quarta-feira, 29 de maio de 2013

AVANÇOS DA MEDICINA NO TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

O Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) emitiu hoje pareceres positivos sobre duas novas terapias para a EM.


(22/03/13) Aubagio (teriflunomida) e Tecfidera (BG-12) estão mais próximos de aprovação europeia
O Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) emitiu hoje pareceres positivos sobre duas novas terapias para a EM.


Recomendou a concessão de uma autorização para introdução no mercado do medicamento ( BG-12) Tecfidera 120 mg e 240 mg,
e (Aubagio) Teriflunomida 14 mg, ambas medicações orais destinadas ao tratamento de Esclerose Múltipla surto remissão.


O Comité também concluiu que a substância activa contida no Aubagio, a Teriflunomida, não podia ser considerada uma nova substância activa. Aguarda-se que a Sanofi-aventis vá apelar contra essa decisão.

O Aubagio e o BG-12 são duas das mais promissoras terapias da nova geração, no combate á esclerose Multipla

Fonte : Comité dos medicamentos humanos emite parecer sobre novas terapias para a Esclerose Multipla



QUARTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2013

Pesquisa Canadiana identifica molécula específica de portadores de EM e que pode ser causadora da doença.


Equipa de pesquisadores Canadiana identifica a presença elevada em pacientes com esclerose múltipla de um tipo de células brancas do sangue (células CD4 T) que identifica a NKG2C, uma molécula altamente tóxica prejudicial aos tecidos cerebrais. 



Este estudo realizado em colaboração com os médicos da Universidade de Montreal e do Hospital Montreal Neurological Institute, 
a equipa do Dr. Arbour estudou tecidos em indivíduos saudáveis e em pacientes com EM. 


Esta pesquisa permitiu descobrir um novo mecanismo atravéz do qual as células T CD4 atraves da NKG2C 
podem afectar diretamente as células do cérebro em pacientes com EM. "Estes resultados são muito encorajadores", disse Arbour, "uma vez que eles fornecem-nos um quadro mais esclarecedor de como as células do cérebro em pacientes com esclerose múltipla são orientadas pelo sistema imunológico e fornecem-nos uma compreensão mais clara de como proceder para bloquear a sua ação. "



Para os pacientes esta descoberta pode traduzir-se em melhores tratamentos destinados a diminuir a progressão da doença e seus sintomas, sem o risco de infecções potencialmente letais, melhorando por isso a sua qualidade de vida.


fonte: University of Montreal Hospital Research Centre

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2013

EMin: Premiada investigação de jovens médicos de Coimbra


Uma equipa de internos de Neurologia de hospitais do Porto, Coimbra, Setúbal e Lisboa venceu a primeira edição do Programa EMin (Programa de Esclerose Múltipla para Internos de Neurologia), com o trabalho “Neuromielite ótica em Portugal”.


A iniciativa, do GEEM de Neurologia com o apoio da Biogen Idec, visa apoiar a formação específica dos internos na área das doenças desmielinizantes, em especial na Esclerose Múltipla, bem como fomentar o desenvolvimento de mais projetos de investigação portugueses.

O trabalho agora galardoado com 6 mil euros, reflete uma análise mais aprofundada sobre a neuromielite ótica em Portugal, uma doença inflamatória e desmielinizante do sistema nervoso central que atinge principalmente os nervos óticos e a medula espinal, provocando diminuição da visão e défices motores graves. 

A neuromielite ótica afeta pessoas de qualquer idade, embora seja mais comum em adultos de meia-idade. As mulheres são mais suscetíveis à doença, numa proporção de até 8 mulheres para cada homem afetado.

A primeira edição deste programa, que contou com a participação de 30 internos de Neurologia, decorreu durante o ano de 2012 e englobou sessões presenciais, apoio ao desenvolvimento e monitorização de projetos de investigação por parte de uma equipa de formação, serviço de apoio a pesquisas bibliográficas e atribuição de literatura nas áreas da Neurologia e da Esclerose Múltipla.

A equipa vencedora terá a oportunidade de aprofundar a sua investigação na área da esclerose múltipla e doenças desmielinizantes.




DOMINGO, 17 DE FEVEREIRO DE 2013

Resultado da reunião das Associações de Doentes de EM com representante do Governo


No passado dia 15 as Associações de Doentes de Esclerose Múltipla (ANEM, SPEM e TEM) reuniram-se com Leal da Costa, o Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde (SE).

Transcrevemos aqui o resultado dessa reunião, enviado ao Gang da EM por Paulo Alexandre Pereira, o presidente da TEM - Associação Todos com a Esclerose Múltipla:

"Na reunião expusemos a nossa preocupação sobre a desigualdade de tratamentos em Portugal e sobre a não disponibilização dos medicamentos mais adequados aos doentes de Esclerose Múltipla.

O Dr. Leal da Costa informou-nos que o Ministério da Saúde não tinha conhecimento de nenhum caso em concreto. O Ministério da Saúde não considera as denúncias feitas pelos doentes às Associações ou expostas na comunicação social. Fomos informados pelo Sr. SE que os doentes têm que fazer duas queixas. Uma no livro amarelo dos hospitais e a outra, na ARS ou ao Ministério da Saúde. Alguns doentes fizeram duas queixas, uma no livro amarelo e a outra às Associações, mas não é suficiente.

Ficámos satisfeitos que o Sr. SE, que é médico do IPO de Lisboa, tenha compreendido e chegado à conclusão que a medicação de primeira linha para doentes de Esclerose Múltipla não é igual, pode ser similar mas não é igual, excetuando os dois medicamentos com o interferão beta 1-b. Relembramos que existem 6 medicamentos (3 beta 1-a, 2 beta 1-b e 1glatimero) de primeira linha.

Informou-nos que, para breve, uma comissão irá decidir os medicamentos a usar em todos os hospitais. Não sabemos se é a recém-criada Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica ou uma subcomissão.

O Sr. SE pediu que os doentes digam quem são os médicos que deram aos doentes a escolher qual a medicação a tomar. Isto é considerado uma má prática clínica. Não sabemos qual o objetivo deste “pedido”. Poderá ser para punir esses médicos. Mas não pretendem punir as administrações dos hospitais que retiram a medicação aos doentes.

Segundo o Sr. SE a querela entre o Hospital S. João e o laboratório deve-se ao facto deste não querer negociar e baixar o preço, mas segundo o laboratório em causa estas afirmações não são verdadeiras."

DOMINGO, 3 DE FEVEREIRO DE 2013

Esclerose Múltipla no cinema: ‘Prémio EM Curtas’ incentiva estudantes a retratar doença

Nunca é tarde para lembrar que:

A Novartis, em parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) lançou o primeiro Prémio EM Curtas,dirigido a estudantes das áreas de cinema e audiovisuais de todo o país. 
regulamento do concurso refere que o objectivo do concurso é divulgar e sensibilizar a sociedade para a temática da esclerose múltipla através de curtas-metragens "que possam documentar como é viver com esclerose múltipla, focando aspectos da patologia e transmitindo uma mensagem positiva de que é possível viver com esclerose múltipla, ultrapassando os constrangimentos e limitações da doença".


As curtas metragens devem ter uma duração máxima de dez minutos e devem contar histórias sobre como é viver com esta doença.

Os estudantes contam com o apoio das três associações de doentes no país, a Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), a Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM) e a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM).
Às associações caberá o papel de promover a interação dos estudantes com doentes e as suas famílias para que percebam o que é a esclerose múltipla, o seu impacto no dia-a-dia, transportando a sua visão da doença para o grande ecrã.

As candidaturas estão abertas até ao dia 30 de abril de 2013 e podem ser apresentadas individualmente ou em grupo, no máximo de até três estudantes. 

As candidaturas podem ser feitas diretamente na área reservada do site do ICA.

O júri é presidido por Mariana Pimentel, representante do ICA, e composto pelo realizador português Gonçalo Galvão Teles, por um membro de cada uma das associações de doentes e por um representante da Novartis que irão avaliar os trabalhos recebidos reconhecendo aqueles que promoverem um conhecimento sobre a doença e o seu impacto nas esferas pessoal e social. 
Será valorizada a utilização de testemunhos reais de pessoas com esclerose múltipla e a capacidade dos realizadores para sensibilizar e impactar a opinião pública, chamando a atenção para esta doença.

Os vencedores do Prémio EM Curtas vão ser conhecidos por altura do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que se assinala a 30 de maio, e serão distinguidos com os prémios de 2.000 €, 1.000 € e 500 €, respetivamente, para o primeiro, segundo e terceiro lugares.

Fonte: ICAPúblicoSPEMTEM e ANEM

Fiquem com o video de promoção do primeiro Prémio EM Curtas:







SÁBADO, 26 DE JANEIRO DE 2013

ALERTA / NOTA DO GANG DA EM


Plo que foi dado a conhecer a um membro do Gang da EM, o Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, também está a proceder a uma política de controlo de custos, pelo que os medicamentos para a doença são agora sujeitos à aprovação da Comissão de Ética do HGO.

Deste modo, um paciente de esclerose múltipla que tenha de mudar  de medicação para que a doença possa ser controlada de uma maneira mais eficaz, tem de esperar por aquela mesma autorização, que pode ser demorada.

Tivemos conhecimento que um outro elemento do Gang da EM teve de esperar cerca de 2 (dois) meses pela autorização de mudança de medicação ficando, nesse intervalo, sem tomar qualquer medicamento.


Fármaco da Biogen Idec para a esclerose múltipla com sucesso em ensaio de fase final




A Biogen Idec informou na passada quinta-feira que o seu fármaco experimental peginterferão beta-1a cumpriu a meta principal de um ensaio de Fase III, com o tratamento a cada duas semanas ou a cada quatro semanas a conseguir reduzir significativamente as taxas de reincidência anual num ano em doentes com esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR). 

A companhia avançou que, com base nos bons resultados do ensaio ADVANCE, planeia apresentar pedidos regulamentares para a comercialização do produto nos EUA e na Europa este ano, avança o site FirstWord.

O ensaio incluiu 1.516 pacientes com EMRR que foram escolhidos aleatoriamente para receber peginterferão beta-1a de forma subcutânea a cada duas semanas ou a cada quatro semanas ou placebo.

A Biogen Idec referiu que para o objectivo primário, em comparação com o placebo, as taxas de reincidência anual foram reduzidas em 35,6 por cento, com duas semanas de dosagem de peginterferão beta-1ª, e em 27,5 por cento, com quatro semanas de administração da terapia. Além disso, o fármaco também atingiu todos os seus objectivos secundários, incluindo a redução do risco de 12 semanas de progressão da incapacidade confirmada como medida pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade em 38 por cento para ambos os grupos de dosagem e reduzindo a proporção de doentes que tiveram recidiva em 39 por cento no grupo de dosagem de duas semanas e em 26 por cento no grupo de dosagem de quatro semanas.

"A aprovação para o tratamento uma vez por mês deve ser aceite com base nestes dados", comentou o analista do ISI Group Mark Schoenebaum, acrescentando que "muitos pacientes/médicos ainda optam pelas duas tomas mensais dada a eficácia provavelmente melhor em muitos objectivos".

Schoenebaum disse que espera que o peginterferão beta-1a, que está na mesma classe de drogas como a actual terapia da Biogen Idec para a esclerose múltipla Avonex® (interferon beta-1a), deverá ser aprovado em 2014.

Fonte:  RCM Pharma


Remédios controlados nos hospitais



O ministro da Saúde, Paulo Macedo, apertou o controlo dos gastos com os medicamentos dispensados gratuitamente nas farmácias dos hospitais públicos. E impôs novas regras de acesso a esses remédios, para doenças como a sida, a hepatite C, a artrite reumatóide e aesclerose múltipla, entre outras.

Desde Dezembro que todos os medicamentos dispensados de forma gratuita têm de ser prescritos por via electrónica (como sucede para as farmácias de rua) e as unidades de saúde estão obrigadas a um conjunto de procedimentos rigorosos: o farmacêutico hospitalar, por exemplo, passou a ter de validar a identificação do utente e a criar um registo com a dispensa dos remédios. E os doentes são responsabilizados pelos medicamentos que levam, sendo obrigados a assinar um comprovativo.

Segundo fonte governamental, o objectivo é evitar fraudes e pôr fim à ausência de controlo destes remédios. É que, segundo os últimos dados do Infarmed-Autoridade Nacional da Farmácia e do Medicamento, entre Janeiro e Novembro de 2012, as 50 unidades de saúde de gestão pública tiveram uma despesa de 342,2 milhões de euros ao dispensar estes remédios nas suas farmácias (mais 3% do que em 2011). Aquele valor representa cerca de 36% do total dos gastos em medicamentos nos hospitais.

De fora destas contas estão, porém, os gastos com medicamentos para o cancro: 180 milhões, em 2012 (menos 7,3% do que em 2011). Mas os produtos oncológicos estão abrangidos por um regime diferente de dispensa, sendo o remédio administrado na maioria das vezes no hospital. Já nas outras doenças, o utente pode ir buscar doses para vários meses e tomá-las em casa.

Entre as novas medidas impostas por Paulo Macedo aos hospitais está a obrigatoriedade de enviarem dados detalhados à Administração Central do Sistema de Saúde. Este organismo, por sua vez, tem de enviar ao Ministério da Saúde, de três em três meses, informação «sobre o volume de prescrições e dispensas por utente, o volume e valor global das prescrições por hospital, região de saúde, grupo e medicamento e ainda a identificação de situações anómalas, como duplicações». O primeiro relatório tinha de ser entregue esta semana, no dia 15.

Fonte: jornal Sol


SEXTA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE 2013

Pedido de esclarecimentos à Ordem dos Médicos sobre a "desigualdade" no tratamento da Esclerose Múltipla


Doentes com esclerose múltipla pedem esclarecimentos à Ordem dos Médicos.


"Existe desigualdade entre doentes, independentemente do hospital em que estão a ser tratados e em especial para os novos doentes. Todos os tratamentos de primeira linha são diferentes pelo que o acesso ao tratamento não deverá ser restrito, permitindo a individualidade do tratamento", escreve Paulo Alexandre Pereira, presidente da associação TEM, aludindo à suspensão de alguns medicamentos para o tratamento daquela doença degenerativa no Centro Hospitalar de São João, no Porto.

 Adianta ainda que os neurologistas de EM estão a fazer o que podem para que os doentes não fiquem sem nenhuma medicação, mas "infelizmente, não está nas mãos dos médicos decidir qual a melhor medicação e a mais adequada a dar aos doentes, mas sim aos conselhos de administração" dos hospitais.

 "Os neurologistas do Colégio de Especialidade da OM e a Ordem estão à espera que substituam todos os medicamentos de EM por um único, o mais barato? Será que está a funcionar o Colégio de Especialidade de Neurologia?".

 Contudo, a 15 de janeiro, a OM enviou uma resposta ao presidente das TEM, assinada pelo bastonário, a explicar que o Conselho Diretivo do Colégio de Neurologia se tem "mantido à margem dos afloramentos de alarme social" relacionados com a suspensão de um medicamento para a esclerose múltipla no Centro Hospitalar de São João (CHSJ), por "dever de reserva em relação ao Conselho Nacional Executivo".


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