quinta-feira, 16 de março de 2017

Arapiraca

ARAPIRACA (AL)








A ÁRVORE ARAPIRACA



A ÁRVORE ARAPIRACA
O fundador Manoel André quando chegou foi beneficiado pela sombra de uma
árvore situada á margem direita do Riacho Seco (atual Riacho Piauí). O
historiador Zezito Guedes, no livro “Arapiraca Através do Tempo”, narra:
“Quando realizava o primeiro desmatamento na área, auxiliado por
trabalhadores, num dia de muito sol, Manoel André escolheu a árvore sombria,
onde pudesse descansar ao meio dia. Encostou ali os instrumentos de trabalho, e
cuidou de preparar a boia, quando então, usou as seguintes palavras: – Essa
arapiraca, por enquanto é a minha casa. Este seria o primeiro ponto de
referência, o marco que, através do tempo, passaria a história”.
A árvore Arapiraca encontrada por Manoel André é da família da Leguminosas
Mimosáceas (Piteodolobim), uma espécie de angico branco.
A palavra Arapiraca tem origem indígena, significando: “ramo que arara visita”.
Certamente isso se deve ao fato do Agreste alagoano ter sido terra indígena e,
desde o século XVI a região passou a ter seu território ocupado e povoado pelos
portugueses.
Guedes também se refere a uma árvore quando relata sobre a formação e o
desenvolvimento da Feira de Arapiraca-AL. Cita que foi em torno de uma tamarineira
que os feirantes vendiam os produtos e, até mesmo usavam os galhos para
pendurarem as mercadorias.
Há uma árvore desta espécie na beira da estrada na Serra dos Ferreiras. No
entanto pela importância simbólica para a Cidade carece de proteção e até
mesmo de um tombamento ambiental.
Com as recentes obras de urbanização do Bosque das Arapiracas, houve o
plantio de diversas mudas desta espécie podendo esta árvore aparecer em
quantidade maior.
No plano simbólico é muito positivo para a Cidade ter como marco de fundação
uma árvore que serve de abrigo, representa o vínculo de Arapiraca com o seu
meio natural. E, assim a Cidade vai refazendo a sua história que pode continuar
sendo vigorosa, altiva, dinâmica, mas sem descuidar do patrimônio ambiental e
cultural.
Fonte: Livro “Plano Decenal de Arapiraca”, 

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