sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Sistema Nervoso Periférico


Sistema Nervoso Periférico 

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é formado pelos nervos e gânglios nervosos.

Sua função é ligar o Sistema Nervoso Central aos outros órgãos do corpo e com isso realizar o transporte de informações.

Ele é uma das divisões do Sistema Nervoso, que anatomicamente, é dividido em:

  • Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula espinhal;
  • Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos e gânglios nervosos que conectam o SNC aos órgãos do corpo.

Componentes do Sistema Nervoso Periférico

sistema nervoso periférico e central
Sistema Nervoso Central e Periférico

O SNP é constituído por nervos e gânglios. Eles são os responsáveis por interligar o SNC as partes do corpo.

Veja a seguir como cada um desses componentes atua no corpo humano.

Nervos

Os nervos correspondem a feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Eles são responsáveis por fazer a união do SNC a outros órgãos periféricos e pela transmissão dos impulsos nervosos.

Os nervos apresentam a seguinte divisão:

  • Nervos Espinhais: compostos por 31 pares, são os que fazem conexão com a medula espinhal. Estes nervos são responsáveis por inervar o tronco, os membros e algumas regiões específicas da cabeça.
  • Nervos Cranianos: compostos por 12 pares, são os que fazem conexão com o encéfalo. São estes nervos que inervam as estruturas da cabeça e do pescoço.

Os nervos apresentam os seguintes tipos:

  • Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam sinais da periferia da corpo para o sistema nervoso central. Este tipo de nervo é capaz de captar estímulos como o calor e a luz, por exemplo.
  • Nervos Eferentes (Motores): enviam sinais do sistema nervoso central para os músculos ou glândulas.
  • Nervos Mistos: formados por fibras sensoriais e fibras motoras, por exemplo, os nervos raquidianos.

Saiba mais sobre:

Gânglios

Os gânglios nervosos são aglomerados de neurônios situados fora do sistema nervoso central, espalhados pelo corpo. É comum eles formarem uma estrutura esférica.

Veja na imagem abaixo um mapa-resumo sobre os componentes do Sistema Nervoso Periférico.

Componentes do sistema nervoso periférico
Resumo sobre os componentes do Sistema Nervoso Periférico

Saiba mais, leia também:

Divisões do Sistema Nervoso Periférico

sistema nervoso simpático e parassimpático
O Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático desempenham diversas atividades

O SNP é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo, de acordo com sua atuação.

  • Sistema Nervoso Somático: regula as ações que estão sob o controle da nossa vontade, ou seja, ações voluntárias. Atua sob a musculatura esquelética de contração voluntária.
  • Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central. Geralmente, exerce o controle de atividades de independem da nossa vontade, ou seja, ações involuntárias como as atividades realizadas pelos órgãos internos. Atua sob a musculatura lisa e cardíaca

O Sistema Nervoso Autônomo tem como função regular as atividades orgânicas, garantindo a homeostase do organismo. Ele apresenta duas subdivisões:

  • Sistema Nervoso Simpático que estimula o funcionamento dos órgãos; é formado pelos nervos espinhais da região torácica e lombar da medula. Os principais neurotransmissores liberados são a noradrenalina e a adrenalina.
  • Sistema Nervoso Parassimpático que inibe o funcionamento dos órgãos; é formado pelos nervos cranianos e espinhais das extremidades da medula. O principal neurotransmissor liberado é a acetilcolina.

Veja na imagem abaixo um mapa-resumo sobre a divisão do Sistema Nervoso Periférico.

Sistema Nervoso Periférico divisões
Resumo sobre as divisões do Sistema Nervoso Periférico

Juliana Diana
Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento

Nervo ciático

Dor no nervo ciático: o que é 

Sintomas Diagnóstico Tratamento O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano, sendo formado por várias raízes nervosas que vêm da coluna vertebral. O nervo ciático se inicia no final da coluna, passa pelos glúteos, parte posterior da coxa e, quando chega no joelho, se divide entre nervo tibial e fibular comum, e chega até os pés. E é nesse trajeto todo que ele pode causar dor com sensação de formigamento, pontadas ou choque elétrico. Quando existe compressão ou inflamação deste nervo, surge a dor ciática que causa sintomas como dor intensa no fundo das costas, glúteo ou pernas, dificuldade em manter a coluna ereta e dor ao andar. Nestes casos é importante procurar um médico ortopedista ou fisioterapeuta para que ele possa orientar o tratamento adequado. Para curar o nervo ciático inflamado deve-se realizar o tratamento indicado pelo ortopedista ou pelo fisioterapeuta, com remédios, exercícios, e por vezes, fisioterapia. Dor no nervo ciático: o que é, sintomas e como aliviar Principais sintomas Os principais sintomas causados pela inflamação do nervo ciático são: Dor no fundo das costas que irradia para o glúteo ou uma das pernas; Dor nas costas que piora ao sentar; Sensação de choques elétricos ou queimação no glúteo ou perna; Fraqueza na perna do lado afetado; Sensação de formigamento na perna. Muitas vezes estes sintomas estão associados a alterações na coluna, como hérnia de disco, espondilolistese ou mesmo artrose na coluna. Por esta razão, quando os primeiros sintomas surgem é muito importante consultar um médico ortopedista ou um fisioterapeuta, para que sejam realizados testes no consultório e sejam realizados exames de raio X da coluna para avaliar se esta possui alguma alteração que esteja comprimindo o nervo ciático, dando origem aos sintomas. Teste online para saber se está com ciática Se acha que pode estar com uma inflamação do nervo ciático, selecione os seus sintomas e saiba quais as suas chances: 1. Dor em formigamento, dormência ou choque na coluna, glúteo, perna ou planta do pé. 2. Sensação de queimação, fisgada ou perna cansada. 3. Fraqueza numa ou nas duas pernas. 4. Dor que piora ao ficar muito tempo parado. 5. Dificuldade para caminhar ou ficar muito tempo na mesma posição. Como confirmar se é dor ciática O diagnóstico da dor ciática pode ser feito pelo médico ortopedista ou pelo fisioterapeuta com base nos sinais e sintomas apresentados. O teste que consiste em comprovar a alteração do nervo ciático pode ser feito no consultório é: ficar deitado de barriga para cima e levantar a perna esticada da maca, se houver dor ou sensação de formigamento, o teste indica compressão ciática. Se houver dor na outra perna, isso indica grave alteração da coluna, como uma hérnia de disco extrusa, por exemplo. Os exames de imagem como raio X e ressonância magnética podem ser úteis para avaliar a coluna, ajudando a identificar o que está comprimindo o nervo. Caso a coluna apresente-se saudável e sem alterações, a causa da dor ciática deve ser somente muscular ou da fáscia, e o tratamento é relativamente mais simples. Quando há suspeita de que o nervo esteja mesmo danificado, o que raramente acontece, somente em caso de acidentes graves, pode ser necessário fazer uma eletroneuromiograma, que é um exame que avalia o funcionamento do próprio nervo. Como aliviar o nervo ciático inflamado Dor no nervo ciático: o que é, sintomas e como aliviar O tratamento para nervo ciático dolorido ou inflamado pode ser feito com uso de remédios analgésicos, anti-inflamatórios em forma de comprimidos, pomadas, uso de bolsas de calor e fisioterapia com exercícios específicos. As opções são: 1. Remédios Os remédios indicados para combater a dor ciática podem ser o Paracetamol, Ibuprofeno, ou os mais fortes, derivados da morfina como o Tramadol, mas um relaxante muscular e o Diazepan também podem ser indicados pelo ortopedista. Mas uma forma mais natural de combater a dor é tomar o complexo de vitamina B, já que esta melhora a saúde dos nervos do corpo. 2. Massagem A massagem com creme hidratante ou óleos essenciais é uma das melhores opções de tratamento caseiro para nervo ciático inflamado porque serve para aliviar a dor e melhorar a movimentação, porque relaxam os músculos das costas, pernas e glúteos, diminuindo assim a compressão do nervo, mas preferencialmente devem ser realizadas por um massagista ou fisioterapeuta e não exclui a necessidade de tratamento na clínica. 3. Exercícios O repouso piora a dor, assim como ficar muito tempo na mesma posição e por isso os exercícios leves são bem-vindos. Inicialmente são mais recomendados os alongamentos que podem ser feitos com a pessoa deitada de barriga para cima e abraçando as pernas, por exemplo. Quando a dor diminuir de intensidade, após a primeira semana de fisioterapia podem ser realizados exercícios de fortalecimento muscular, como: deitar de barriga para cima, fletir os joelho e apertar uma almofada entre as pernas e para trabalhar as costas e coluna, deitar de barriga para cima, fletir os joelhos e levantar o quadril e o bumbum da maca. Estes exercícios de Pilates Clínico são excelentes opções para curar a dor ciática porque fortalecem o abdômen e a coluna. Fortalecer o abdômen é um ótimo truque para proteger a coluna. Veja como fazer os exercícios mais indicados nesse vídeo: Veja outros exercícios para isso em: 5 exercícios de Pilates contra Dor nas costas. 4. Fisioterapia Na maioria dos casos, o tratamento da inflamação ou compressão do nervo ciático envolve a realização de sessões de fisioterapia com aparelhos que reduzem a dor e inflamação e são realizados exercícios de fortalecimento e alongamentos, e técnicas manuais para mobilizar e estirar a perna afetada, melhorando a irrigação sanguíneo do próprio nervo ciático e normalizar o tônus dos músculos do glúteo e da perna. Além disso, é também recomendada a aplicação de calor localizado sobre a região a tratar, e a realização de alongamentos para esticar e aliviar a compressão do nervo. Veja outros cuidados e opções caseiras para tratar o nervo ciático em Tratamento caseiro para nervo ciático. Algumas vezes quando estes problemas estão associados a uma má postura, o fisioterapeuta pode também recomendar a realização de um tratamento chamado Reeducação Postural Global - RPG, no qual existe uma correção da postura e alongamento dos músculos responsáveis pela alteração postural. 5. Alimentação Durante uma crise do ciático deve-se preferir alimentos anti-inflamatórios como salmão, alho, cebola, linhaça, chia e gergelim. Mas também é importante reduzir o consumo de alimentos que aumentam a inflamação no corpo, que são principalmente as carnes processadas, como salsicha, linguiça e bacon. Saiba como fazer uma alimentação anti-inflamatória. 6. Tratamento alternativo Além disso, existem outras opções que também podem completar o tratamento, que incluem a realização de sessões de Acupuntura e Reflexologia para alivio da dor e desconforto. Uma outra possibilidade é a osteopatia, que consiste em técnicas que esticam os músculos, tracionando de forma a estalar as articulações, sendo uma boa forma de tratar a escoliose, hiperlordose e a hérnia de disco que geralmente estão envolvidas na causa da dor ciática. 7. Cirurgia na coluna Fica reservada somente para os casos mais graves, quando há hérnia de disco que não melhora com todos os tratamentos acima citados. Nesse caso o cirurgião pode decidir retirar o disco vertebral e colar uma vértebra na outra, por exemplo. Como evitar que a dor volte Dor no nervo ciático: o que é, sintomas e como aliviar Para prevenir uma nova crise de dor ciática, deve-se: Fazer regularmente alongamentos, que estiquem os músculos das pernas e a coluna. Veja alguns alongamentos que pode fazer durante o dia de trabalho em 8 Alongamentos para combater a Dor nas Costas no Trabalho. 
 Evitar o sedentarismo e praticar regularmente atividades como caminhada, Pilates ou Hidroginástica que fortalecem e alongam os músculos; 
Tentar manter a postura das costas correta mesmo quando sentado; 
Estar sempre dentro do peso ideal; Manter o abdômen sempre forte para proteger a coluna. 
O que causa a dor no nervo ciático 
A dor no nervo ciático acontece quando este nervo sofre uma compressão, o que é comum quando a pessoa possui hérnia de disco lombar, especialmente entre L4 ou L5, um aperto do canal onde passa a medula, um desalinhamento de uma vértebra, ou quando possui um aumento do tônus e da firmeza do glúteo, por exemplo. Mulheres que praticam atividade física na academia e tem o bumbum muito trabalhado, podem ficar com dor ciática porque houve uma aumento do tônus ou, até mesmo, se desenvolveu uma contratura no glúteo, mais especificamente no músculo piriforme. Cerca de 8% da população mundial sofre com dor ciática porque nelas as fibras do nervo passam por dentro do músculo piriforme, e este quando está muito tenso ou com contratura, comprimem o nervo, levando ao surgimento da dor em forma de dormência, choque ou formigamento. 
Saiba identificar a síndrome do piriforme. 
 Nervo ciático inflamado na gravidez Durante a gravidez é comum o nervo ciático ser afetado devido ao rápido aumento de peso, crescimento da barriga e alteração do centro de gravidade da mulher, o que pode levar à compressão deste nervo. Quando isto acontece, a grávida deve procurar um médico ou fisioterapeuta, para iniciar o tratamento e minimizar os sintomas apresentados. 
O tratamento pode ser feito com exercícios de alongamento, compressas quentes e pomadas antiinflamatórias para passar no local da dor. INFORMAÇÃO DO AUTOR Marcelle Pinheiro Marcelle Pinheiro FISIOTERAPEUTA Formada.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

 opções de tratamento da esclerose múltipla


O tratamento para esclerose múltipla é feito com remédios para controlar os sintomas, evitar as crises ou atrasar a sua evolução, além de atividade física, terapia ocupacional ou fisioterapia, principalmente nos momentos de crise, que são quando os sintomas reaparecem, a fim de fazer com que eles sejam eliminados.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que não tem cura e que se manifesta através de momentos de surto-remissão, que significa que a doença pode apresentar sintomas, como dormência e formigamento no braço, que pode desaparecer completamente ou não. Em alguns casos a doença não se manifesta através de surtos, sendo progressiva, havendo sempre uma piora e agravamento do estado geral de saúde e dificuldade na mobilidade. Em todo caso, é sempre necessário seguir o tratamento indicado pelo médico.

5 opções de tratamento da esclerose múltipla

1. Remédios

Os remédios indicados para esclerose múltipla devem sempre ser recomendados pelo neurologista após identificação do tipo de esclerose que a pessoa possui e são indicados para controlar as crises ou a evolução da doença.

Remédios para as crises

O tratamento para as crises de esclerose múltipla é feito com pulsoterapia, que é a administração de metilprednisolona, que é um corticóide, diretamente na veia, por curtos períodos de tempo, geralmente por 3 a 5 dias. 

Após o uso da metilprednisolona, o médico pode recomendar o uso de prednisolona, que é outro tipo de corticóide, por via oral por 5 dias ou mais.

Este tratamento ajuda a reduzir a inflamação dos nervos, o que contribui para diminuir a intensidade e o tempo de permanência das crises e aliviar os sintomas como perda parcial da visão, diminuição da força ou da coordenação. No entanto, deve ser feito por curtos períodos porque os corticóides podem causar muitos efeitos colaterais como insônia, aumento da pressão arterial, aumento dos níveis de glicose no sangue, alterações de humor e retenção de líquidos.

Remédios para controlar o sistema imunológico

Os remédios para ajudar a controlar o sistema imunológico impedem que o sistema imune ataque as células nervosas, ajudando a reduzir o retorno dos sintomas e a diminuir a progressão da doença, podendo ser indicado pelo médico o uso de interferon beta, fingolimode, natalizumabe e acetato de glatirâmer ou fumarato de dimetila, que são oferecidos pelo SUS.

Outros medicamentos para o tratamento da esclerose múltipla, mas que não são disponibilizados pelos SUS, incluem cladribina, laquinomode, ocrelizumabe, alemtuzumabe e teriflunomida.

Remédios para controlar os sintomas

Os tratamento para controlar os sintomas da esclerose múltipla inclui relaxantes musculares, analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes, medicamentos para fadiga, incontinência urinária, disfunção erétil, insônia ou dificuldade de controle do intestino, por exemplo.

Esses medicamentos devem ser indicados pelo médico de forma individualizada de acordo com os sintomas que cada pessoa apresenta.

5 opções de tratamento da esclerose múltipla

2. Fisioterapia

A fisioterapia tem como objetivo fortalecer os músculos, melhorar a forma de andar, o equilíbrio e a coordenação motora, sendo indicada nos momentos de crise, quando há uma piora dos sintomas, provocando dificuldade de movimentar os braços e pernas, falta de coordenação motora, alteração da sensibilidade na pele, fraqueza muscular ou espasticidade, por exemplo.

A fisioterapia motora é geralmente indicada para evitar retrações musculares, combater a dormência, diminuir a dor, fortalecer os músculos e treinar atividades da vida diária como caminhar, escovar os dentes e pentear os cabelos, de acordo com a necessidade que a pessoa apresenta.

Já a fisioterapia respiratória costuma ser mais indicada numa fase mais avançada da doença quando o sistema respiratório encontra-se comprometido. Nesse tipo de tratamento fisioterapêutico pode-se utilizar pequenos aparelhos como o flutter, por exemplo, capaz de fortalecer os músculos respiratórios e soltar o catarro, mas os exercícios respiratórios também são muito importantes para facilitar a respiração e torná-la mais eficiente, diminuindo o risco de sufocamento.

Além da fisioterapia, outros tratamentos de reabilitação que podem ajudar a controlar os sintomas, manter a pessoa ativa e evitar que a doença avance incluem tratamento psicológico, neuropsicológico, praticar arteterapia, fazer fonoaudiologia ou terapia ocupacional, por exemplo.

3. Prática de atividade física

Após receber o diagnóstico de esclerose múltipla, manter-se ativo e fazer atividade física regularmente ajudam a evitar a progressão da doença ou prevenir o aparecimento rápido de sintomas. Alguns exercícios que podem ser indicados são:

  • Caminhada;
  • Corrida lenta, tipo trote;
  • Andar de bicicleta;
  • Fazer ginástica localizada;
  • Praticar yoga, pilates, especialmente o pilates clínico;
  • Hidroginástica ou natação.

Esses exercícios devem ser realizados em ambiente calmo e tranquilo e com temperatura agradável, porque o calor favorece a transpiração, o que agrava os sintomas da esclerose múltipla. Assim, deve-se estar atento para não manter o ritmo cardíaco muito alto, e para não elevar a temperatura corporal durante a atividade física.

Assista o vídeo seguinte e veja outros exercícios que pode fazer para se sentir melhor:

Recomenda-se praticar cerca de 30 minutos de atividade física leve ou moderada, diariamente, ou praticar 1 hora, 3 vezes por semana, além de fazer de 10 a 15 minutos de relaxamento diariamente.

Se durante a atividade física a pessoa sentir-se ofegante, deve parar o exercício imediatamente e respirar fundo e tranquilamente. O mesmo é indicado se sentir o coração batendo acelerado, falta de ar, cansaço ou transpirar muito.

Confira como combater cada sintoma da esclerose múltipla

4. Transplante de células-tronco

O transplante de células tronco autólogo é feito removendo células-tronco da própria pessoa, que deve se submeter a um tratamento com altas doses de medicamentos imunossupressores para inativar o sistema imunológico, antes de receber as células tronco de volta. Esse tipo de tratamento permite “reiniciar” o sistema imunológico, que é responsável por danificar o cérebro e a medula espinhal na esclerose múltipla.

Este tipo de transplante pode ser realizado em casos de esclerose múltipla grave e de difícil tratamento, mas não é um tratamento que cura a doença, além de ser um tratamento extremamente delicado, e deve ser realizado em centros especializados em transplante de células-tronco. Saiba como funciona o tratamento com células tronco.

5. Tratamento natural

Existem opções de tratamentos naturais para a esclerose múltipla, como dieta balanceada ajuda a aliviar sintomas de prisão de ventre ou cansaço, por exemplo, aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina D ou fazer terapias, como acupuntura ou acupressão. No entanto, estes não substituem o tratamento indicado pelo médico, apenas complementam.

A superdose de vitamina D também pode ser indicada como remédio contra esclerose múltipla, uma vez que alguns estudos indicam que altos níveis de vitamina D ajudam a diminuir o risco de crises, reduzem a atividade da doença e podem também reduzir o risco de desenvolvimento da esclerose múltipla. 

Sinais de melhora e piora da esclerose múltipla

Os sinais de melhora da esclerose múltipla surgem quando a pessoa faz o tratamento de acordo com a orientação do médico, e incluem diminuição da intensidade dos sintomas, diminuição da fadiga e recuperação da coordenação e força dos músculos, permitindo fazer melhor as atividades diárias. Essa melhora pode acontecer após iniciar o tratamento adequado, mas o tempo necessário para encontrar alívio dos sintomas é muito individual, porque varia de pessoa para pessoa.

No entanto, quando o tratamento é iniciado tarde ou não é feito de forma adequada, podem surgir sinais de piora da esclerose múltipla, que incluem perda da visão, paralisia, perda da memória ou incontinência. Nos momentos de piora, os tratamentos disponíveis devem ser intensificados, mas isso não é garantia de que os sintomas possam ser totalmente controlados. Em todo caso, a fisioterapia é uma grande ajuda para melhorar a qualidade de vida.

Possíveis complicações

As complicações respiratórias da esclerose múltipla avançada muitas vezes pode ser fatal, devido ao comprometimento dos músculos respiratórios e o acúmulo de secreções nos pulmões podendo ocasionar doenças como pneumonia aspirativa, atelectasia ou insuficiência respiratória. Assim, é recomendado praticar exercício físico regularmente por toda a vida, e sempre fazer fisioterapia para conseguir respirar e se mover melhor.

Os sinais que podem servir de alerta são falta de ar, dificuldade para respirar, cansaço fácil, tosse ineficaz e fraca, caso estes sintomas estejam presentes deve-se intensificar a fisioterapia respiratória com exercícios que favoreçam a inspiração profunda e a expiração forçada.

INFORMAÇÃO DO AUTOR
Marcelle Pinheiro
Marcelle Pinheiro
FISIOTERAPEUTA

Formada em Fisioterapia pela UNESA em 2006 com registro profissional no CREFITO- 2 nº. 170751 - F


 





12 Causas de Formigamento no corpo e o que fazer


A sensação de formigamento no corpo geralmente ocorre devido a uma compressão no nervo da região, devido à falta de oxigênio ou devido a problemas no nervo ou no sistema nervoso central.

Normalmente esse sintoma é passageiro e melhora com a movimentação do membro ou massagens locais, que melhoram a circulação. No entanto, ele também pode indicar a presença de problemas como má circulação, AVC, hérnia de disco e diabetes e, por isso, se não desaparecer em poucos minutos, deve-se consultar um clínico geral ou ir ao hospital para identificar a causa correta e iniciar o tratamento mais adequado.

12 Causas de Formigamento no corpo e o que fazer


1. Mau posicionamento do corpo

Ficar sentado, deitado ou parado na mesma posição por muito tempo, principalmente de pernas cruzadas ou com um peso sobre o membro provoca má circulação e compressão no nervo local, levando ao aparecimento de formigamento. Veja os sintomas da má circulação.

O que fazer: Deve-se tentar sempre movimentar o corpo e fazer alongamentos pelo menos 1 vez a cada hora, para estimular a circulação sanguínea. Durante o trabalho ou viagens longas de avião, é importante fazer pequenas caminhadas pelo menos a cada 2 horas, levantando para ir ao banheiro, beber água ou tomar uma xícara de café, por exemplo.


2. Hérnia de disco 

Devido ao desgaste da articulação da coluna, ocorre uma compressão no nervo que vai da coluna às nádegas e pernas, causando dor e dormência na coluna, que pode irradiar até as pernas e dedos dos pés.

O que fazer: Deve-se tratar a hérnia para evitar o aparecimento dos sintomas desta doença, podendo-se utilizar remédios como anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos. Veja tudo sobre o tratamento da hérnia de disco.

3. Diabetes

A diabetes provoca má circulação do sangue, principalmente nas extremidades do corpo, como mãos e pés, e a dormência neste caso também pode ser sinal do início do desenvolvimento de feridas ou úlceras na região afetada. Confira como identificar os primeiros sintomas de diabetes.

O que fazer: Manter a glicemia controlada é a melhor maneira de fazer o sangue circular bem e alimentar adequadamente todas as regiões do corpo. Além disso, caminhar pelo menos 30 minutos por dia ajuda a melhorar o fluxo de sangue e diminuir a glicemia.

4. Síndrome do Túnel do Carpo

É uma doença que provoca a compressão de um nervo que passa pelo punho, causando dormência e sensação de agulhadas na mão e nos dedos, principalmente durante a noite.

O que fazer: Usar munhequeira para imobilizar o pulso, especialmente quando for dormir, fazer alongamentos nas mãos ou tomar medicamentos anti-inflamatórios ou corticoides. No entanto, nos casos mais graves também pode ser necessário fazer fisioterapia ou até mesmo cirurgia. Veja mais detalhes do tratamento para síndrome do túnel do carpo.

5. AVC e infarto

O AVC provoca sinais de fraqueza muscular em um lado do corpo, que normalmente é acompanhada de formigamento, dificuldade para falar e tonturas, enquanto no infarto, os outros sintomas são de dor no peito, no braço ou nas costas, mal estar e enjôos.



O que fazer: Na presença destes sintomas deve-se procurar o pronto socorro para que o paciente seja atendido o mais rápido possível e evite sequelas graves causadas por esses problemas.

12 Causas de Formigamento no corpo e o que fazer

6. Falta de vitamina B12, cálcio, potássio ou sódio

A falta de algum destes nutrientes no organismo pode causar problemas de circulação, anemia e dificuldade para transmitir os impulsos nervosos, o que pode causar a sensação de dormência. Veja os sinais que indicam falta de vitamina B12 no corpo.

O que fazer: Deve-se ter uma alimentação variada, ingerindo diariamente pelo menos 2 copos de leite ou iogurte, 3 peças de frutas e consumindo verduras e legumes nas refeições principais.

7. Doenças do sistema nervoso

Doenças que afetam o sistema nervoso, como a esclerose múltipla, provocam sintomas de formigamento repetitivo que atinge um membro de corpo de cada vez, aparecendo também dor nos olhos, perda de parte da visão, tonturas e tremores.

O que fazer: Deve-se procurar o médico para identificar a causa do problema e iniciar o tratamento adequado. No caso da esclerose múltipla, deve-se tomar corticoides, relaxantes musculares e outros medicamentos de acordo com orientação médica, além de fazer fisioterapia. 

8. Ansiedade e Estresse

O formigamento decorrente do excesso de ansiedade ou estresse pode afetar mãos, braços e língua, e na síndrome do pânico esse sintoma é normalmente acompanhado de suor frio, palpitações cardíacas e dor no peito ou na barriga.

O que fazer: Nestes casos, deve-se procurar um local calmo, respirar fundo várias vezes, se concentrando para regular a respiração e melhorar a circulação sanguínea. Além disso, fazer atividades como yoga e pilates ajuda a aliviar o estresse e a ansiedade. Veja outras 7 dicas para controlar a ansiedade.

12 Causas de Formigamento no corpo e o que fazer

9. Síndrome de Guillain-Barré

Na síndrome de Guillain-barré, que normalmente acontece após ter uma gripe, dengue ou Zika, a sensação de dormência normalmente tem início nos pés e vai subindo até atingir o tronco e os braços, além de ser acompanhada de fraqueza e dor nas pernas, que evolui até atingir todo o corpo e deixar o paciente paralisado. 


O que fazer: Em caso de suspeita de Guillain-barré, deve-se procurar o pronto socorro, pois a doença pode atingir os pulmões e impedir a respiração, sendo necessário fazer o tratamento no hospital.

10. Uso de alguns medicamentos

Alguns medicamentos podem causar formigamento como um dos efeitos colaterais, como medicamento para quimioterapia, para AIDS ou o antibiótico metronidazol.

O que fazer: Deve-se conversar com o médico para avaliar a possibilidade de trocar a medicação ou receber orientações sobre o que fazer para diminuir os efeitos colaterais do remédio.

11. Excesso de bebidas alcoólicas

A ingestão constante e em grandes quantidades de álcool pode causar danos nos nervos situados nas extremidades do corpo, causando formigamento e cãibras principalmente nas mãos e nos pés.

O que fazer: Para aliviar os sintomas deve-se parar o consumo de bebidas alcoólicas e procurar o médico para avaliar a presença de outras doenças causadas pelo excesso de álcool no organismo, como problemas no fígado e pedras na vesícula.

12. Mordidas de animais

A mordida ou picada de alguns animais, como cães, gatos, cobras ou aranhas pode causar formigamento no local. No entanto, deve-se estar atento ao aparecimento de outros sintomas como febre, queimação, inchaço, tremores e pus no local, pois podem indicar a presença de infecção ou doenças como a raiva.

O que fazer: Tentar identificar o animal que causou o ferimento, lavar bem o local e procurar o médico em caso de animal peçonhente, cachorro com sintomas de raiva ou o aparecimento de algum dos sintomas citados acima.

Para aliviar o formigamento, veja: Tratamento natural para a má circulação

INFORMAÇÃO DO AUTOR
Marcelle Pinheiro
Marcelle Pinheiro
FISIOTERAPEUTA

Formada em Fisioterapia pela UNESA em 2006 com registro profissional no CREFITO- 2 nº. 170751 - F