Preciso parabenizar todos cadeirantes, portadores deficiência física, doentes crônicos, especialmente os companheiros portadores de esclerose múltipla, talvez parabenizar seja pouco diante dos desafios que enfrentamos no dia a dia, as vezes esquecidos como pessoa, nos consideram o meno em todos os sentidos, menos nas horas de nos darem os direitos devidos, por exemplo, saúde e comodidade, eu e mais alguns cadeirantes que conheço, vivemos presos em nossas casas, sem direito se quer de visitar a rua que moramos, sem ajuda de outros é claro, graças a tão falada falta de acessibilidade, palavra essa que parece que só vai funcionar nos prédios públicos, portas de comércios e hospitais, não posso negar, já e´ grande avanço, cuidar das ruas fica tudo muito lindo, mas em nossas casas está a problemática, sem banheiros adaptados e tantas outras dificuldades que existem na casa de todo cadeirante pobre, pobre porque, adaptar uma casa custa muito caro e o dinheiro do cadeirante só dar p/ remédios.
Realidade que todo novo cadeirante vivi
No curso normal da vida de uma pessoa que nasce sem deficiências é ao longo dos dias conseguir uma moradia, claro nada adaptado, com o passar do tempo fatalidades acontece alguém da casa fica cadeirante e vem o processo de adaptação, tudo é complicado, não tem banheiro, quarto a cadeira não entra no corredor, cozinha é muito pequena, área de serviço degraus em lugar de rampas, chegada de casa o calçamento é uma ladeira, nunca se tem o direito de receber uma visita no portão ; sem falar nas quedas e tantas outras dificuldades enfrentadas; dizem que no processo de torna-se cadeirante o mais difícil é a aceitação, já não penso assim, pra mim o mais difícil é a questão de acessibilidade no Brasil a começar em nossas próprias casas. Hoje vivo esse drama, confesso que de todos esse é o mais sofrido. pois; ao construirmos a casa que vivo com minha família, trabalhava em empresa privada e também trabalhava autônomo, ganhava mais um pouco; hoje vivendo da renda do inss não tem como construir um banheiro adaptado pois o preço é muito caro, essa realidade não vivo sozinha, acredito que milhares de deficientes passam por isso.
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