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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
TECFIDERA™ DA BIOGEN IDEC RECEBE APROVAÇÃO NA UNIÃO EUROPEIA
06/02/2014

O TECFIDERA™ (fumarato de dimetilo, também conhecido por BG-12 durante os ensaios clínicos), novo tratamento oral de primeira linha para a Esclerose Múltipla Surto-Remissão da Biogen Idec, acaba de receber a aprovação da Comissão Europeia (CE), a qual é válida para toda a União Europeia. Após análise dos dados de Eficácia, Segurança e Qualidade submetidos pela Biogen Idec, a EMA concluiu que o TECFIDERA™ apresenta um perfil benefício-risco favorável, avança comunicado de imprensa.
O TECFIDERA™ é a quarta terapêutica que a Biogen Idec disponibiliza para pessoas com Esclerose Múltipla (EM) e está disponível nos EUA desde Março de 2013, onde os especialistas consideram que este medicamento se tornará a primeira escolha no tratamento da Esclerose Múltipla nos próximos anos e que após seis meses do lançamento passou a ser o fármaco oral mais prescrito naquele país.
Para o Dr. João de Sá, neurologista e especialista no tratamento da Esclerose Múltipla, “Este fármaco inovador alia eficácia a um bom perfil de segurança e de tolerabilidade bem como apresenta a comodidade da via de administração oral. Tem assim condições para ser um medicamento altamente útil que vem enriquecer o já significativo armentário terapêutico da Esclerose Múltipla evoluindo por surtos”.
A aprovação da CE baseia-se nos dados de um extenso programa de desenvolvimento clínico que incluiu dois ensaios de fase 3, DEFINE e CONFIRM , que envolveram mais de 2.600 doentes com EM surto-remissão, bem como um estudo de seguimento a longo prazo que inclui doentes seguidos há mais de seis anos e meio.
Sérgio Teixeira, diretor-geral da Biogen Idec Portugal afirma que “é com enorme satisfação que vemos chegar à União Europeia um medicamento que conquistou ao longo de 2013 a preferência dos neurologistas nos EUA, pois é um fármaco eficaz, com um perfil de segurança favorável, associados à comodidade da administração oral (cápsulas) – uma combinação que acreditamos ter um impacto positivo significativo nas pessoas que vivem com EM. Este é mais um passo que consolida o compromisso da Biogen Idec em proporcionar tratamentos inovadores e trazer para o mercado medicamentos que possam ir ao encontro das necessidades individuais dos doentes com EM. Acreditamos que cada doente tem necessidades diferentes e estamos por isso empenhados em dar resposta a essas necessidades”.
FONTE:http://www.rcmpharma.com/actualidade/medicamentos/06-02-14/tecfidera-da-biogen-idec-recebe-aprovacao-na-uniao-europeia
Postado por ANDRÉ PONCE DA SILVA às 05:37
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Crédito para acessibilidade ajudará deficientes a terem independência
Crédito para acessibilidade ajudará deficientes a terem independência
Pesadas para o bolso como todas as reformas, obras de acessibilidade como instalação de barras,construção de rampas, alargamento de portas e nivelamento de piso fazem toda a diferença em casas onde há moradores com deficiências físicas. Elas significam independência para pessoas como o jornalista Luciano Oliveira Alves do Nascimento, 27 anos, morador do Rio de Janeiro.
Tetraplégico desde os 15 anos, quando bateu a cabeça em uma pedra, Luciano ainda não conseguiu adaptar o banheiro do apartamento onde mora com a mãe. O resultado é que precisa tomar banho fora do box e depende do auxílio dela. Graças a uma resolução aprovada na última semana pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a vida dele e de outros deficientes deve ficar mais fácil.
Uma decisão do colegiado determinou que pessoas que ganham até dez salários mínimos poderão usar microcrédito a juros baixos para fazer as mudanças necessárias nos imóveis. A linha complementa outra já existente, para adquirir bens de locomoção. “É a mesma linha de crédito, a diferença é que está ampliando o escopo”, explica o coordenador de Políticas Sociais da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Arnaldo de Lima Júnior. Os recursos também vêm da mesma fonte, o limite de 2% dos depósitos à vista que os bancos devem usar para operações de microcrédito. As condições para os empréstimos já podem ser consultadas no Banco do Brasil.
Segundo Arnaldo de Lima Júnior, em tese, qualquer instituição financeira pode ofertar a nova linha,com juros até 2% ao mês. No entanto, como trabalha com subvenção econômica, o BB tem condições de oferecer juros menores, perto de 0,40% ao mês. O valor máximo para tomada de empréstimo é o mesmo do microcrédito para bens de locomoção, R$ 30 mil. O teto vale por pessoa, não por operação. Lima explica que é possível, por exemplo, financiar uma cadeira de rodas e depois fazer novo empréstimo para adaptações na casa. O prazo para pagamento é até 60 meses.
Para ter acesso aos recursos para reformas, é preciso apresentar projeto assinado por arquiteto cadastrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo.Deve ser anexado ainda relatório de responsabilidade técnica firmado pelo arquiteto, detalhando a quantidade de materiais e mão de obra necessária. Além disso, o dinheiro só será liberado para imóveis legalizados, com certidão no Cartório de Registro de Imóveis. Como encomendar o projeto arquitetônico envolve gastos, Arnaldo de Lima Júnior esclarece que é possível solicitar crédito também para financiá-lo. A apresentação do projeto é feita a posteriori e o banco pode suspender os recursos se constatar irregularidades.
Luciano do Nascimento, que orçou a reforma do banheiro de seu apartamento em R$ 10 mil, pretende recorrer ao crédito para custeá-la. “Quero colocar o piso [do banheiro] no mesmo nível do da sala, usar piso antiderrapante, substituir um batente do box por uma mini-rampa, trocar de lugar o vaso sanitário para facilitar a entrada e abaixar o nível da pia”, enumera o jornalista, que diz que planeja as adaptações há algum tempo, mas nunca teve recursos para financiá-las do próprio bolso. “A minha casa é relativamente adaptada, eu e minha mãe alargamos as portas. Mas desde que me mudei, nunca consegui tomar banho dentro do box. É um transtorno, pois molha o banheiro todo”.
Além do banheiro, Luciano tem intenção de fazer uma rampa na entrada do apartamento. Ele já havia entrado em contato com o Banco do Brasil em busca de informações sobre a linha de crédito destinada à compra de bens de locomoção. “Acabei não precisando usá-la, pois ganhei a cadeira de rodas motorizada de que precisava”, explica. Para ele, iniciativas do tipo são importantes porque o acesso a adaptações e facilidades para deficientes ainda é difícil no país. “Tudo aqui no Brasil para uma pessoa com deficiência ainda é muito caro. Temos poucos lugares vendendo produtos adaptados e muitos são importados”, comenta.
Carolina Vasconcelos, coordenadora de Terapia Ocupacional da Associação Brasileira Beneficiente de Reabilitação (ABBR), ajuda pacientes a ganharem independência na vida doméstica, simulando a realização de tarefas em um espaço batizado de Laboratório de Atividades da Vida Diária. O espaço simula uma residência com as adaptações necessárias. Segundo ela, no entanto, frequentemente o ambiente contrasta com aquele que os deficientes têm em suas casas.
“Quando o paciente entra na instituição, a gente vê imagens da casa dele e propõe mudanças. Colocação de barras, banheiro, alargamento de portas, retirar blindex do box. Ele sai com todas as indicações. Mas muitos pacientes que a gente atende são pessoas carentes, que não têm condições financeiras de investir em uma mudança. Acho que esse crédito vai abrir muitas portas. Quando a gente consegue adequar o espaço, acabar com as barreiras arquitetônicas, promove a autonomia dessa pessoa”, opina.
Por: Agência Brasil
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
DESABAFO DE TODO CADEIRANTE AO FREQUENTAR O CENTRO DE NOSSA CIDADE
GENTE, SINTO ISTO NA PELE, SEMPRE QUE VOU AO CENTRO DE ARAPIRACA, FICO HORRORIZADA COM OS ABSURDOS QUE VEJO, LOJISTAS Q DIFICULTARAM ATÉ A ENTRADA, COMO SE NÃO BASTASSEM AS DIFICULDADES DAS RUAS, TEMOS DE CONVIVER COM A FALTA DE ACESSIBILIDADE INTERNA, QUANDO NÃO SÃO OS CORREDORES APERTADOS, OS MONTES DE CAIXAS, ELETRODOMÉSTICOS, LIXEIRAS E GRANDES TABULEIROS, VEM AS FAMOSAS ESCADAS, COMO É DIFÍCIL, PARECE NUNCA TER FIM, CONSTROEM CASAS, PRÉDIOS, CALÇADAS LARGAS EM VOLTA DE PRAÇAS, À MARGEM DE RIOS E LINHAS FÉRREAS ONDE ATÉ LEMBRAM DAS RAMPAS, QUE BOM,PENA QUE ANTES DE INAUGURAREM AS RAMPAS OS COLEGAS QUE AS FIZERAM E AS ARQUITETAREM NÃO AS TESTAM PRIMEIRO, ORA, NÃO DIFÍCIL SENTAR EM UMA CADEIRA DE RODAS E DAR UMA VOLTA, ASSIM TERÃO NOÇÃO DO TIPO DE ACESSIBILIDADE QUE ESTÃO NOS OFERECENDO, GOSTARIA DE LEMBRAR AOS SENHORES, QUE ACESSIBILIDADE NÃO É APENAS PARA DEFICIENTES E SIM PARA TODOS, SÓ TEMOS QUATRO ESCOLHAS NESSA VIDA, QUE SÃO: MORRER AO NASCER; CRESCER E TER A VIDA CEIFADA PRECOCEMENTE; DEPOIS DAS TRAGEDIAS DOS ACEDENTES FICAR DEFICIENTE (DESSAS TRÊS, DEUS OS LIVRE); OU, FICAR IDOSO (ESSA DESEJO A TODOS) E COM CERTEZA IRÁ PRECISAR DE ACESSIBILIDADE UM DIA.
LEIAM O QUE NARRA UMA COLEGA MÃE DE UM CADEIRANTE
É pau, é pedra, é o fim do caminho, é a passarela inclinada, é o carro na calçada. O dia a dia de um cadeirante é tão cheio de obstáculos que, na maioria das vezes, um simples passeio vira uma maratona. Que o diga a organizadora de festas Vania Batista Garcia, mãe do cadeirante Luan Valdetaro, de 13 anos.
— As ruas são tão esburacadas e aspessoas tão insensíveis que volto com braços, costas, mãos, tudo doendo. Só não quebrei a cadeira ainda porque me quebro. Fico com tendinite, lombalgia. O Luan, quando chega em casa, sente dor no pescoço, de tanto que chacoalhamos nos ônibus. Tudo isso debaixo desse calor é um inferno — desabafa. — E ainda há carros na calçada, restaurantes que bloqueiam o passeio. Mas não posso deixar de sair, de levá-lo para os lugares, e tenho que continuar lutando, reclamando meus direitos e os dele, senão, ninguém nos respeita.
— As ruas são tão esburacadas e aspessoas tão insensíveis que volto com braços, costas, mãos, tudo doendo. Só não quebrei a cadeira ainda porque me quebro. Fico com tendinite, lombalgia. O Luan, quando chega em casa, sente dor no pescoço, de tanto que chacoalhamos nos ônibus. Tudo isso debaixo desse calor é um inferno — desabafa. — E ainda há carros na calçada, restaurantes que bloqueiam o passeio. Mas não posso deixar de sair, de levá-lo para os lugares, e tenho que continuar lutando, reclamando meus direitos e os dele, senão, ninguém nos respeita.
Governo publica portaria que cria política nacional para doenças raras
Governo publica portaria que cria política nacional para doenças raras
O
Ministério da Saúde publicou nesta quarta-feira (12) no Diário Oficial da União
portaria que cria a Política nacional de atenção integral às pessoas com
doenças raras, anunciada no fim de janeiro.
Com
isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) vai incorporar 15 novos exames para
diagnosticar doenças raras e credenciar hospitais e instituições para
atendimento de pacientes portadores dessas enfermidades. As avaliações vão
abranger grande parte das 8 mil doenças raras já estudadas.
A
política foi criada após pedidos de organizações não-governamentais e
instituições de pesquisas, que discutiam o assunto com o governo desde 2012. A
norma vale a partir desta quarta.
Segundo
o Ministério da Saúde, existem atualmente no Brasil 240 serviços que promovem
ações de diagnóstico e assistência. Com a nova norma, instituições poderão se
credenciar ao SUS para receber verbas destinadas aos exames e às equipes que
trabalham no tratamento dos pacientes.
Repasse
de verbas
De acordo com o governo, será repassado mensalmente R$ 11,6 mil para custeio da equipe de serviço especializado (com, no mínimo, um médico, enfermeiro e técnico de enfermagem) e R$ 41,4 mil para equipes do serviço de referência, que conta com geneticista, neurologista, pediatra, clínico geral, psicólogo ou outros profissionais.
De acordo com o governo, será repassado mensalmente R$ 11,6 mil para custeio da equipe de serviço especializado (com, no mínimo, um médico, enfermeiro e técnico de enfermagem) e R$ 41,4 mil para equipes do serviço de referência, que conta com geneticista, neurologista, pediatra, clínico geral, psicólogo ou outros profissionais.
Atualmente,
o SUS conta com 26 protocolos clínicos para doenças raras que são a "porta
de entrada" para a assistência na saúde pública. Além disso, há oferta de
medicamentos para 11 enfermidades, como a deficiência de hormônio do
crescimento (hipopituitarismo), fibrose cística e hipotiroidismo congênito.
O
conceito de doença rara utilizado pelo Ministério da Saúde é o mesmo
recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, disturbios que
afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos (1,3 para cada duas mil
pessoas).
A íntegra da nova política pode ser conferida aqui.
A íntegra da nova política pode ser conferida aqui.
Fonte: Bem Estar G1
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Disfunção urinária
Disfunção urinária
Material elaborado por
Adelia Correia Lucio, MSc
Fisioterapêuta. Especialista em Neurologia Adulto pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) . Mestre em Cirurgia (Neurourologia) UNICAMP. Doutorado em andamento em Cirurgia pela UNICAMP.
CREFITO 3-79726-F
Dois entre três pacientes portadores de esclerose múltipla (EM) apresentarão algum tipo de sintoma urinário durante o curso da doença. Isto ocorre porque os locais de predileção das lesões da doença, no sistema nervoso central, coincidem com os locais de controle neurológico do sistema urinário. Caso uma pessoa apresente sintomas urinários decorrentes de uma lesão no sistema nervoso central, sendo por consequência da EM ou qualquer outra doença neurológica, os profissionais da saúde chamarão esta condição de bexiga neurogênica.
Para entendermos o que ocorre com a bexiga quando há uma lesão do sistema nervoso central precisamos primeiro entender seu funcionamento normal. O aparelho urinário é responsável pela formaçao e excreção de urina e é composto pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. Os rins são órgãos em forma de feijão responsáveis por filtrar o sangue e formar a urina. Dos rins, a urina segue para a bexiga através de finos tubos chamados ureteres. A bexiga é um órgão muscular oco que tem a função de armazenar a urina produzida pelos rins até o momento e local escolhidos para urinar. A uretra é um canal que se extende da base da bexiga ate a parte exterior do corpo responsável por conduzir a urina ao meio externo, é mais longa nos homens e mais curta nas mulheres.
Quando a bexiga urinária esta repleta de urina, ela incha obtendo a forma arredondada e diminui de tamanho após seu esvaziamento. Para que ocorra o enchimento da bexiga ela deve permanecer em repouso e a uretra contraída, para evitar perdas de urina. Para que ocorra o esvaziamento o músculo que forma a bexiga se contrai, a uretra relaxa e a micção ocorre. Basicamente, este é o funcionamento normal do aparelho urinário.
Os sintomas urinários na esclerose múltipla dependem do local que a lesão ocorre podendo causar sintomas de esvaziamento ou enchimento.
Os sintomas de esvaziamento ocorrem mais frequentemente em duas situações: quando a contração da bexiga urinária, necessária para o esvaziamento adequado, é muito fraca ou não ocorre sendo necessária a utilização de sonda vesical para a remoção da urina; ou quando a bexiga se contrai, porém o esfíncter não relaxa impedindo a urina de ser expelida, condição esta chamada de dissinergia vésico-esfincteriana.
A primeira situação é menos frequente na esclerose múltipla e pode ocorrer antes dos sintomas de enchimento se iniciarem ou ocorrer de forma permanente. Neste caso a bexiga se enche demasiadamente, porém a vontade de urinar é pouca ou nenhuma. Pode ocorrer perdas de urina por transbordamento, ou seja, a capacidade maxima da bexiga é ultrapassada e perdas involuntárias ocorrem. A segunda situação é mais frequente, ocorrendo em cerca de 25% dos pacientes. Nos dois casos a incidência de infecção urinária é alta, pois a urina parada por muito tempo dentro da bexiga é um meio ideal para a proliferação de bactérias.
Os sintomas de enchimento são muito frequentes sua causa esta associada às contrações irregulares e involuntárias da bexiga, que deveria estar relaxada no período de enchimento da bexiga. Os sintomas de enchimento mais comuns são a frequência urinária aumentada, urgência miccional, incontinência urinária de urgência e noctúria.
A frequência urinária normal, ou seja o número de vezes que uma pessoa vai ao banheiro urinar, é cerca de oito vezes por dia, uma pessoa que se queixa de urinar mais que oito vezes por dia é considerada uma pessoa com frequência urinaria aumentada. A urgência miccional é caracterizada pela vontade súbita de urinar muito difícil de controlar, sendo necessário ir ao banheiro mais próximo o mais rápido possível. Caso uma pessoa não consiga chegar ao banheiro, durante uma urgência miccional, e perde urina esta pessoa tem o sintoma de incontinência urinaria de urgência. E por último, uma pessoa que tem o sono interrompido durante a noite para urinar é considerada uma pessoa com sintomas de noctúria.
O entendimento destes sintomas pelo paciente é muito importante, pois a percepção da presença e variação dos sintomas auxilia o autoconhecimento e consequentemente o aumento da participação deste na relação terapêutica, auxiliando assim o profissional da saúde na escolha do melhor tratamento para cada caso.
Estas informações são recomendações gerais que objetivam expandir o conhecimento sobre a Esclerose Múltipla, mas não substituem a visita do paciente a um neurologista.
Fontes: 1. Nakipoglu, G.F.; Kaya, A.Z.; Orhan, G.; et. al. Urinary dysfunction in multiple sclerosis. J Clin Neurosci, v.16, p.1321–1324, 2009. 2. Onal, B.; Siva, A; Buldu, I; Demirkesen, O; et al. Voiding Dysfunction due to Multiple Sclerosis: a Large Scale Retrospective Analysis. International Braz J Urol, v.35, n.3, p.326-333, May - June, 2009. 3. Araki, I.; Matsui, M.; Ozawa, K.; Takeda, M.; et. al. Relationship of bladder dysfunction to lesion site in multiple sclerosis. The J of Urol, v.169, p.1384-1387, April, 2003. 4. Abrams, P.; Cardozo, L.; Fall, M.; Griffiths, D.; et. al. The Standardisation Of Terminology In Lower Urinary Tract Function: Report From The Standardisation Sub-Committee Of The International Continence Society. Urology,v.61, p.37–49, 2003.
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