento é a dor de um coração sofrendo um infarto, que é referida para o braço esquerdo, pois a inervação visceral do braço vai junto com a do coração.

A dor da inervação visceral dos músculos vem das fáscias, que os recobrem e se conectam aos tendões, e estes últimos aos ossos. Assim, muitas vezes se um músculo está sofrendo, a dor será referida para regiões de maior representação cerebral.

Como por exemplo:

  • Dor no joelho – músculos do quadríceps inflamados que geram dor referida;
  • Músculo da mastigação – inflamação contínua e tensão;
  • Dor referida no dente refere-se a uma maior representação cerebral e compartilha a inervação visceral;
  • Dor no músculo do glúteo mínimo ou glúteo médio – referida na parte posterior da coxa e perna.

Dr. Willian Rezende do Carmo - Neurologista em Moema SP

Especialista em Dor, Sono e Distúrbio de Movimento (Parkinson).

Agende sua consulta! (11) 3522-9515

Willian Rezende do Camo, Neurologista em Moema SP

sábado, 26 de dezembro de 2020

Síndrome de Guillain-Barré

O que é a Síndrome de Guillain-Barré, 

Principais sintomas 
Os sinais e sintomas da Síndrome de Guillain-Barré podem se desenvolver rapidamente e pioram ao longo do tempo, podendo deixar o indivíduo paralisado em menos de 3 dias. No entanto, nem todos os pacientes são gravemente afetados porque alguns podem somente apresentar fraqueza nos braços e nas pernas.
 
Os sintomas da Síndrome de Guillain-Barré podem ser: 
Fraqueza muscular, que geralmente começa nas pernas, mas depois atinge os braços, diafragma e também os músculos da face e da boca, prejudicando a fala e a alimentação; Formigamento e perda de sensibilidade nas pernas e nos braços; Dor nas pernas, quadril e nas costas; Palpitações no peito, coração acelerado; Alterações da pressão, podendo haver pressão alta ou baixa; Dificuldade para respirar e para engolir, devido à paralisia dos músculos respiratórios e digestivos; Dificuldade em controlar a urina e as fezes; Medo, ansiedade, desmaio e vertigem. Quando o diafragma é atingido, o paciente começa a sentir dificuldade para respirar, e neste caso é importante que o paciente seja ligado a aparelhos para respirar ou o paciente pode vir à óbito, uma vez que os músculos respiratórios não funcionam, resultando em asfixia. Em caso de suspeita de Guillain-Barré deve-se ir rapidamente para o hospital ou ao neurologista para que sejam feitos exames que possam concluir o diagnóstico da síndrome e, assim, evitar a paralisia total. 
Veja o que falar para o médico na consulta. 
O que causa Síndrome de Guillain-Barré 
A principal causa da Síndrome de Guillain-Barré são as infecções, isso porque os micro-organismos mais resistentes podem comprometer o funcionamento do sistema nervoso e do sistema imune. 
Devido a alterações no sistema imune, o organismo passa atacar o próprio sistema nervoso periférico, destruindo a bainha de mielina, que é a membrana que recobre os nervos e acelera a condução do impulso nervoso, originando os sintomas. Ao perder a bainha de mielina, os nervos ficam inflamados e isto impede que o sinal nervoso seja transmitido para os músculos, levando a fraqueza muscular e a sensação de formigamento nas pernas e nos braços, por exemplo. 

O que é a Síndrome de Guillain-
Barré, principais sintomas e diagnóstico Como é feito o diagnóstico O diagnóstico da Síndrome de Guillain-Barré nos estágios iniciais é difícil, pois os sintomas são semelhantes a diversas outras doenças em que há comprometimento neurológico. O diagnóstico é confirmado por meio da análise dos sintomas, exame físico completo e realização de exames como punção lombar, ressonância magnética e eletroneuromiografia, que é um exame feito com o objetivo de avaliar a condução do impulso nervoso. Entenda mais sobre o exame de eletroneuromiografia. Todos os pacientes diagnosticados com Síndrome de Guillain-Barré devem permanecer internados no hospital para serem devidamente acompanhados e tratados, porque quando esta doença não é tratada, pode levar à morte devido à paralisia dos músculos. 
Como é o tratamento O tratamento para a Síndrome de Guillain-Barré tem como objetivo aliviar os sintomas e acelerar a recuperação. 

O tratamento inicial deve ser feito no hospital, mas após a alta o tratamento deve ser continuado e é recomendado fazer fisioterapia. O tratamento feito no hospital é a plasmaférese, em que o sangue é removido do corpo, filtrado com o objetivo de remover as substâncias que estão causando a doença, e depois devolvido ao corpo. Assim, a plasmaférese é capaz de reter os anticorpos responsáveis por atacar o sistema imune. Saiba como é feita a plasmaférese. Uma outra parte do tratamento é a injeção de altas doses de imunoglobulinas (proteínas com função de anticorpos) contra os anticorpos que estão atacando os nervos, reduzindo a inflamação e a destruição da bainha de mielina. No entanto, quando surgem complicações graves, como dificuldade em respirar, problemas cardíacos ou renais, é necessário que o paciente fique internado para que seja monitorado, tratado e para que outras complicações sejam prevenidas. Saiba mais sobre o tratamento para a Síndrome de Guillain-Barré.
 INFORMAÇÃO DO AUTOR Dr.ª Clarisse Bezerra Dr.ª Clarisse Bezerra MÉDICA DE SAÚDE FAMILIAR Formada em Medicina pelo Centro Universitário Christus e especialista em Saúde da Família pela Universidade Estácio de Sá. Registro CRM-CE nº 16976.

Síndrome Miofascial



Como identificar a Síndrome Miofascial e como é feito o tratamento


A dor miofascial, também chamada de síndrome miofascial, é um uma dor muscular que se manifesta quando um ponto específico do corpo é pressionado, sendo esse ponto conhecido como ponto de gatilho, que corresponde a um pequeno nódulo nos músculos que, quando palpado pode-se sentir um ressalto e resulta na dor local que irradia para outras partes do corpo.

Normalmente, a formação dos pontos de gatilhos pode estar relacionada com diversos fatores, como por exemplo má postura no trabalho, exercício excessivo, movimentos repetitivos ou pancadas, por exemplo. Esse tipo de dor é mais comum nas costas, ombros e pescoço e pode ser facilmente tratado por meio da realização de alongamentos, fisioterapia e mudança de hábitos.


Como identificar a dor miofascial

Os sintomas de dor miofascial tendem a piorar com o movimento ou exercício físico, no entanto quando a lesão permanece por mais de 12 semanas pode surgir dor e desconforto mesmo quando a pessoa está em repouso. Outros sinais e sintomas de dor miofascial são:
Aumento da tensão no músculo dolorido (rigidez muscular);
Diminuição da amplitude de movimento;
Dor ao pressionar o ponto dolorido;
Pontos duros nos músculos que podem ser sentidos através de um ressalto ao pressionar toda a banda muscular (pontos gatilho);
Contração do músculo ao inserir a agulha ou realizar a palpação transversa;
Alívio da dor ao realizar o alongamento do músculo.

O diagnóstico da dor miofascial pode ser feito pelo médico ou fisioterapeuta através da palpação e observação do local dolorido mas apesar de não serem necessários exames de imagem o fisioterapeuta poderá realizar alguns testes que evidenciam a síndrome dolorosa.

O que leva à formação dos pontos de gatilho

São vários os fatores que podem levar à formação dos pontos de gatilho, podendo ser tanto devido a fatores psicológicos quanto a alterações do organismo ou como consequência de pancadas, além de também estares fortemente relacionados com situações voltadas à atividade profissional realizada.

Por isso, estresse, cansaço excessivo, alterações do sono e tensão, bem como postura e movimentos repetitivos podem levar à formação dos pontos de gatilho. Além disso, esses pontos podem ser formados devido à pancada, alterações hormonais, deficiências nutricionais, problemas musculares ou após realização de cirurgia, por exemplo.
Como tratar a dor miofascial

O tratamento para a dor miofascial deve ser feito pelo ortopedista e pelo fisioterapeuta, possuindo como objetivo o alívio da dor e do desconforto através do uso de medicamentos, alongamentos e técnicas de liberação miofascial, que são realizadas nas sessões de fisioterapia.

As principais formas de tratamento recomendadas são:
1. Remédios

O médico pode orientar o uso de analgésicos, como Paracetamol ou Dipirona, ou anti-inflamatórios, como Diclofenaco, que podem ser usados em forma de comprimidos, pomadas ou loções, além dos relaxantes musculares, como ciclobenzaprina. Em alguns casos, o médico pode indicar a realização de infiltração com solução fisiológica salina diretamente no ponto gatilho ou utilização de spray de fluormetano ou cloreto de etila, que também garantem bons resultados.
2. Compressas quentes

Colocar uma compressa quente deixando atuar durante cerca de 20 minutos de cada vez é uma boa forma de aliviar a dor muscular. É possível utilizar essa estratégia 2 a 3 vezes ao dia e logo em seguida deve-se realizar os alongamentos, pois assim a eliminação dos pontos de gatilho pode acontecer de forma mais eficaz.
3. Alongamentos

Consiste em realizar exercícios que servem para estirar o músculo e toda a região afetada, durante 30 segundos à 1 minuto de cada vez. Os alongamentos podem ser realizados de forma passiva, que é quando uma outra pessoa segura a perna ou o braço para que o músculo seja alongado, ou de forma ativa quando a própria pessoa realiza o estiramento muscular.

4. Liberação miofascial

Pressionar e friccionar o músculo e o ponto gatilho também são técnicas indicadas para combater a dor miofascial. Para que cause menos dor, o descolamento da pele do músculo pode ser feito durante uma massagem.

Optar pelo uso de bolinhas ou rolos também é uma boa estratégia para eliminar os pontos gatilho que dão origem à dor miofascial. Veja como usar os rolos de automassagem para combater a dor.
5. Outros recursos

Além disso, as pessoas podem também recorrer à acupuntura, crioterapia ou eletroterapia com uso de TENS, ultrassom ou laser para minimizar a dor provocada pelos pontos gatilho. Existem várias técnicas diferentes que podem ser usadas para combater esta dor e as massagens e auto massagens são excelentes.
INFORMAÇÃO DO AUTOR

Marcelle Pinheiro
FISIOTERAPEUTA

Formada em Fisioterapia pela UNESA em 2006 com registro profissional no CREFITO- 2 nº. 170751 - F

o choque neurogênico

 

O que é o choque neurogênico, quais os sintomas e como tratar


O que é o choque neurogênico, quais os sintomas e como tratar 

O choque neurogênico acontece quando existe uma falha de comunicação entre o cérebro e o corpo, fazendo com que os vasos sanguíneos percam o seu tônus e dilatem, dificultando a circulação do sangue pelo corpo e diminuindo a pressão arterial. Quando isso acontece, os órgãos deixam de receber o oxigênio necessário e, por isso, deixam de conseguir funcionar, criando uma situação que coloca a vida em risco.

Este tipo de choque é mais frequente em acidentes de viação e quedas, por exemplo, quando há uma lesão da medula espinhal, no entanto, também pode surgir devido a problemas no cérebro, por exemplo.


Assim, se existir suspeita de choque neurogênico é muito importante ir imediatamente ao pronto-socorro ou chamar ajuda médica, ligando o 192, para que possa ser iniciado o tratamento adequado, já que se trata de uma situação que põe em risco a saúde da pessoa, podendo trazer danos irreversíveis ou esmo causar a morte. O tratamento normalmente é feito na UTI com a administração de remédios diretamente na veia.


O que é o choque neurogênico, quais os sintomas e como tratar
Principais sinais e sintomas
Os dois primeiros sintomas mais importantes do choque neurogênico são a diminuição rápida da pressão arterial e o abrandamento do batimento cardíaco. No entanto, também são frequentes outros sinais e sintomas como:


Diminuição da temperatura corporal, abaixo de 35,5ºC;
Respiração rápida e superficial;
Pele fria e azulada;
Tonturas e sensação de desmaio;
Excesso de suor;
Ausência de resposta a estímulos;
Alteração do estado mental;
Redução ou ausência da produção de urina;
Inconsciência;
Dor no peito.
A gravidade dos sintomas normalmente aumenta de acordo com a lesão que levou ao surgimento do choque, sendo que, no caso de leões na coluna, quanto mais acima da coluna for essa lesão, mais severos poderão ser os sintomas.


Existem outros tipos de choque que também podem causar este tipo de sintomas, como é o caso do choque séptico ou do choque cardiogênico. Porém, em qualquer um dos casos, é sempre importante ir o mais rápido ir ao hospital para iniciar o tratamento.


Possíveis causas do choque neurogênico
A principal causa de choque neurogênico é o acontecimento de lesões na coluna, devido a pancadas fortes nas costas ou acidentes de trânsito, por exemplo.


No entanto, a utilização de um técnica incorreta para fazer anestesia peridural no hospital ou o uso de algumas drogas ou medicamentos que afetam o sistema nervoso também podem ser causas de choque neurogênico.


Como é feito o tratamento
O tratamento para o choque neurogênico deve ser iniciado o mais rápido possível para evitar complicações graves que colocam a vida em risco. Dessa forma, o tratamento pode ser iniciado imediatamente no pronto-socorro, mas depois precisa ser continuado na UTI para manter uma avaliação constante dos sinais vitais. Algumas formas de tratamento incluem:


Imobilização: é usada nos casos em que acontece uma lesão na coluna, de forma a evitar que se agrave com os movimentos;
Uso de soro diretamente na veia: permite aumentar a quantidade de líquidos no corpo e regular a pressão arterial;
Administração de atropina: um remédio que aumenta os batimentos cardíacos, caso o coração tenha sido afetado;
Uso de epinefrina ou efedrina: juntamente com o soro, ajudam a regular a pressão arterial;
Uso de corticoides, como metilprednisolona: ajudam a diminuir as complicações de lesões neurológicas.
Além disso, se tiver acontecido um acidente, também pode ser necessária uma cirurgia para corrigir as lesões provocadas.
Dessa forma, o tratamento pode durar entre 1 semana até vários meses, dependendo do tipo de lesão e da gravidade da situação. Após estabilização dos sinais vitais e recuperação do choque, geralmente é necessário fazer sessões de fisioterapia para recuperar alguma da força muscular ou para se adaptar à realização das atividades diárias.


INFORMAÇÃO DO AUTOR Gonzalo Ramirez
Gonzalo Ramirez
CLÍNICO GERAL E PSICÓLOGO
Formado em Medicina pela Universidad Popular Autónoma del Estado de Puebla e licenciado em Psicologia Clínica pela Universimdad de Las Américas Puebla.