domingo, 5 de maio de 2013

NOVO TRATAMENTOPARA LEUCEMIA


Novo tratamento para leucemia

Há 30 anos, receber o diagnóstico de leucemia mieloide crônica ou leucemia mieloide aguda significava encarar tratamentos com resultados pouco satisfatórios.
Novo tratamento para leucemiaHoje o cenário é outro e, felizmente, o avanço tecnológico, primeiro com o transplante de medula óssea e agora com os novos medicamentos desenvolvidos, trouxe esperança de qualidade de vida para o paciente e até de cura da doença. O mais novo recurso contra a leucemia mieloide crônica e para alguns casos de leucemia mieloide aguda é o Dasatinibe, um medicamento disponível nos Estados Unidos, e em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Disponível, em breve, no Brasil.
O estudo sobre o medicamento foi publicado no conceituado jornal da Sociedade Americana de Hematologia e desenvolvido em vários países entre 2005 e 2006. No Brasil o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) participou do estudo em parceria com a Unicamp, a USP, o Inca (RJ) e o Hospital Clínicas da Universidade do Paraná. O Dasatinibe é a nova alternativa para os pacientes adultos que desenvolveram resistência a outro medicamento, o Imatinibe.
Estudos com o Imatinibe também foram realizados de forma pioneira pelo HIAE. Alguns deles realizados junto ao Instituto de Ciências Biomédicas da USP receberam prêmios em dois Congressos Nacionais de Hematologia em anos sucessivos e o Prêmio Oncologia Saúde Brasil.

Como age no organismo

A leucemia mieloide crônica e alguns casos de leucemia linfoide aguda são o resultado de uma alteração genética – não hereditária – que ocorre durante a troca entre os cromossomos 9 e 22, o que estimula o aparecimento de dois novos genes: o bcr-abl, responsáveis pelo desenvolvimento da doença. O Imatinibe e o Dasatinibe agem exatamente nesses dois genes, inibindo seu desenvolvimento.
De acordo com dr. Nelson Hamerschlak, hematologista do HIAE, esse tratamento, chamado de terapia de alvos moleculares, age no defeito molecular. “Foi considerada uma revolução. É a segunda vez que a leucemia mieloide crônica foi modelo na Oncologia. A primeira, em 1960, quando foi descoberta a alteração cromossômica ligada a ela e agora em que se provou que um medicamento pode inibir uma doença com alteração molecular. Esse sucesso aponta um caminho que pode ser usado para outros cânceres”, explica.
Com a evolução nos tratamentos, esse tipo de leucemia transformou-se numa doença crônica, assim como o colesterol alto ou a hipertensão. O tratamento é feito com uma atitude bem simples: tomar o comprimido de forma regrada. Os efeitos colaterais – como enjôo e retenção de líquidos – são pequenos e controláveis. Mas o dr. Hamerschlak adverte: o paciente deve consultar seu médico e receber dele a indicação do medicamento.
nOVO

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