sábado, 2 de julho de 2022



Joquebede e o nascimento e educação de Moisés



Joquebede casou-se com Anrão, da tribo de Levi, durante os anos que o povo de Israel foi escravo no Egito. Ela viveu numa época em que a carga de trabalho dos israelitas era muito pesada, e a vida tornou-se amarga e de dura servidão [Êxodo 1.8-13].



Joquebede ficou grávida pela terceira vez quando já tinha Miriã e Arão. Moisés nasceu num momento de grandes aflições. Durante a gravidez, o Faraó do Egito havia cruelmente decretado que todos os meninos nascidos das escravas hebreias fossem lançados no rio Nilo para morrerem afogados porque temia que o povo hebreu, que era seu escravo, se tornasse tão grande a ponto de enfrentar os dominadores egípcios e vencer. Por isso, a ordem de matar os recém-nascidos de sexo masculino [Êxodo 1.22]. O sofrimento das mulheres israelitas era intenso ao ver seus filhos perdendo a vida no Nilo.

Neste contexto, Joquebede sabia que, se desse à luz um menino, seu bebê morreria. Mesmo em condições tão desfavoráveis, ela permaneceu firme no Senhor e não perdeu a sua fé e escondeu o bebê enquanto foi possível. Sendo uma mãe temente a Deus, achou um jeito de salvar a vida de Moisés: depositou-o em um cesto, lançando-o nas águas do Nilo, numa região em que as princesas costumavam banhar-se. Uma princesa o encontrou e o adotou.

Quando o Senhor providenciou que a filha de Faraó convidasse Joquebede para ser sua serva, ela aceitou humildemente a proposta e pôde cuidar do bebê como se fosse sua babá, não perdeu tempo e aproveitou os dois ou três anos junto ao menino para inculcar-lhe o temor do Senhor.

Joquebede não relutou em devolver o menino quando crescido, pois cria totalmente na providência do Senhor. Sabia que o seu filho não lhe pertencia e agiu corretamente com sua fé, entregando a vida dele ao Senhor. Ainda que Moisés fosse apenas um bebê, ela esforçou-se para cumprir sua responsabilidade de mãe fiel ao Senhor, ensinando-o a temê-lo em todo tempo. O ato de Joquebede demostra sua fé e dependência completa de Deus [Hebreus 11.23]. Mas não foi fácil para ela abrir mão do seu próprio filho.

Também não deve ter sido fácil para Moisés sair dos braços de sua mãe para um lugar estranho, com outra mãe. Mas graças a esse duro sacrifício de amor, Moisés teve a melhor educação, que poderia ter, uma educação de príncipe. Dessa forma foi treinado em diplomacia, esteve com grandes administradores da corte, aprendeu a arte da guerra, acompanhou cientistas e usufruiu os prazeres das festas e regalias da realeza.

Moisés passou por um longo período de preparação para tornar-se um servo de Deus. Já adulto, viu seu povo sendo maltratado e sentiu revolta. Acabou cometendo um crime e teve de fugir. Nessa fuga, Deus começou a trabalhar o quebrantamento do seu coração. Inicialmente, Deus deu a Moisés um novo lar, uma esposa e filhos. Ele teve de assumir uma tarefa com seu sogro e agir com responsabilidade. Sem a proteção e a riquezas do palácio, encontrou mansidão e entendeu a importância de confiar em Deus.

Deus esculpiu o coração de Moisés lentamente e, pouco a pouco, foi transformando a vida dele. Depois de muitas lutas e sacrifícios, enfim Moisés estava pronto. Já podia seguir os passos do Todo-Poderoso como um servo fiel. Mais uma vez, a mão de Deus preparou um coração para a sua obra. A preparação para servir a Deus pode demorar, mas toda vez que alguém recebe o 'diploma' de servo de Deus há festa no céu.

Quando a vida se torna difícil, sofrida, amarga, devemos permanecer firmes, crendo totalmente na soberania do nosso Deus. Os pais cristãos devem criar seus filhos como Joquebede, cientes que eles pertencem ao Pai celeste e não a eles mesmos. Ao ter a certeza que o Senhor tem um propósito soberano para a vida de todas as crianças, descansamos na sua providência. É necessário aproveitar bem o tempo que eles estão conosco para educá-los, fazer bom uso de todas as oportunidades para ensinar os filhos a amar o Senhor e temê-lo em todas as circunstâncias. Não devemos subestimar a capacidade de aprendizado dos bebês, pelo contrário, com convicção precisamos transmitir a Palavra de Deus, confiando que o Espírito Santo fará a obra no coração deles [Deuteronômio 6.1-9].


Eliseu Antonio Gomes Postad eliseu07redesocial@yahoo.com.br










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